À espera do Congresso, Equinor prepara investimento de US$ 15 bilhões para ES e RJ
16 de outubro, segunda-feira
Investimento. A norueguesa Equinor aguarda a aprovação do marco regulatório da energia eólica offshore na Câmara dos Deputados para destravar investimentos de US$ 15 bilhões no país. O Espírito Santo segue no radar da empresa, que avalia desde 2020 a implantação de parques offshore no litoral capixaba e do Rio de Janeiro. (Coluna Mundo Business, por Ricardo Frizera, Folha Business)
Tramitação. A expectativa dos especialistas do setor de petróleo e gás é que a regulamentação seja votada ainda neste ano pelo Congresso. (Coluna Mundo Business, por Ricardo Frizera, Folha Business)
Aproximação. De olho nos potenciais fornecedores capixabas, a Equinor realizou rodadas de negócio com mais de 60 empresas, em evento organizado pela Findes e o governo estadual. A expectativa é que, nos próximos meses, já sejam gerados negócios de até US$ 10 milhões. (Coluna Mundo Business, por Ricardo Frizera, Folha Business)
Números. Com uma capacidade de 4GW e potência suficiente para abastecer dois milhões de residências, as usinas Aracatu I e II serão equipadas com 320 turbinas (aerogeradores), todas situadas a uma distância de 20 km da costa. (Coluna Mundo Business, por Ricardo Frizera, Folha Business)
FOLHA BUSINESS
Inovação. As startups capixabas Actiz e IndustriALL foram selecionadas para o Programa FIEMG Lab 4.0, promovido pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais. Iniciado em 2017, o programa já viabilizou a aceleração de 250 startups e gerou mais de R$ 110 milhões em negócios com indústrias. (Coluna Mundo Business, por Ricardo Frizera, Folha Business)
Oportunidade. As startups capixabas vão participar do programa de aceleração, que dura nove meses, e terão acesso a mentorias, treinamentos e conexão com indústrias parceiras do programa — Usiminas, Gerdau, Novo Nordisk, Stellantis e AngloAmerican. (Coluna Mundo Business, por Ricardo Frizera, Folha Business)
Por falar em startup, a capixaba Endserv foi selecionada no programa da Ocyan Waves Booster. Especializada em redução de custos de manutenção, a empresa capixaba vai realizar provas de conceito e projetos-piloto para apresentar a indústrias de petróleo e gás. (Gazeta)
Chocolate. A capixaba Le Chocolatier mudou de identidade visual, estruturou o modelo de franquias e hoje fatura três vezes mais que em 2016, quando iniciou sua mudança de estratégia. Crescendo em ritmo acelerado, a meta da empresa é triplicar o número de lojas, fortalecer a presença em Minas Gerais e faturar R$ 30 milhões até 2026. (Coluna Mundo Business, por Ricardo Frizera, Folha Business)
Café. A cidade de São Gabriel da Palha vai sediar dois eventos relevantes para a cafeicultura nesta semana: o concurso que vai definir os melhores grãos de conilon da safra e o encontro nacional de degustadores. As premiações do Concurso Cooabriel podem chegar a R$ 190 mil, enquanto o encontro reunirá mais de 300 profissionais. (Coluna Agro Business, por Stefany Sampaio, Folha Business)
Agronegócio. A capixaba Rhopen, especializada em gestão de pessoas, segue levando suas soluções para o agronegócio. Depois de entrar oficialmente em Rondonópolis, no Mato Grosso, a empresa deseja inaugurar mais três unidades no Centro-Oeste. Criada em 2011, a Rhopen hoje atua em 11 estados brasileiros e também possui clientes nos Estados Unidos, no México, na Costa Rica e em Moçambique. (Coluna Agro Business, por Stefany Sampaio, Folha Business)
Diversificação. Produtores de Guarapari estão investindo no cultivo de uma fruta exótica e rentável: o rambutan. Originário da Malásia e ainda pouco conhecido no Brasil, o fruto é mais encontrado no Norte e no Nordeste do país. Trazido para Guarapari há 11 anos, o rambutan já rende uma colheita de 800 quilos por ano. (Coluna Agro Business, por Stefany Sampaio, Folha Business)
Novidade. O grupo Lopasa, do fundador da Hortifruti, se uniu ao grupo Carone, ao Extrafruti e ao grupo Checon para lançar a CasaFruti. A nova rede varejista terá foco em produtos hortifrutigranjeiros e contará com seis unidades — todas no Rio de Janeiro. A primeira, localizada na Tijuca, começará a funcionar em dezembro. (Gazeta)
BRASIL
Destaques. A semana promete ser movimentada para o mercado financeiro tanto no Brasil quanto no exterior. No país, o destaque é a divulgação dos indicadores de atividade econômica do mês de agosto, iniciando pela Pesquisa Mensal de Serviços, que deve ser apresentada amanhã, seguida pelas vendas no varejo, na quarta. (InfoMoney)
A expectativa é que o setor de serviços continue se mostrando mais dinâmico em relação aos demais, enquanto o comércio deve recuar. (InfoMoney)
Ainda esta semana, o Banco Central apresenta o indicador de atividade econômica, IBC-Br, que tem uma estimativa de queda mensal de 0,3%. (InfoMoney)
