Aracruz vai receber fábrica de fertilizantes de R$ 65 milhões para atender Suzano
31 de janeiro, quarta-feira
Investimento. A paulista Adufértil, uma das líderes do mercado de fertilizantes do país, acaba de anunciar um investimento de R$ 65 milhões para a construção de uma fábrica em Aracruz. A unidade atenderá as bases florestais da Suzano e vai utilizar o Portocel para importar até 180 mil toneladas de matéria-prima. (Coluna Mundo Business, por Ricardo Frizera, Folha Business)
Fábrica. Parceira da Suzano desde 1998, a Adufértil vai instalar a fábrica misturadora de fertilizantes em uma área de 90 mil metros quadrados. A operação da nova unidade deve ter início em 2026.
Estratégia. A fábrica será fundamental para concentrar no Espírito Santo toda a cadeia de fertilizantes da Suzano: da importação de matérias-primas à produção e distribuição.
Destino. Os fertilizantes serão distribuídos para as florestas de eucalipto da Suzano no Espírito Santo, em Minas Gerais e na Bahia.
Em tempo: o Portocel vai operar fora do Espírito Santo pela primeira vez em 45 anos. Em outubro do ano passado, a empresa venceu a concorrência para operar o Terminal 32 do Porto de Santos, arrendado pela Suzano. O espaço será fundamental para escoar a celulose produzida pela companhia em Mato Grosso do Sul, onde estão sendo investidos quase R$ 20 bilhões. (Coluna Agro Business, por Stefany Sampaio, Folha Business)
FOLHA BUSINESS
Mudança. A Vitória Stone Fair, maior feira de rochas naturais das Américas, terá um novo nome e um novo local em 2025. A Milanez & Milaneze, organizadora do evento, anunciou a união da feira de Vitória com a Marmomac, principal feira de rochas do mundo, realizada há 50 anos na Itália. A Vitória Stone Fair passa a se chamar Marmomac Brazil e acontecerá no Distrito Anhembi, em São Paulo, entre 18 e 20 de fevereiro de 2025. (Coluna Mundo Business, por Ricardo Frizera, Folha Business)
Justificativa. A mudança de local teve o apoio dos empresários do setor pelas dificuldades com a infraestrutura atual do Pavilhão de Carapina e pela necessidade de aumento do fluxo de negócios. Atualmente, segundo levantamento da Futura, o mercado nacional responde por 53% das vendas de pedras naturais das empresas capixabas.
Por falar em infraestrutura, as obras do novo centro de eventos que será construído na área do Pavilhão de Carapina terão início no segundo semestre deste ano. Os investimentos devem chegar a R$ 150 milhões.
Impasse. Os recentes embates entre o governo federal e a Vale podem afetar o cronograma de construção do ramal da EFVM até Anchieta. O Ministério dos Transportes está cobrando da mineradora R$ 25,7 bilhões em outorgas pelas renovações antecipadas de ferrovias no Espírito Santo e no Pará. O governo federal promete levar o caso ao Tribunal de Contas e à Justiça. (Gazeta)
Renda. Estudo da FGV apontou que o Espírito Santo possui 292 super-ricos — a renda média mensal do grupo foi de R$ 1,4 milhão. De 2017 a 2022, os ganhos dessa parcela da população cresceu 90%. (Gazeta)
BRASIL
De olho. O Copom do Banco Central anuncia hoje qual será a nova taxa Selic. A expectativa do mercado é de continuidade da redução dos juros, atualmente em 11,75% ao ano. Caso se confirme, esta será a quinta queda consecutiva. (Folha)
A redução esperada é de 0,50 ponto percentual, o que levaria a Selic à 11,25% ao ano. Este seria o menor patamar dos juros em quase dois anos. (Folha)
Para o ano, analistas do mercado financeiro projetam uma taxa Selic de 9%, segundo o Relatório do Boletim Focus. (InfoMoney)
Ainda sobre o Boletim, o mercado voltou a derrubar a estimativa do IPCA para este ano, de 3,86% para 3,81%; enquanto a mediana para o PIB se manteve em 1,60%. (InfoMoney)
Falando no PIB, o FMI está mais otimista sobre o Brasil e vê a economia crescendo 1,7% neste ano. Anteriormente, a projeção do Fundo era de 1,5%. A nova projeção consta no relatório Perspectiva Econômica Mundial (WEO, na sigla em inglês). (InfoMoney)
Ainda assim, a economia brasileira deve desacelerar frente a 2023, quando deve ter avançado 3,1%. (InfoMoney)
Bolsa. O Ibovespa fechou a sessão em queda de 0,86%, aos 127.401,81 pontos, com o mercado adotando uma postura cautelosa às vésperas das decisões de política monetária no Brasil e nos Estados Unidos. (InfoMoney)
O dólar fechou estável (0%), cotado a R$ 4,945. (InfoMoney)
As ações da GOL desabaram novamente, no último pregão da companhia aérea antes de ser retirada do índice pela B3. Os papéis caíram 26,97%, chegando a R$ 2,87. (InfoMoney)
O patrimônio líquido da companhia é de R$ 23 bilhões negativos. O valor é três vezes o patrimônio negativo da Varig ao final de 2005, ano em que entrou com pedido de recuperação judicial no Brasil no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. (Globo)
Petróleo. Com as tensões no Mar Vermelho, os futuros do petróleo Brent para março subiram 0,47 dólar, fechando a 82,87 dólares o barril (+0,57%). (InfoMoney)
POLÍTICA
Alta. A dívida pública federal subiu 9,6% em 2023 em relação ao ano anterior e foi a R$ 6,52 trilhões. Ainda assim, o valor ficou dentro da meta estabelecida para o ano, segundo o Tesouro Nacional. (Folha)
A previsão é de que ao final de 2024 o estoque poderá subir a até R$ 7,4 trilhões. (Folha)
No mês passado, dezembro de 2023, o indicador subiu 3,09% ante novembro. Com o resultado, o estoque ficou dentro do intervalo de R$ 6,4 trilhões a R$ 6,8 trilhões estabelecido como meta no Plano Anual de Financiamento do Tesouro para 2023. No mês, a dívida interna subiu 3,19%, a R$ 6,27 trilhões. (Folha)
Ranking. O Brasil caiu 10 posições no ranking de percepção de corrupção elaborado pela Transparência Internacional. Com 36 pontos, o país ficou na 104ª colocação entre os 180 avaliados, atrás de nações como Argentina, Belarus, Etiópia e Zâmbia. (InfoMoney)
Essa foi a primeira queda do país no índice após cinco anos. Os 36 pontos alcançados em 2023 colocam o Brasil abaixo da média global do índice (43 pontos), da média para as Américas (43 pontos) e da média dos BRICS (40 pontos). (InfoMoney)
Tenha um ótimo dia!
Rafael Porto, editor