Bandes vai lançar fundo de R$ 250 milhões para reindustrialização; Redução do IPI pode tirar R$ 82 milhões de municípios do ES
Resumo dos jornais desta segunda-feira (16)
Reindustrialização. O Bandes quer lançar até junho um fundo que permita tirar do papel grandes empreendimentos privados. A intenção é alavancar a chamada "reindustrialização do Espírito Santo". O primeiro edital deve disponibilizar R$ 250 milhões. A expectativa é que, a cada ano, uma nova rodada de pelo menos R$ 250 milhões seja lançada. Os recursos serão oriundos do Fundo Soberano do Estado. (Coluna Abdo Filho, Gazeta)
Mecanismo. O fundo, ainda sem nome, vai usar a emissão de debêntures (títulos privados de dívida) conversíveis em ações da empresa tomadora do recurso. O Bandes vai comprar esses títulos. É o mesmo mecanismo do antigo Funres, criado na década de 70 para compensar os impactos da política de erradicação dos cafezais. (Coluna Abdo Filho, Gazeta)
Leilão. Os galpões do antigo IBC irão a leilão nesta quarta-feira (18), às 15h. O lance inicial, estabelecido em R$ 10,79 milhões, é para uma parte apenas da área, já que a outra está sendo utilizada pelo Ifes. Segundo a Superintendência do Patrimônio da União, o imóvel está livre para intervenções de melhoria. (Tribuna)
Cais. Paralisadas desde 2015, as obras do Cais das Artes podem ser retomadas no segundo semestre deste ano, segundo o DER-ES. Para a conclusão do complexo cultural, devem ser investidos cerca de R$ 100 milhões. A informação é do diretor-presidente do órgão, Luiz Cesar Maretto. Após o reinício das obras, a conclusão deve ocorrer em 18 meses. (Gazeta)
Folha Business
Internacionalização. A capixaba Timenow abriu escritório nos Estados Unidos. A empresa está de olho nas indústrias de celulose, mineração e siderurgia localizadas no sudeste americano. No primeiro ano de atuação, a Timenow planeja construir um "currículo" e impressionar pela qualidade. Até 2030, a empresa quer alcançar um faturamento anual de R$ 1 bilhão. (Coluna Mundo Business, Folha Business)
Histórico. No ano passado, a Timenow conseguiu uma receita de R$ 240 milhões. Com a meta de atingir o faturamento bilionário, projeta crescer 25% neste ano e registrar R$ 300 milhões em receitas. A empresa hoje emprega 1.500 colaboradores. (Coluna Mundo Business, Folha Business)
Fertilizantes. Embora seja chamado de "celeiro do mundo", o Brasil importa 80% dos fertilizantes que consome. A guerra na Ucrânia agravou a dependência desses insumos e valorizou a agroindústria nacional. Pensando nisso, a capixaba Natufert está investindo R$ 7 milhões para ampliar e modernizar sua fábrica. A meta é ampliar em 50% a produção de fertilizantes. (Coluna Agro Business, Folha Business)
Por falar em impactos da guerra, o mercado tem monitorado a inflação para medir o crescimento da economia ao redor do mundo. Na zona do Euro e no Reino Unido, a guerra começa a frear o avanço econômico de forma severa; no Brasil, o IPCA segue acima do esperado. A coluna de hoje analisa o efeito da inflação alta no mundo. (Coluna Mercado Diário, Folha Business)
Perdas. O corte no IPI realizado pelo governo federal deve reduzir a receita de municípios capixabas em R$ 82 milhões entre março e dezembro deste ano. Os cálculos feitos pela Instituição Fiscal Independente (IFI) do Senado Federal e da Aequus Consultoria se referem apenas ao primeiro decreto federal, publicado em fevereiro. (Coluna Abdo Filho, Gazeta)
Em Vitória, a perda na arrecadação deve chegar a R$ 8 milhões. Além disso, os cinco municípios que participam do FPM-Reserva terão um prejuízo de mais de R$ 4,3 milhões. (Coluna Abdo Filho, Gazeta)
