Aporte. A capixaba ATW Delivery Brands, maior rede de restaurantes digitais do mundo, recebeu um aporte de R$ 10 milhões da Apex Partners. A empresa é dona de estabelecimentos que funcionam apenas por meio de entregas — os chamados dark kitchens — e conta com mais de 850 deliveries ativos no Brasil e em Portugal. (Coluna Mundo Business, por Ricardo Frizera, Folha Business)
Números. A ATW deve faturar R$ 180 milhões neste ano. A meta é chegar a 10 mil restaurantes e mais de R$ 1 bilhão de receita até 2030. Hoje, as 170 franquias da ATW preparam 300 mil pedidos por mês. Apenas para atender os pedidos da N1 Chicken, são 200 toneladas de frango por mês. (Coluna Mundo Business, por Ricardo Frizera, Folha Business)
Perspectiva. “A ATW desenvolveu um modelo de negócio moderno e rentável, que gera retornos sustentáveis. Eles construíram uma rede relevante nos últimos anos e ainda têm muito espaço para crescer. Com esse aporte e o apoio da Apex, queremos ajudá-los a crescer de forma organizada e eficiente nos próximos anos”, afirma Thompson Alves, sócio-diretor da Carbyne, gestora do fundo de mercados regionais da Apex. (Coluna Mundo Business, por Ricardo Frizera, Folha Business)
FOLHA BUSINESS
Imóveis. A loteadora CBL deve bater o recorde de vendas de terrenos para pessoas que vivem fora do país. De janeiro até o fim de outubro, a loteadora vendeu quase R$ 9 milhões de unidades — 15% do volume de vendas — somente para Estados Unidos, México, Canadá, Reino Unido, Suécia, Países Baixos, Espanha, Portugal, Angola, Itália, França e Alemanha. (Coluna Mundo Business, por Ricardo Frizera, Folha Business)
Agro. A empresa capixaba Rhopen está expandindo suas operações para o centro-oeste brasileiro e pretende inaugurar mais três unidades até 2024. Presente em nove estados, a empresa planeja levar suas soluções de gestão de pessoas e departamento pessoal para empresas que atuam no agronegócio. (Coluna Agro Business, por Stefany Sampaio, Folha Business)
No primeiro projeto realizado no Centro-Oeste, a consultoria capixaba criou um programa de benefícios flexíveis, que permite aos gestores escolherem os que melhor lhe atendem. Os benefícios incluem auxílio-estudo, academia, farmácia, teatro, combustível, refeição e alimentação. (Coluna Agro Business, por Stefany Sampaio, Folha Business)
Mão de obra. O mercado de trabalho do agronegócio brasileiro está menor e mais qualificado. Levantamento da FGV Agro registrou uma queda na população ocupada entre 2016 e 2023, à medida em que a tecnologia avançou e a informalidade caiu. Entre 2016 e 2023, o agro perdeu 558 mil postos de trabalho. (Coluna Agro Business, por Stefany Sampaio, Folha Business)
Turismo. O app capixaba Vibes, que compila sugestões de lugares turísticos para visita, recebeu aporte de R$ 3,5 milhões. Atualmente, a plataforma conta com mais de 200 destinos cadastrados. Com o investimento, a empresa planeja avançar no mercado nacional. (Folha Vitória)
Mudança. A Rodovia do Sol vai ganhar um trecho de mão única em Vila Velha. Após dezembro, quando a via ficar oficialmente sob responsabilidade da Prefeitura, serão realizadas obras para retirada do canteiro central, liberando todas as pistas para o sentido Guarapari - Vila Velha. (ES 360)
BRASIL
Indústria. Desde maio de 2011, a produção industrial brasileira acumula retração de 18% — no mesmo período, a produção mundial cresceu 29%. Os percentuais são resultado de um cruzamento entre dados do IBGE e da consultoria econômica da holandesa CPB (Netherlands Bureau for Economic Policy Analysis). (Globo)
Sequência. O melhor momento da série histórica foi vivido em 2011. Atualmente, a indústria brasileira vive o seu pior momento, segundo o levantamento. O resultado é consequência de problemas estruturais que atravessam vários governos e uma forte concorrência de produtos estrangeiros, especialmente os chineses. (Globo)
Para a equipe econômica, o quadro não será revertido com medidas pontuais de incentivo. As mudanças devem ocorrer quando medidas para diminuir o Custo Brasil forem adotadas. (Globo)
