Agência especializada em turismo de luxo inaugura primeira unidade no ES
08 de novembro, quarta-feira
Turismo. A Agaxtur, operadora de viagens recém adquirida pelo Grupo Águia Branca, inaugurou ontem sua primeira loja no Espírito Santo. Atualmente, a empresa possui 42 unidades de vendas pelo Brasil, sendo duas próprias e 40 franquias, mas a previsão é chegar a 62 lojas até 2024. No mesmo período, a meta é avançar 35% nas vendas. (Coluna Mundo Business, por Ricardo Frizera, Folha Business)
Histórico. Fundada em São Paulo em 1953, a Agaxtur é uma das maiores comercializadoras de cruzeiros no Brasil, com foco em viagens de luxo nacionais e internacionais. No ano passado, o Grupo Águia Branca adquiriu 70% da empresa como parte da estratégia de diversificação dos negócios — que possui verticais de viação, comércio e logística.
Conexão. Um fato que também tem animado os empresários do setor é a possibilidade de o Espírito Santo voltar a receber cruzeiros marítimos. Nesta semana, o governo anunciou um estudo de viabilidade técnica para ancorar grandes navios, como já acontece em São Paulo e no Rio de Janeiro.
FOLHA BUSINESS
Evento. A aplicação do ESG na cafeicultura brasileira será um dos temas em debate no Encontro Agro Business da próxima segunda-feira. Uma das convidadas para o painel “ESG e Inovação: criando um futuro mais sustentável” é a cafeicultora Lucimar Silva. Ela se tornou gestora de três fazendas no Cerrado Mineiro, especializadas em grãos com a marca de sustentabilidade para o mercado interno e externo. (Coluna Agro Business, por Stefany Sampaio, Folha Business)
Perda. O incêndio que atingiu a fábrica da Cacau Show em Linhares destruiu 40% da unidade, segundo o Corpo de Bombeiros. Não há previsão de quando a área será liberada, uma vez que ainda havia chamas ativas na noite de ontem — quase 14 horas após o início do fogo. (Folha Vitória)
O fundador e CEO da empresa, Alexandre Costa, veio a Linhares para acompanhar o trabalho de combate ao incêndio. Em vídeo publicado nas redes sociais, Costa ressaltou que nenhum dos colaboradores teve ferimentos graves e que "as perdas materiais a gente vai reconstruir". (Folha Vitória)
Impacto. Com mais de 40 mil metros quadrados, a unidade de Linhares era responsável por 19% da produção da Cacau Show. Por mês, eram produzidas 28 mil toneladas de chocolate no município. A expectativa é reorganizar a demanda para as outras duas fábricas da empresa no país. (Folha Vitória)
Em tempo: fruto de um investimento de R$ 100 milhões, a fábrica de Linhares começou a operar no final de 2021. (Folha Vitória)
Parceria. Uma empresa japonesa abriu conversas com a Suzano sobre o projeto de construção de uma fábrica de bio-óleo em Aracruz. Com o avanço das negociações, a unidade pode sair do papel em até três anos, mas o nome da gigante japonesa — que atua em diferentes setores — é mantido em sigilo. (Gazeta)
BRASIL
Copom. A ata da reunião do Copom do Banco Central foi considerada mais dura pelo mercado financeiro, porém sem alterar os planos da autoridade monetária para a Selic. O documento demonstra preocupação com a inflação no país. (InfoMoney)
No documento, o Copom enfatizou que o ambiente global é adverso, em linha com o aumento das taxas de juros de longo prazo nos EUA, a persistência de núcleos de inflação acima da meta em muitos países e novas tensões geopolíticas. (InfoMoney)
O Banco Central avalia ainda que cresceu a incerteza sobre a capacidade do governo em cumprir as metas fiscais estabelecidas e defende que os objetivos para as contas públicas sejam buscados com firmeza. (InfoMoney)
Pela ata, a autoridade monetária reafirma que os cortes acontecerão em meio ponto nas "próximas reuniões". Com isso, ao considerar as reuniões de dezembro e janeiro, a Selic ficará em 11,25%. (Globo)
Bolsa. O Ibovespa fechou a sessão em alta de 0,71%, aos 119.268 pontos. O índice foi impactado pelo enfraquecimento considerável da curva de juros no mercado brasileiro, com a publicação da ata do Copom, e pelo resultado de ações de empresas voltadas para a economia interna e do Itaú. (InfoMoney)
As ações preferenciais do Itaú registraram alta de 2,80%, após o banco trazer um lucro recorde no terceiro trimestre. (InfoMoney)
O dólar encerrou a sessão em queda de 0,26%, cotado a R$ 4,8750. (InfoMoney)
Alimentos. O preço da cesta básica de alimentos caiu em 16 das 17 capitais pesquisadas pelo Dieese, de janeiro a outubro deste ano. As maiores deflações foram registradas em Brasília (- 11,12%), seguida por Belo Horizonte (-9,85%) e Goiânia (-9,73%). Vitória teve uma queda de 7,36%, enquanto Curitiba registrou uma deflação de 3,39%. (Globo)
Ainda assim, o mercado financeiro avalia que o ciclo de alívio no bolso dos brasileiros está no fim, com a inflação de alimentos em domicílio fechando 2024 em alta de 5%. (Globo)
Petróleo. O petróleo registrou queda superior a 4%, pressionado por sinais de fraqueza na China e na Europa, o que reacendeu os temores de demanda global reduzida, além da valorização do dólar. (InfoMoney)
Além disso, as preocupações com uma desaceleração da economia mundial se sobrepõem à perspectiva de aperto no mercado, mesmo com a extensão do corte de oferta russo e saudita e com a continuidade da guerra no Oriente Médio. (InfoMoney)
Com esse cenário, o Brent para janeiro, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), caiu 4,19% (US$ 3,57), a US$ 81,61 o barril. (InfoMoney)
