ANP autoriza plano de desenvolvimento para campo de petróleo da Imetame em Linhares
29 de fevereiro, quinta-feira
Encerro hoje meu ciclo de quase cinco anos escrevendo o Em Suma — que entra em pausa por tempo indeterminado — e mais de quatro anos produzindo/editando a Apex News — esta seguirá firme e forte com outros profissionais à frente do trabalho.
Após mais de mil madrugadas, entendo que é preciso cuidar da saúde para encarar com energia os desafios profissionais que a vida me presenteou — a exemplo da Alliá Public Affairs, da qual sou sócio.
Quero externar minha gratidão ao time Apex Partners pela confiança nessa caminhada — em especial, ao Victor Casagrande por acreditar no projeto e ao Fernando Antonio Kulnig Cinelli pela autonomia.
A liberdade para criar foi essencial para que, modéstia à parte, a Apex News tenha se tornado parte fundamental da rotina dos empresários e empresárias do Espírito Santo — e agora também do Paraná.
Tenho certeza que outras oportunidades de desenvolver trabalhos e projetos em parceria com a Apex certamente surgirão. Encerro esse ciclo com alegria, não apenas pela entrega relevante, mas pelas amizades construídas no caminho.
Tenham todos uma boa leitura!
Rafael Porto, editor
Autorizado. A ANP aprovou o plano de desenvolvimento do campo Lagoa Parda Sul, operado pela Imetame Energia. Com 1,73 km² de área, fica na parte terrestre da Bacia do Espírito Santo, no município de Linhares. Atualmente, tem dois poços perfurados, mas nenhum produtivo — fato que a Imetame planeja reverter. (Coluna Mundo Business, por Ricardo Frizera, Folha Business)
Volume. No fim de 2022, o volume estimado de fósseis no Lagoa Parda Sul era de 270 mil metros cúbicos de petróleo e 148,6 milhões de metros cúbicos de gás. A produção de gás será destinada à Estação de Tratamento do Campo de Lagoa Parda, da empresa Capixaba Energia — fruto da parceria entre Imetame e EnP Energy Platform.
Atuação. A Imetame opera, ao todo, cinco campos no país: Bela Vista (100%), na Bacia do Recôncavo; Tucano Grande (30%) e Tucano Grande Sul (30%), na Bacia de Tucano Sul; Rio Ipiranga (50%), na Bacia do Espírito Santo, além de Lagoa Parda Sul.
FOLHA BUSINESS
Negócios. A ExpoSul Rural 2024, um dos maiores eventos do agronegócio capixaba, está prevista para acontecer entre os dias 1° e 7 de abril em Cachoeiro de Itapemirim. Segundo estimativa da organização, a exposição deve movimentar cerca de R$ 40 milhões em negócios e atrair 100 mil visitantes. (Coluna Agro Business, por Stefany Sampaio, Folha Business)
Imóveis. Os resultados de 2023 divulgados pelo Banestes chamaram a atenção não apenas pelo lucro da instituição, mas também pelo desempenho do crédito imobiliário. O volume de recursos emprestados pelo banco chegou à cifra recorde de R$ 2,159 bilhões, um salto de 59,5% em relação ao ano anterior. (Gazeta)
Equilíbrio. O Espírito Santo foi o Estado brasileiro com a melhor relação entre receitas e despesas em 2023. O comprometimento dos cofres capixabas para cobrir gastos ficou em 82,5%, ou seja, restou uma margem de 17,5% para poupança — em todo o país, apenas 10 Estadas ficaram com o indicador acima dos 10%. (Gazeta)
BRASIL
Crise. A Gol Linhas Aéreas recebeu ontem aprovação da Justiça dos Estados Unidos para um empréstimo de US$ 1 bilhão (equivalente a R$ 4,97 bilhões, pela cotação atual), depois de sanar preocupações de um grupo de credores que temiam ser preteridos na operação. (Folha)
Esses recursos devem ser usados na manutenção de aeronaves paradas, como reparos nos motores. A empresa tem atualmente pelo menos 20 de sua frota de 140 aeronaves paralisadas. (Globo)
A companhia entrou com processo de recuperação judicial nos EUA em 25 de janeiro, pressionada por dívidas elevadas ainda sob os impactos da pandemia, além de atrasos em entregas de aeronaves Boeing 737 Max para atender a um aumento na demanda. (Folha)
Falando em aéreas, o preço médio das passagens caiu 3,9% em 2023, na comparação com o ano anterior. Os dados são da Anac. No ano passado, o valor médio dos bilhetes comercializados pelas empresas aéreas que operam no Brasil foi de R$ 636,32. Em 2022, o preço médio foi de R$ 662,61. (Poder 360)
Energia. O Brasil voltará a demandar o acionamento de usinas termelétricas mais caras com mais frequência ao longo deste ano. Isso porque existe uma perspectiva menos favorável que se desenha para as chuvas que devem cair em reservatórios de hidrelétricas, que respondem por mais de 60% da geração de eletricidade do país. (Folha)
Caso o cenário seja confirmado nos próximos meses, a expectativa é de um aumento na demanda por gás natural, especialmente de GNL importado para alimentar as térmicas. (Folha)
Impacto. A mistura obrigatória de biometano no gás natural custará R$ 570 milhões por ano aos consumidores. O cálculo é do Fórum do Gás, que reúne associações empresariais atuantes no mercado de gás. (Poder 360)
