Recorde. O Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo (Bandes) alcançou, em 2023, o maior lucro de sua história: R$ 78 milhões. O resultado recorde foi apresentado ontem e justificado pela diversificação da carteira de crédito do banco. (Folha Vitória)
Interiorização. Com presença em todas as regiões do Espírito Santo, o Bandes realizou financiamentos em 34 municípios capixabas. O volume de negócios somou R$ 110 milhões na Grande Vitória e outros R$ 138 milhões no interior.
Em 2024, o Bandes pretende chegar à marca de R$ 670 milhões na carteira de crédito. A busca por novos recursos inclui a captação de US$ 50 milhões junto ao New Development Bank (NDB), o banco dos Brics.
Inovação. Os desembolsos do Bandes para inovação triplicaram em relação a 2022. Com R$ 72 milhões contratados pelas linhas da Finep, o banco foi o quarto maior do Brasil e o segundo no Sudeste neste segmento.
Perfil. O resultado veio acompanhado de uma mudança no perfil das empresas atendidas. Em 2015, 79% da carteira era destinada ao agronegócio. Em 2023, o setor de serviços (29%) e a indústria (26%) concentraram a maior fatia do crédito. (Gazeta)
Risco. O objetivo das operações também mudou. Em 2023, 80% do crédito foi destinado para novos investimentos, não mais para capital de giro. O tíquete médio saltou de R$ 350 mil para R$ 1 milhão.
FOLHA BUSINESS
Aeroporto. A Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) determinou a suspensão de operações de pouso no Aeroporto Municipal de Guarapari. A decisão vale para o período entre 10 de fevereiro e 9 de maio deste ano. A decisão foi motivada pela falta de retorno da Prefeitura sobre questões de segurança e manutenção, apontadas desde 2022. Em nota, a Prefeitura afirmou que atenderá as solicitações da Anac. (Coluna Mundo Business, por Ricardo Frizera, Folha Business)
Mudança. Empresários do ramo de construção civil defendem o deslocamento do aeroporto para outro bairro, uma vez que a pista limita a altura dos empreendimentos num raio de 2,5 quilômetros. No passado, um grupo de investidores tentou viabilizar a construção de um aeroporto em Setiba, mas o projeto não andou.
Soja. A soja é a nova aposta da família Covre, conhecida por sua produção de trigo e milho em Pinheiros. Depois do sucesso da safra de 700 toneladas de milho, comercializada em território capixaba, os produtores esperam colher 80 sacas de soja por hectare no primeiro trimestre deste ano. (Coluna Agro Business, por Stefany Sampaio, Folha Business)
Alerta. Os caminhões com peso bruto superior a 23 toneladas estão proibidos de trafegar em alguns trechos da Rodovia do Sol. Desde o fim do pedágio, muitos veículos começaram a circular pela rodovia, evitando as tarifas da BR-101. As regras que limitam o tráfego de veículos pesados foram publicadas ontem no Diário Oficial. (Folha Vitória)
Estratégia. A Lotes CBL fechou o ano passado com um faturamento de R$ 4,9 milhões na linha exclusiva para produtores rurais. Ao invés de realizar cobranças mensais, a empresa oferece a opção de pagamento logo após a colheita. O sucesso do modelo, chamado "Programa Produtor Rural", fez a CBL projetar um faturamento de R$ 8 milhões para este segmento em 2024. (Gazeta)
BRASIL
Investimentos. A GM anunciou que irá realizar um investimento de R$ 7 bilhões no Brasil até 2028. O anúncio foi feito em Brasília, após uma reunião dos executivos da empresa com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. (Estadão)
Os recursos serão aportados na modernização das fábricas atuais e na renovação do portfólio de produtos, como Onix, Tracker, Montana e S10, além da incorporação de novos modelos e novas tecnologias. (Estadão)
Energia. O governo federal atrasou novamente a definição das diretrizes para a renovação de 20 concessões de distribuição de energia elétrica, perdendo o prazo legal para assinar um termo de compromisso com a primeira empresa a ter contrato expirando, a EDP Espírito Santo. (InfoMoney)
O processo está atrasado desde 2022. Ontem, o TCU permitiu que o governo prossiga com as ações. Está em jogo a prorrogação de 20 contratos que vencem a partir de 2025, compreendendo 60% do mercado de distribuição de energia do país. (Globo)
A renovação das concessões de distribuição envolve grandes grupos do setor elétrico, como Enel, CPFL (CPFE3), Neoenergia (NEOE3), Equatorial (EQTL3) e Energisa (ENGI11). (InfoMoney)
Em tempo: as energias renováveis vão ultrapassar, em 2025, o carbono como principal fonte de geração de eletricidade no mundo, segundo a Agência Internacional de Energia. Esse tipo de energia, principalmente a solar fotovoltaica, poderia gerar mais de um terço da eletricidade, passando do total de 30% em 2023 para 37% em 2026. (Folha)
Imóveis. O crédito imobiliário deve crescer 3% este ano em relação a 2023, chegando a R$ 259 bilhões em concessões. Se confirmado, será o melhor ano para o financiamento imobiliário no país em toda a série histórica. A estimativa é da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip). (Estadão)
