Redução. A ArcelorMittal vai produzir 1,3 milhão de toneladas de aço a menos em 2023. Em Tubarão, maior unidade da empresa no país, a redução no último trimestre do ano será de 20% nas chapas de aço e de 10% na laminação. O motivo: a baixa demanda da China e a importação crescente. (Gazeta)
Apesar do corte, a ArcelorMittal seguirá com os três fornos de Tubarão em funcionamento e manterá os investimentos previstos para o país — que incluem a instalação de um laminador de tiras a frio no Espírito Santo. (Gazeta)
Ameaça. Levantamento do Instituto Aço Brasil revela que as importações de aço já representam 29% da produção nacional — metade desse volume vem da China, onde as siderúrgicas operam com margem negativa. O documento aponta que grandes produtores, como Estados Unidos, Inglaterra e México, elevaram as alíquotas de importação para fazer frente à política de subsídio da China, considerando a "indústria do aço estratégica para o desenvolvimento". (Gazeta)
FOLHA BUSINESS
Filantropia. O Instituto Ponte, que leva jovens de escolas públicas para os melhores colégios do país, arrecadou R$ 670 mil no Ponte Day, realizado na última semana. O evento reuniu alguns dos principais líderes empresariais do Espírito Santo e do Brasil, como Rafael Furlanetti, sócio da XP, Fábio Coelho, presidente do Google Brasil, e Rodrigo Pipponzi, presidente do Conselho do Grupo MOL. (Coluna Mundo Business, por Ricardo Frizera, Folha Business)
Impacto. Entre vendas de ingressos e doações espontâneas no evento, o Instituto garantiu a formação de uma nova turma para 2024. O valor recorde equivale ao custeio das despesas de quase 70 alunos durante um ano. Atualmente, são quase 280 estudantes beneficiados com bolsas, transporte e alimentação. Por ano, o projeto demanda cerca de R$ 12 milhões. (Coluna Mundo Business, por Ricardo Frizera, Folha Business)
Modelo. Desde 2015, a instituição identifica alunos de destaque da rede pública e os matricula em escolas de ponta em suas regiões. Hoje, o Instituto mantém 63 capixabas em cursos universitários de tecnologia, engenharia e medicina. (Coluna Mundo Business, por Ricardo Frizera, Folha Business)
Rentabilidade. A produção de abacate no Espírito Santo cresceu 114% no último ano, chegando a quase 25 mil toneladas. Em 2021, a fruta era cultivada em uma área de 918 hectares, com uma produção de 11.657 toneladas; em 2022, a área foi expandida para 959 hectares (4,47%) e alcançou a marca de 24.991 toneladas. A produtividade média foi de 26,1 toneladas por hectare. (Coluna Agro Business, por Stefany Sampaio, Folha Business)
Destaque. O município de Venda Nova do Imigrante lidera a produção de abacate no Espírito Santo. No último ano, a safra local somou 13.710 toneladas, o que representa 54,85% da produção estadual. (Coluna Agro Business, por Stefany Sampaio, Folha Business)
Diversificação. Para aumentar a rentabilidade em suas propriedades, muitos produtores estão inovando ao adotar o consórcio entre abacate e café. (Coluna Agro Business, por Stefany Sampaio, Folha Business)
Expansão. O grupo capixaba Boa Praça, especializado no fornecimento de serviços e produtos para o setor industrial, está investindo R$ 1 milhão para implantar uma loja Boa Praça EPI em Vila Velha. Com a inauguração, o grupo terá unidades em quatro municípios, incluindo também Vitória, Rio de Janeiro e Macaé. (Gazeta)
Números. O grupo Boa Praça vive um momento de crescimento. A expectativa é fechar o ano com faturamento de R$ 140 milhões, um salto de 40% em relação ao ano anterior. Até 2026, o montante deve chegar a R$ 300 milhões. (Gazeta)
O turismo capixaba ganhará um reforço em 2024. Depois de fechar as portas para os turistas durante a pandemia, a fábrica da Chocolates Garoto vai retomar seu programa de visitação no primeiro semestre do ano que vem. (Folha Vitória)
BRASIL
Indústria. A produção industrial brasileira voltou a crescer no mês de agosto: 0,4% em relação ao mês anterior, segundo o IBGE. O resultado eliminou apenas parte da queda de 0,6% de julho. (Folha)
Na comparação com o mesmo período do ano passado, houve expansão de 0,5%. No ano, o setor acumula um recuo de 0,3%. (Globo)
Em agosto, a produção ficou 1,8% abaixo do patamar pré-pandemia, de fevereiro de 2020. Além disso, está 18,3% menor que o ponto mais elevado da série histórica, de maio de 2011. (Estadão)
Para especialistas, o setor industrial brasileiro deve seguir em ritmo fraco até o final do ano. (InfoMoney)
Em tempo: o governo federal vai ampliar o programa Brasil Mais Produtivo, que oferece apoio à produtividade de micro, pequenas e médias indústrias, com acesso a linhas de financiamento com juros de até 4%. A informação é do vice-presidente e ministro do MDIC, Geraldo Alckmin. Os recursos, cerca de R$ 1,5 bilhão, virão do BNDES e da Finep. (Folha)
Bolsa. O Ibovespa fechou a sessão com nova queda, de 1,42%, aos 113.419 pontos. Esse é o menor patamar do índice desde o dia 5 de junho, quando fechou a 112.696 pontos. O resultado foi impactado pela alta dos juros no exterior. (InfoMoney)
