Apex investe R$ 20 milhões e vai levantar mais R$ 100 milhões para startup de aluguel de motos
05 de fevereiro, segunda-feira
Expansão. A Mottu, startup de aluguel de motos para delivery, está levantando R$ 100 milhões com debêntures emitidas pela Apex Partners para seguir financiando seu crescimento. A relação com a Apex, no entanto, não começou agora. Na última rodada de investimentos da startup, que levantou R$ 250 milhões, a Carbyne, gestora do grupo Apex, adquiriu uma participação na empresa por R$ 20 milhões. (Coluna Mundo Business, por Ricardo Frizera, Folha Business)
Como funciona. A Mottu é focada em atender a demanda de entregadores de aplicativos, oferecendo veículos a partir de R$ 18 por dia. Em 2023, a startup fez 26,4 mil emplacamentos, mais de quatro vezes o número do ano anterior — encostando em marcas mais tradicionais, como a Shineray.
Fábrica. Um dos diferenciais da Mottu é o fato de montar as próprias motos, eliminando o custo intermediário que as locadoras tradicionais enfrentam. A fábrica localizada em Manaus utiliza peças importadas da Índia e o aluguel é fechado diretamente com os clientes.
Rendimento. As debêntures emitidas pela Apex Partners têm remuneração de CDI + 4,5% ao ano. O recurso será exclusiva para ampliação de frota. Atualmente, a Mottu tem 50 mil motos alugadas e operada com Ebitda positivo.
FOLHA BUSINESS
Preocupação. As recentes ameaças de invasões a propriedades localizadas no Espírito Santo preocuparam representantes do Espírito Santo em Ação, da Federação da Agricultura, da Associação Agricultura Forte e de sindicatos rurais, que apresentaram sugestões ao governo estadual. (Coluna Agro Business, por Stefany Sampaio, Folha Business)
O grupo se reuniu com o vice-governador Ricardo Ferraço e o secretário de Estado da Agricultura, Enio Bergoli. Em pauta, a preocupação com a segurança dos produtores e o risco de novas invasões nos municípios de Mimoso do Sul, Boa Esperança e Águia Branca.
Clima. Nos últimos meses, o Brasil enfrentou desafios climáticos provocados pelo fenômeno El Niño, que trouxe uma onda de calor intenso. Agora, a atenção se volta para o La Niña, previsto para junho. O fenômeno vai provocar uma queda na temperatura do Sudeste, resultando em mais chuvas. (Coluna Agro Business, por Stefany Sampaio, Folha Business)
BRASIL
Indústria. A produção industrial brasileira teve alta de 1,1% em dezembro, segundo o IBGE. Esse é o quinto mês seguido com resultado positivo. (Estadão)
O avanço em dezembro veio bem acima do que esperavam analistas (0,3%). (Globo)
Com isso, fechou 2023 com um crescimento de 0,2%. Em 2022, o resultado tinha sido de queda de 0,7%. (Estadão)
O resultado ajuda a colocar a produção das fábricas em um patamar superior ao período da pré-pandemia, ou seja, 0,7% acima de fevereiro de 2020. Porém, o setor está ainda 16,3% abaixo do maior nível já registrado, em maio de 2011. (Estadão)
O aumento acumulado de 2,5% nos últimos cinco meses do ano ajudou a compensar os resultados negativos do primeiro semestre, mantendo o indicador no campo positivo. (Globo)
Ainda sobre a indústria, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que o setor automotivo pretende investir R$ 41,4 bilhões no Brasil até 2032. (Globo)
Entre os anúncios para o país estão: Volkswagen, com R$ 16 bilhões; Great Wall, com R$ 10 bilhões; General Motors, com R$ 7 bilhões; Renault, com R$ 5,1 bilhões; CAOA, com R$ 4,5 bilhões; BYD, com R$ 3 bilhões, e Nissan, com R$ 2,8 bilhões em investimentos. (Globo)
Aéreas. As companhias aéreas vão reforçar ao governo federal o pedido de, ao menos, R$ 3 bilhões em linhas de crédito. As empresas se reúnem com Lula esta semana para tratar do assunto. (Folha)
Caberá ao BNDES disponibilizar duas linhas de crédito. É o que consta no plano que está sendo preparado pelo Ministério da Fazenda. (Folha)
Inicialmente, o governo não estava propenso a ceder, mas a situação mudou após o pedido de recuperação judicial da Gol nos EUA. (Folha)
