Apenas 13% das microempresas capixabas conseguiram crédito na pandemia
Resumo dos jornais desta quarta-feira (20)
Crédito. Pesquisa realizada pelo Sebrae, em parceria da Fundação Getúlio Vargas, apontou que 87% dos empreendedores do Espírito Santo tiveram o empréstimo negado ou ainda estão com seus pedidos “em análise”. Apenas 13% dos que solicitaram crédito tiveram sucesso. (ES 360)
Burocracia. Algumas linhas exigem certidão negativa e nenhuma restrição em nome da empresa ou de seus sócios. "Quando se está há 60 dias sem trabalhar, muitos negócios passaram a ter algum tipo de restrição", argumenta o diretor-técnico da Federação das Micro e Pequenas Empresas do Estado, Rodrigo Sangali. (Tribuna)
Bandes. O Fundo de Aval Bandes, anunciado em 22 de abril, ainda não está disponível. Uma das linhas ofertaria crédito de R$ 5 mil para microempreendedores individuais com taxa zero de juros. O Banestes, responsável pela operação dos empréstimos, informou que os recursos serão liberados ainda nesta semana. (Tribuna)
Boletim. O Espírito Santo registrou 23 novas mortes, um novo recorde diário, e 536 casos confirmados de coronavírus nas últimas 24 horas, segundo a Sesa. Ao todo, já são 325 mortes, 7.693 casos confirmados e 3.209 pacientes curados. (Folha Vitória)
Vitória ultrapassou a Serra e agora acumula 1.475 casos, segundo maior volume do Espírito Santo. Também está em Vitória o bairro com mais registros da doença: Jardim Camburi, com 205 casos, ultrapassou a Praia da Costa, que possui 183 confirmados. O maior número de mortes ocorreu na Serra, que soma 89 óbitos. (Folha Vitória)
Controle. Uma em cada quatro casas do Espírito Santo está em área considerada precária e mais propícia à propagação do novo coronavírus. Segundo o IBGE, 26,10% dos domicílios capixabas estão em áreas urbanas onde falta infraestrutura ou padrão nas construções. O Espírito Santo é o segundo Estado do Brasil com o maior número de habitações em comunidades deste tipo, em comparação proporcional. (Gazeta)
Comércio. A nova matriz de risco apresentada pelo governo às prefeituras pode resultar na abertura do comércio em sistema de rodízio mesmo nos municípios hoje classificados com risco alto. (Tribuna)
Educação. Pais e escolas estão brigando na Justiça por descontos maiores nas mensalidades. O Procon Estadual recebeu 500 reclamações desde a suspensão das aulas. No Legislativo, projetos de lei com reduções forçadas foram apresentados nas câmaras de vereadores e rejeitados por inconstitucionalidade. Consultores e especialistas do setor alegam que o maior custo fixo das escolas é o salário dos professores, havendo, portanto, pouco espaço para redução. (Gazeta)
Fundo. O governo do Estado retirou R$ 314 milhões do Fundo Estadual de Infraestrutura para que o DER dê continuidade a obras em andamento nas estradas. Com os demais recursos do fundo, o governo calcula bancar e manter projetos considerados prioritários neste ano, como as obras de ampliação do aeroporto de Linhares e a contratação dos projetos para o Portal do Príncipe e das novas faixas e ciclovia na Terceira Ponte. (Gazeta)
Atraso. Com entrega prevista para julho deste ano, as obras do Terminal de Itaparica foram prejudicadas pela pandemia. A nova data de conclusão, segundo o DER, é setembro. (Folha Vitória)
Petróleo. O baixo preço do barril de petróleo tem pressionado pequenas empresas que operam no Espírito Santo. Como o custo de produção onshore é maior, a desvalorização leva os negócios ao limite da operação, analisa o coordenador do Fórum Capixaba de Petróleo e Gás, Durval Vieira de Freitas. (Gazeta)
Oportunidade. A alta do dólar tornou os serviços de tecnologia de empresas brasileiras mais atrativos. Em meio à pandemia, a demanda por cibersegurança e data centers aumentou, revelaram empresários capixabas do setor durante transmissão ao vivo promovida pela Liveconsult. A expectativa é que os produtos brasileiros ganhem mercado na América Latina. (Coluna Mundo Business, Folha Vitória)
Política
Redução. O governo do Estado realizou novas reuniões com Ministério Público e Tribunal de Justiça para discutir cortes no orçamento, mas nenhum acordo foi fechado ainda. Os órgãos reafirmam seu compromisso com a redução de gastos, mas informam que estão em fase de estudos. (Tribuna)
Bastidores. TJ-ES e MP-ES entendem que estão no limite orçamentário e a cota reservada na divisão do orçamento do Estado em 2020 já não atende ao que seria necessário para fazer frente às despesas previstas no ano. Os órgãos entendem que já deram sua contribuição ao Executivo, nesse esforço fiscal, ao abrirem mão, por exemplo, dos planos de cargos e salários para as respectivas categorias. (Coluna Vitor Vogas, Gazeta)
Beatriz Seixas: "Ainda que Casagrande trate esse tema de forma cuidadosa e amistosa junto às lideranças, sem querer demonstrar grande pressão sobre as outras instâncias de Poder, é preciso ficar claro que cortar despesas deve ser uma obrigação de todos os órgãos neste momento. Reduzir custos não deve ser visto como um favor ao governo do Estado, mas sim como um compromisso que cada Poder tem que ter com a sociedade capixaba." (Gazeta)
Antônio Carlos Leite: "Projetos de redução de salários de parlamentares dormem em berço esplêndido nas gavetas da Assembleia e do Congresso. Ninguém no Judiciário se move para rever seus recebimentos e seus gastos. Até mesmo a proposta de congelamento (congelamento, não redução) de salários de servidores proposta pelo governo ainda não foi sancionada. Os integrantes desses poderes agem como vivessem num mundo paralelo, onde não há crise, não há vírus, não há pandemia. Mas há quem sustente seus salários e mordomias: somos nós, moradores de um outro mundo, real". (ES 360)
Reajuste. O presidente da Amunes, Gilson Daniel, defende que cada município tenha o direito de escolher se deve dar ou não aumento a funcionários públicos nos próximos dois anos. A expectativa é que o presidente vete reajustes até dezembro de 2021 ao sancionar o projeto que repassa R$ 60 bilhões a estados e municípios. (Tribuna)
Penduricalho. O governo do Estado aumentou em 43,6% o gasto com jetons no ano passado. Em 2019, foram pagos R$ 7.064.134,70 em jetons, ante R$ 4.918.651,88 desembolsados no ano anterior. Neste ano, em 45 dias contados a partir de 1º de abril, o governo pagou R$ 831 mil. (Coluna Leonel Ximenes, Gazeta)
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Rafael Porto, editor Apex News e Em Suma