O tema foi inserido no projeto de lei conhecido como “Combustível do Futuro”. Pelo parecer apresentado, será criado um mandato de biometano no gás natural comercializado, que começará em 1% em 2026 e chegará a 10% em 2030. A proposta pode ser analisada na Câmara dos Deputados ainda nesta semana. O Fórum se posiciona contra a medida. (Poder 360)
Lucro. Maior produtora de celulose de mercado do mundo, a Suzano encerrou o quarto trimestre com lucro líquido de R$ 4,52 bilhões. O montante representa uma queda de 39% frente aos ganhos de R$ 7,46 bilhões um ano antes. (Valor)
O resultado reflete os preços mais baixos da celulose, ainda que haja uma recuperação desde meados do ano passado, e volumes de venda estáveis da matéria-prima. (Valor)
De outubro a dezembro, a companhia teve receita líquida de R$ 10,37 bilhões, baixa de 28% na comparação anual, porém 16% acima do registrado nos três meses anteriores. (Valor)
Em 2023, a receita líquida da Suzano alcançou R$ 39,76 bilhões, queda de 20% em relação ao ano anterior. O Ebitda ajustado recuou 35%, a R$ 18,27 bilhões, e o lucro líquido somou R$ 14,1 bilhões, contra R$ 23,4 bilhões em 2022. (Valor)
Em tempo: o executivo Walter Schalka vai deixar o comando da Suzano no dia 1º de julho, após uma década à frente da empresa. Ele será substituído pelo diretor-presidente da Rumo, João Alberto Abreu, mais conhecido como Beto Abreu. (Valor)
Beto renunciou ao seu cargo na Rumo para assumir a Suzano. Segundo a empresa, o desligamento será efetivado a partir de 29 de março. (Valor)
Bolsa. O Ibovespa fechou a sessão em queda de 1,16%, aos 130.155 pontos. O resultado apagou boa parte dos ganhos da véspera, quando subiu 1,61%. (InfoMoney)
O principal índice da bolsa brasileira foi impactado principalmente pela queda das ações da Petrobras (PETR4), em meio às falas de Jean Paul Prates, CEO da estatal, sobre “cautela quanto à distribuição de dividendos”, de olho no investimento para seguir o projeto de transição energética. (InfoMoney)
Os papéis ordinários e preferenciais da petroleira estatal caíram, respectivamente, 5,39% e 5,16%. Com a baixa, a estatal perdeu cerca de R$ 30 bilhões de valor de mercado, passando de R$ 566 bilhões na véspera para R$ 536 bilhões no fechamento de ontem. (InfoMoney)
O dólar, por sua vez, subiu 0,74%, cotado a R$ 4,969. (InfoMoney)
Superávit. O governo federal registrou um superávit de R$ 79,3 bilhões em janeiro, segundo dados do Ministério da Fazenda. Esse é o terceiro melhor para o mês da série histórica do Tesouro Nacional, iniciada em 1997, já descontada a inflação. Só perde para os dados de 2022 e 2023. No ano passado, foi um superávit de R$ 84,9 bilhões. (Globo)
POLÍTICA
Tributária. A alíquota padrão para imposto criado com a Reforma Tributária deve ser conhecida somente no segundo semestre deste ano, segundo as estimativas do Senado Federal. (Globo)
A prerrogativa dos senadores de determinação do índice está determinada em Emenda Constitucional promulgada no ano passado. A definição do índice a ser cobrado dos consumidores, porém, só irá ocorrer no ano anterior a sua vigência. (Globo)
As estimativas mais realistas de valores para a alíquota de referência do IVA só poderão ocorrer após a aprovação dos projetos de leis complementares que vão detalhar a Reforma Tributária. A previsão é que as propostas cheguem à Câmara até o início de abril. (Globo)
Comprometido. O relator da reforma tributária na Câmara dos Deputados, Aguinaldo Ribeiro, reconheceu que as eleições municipais de outubro podem comprometer a regulamentação da emenda constitucional. (Estadão)
Proposta. O governo federal deve apresentar ao Congresso Nacional, ainda neste semestre, um projeto de lei para taxação das grandes empresas de tecnologia. A informação é do ministro das Comunicações, Juscelino Filho. (Estadão)
A lista abrange as seis maiores do ramo, também chamadas de big techs: Meta (dona de Whatsapp, Instagram e Facebook), Alphabet (dona do Google e do Youtube), Microsoft, Amazon, Apple e Netflix. Juntas, elas respondem por mais da metade do tráfego de dados que passam pelas redes de internet. (Estadão)
O objetivo é arrecadar recursos que serão usados em ações para levar a internet para população carente e/ou para regiões ainda sem cobertura. (Estadão)
Previdência. Pressionado, o governo federal deve apresentar uma alternativa para atender o pleito dos municípios pela redução da contribuição das prefeituras aos regimes previdenciários. (Estadão)
Uma das propostas estudadas pelo Executivo seria fazer um escalonamento na alíquota com base na receita corrente líquida (RCL) de cada ente. (Estadão)
Em 2023, o Congresso Nacional incluiu no projeto de lei que prorrogava a desoneração da folha de pagamento de 17 setores da economia até 2027 um trecho para reduzir de 20% para 8% a alíquota previdenciária cobrada de municípios com até 142 mil habitantes. Nas contas da Confederação Nacional dos Municípios, a medida traria um impacto anual de R$ 11 bilhões sobre a Previdência. (Estadão)