Silvio Costa Filho, ministro de Portos e Aeroportos, prometeu para “depois do carnaval” a apresentação do programa Voa Brasil e o anúncio do pacote para resgate do setor, que pode chegar a R$ 6 bilhões. (Globo)
Fusão. A Arezzo & Co e o Grupo Soma selaram o acordo para formar uma gigante do varejo de moda. A fusão dos dois negócios formará uma empresa que pode chegar a R$ 12 bilhões de valor de mercado. (Estadão)
Essa é a maior fusão do varejo desde a união de Raia e Drogasil, em 2011. A empresa formada estará entre as 20 maiores do setor no país, segundo ranking da SBVC, entidade do segmento. (Valor)
Além disso, a empresa passará a ser a segunda maior varejista de moda do país em receita anual, atrás apenas da Renner, com R$ 13 bilhões em vendas estimadas em 2024, segundo bancos. (Valor)
Petróleo. A produção média brasileira de petróleo bateu recorde, somando 3,4 milhões de barris por dia em 2023. O montante corresponde a uma alta de 12,57% ante 2022, com o avanço de importantes áreas do pré-sal. Os dados são da ANP. (Folha)
Gás Natural. A extração atingiu recorde de 150 milhões de metros cúbicos por dia (m³/d) no ano passado, cerca de 8,7% maior do que no ano anterior. (Folha)
Pré-sal. O volume médio produzido no pré-sal em 2023 também foi o maior já registrado, com 3,3 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boe/d), considerando petróleo e gás, o que representou aproximadamente 75,18% da produção nacional. (Folha)
Energia. O consumo nacional de energia elétrica bateu o terceiro recorde consecutivo e alcançou 47.170 gigawatts-hora (GWh) em dezembro, impulsionado pela altas temperaturas. (Estadão)
As residências consumiram 11,7% mais, na comparação anual, chegando a 15.296 GWh em dezembro, um recorde para essa classe de consumo desde o início da série histórica da EPE, em 2004. (Estadão)
POLÍTICA
Retorno. A Assembleia Legislativa volta ao trabalho hoje, mas seguirá de olho nas eleições municipais. Dos 30 parlamentares, pelo menos 13 são apontados como pré-candidatos. (Tribuna)
Escolha. O mercado político aguarda a definição do Legislativo para o novo conselheiro do Tribunal de Contas do Espírito Santo. Caberá aos parlamentares definir o nome do sucessor do ex-conselheiro Sergio Borges. Um dos favoritos é o secretário-chefe da Casa Civil, Davi Diniz. (Tribuna)
Mudança. A Fecomércio anunciou Luiz Henrique Toniato como novo diretor-geral do Sesc-ES, substituindo o executivo Bruno Negris. Toniato atuava desde 2019 como diretor técnico do Sebrae. (Folha Vitória)
Retorno. O Congresso Nacional retoma as atividades hoje. Com o início do ano legislativo, os parlamentares devem priorizar as pautas econômicas, a exemplo do ano passado. (Folha)
Vale ressaltar que será um ano desafiador para o governo, com deputados e senadores insatisfeitos com medidas tomadas pela equipe de Lula, como o veto a R$ 5,6 bilhões em emendas de comissão dos parlamentares no Orçamento de 2024, o que pode atrapalhar a tramitação de projetos de interesse do Executivo. (Folha)
Proposta. O governo federal enviou ao Congresso Nacional um projeto de lei prevendo uma mudança de papel da Receita Federal, com a finalidade de tornar o órgão menos punitivo e orientar os "bons contribuintes". (Globo)
Entre os benefícios para as empresas que declaram e recolhem corretamente os tributos está a redução de até 3% no imposto federal CSLL. (Globo)
Mudanças. O Ministério da Fazenda, por meio do Conselho Monetário Nacional (CMN), divulgou uma nova regra para corrigir uma distorção no mercado de investimentos que levava empresas dos mais diversos setores a emitirem Certificado de Recebíveis do Agronegócio (CRA) e do Certificado de Recebíveis Imobiliários (CRI) para levantar capital. (Globo)
O objetivo é que agora apenas empresas do ramo imobiliário e do agronegócio se beneficiem de incentivos fiscais que visam o desenvolvimento desses setores. (Globo)
A mudança pode aumentar a demanda por classes de ativos de renda fixa tributadas e, em um segundo momento, elevar a arrecadação da União, segundo analistas do mercado. (Globo)
Tenha um ótimo dia!
Rafael Porto, editor