Álcool. Os preços médios do etanol hidratado caíram 0,28% em 13 estados e no Distrito Federal na última semana, segundo a ANP. Com isso, o valor foi de R$ 3,57 para R$ 3,56 o litro. (InfoMoney)
Em outros 7 estados, os preços registraram alta. A maior alta na semana ocorreu na Bahia, de 0,97%, com o litro do etanol saltando de R$ 4,12 para R$ 4,16. Cinco estados apresentaram estabilidade nos preços do combustível. (InfoMoney)
POLÍTICA
Tributária. A PEC da Reforma Tributária será votada hoje no Plenário do Senado Federal. O presidente da Casa, Rodrigo Pacheco, afirmou que a sessão será dedicada exclusivamente para isso. (Valor)
Ontem, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou o relatório da reforma tributária por 20 votos a 6, e rejeitou todos os destaques. (Estadão)
O relatório do senador Eduardo Braga acatou mais de 30 emendas apresentadas de última hora por parlamentares. A medida foi tomada para angariar os votos necessários para a aprovação do parecer na CCJ. (Estadão)
Na última versão, o relatório de Braga voltou a ampliar parte das exceções da proposta e criou o cashback obrigatório no consumo de gás de cozinha para famílias de baixa renda. O texto-base ainda tem uma série de outros setores e produtos com benefícios fiscais, como medicamentos, veículos a álcool e para taxistas. (Globo)
Em linhas gerais, o governo federal avalia que as novas concessões feitas por Braga no relatório foram ajustes pontuais, que não alteram a espinha dorsal da PEC. Para o secretário da Reforma Tributária no Ministério da Fazenda, Bernard Appy, o texto ficou "acima de nove" do ponto de vista político. (Valor)
A PEC tem de ser aprovada por 49 dos 81 senadores, em dois turnos. O governo federal espera ter, ao menos, 55 votos a favor da proposta. (Folha)
Após ser aprovada no Senado, a PEC da reforma tributária precisará voltar à Câmara dos Deputados, já que o texto foi modificado. O presidente da Casa, deputado Arthur Lira, defendeu o fatiamento da proposta para que esse processo seja finalizado ainda neste ano. (Globo)
Embora tenha se colocado à disposição de Lira, Braga afirmou que o fatiamento da PEC depende de um consenso. A preocupação do senador é sobre uma possível inviabilidade da aplicação do sistema tributário com a proposta sendo aprovada por partes, devido a sua complexidade. (Valor)
Orçamento. A Comissão Mista de Orçamento (CMO) do Congresso Nacional aprovou o relatório preliminar da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) com a meta de déficit zero nas contas públicas em 2024. (Estadão)
O parecer final será protocolado no dia 19 de novembro e a proposta será votada até o dia 22 na CMO, segundo acordo estabelecido pelos líderes partidários. (Valor)
Danilo Forte, relator da LDO, afirmou que a eventual revisão da meta fiscal de 2024 tem que partir do governo. (Estadão)
Sobre o assunto, algumas horas antes da votação na CMO, o governo federal decidiu não enviar ao parlamento a mensagem modificativa para pedir alteração da meta fiscal do ano que vem. A decisão representa uma vitória momentânea do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. (InfoMoney)
Entretanto, o governo ficou de decidir até o dia 16 se vai alterar a meta. Forte se reuniu com o ministro da Casa Civil, Rui Costa, que defende a revisão da meta. (Globo)
Aliás, a reunião entre Forte e Costa foi feita à revelia de Haddad. (Valor)
E nesse imbróglio, se o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, defendeu a alteração da meta fiscal ainda neste ano... (Valor)
... Lira frisou que faz 'todo o esforço' para Haddad cumprir déficit zero. (Globo)
Inclusive, semanas após desacreditar a meta de déficit zero em 2024, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o governo federal irá “garantir estabilidade fiscal”. (Estadão)
Reunião. Haddad se reúne hoje com lideranças da Câmara dos Deputados para discutir a proposta que altera a forma como grandes empresas usam as chamadas subvenções do ICMS. (Valor)
Cartão. Ontem, a reunião para tentar chegar a um acordo sobre o teto dos juros do cartão de crédito terminou novamente sem um consenso. O encontro foi convocado pelo presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e participaram 17 entidades que representam setores comerciais, a indústria de cartões e a Febraban. (Globo)
Enquanto isso, o juro médio total cobrado pelos bancos no rotativo do cartão de crédito caiu 4,4 pontos porcentuais de agosto para setembro. Os dados são do Banco Central. A taxa passou de 445,5% para 441,1% ao ano. (Estadão)
No caso do parcelado, o juro passou de 194,6% para 193,8% ao ano entre agosto e setembro. Considerando o juro total do cartão de crédito, que leva em conta operações do rotativo e do parcelado, a taxa passou de 101,5% para 101,4%. (Estadão)
Eleição. Professores, servidores e estudantes da Ufes vão às urnas hoje para eleger o reitor ou reitora que estará à frente da instituição nos próximos quatro anos (2024-2027). Duas chapas estão na disputa: a chapa 10, que tem como candidato o professor do Departamento de Química e vice-diretor do Centro de Ciências Exatas, Eustáquio Vinicius Ribeiro de Castro; e a chapa 20, que tem como candidata a professora do Departamento de Psicologia Social e do Desenvolvimento e diretora do Centro de Ciências Humanas e Naturais, Edinete Maria Rosa. (Coluna De Olho no Poder, por Fabi Tostes, Folha Vitória)
Tenha um ótimo dia!
Rafael Porto, editor