O dólar disparou e registrou alta de 1,73%, cotado a R$ 5,154. Esse é o maior valor desde o final de março deste ano. (InfoMoney)
Combustível. A Petrobras não descarta fazer um novo reajuste dos combustíveis ainda neste ano, segundo o presidente da companhia, Jean Paul Prates. A estatal está de olho no mercado externo, com o enxugamento do diesel russo e o preço do petróleo, que está acima dos US$ 90 por barril. (Globo)
Prates reforçou que, embora a nova política de preços da Petrobras minimize os efeitos da volatilidade de preços no exterior, a empresa continua acompanhando a referência do preço do petróleo em novos patamares. (Globo)
Exploração. A Petrobras deve iniciar a campanha de prospecção na Bacia Potiguar, na Margem Equatorial brasileira, no mês que vem. A companhia espera a chegada da sonda que será deslocada para o campo Pitu Oeste, na costa do Rio Grande do Norte. O equipamento precisa passar por um procedimento para não levar organismos da bacia de Campos, onde estava trabalhando, para o nordeste do país. (InfoMoney)
POLÍTICA
Voos. O vice-governador Ricardo Ferraço e o coordenador da bancada federal capixaba, deputado Josias da Vitória, se reúnem hoje com o ministro de Portos e Aeroportos, Sílvio Costa Filho. Na pauta, a suspensão das viagens entre o aeroporto de Vitória e o aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro. (Tribuna)
Volume. A linha VIX x SDU representa 28% da movimentação do aeroporto capixaba, segundo o governo estadual. Com a determinação de limitar os voos do Santos Dumont a um raio de 400km da capital fluminense, Vitória foi duplamente prejudicada: houve redução do número de linhas disponíveis e um aumento de preços. (Tribuna)
Argumento. Vitória está fora do raio de 400km por uma diferença de apenas 18km. Este será um dos argumentos para defender a reinclusão do aeroporto capixaba entre os terminais autorizados a operar linhas para o Santos Dumont. (Tribuna)
Identificação. A Assembleia Legislativa aprovou um projeto de lei que prevê a instalação de placas indicando a presença de câmeras de videomonitoramento nas vias urbanas e rodovias do Espírito Santo. A ideia é facilitar a diferenciação entre radares e câmeras. O texto segue para sanção ou veto do governador. (Gazeta)
Offshore. O projeto de lei que une a taxação de offshores com a tributação sobre fundos exclusivos pode ser votado hoje na Câmara. O relator da matéria, deputado Pedro Paulo, se reuniu ontem com técnicos do Ministério da Fazenda para finalizar o parecer da proposta. (Globo)
Os projetos fazem parte da agenda de aumento de receita que é prioridade do ministro Fernando Haddad. A meta é zerar o déficit nas contas públicas no ano que vem. (Globo)
Ainda hoje deve ocorrer uma reunião entre o relator da matéria, os líderes dos partidos e o presidente da Câmara, Arthur Lira. A base governista aguarda a divulgação do relatório para decidir seu posicionamento em relação às possíveis mudanças também na dedução de impostos sobre o Juros de Capital Próprio. (Valor)
Em tempo: a tributação de offshores pode causar fuga de “super-ricos” e perda de arrecadação de até R$ 13 bilhões de impostos no país. É o que aponta um levantamento realizado pelo Centro de Liderança Pública (CLP). (InfoMoney)
Sancionado. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou o projeto de lei que cria o Desenrola Brasil, sem vetos. O texto também limita o juro do rotativo do cartão de crédito. (Globo)
Aliás, a CNC divulgou estudo apontando que quase 90% do varejo brasileiro faz pagamentos parcelados sem juros no cartão de crédito. No total, o volume de vendas nessa modalidade soma R$ 1,5 trilhão anualmente. A CNC é favorável à medida sancionada pelo governo federal. (Folha)
Aprovado. A Câmara aprovou o marco das garantias, uma das apostas do Ministério da Fazenda para destravar a concessão de crédito no país, aumentar o consumo das famílias e impulsionar o crescimento econômico. Agora, a lei vai para sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. (Estadão)
Já o Senado aprovou a medida provisória que libera R$ 200 milhões para o Ministério da Agricultura aplicar no combate à gripe aviária. O texto segue para sanção presidencial. (Valor)
Carbono. A relatora do projeto de lei que regulamenta o mercado de carbono no Senado, Leila Barros, chegou a um acordo com a bancada ruralista para viabilizar a aprovação da matéria na Comissão do Meio Ambiente. A votação acontece hoje. A senadora aceitou incluir um novo trecho em seu parecer para deixar explícito que o setor agropecuário ficará fora das novas regras. (Valor)
Avanço. A Comissão de Assuntos Econômicos do Senado aprovou um projeto de lei que impede sindicatos de fixarem em assembleia contribuições obrigatórias para todos os trabalhadores da categoria. O texto segue para discussão na Comissão de Assuntos Sociais. (Valor)
Tenha um ótimo dia!
Rafael Porto, editor