Cálculo. O IPI não pertence apenas à União: é repartido entre Estados (21,5%) e municípios (22,75%), além da parcela destinada a fundos regionais e ao IPI-exportação. Em resumo, 54% da arrecadação do imposto não fica com a União. (Coluna Abdo Filho, Gazeta)
Por falar em perdas, o ministro do STF André Mendonça suspendeu a forma como os Estados aplicaram a alíquota única do ICMS sobre o óleo diesel. Mendonça acatou pedido da AGU, que alegou existir "persistência da prática de alíquotas assimétricas". (Folha Vitória)
Relembre. Em março, uma lei aprovada pelo Congresso Nacional e sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro definiu que deveria haver uma alíquota única do ICMS sobre o combustível. Os secretários estaduais de Fazenda fixaram um valor único do tributo a ser cobrado nos combustíveis, mas permitiram descontos, o que causou assimetria. (Folha Vitória)
Impacto. Para o governo do Espírito Santo, a suspensão pode ter efeito reverso. Segundo a Sefaz, a alíquota única deixará o diesel ainda mais caro, impactando o frete e o preço final dos produtos. A decisão não tem efeitos imediatos, uma vez que o acordo só teria efeito a partir de julho. O Comsefaz promete recorrer da liminar. (Tribuna)
Enquanto isso, o diesel teve aumento de 3,3% na última semana, segundo a ANP. O preço médio ficou em R$ 6,85 o litro, chegando a R$ 8,30 em algumas regiões do país. (Folha Vitória)
A gasolina sofreu alta de 0,70% em maio e fechou a R$ 7,55. O etanol, por sua vez, chegou a R$ 6,15 e ficou 3,69% mais caro no mês. (Folha Vitória)
Declaração. O superintendente-geral do Cade, Alexandre Barreto, esclareceu que não vai interferir na política de preços da Petrobras. Com a declaração, Barreto contrariou a expectativa criada no governo federal após a abertura de investigações sobre a estatal no órgão antitruste. (Folha)
Os preços sobem, os brasileiros sentem. Quase quatro em cada dez adultos estavam inadimplentes em abril, o que representa 61,94 milhões de pessoas, segundo a CNDL e o SPC Brasil. O número aumentou quase 6% em relação a abril de 2021. (Folha Vitória)
Política
FGTS. O governo federal estuda uma ampla flexibilização nas regras do FGTS, na tentativa de reduzir o custo da mão de obra para empregadores. O Ministério da Economia propõe cortar a alíquota de contribuição que as empresas recolhem sobre o salário dos trabalhadores, passando de 8% para 2%, e reduzir a multa de 40% paga em caso de demissão sem justa causa para 20%. (Folha)
Sistema S. Outra proposta do governo é cortar as alíquotas referentes às contribuições para o Sistema S. Elas seriam reduzidas a 0,30% para o Sebrae, a 0,50% para os serviços de aprendizagem Senac, Senai e Senat, a 0,75% para os serviços sociais Sesi, Sesc e Sest e a 1,25% para Sescoop e Senar. (Folha)
Eletrobras. O TCU retoma a análise da privatização da Eletrobras na próxima quarta-feira (18). O resultado do julgamento é aguardado pelo governo, que vê a possibilidade de realizar a operação até agosto deste ano. (Folha Vitória)
Petrobras. O presidente Jair Bolsonaro disse que o novo ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, tem "carta branca" para decidir se o presidente da Petrobras, José Mauro Coelho, permanecerá ou não no cargo. Ele voltou a criticar a margem de lucro da estatal. O aumento do preço dos combustíveis tem preocupado o comitê da campanha do presidente à reeleição. Vale lembrar que Bolsonaro já demitiu dois presidentes da petroleira em seu governo. (Valor)
Tenha um ótimo dia!
Rafael Porto,
Editor Apex News & Em Suma