Negócios. A Noruega quer ampliar a sua rede de negócios no Brasil e acelerar investimentos privados no país. Nesta semana, a vice-ministra do Petróleo e Energia da Noruega, Astrid Bergmål, vem ao Brasil para uma série de reuniões com representantes do governo federal. (Folha)
Na agenda, estão programadas reuniões com: Ministério do Desenvolvimento Ciência e Tecnologia; Ministério de Minas e Energia; e Ministério das Relações Exteriores. (Folha)
Trabalho. O Brasil figura em 13º lugar em um ranking global de bem-estar no trabalho. A colocação é medida pela avaliação da saúde física, mental, social e espiritual. A pesquisa é conduzida pelo McKinsey Health Institute. (Folha)
No país, 62% dos respondentes consideraram ter boa saúde no ambiente de trabalho. O estudo foi realizado com mais de 30.000 trabalhadores em 30 países. (Folha)
POLÍTICA
Destaques. A semana começa com a pauta econômica novamente no centro do debate político. O governo federal segue dividido em torno da mudança da meta fiscal para 2024. (Valor)
Embates e negociações a respeito do assunto continuam nos próximos dias. A questão se tornou pública na última semana de outubro, quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que "a meta fiscal não tem que ser zero". (Valor)
Amanhã, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, participa de uma reunião com os líderes dos partidos da base aliada na Câmara dos Deputados, em um claro esforço para fazer a pauta econômica andar no Congresso Nacional. (Valor)
Caso não consiga aprovar a medida, a equipe econômica estima uma perda de arrecadação superior a R$ 80 bilhões no ano que vem. Se não houver solução no Congresso, o Ministério da Fazenda vai recorrer ao STF. (Globo)
No Senado, a Comissão Mista de Orçamento (CMO) faz sessão amanhã para votar o relatório preliminar do projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2024. A votação em Plenário deve ocorrer entre 21 e 24 de novembro. (Valor)
Recursos. Em reunião ministerial sobre Infraestrutura, com a presença de Haddad, Lula frisou que a prioridade do governo é a realização de obras e a manutenção do gasto público. Nas palavras do presidente: “para quem está na Fazenda, dinheiro bom é dinheiro no Tesouro. Mas, para quem está na Presidência, dinheiro bom é dinheiro transformado em obras”. (Estadão)
Diante da discussão sobre a meta fiscal, o mercado financeiro projeta que a equipe econômica teria de sair de uma meta de resultado primário de zero para um déficit na casa de 1% do PIB para atender pedido do Lula e evitar, em 2024, o bloqueio de recursos no Orçamento da União para reduzir gastos. (Folha)
Com os 0,25%, para mais ou para menos, prevista no novo arcabouço fiscal, o resultado poderia chegar a 1,25%. (Folha)
Tributária. A OCDE divulgou nota técnica reforçando que o Senado não deve ampliar as exceções e as alíquotas especiais na Reforma Tributária. Segundo a Organização, elas poderiam minar o ganho esperado com a aprovação da proposta no Brasil. (Estadão)
A votação da reforma no Senado está prevista para essa semana. E as discussões seguem em torno dos setores e atividades que ainda buscam ser atendidos com tratamento diferenciado via alíquota reduzida ou regime específico. (Estadão)
Tributação. A alteração no Imposto de Renda deve ser enviada ao Congresso Nacional somente no início de 2024, segundo Bernard Appy. (Folha)
Appy frisou ainda que não está em discussão a iniciativa para taxar grandes fortunas. Segundo ele, o sistema de tributos sobre a renda é mais importante para a arrecadação do que cobranças sobre patrimônio. (Folha)
Indicação. Lula nomeou oficialmente o economista Carlos Antônio Vieira Fernandes, como o novo presidente da Caixa Econômica Federal. Vieira é indicado do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, e sua nomeação faz parte do processo que culminou com a entrada do centrão na base governista. (Folha)
Tenha um bom dia!
Rafael Porto, editor