Em Brasília, a Câmara dos Deputados deve votar a proposta de taxação de investimentos no exterior e fundos exclusivos. (InfoMoney)
Nos Estados Unidos, os destaques também são indicadores de atividade econômica: vendas do varejo e produção industrial, além de uma série de discursos de dirigentes do Fed, bem como a temporada de resultados trimestrais das empresas americanas. (InfoMoney)
O movimentado calendário econômico chinês também entra no radar do mercado financeiro, iniciando com decisão sobre juros dos empréstimos pelo Banco Central do país, seguida pelas divulgações do PIB da China no terceiro trimestre, vendas do varejo, produção industrial e taxa de desemprego. (InfoMoney)
Investimentos. A francesa TotalEnergies deve investir R$ 500 bilhões em projetos para produção de petróleo, gás e energia limpa no Brasil até 2026. A informação é do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. (Folha)
Atualmente, a empresa é a terceira maior produtora do país, com uma média de 138 mil barris de petróleo por dia e mais de 5,9 milhões m³ de gás natural. (Folha)
No ano passado, a empresa venceu o leilão de duas concessões para exploração de petróleo, no valor de R$ 275 milhões. (Folha)
Combustível. O preço da gasolina no Brasil está, em média, R$ 0,11 mais caro que o mercado internacional, segundo a Abicom. O valor é 4% superior ao praticado no exterior. (Estadão)
Por outro lado, o preço do diesel está, em média, 10% mais barato do que no Golfo do México, usado como parâmetro para venda. (Estadão)
INTERNACIONAL
Ataques. O grupo extremista Hezbollah assumiu a autoria de novos ataques feitos a Israel no último sábado — não houve mortes confirmadas. Embora a guerra seja entre Israel e o grupo terrorista Hamas, os libaneses do Hezbollah vêm atacando o país desde o início do conflito. (Poder 360)
Os ataques causaram um aumento da tensão entre Estados Unidos e Irã, tratados como fiadores de Israel e Hezbollah, respectivamente. O chanceler iraniano Hossein Amirabdollahian afirmou que "as mãos de todos os envolvidos estão no gatilho". (Folha)
O Brasil, que preside o Conselho de Segurança da ONU desde o início do mês, tenta negociar um acordo de cessar-fogo humanitário. A tarefa, no entanto, não será fácil: a última resolução sobre a questão palestina aprovada no Conselho data de 2016. (UOL)
Corredor. O presidente de Israel, Isaac Herzog, promete criar uma zona de "segurança humanitária" na Faixa de Gaza. Um corredor deve ser aberto na região para a retirada de civis. (Poder 360)
Vítimas. O número de mortos no conflito já ultrapassa a marca de quatro mil pessoas. (Poder 360)
Resgate. Chegou ao Rio de Janeiro na madrugada de ontem o quinto voo com brasileiros resgatados pela Força Aérea. Ao todo, 916 pessoas já foram repatriadas. (Poder 360)
POLÍTICA
IPVA. Tramita na Assembleia Legislativa um projeto da deputada Janete de Sá (PSB) que propõe a isenção de IPVA para veículos elétricos ou híbridos. No país, Distrito Federal, Maranhão, Paraná, Pernambuco e Rio Grande do Sul já aderiram à isenção para veículos 100% elétricos. (Tribuna)
Apoio. A Associação Brasileira do Veículo Elétrico apoia a iniciativa e acredita que o aumento das importações compensaria as perdas com o IPVA. (Tribuna)
Impacto. O governo estadual não comentou a proposta. A deputada Janete de Sá, que compõe a base governista, não apresentou os números de impacto da isenção. (Tribuna)
Bloqueio. O ano de 2024 deve começar com um grande contingenciamento de gastos no governo federal, podendo chegar a R$ 53 bilhões. Essa é a leitura feita pelo mercado diante da meta desafiadora do Ministério da Fazenda de zerar o déficit. (Folha)
Para especialistas, as receitas bilionárias prometidas pela Fazenda ainda são dúvidas, com projetos em tramitação no Congresso, e parte dos gastos está subestimada. (Folha)
Caso o contingenciamento seja necessário, o governo federal precisará rever cerca de R$ 60 bilhões entre despesas não incluídas no Orçamento, receitas incertas não contabilizadas e medidas que geram perda de arrecadação. (Folha)
Vale ressaltar: esse valor não contabiliza eventuais frustrações no pacote de R$ 168,5 bilhões em receitas extras enviado pelo Ministério da Fazenda ao Legislativo. (Folha)
Alerta. A queda na arrecadação federal neste ano tem surpreendido o governo. A receita total caiu 3,5% nos 12 meses encerrados em agosto. Um dos motivos, segundo a equipe econômica, é a desoneração feita na gestão anterior. (Globo)
Para piorar, a perda de arrecadação com royalties pressiona o governo. O recuo pode chegar a 15% em 2023, totalizando R$ 110,6 bilhões. (Globo)
Em tempo: o mercado aumentou suas projeções para o déficit primário do governo federal. Para 2023, a previsão passou de R$ 106,5 bilhões para R$ 110,1 bilhões. (Valor)
Tenha uma ótima semana!
Rafael Porto, editor