Em 2023, o crédito imobiliário registrou R$ 251 bilhões em concessões no país. O número é 4% maior que o de 2022, e faz com que 2023 seja o segundo melhor ano da série histórica, atrás apenas de 2021, quando chegou a R$ 255 bilhões. (Estadão)
O resultado do ano passado foi puxado pelos financiamentos com recursos do FGTS, que cresceram 59%, para R$ 98 bilhões, o melhor patamar da história. Os financiamentos com recursos da poupança caíram 15%, para R$ 153 bilhões, em um cenário de menor disponibilidade de recursos nas cadernetas e de juros mais elevados. (Estadão)
Bolsa. O Ibovespa fechou a sessão em queda de 0,35%, aos 127.815,70 pontos. O índice foi impactado pela alta nos rendimentos dos Treasuries e pela piora das ações da Petrobras (PETR4). (InfoMoney)
As ações da estatal recuaram 0,76%, a 37,88 reais. O enfraquecimento dos papéis ocorreu mesmo com a alta dos preços do petróleo no exterior, onde o barril de Brent fechou negociado com elevação de 0,62%. (InfoMoney)
O dólar registrou baixa de 0,47%, cotado a R$ 4,9321. (InfoMoney)
POLÍTICA
Trabalho. O governo federal vai reeditar a portaria que proíbe o trabalho do comércio em feriados. As mudanças incluem a divisão das atividades que precisam ou não de convenção coletiva para permitir o trabalho nessas datas. A informação é do ministro do Trabalho, Luiz Marinho. (Estadão)
A decisão foi tomada ontem após reunião com representantes dos trabalhadores e empregados, que consolidou o entendimento sobre o tema. (Estadão)
A lista de atividades ainda será definida, mas deve passar de 200, e conterá, entre elas, farmácia e postos de gasolina.
A redação da nova portaria deve ser finalizada nesta semana e será submetida ao crivo de representantes dos empregadores e trabalhadores. A expectativa é que a publicação ocorra até dia 05 de fevereiro, e as novas regras terão vigência imediata. (Globo)
Socorro. Para socorrer as companhias aéreas, o governo federal vai criar um fundo de financiamento de R$ 4 bilhões a R$ 6 bilhões. Além disso, o Executivo trabalha para baixar o preço do querosene usado em aviões, segundo o ministro dos Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho. (Estadão)
A formatação e o valor exato do fundo, segundo o ministro, são discutidos com o Ministério da Fazenda e do BNDES. O projeto será apresentado em dez dias. (Estadão)
Na próxima semana, haverá uma reunião no qual será apresentada uma proposta de redução do preço do querosene de aviação. (Globo)
O programa de socorro às empresas funcionará como contrapartida ao programa Voa Brasil, que emitirá passagens aéreas por até R$ 200 por trecho com desconto para aposentados e também alunos do ProUni. (Globo)
Temor. Estados e municípios estão temerosos em perder receita com compras do governo federal após a Reforma Tributária. A preocupação norteou as discussões sobre a regulamentação da nova legislação dos impostos sobre o consumo, que iniciaram ontem. (Folha)
Dados do Ipea, apresentados na primeira reunião dos 19 grupos de trabalho que vão elaborar as propostas de regulamentação dos novos impostos, apontam que a aquisição de bens e serviços pelo setor público representa 12% do PIB. (Folha)
A discussão será central porque a emenda constitucional promulgada no ano passado transfere a cobrança dos impostos sobre consumo da origem (onde é produzido) para o destino. (Folha)
Gastos. O gasto do poder público brasileiro com os Tribunais de Justiça consome o equivalente a 1,6% do PIB, um recorde entre 53 países analisados pelo Tesouro Nacional e quatro vezes a média internacional (0,4% do PIB). O percentual inclui a remuneração de magistrados e servidores. (Folha)
Em valores absolutos, a fatura chegou a R$ 159,7 bilhões (em dezembro de 2022), dos quais R$ 131,3 bilhões foram direcionados ao pagamento de remunerações e contribuições a magistrados e servidores — o equivalente a 82,2% do total. (Folha)
A comparação inédita considera dados de 2021, os mais recentes disponíveis para os países analisados. Em 2022, a despesa com tribunais se manteve em 1,6% do PIB. Os gastos também incluem o Ministério Público. (Folha)
Sucessão. A Vale começa hoje a decidir sobre o comando da companhia nos próximos três anos, com a avaliação do comitê interno sobre a possível recondução do presidente atual, Eduardo Bartolomeu. Em paralelo, o presidente Lula faz pressão para conduzir o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega ao cargo. (Folha)
O desejo de Lula, no entanto, esbarra na falta de poder do governo sobre a companhia, privatizada em 1997, na resistência de seus acionistas e em sua política de governança corporativa, que impõe regras para a sucessão. (Folha)
Diante do impasse, alguns conselheiros começam a estudar sugestões alternativas. Um nome que surgiu nesta semana é do ex-presidente da Vale Murilo Ferreira, que teve o apoio da ex-presidente Dilma Rousseff para assumir o comando em 2011. (Folha)
Tenha um ótimo dia!
Rafael Porto