Bloqueios de ferrovias e rodovias já causaram prejuízo de R$ 25 milhões no ES
28 de setembro, quinta-feira
Prejuízo. Os bloqueios em rodovias e ferrovias do Espírito Santo nos últimos 12 meses somam prejuízos de R$ 25 milhões para a economia capixaba, segundo a Findes. Desde o último dia 17, comunidades indígenas fecharam a EF Vitória a Minas no trecho que liga João Neiva a Aracruz. Apesar da decisão da Justiça a favor da desobstrução, a linha férrea segue bloqueada. (Coluna Agro Business, por Stefany Sampaio, Folha Business)
Impacto. As paralisações de rodovias e ferrovias na região de Aracruz vêm se tornando frequentes e afetam o tráfego de veículos das indústrias locais. Empresas como Cenibra, LD Celulose, Suzano e ArcelorMittal são algumas das que utilizam a infraestrutura para escoamento dos produtos. Algumas já estudam utilizar o Porto de Santos, em São Paulo. (Coluna Agro Business, por Stefany Sampaio, Folha Business)
Impasse. Os indígenas que conduzem o bloqueio atual protestam contra o acordo de indenização pelo rompimento da barragem de Mariana. Em junho deste ano, a pauta era a votação do marco temporal. (Coluna Agro Business, por Stefany Sampaio, Folha Business)
Insegurança. Para a presidente da Findes, Cris Samorini, as obstruções afastam investidores e tiram a credibilidade do Estado. (Coluna Agro Business, por Stefany Sampaio, Folha Business)
Prazo. A Polícia Federal já marcou a data para retirada dos indígenas que ocupam a ferrovia: dia 9 de outubro, seguindo o limite imposto pela Justiça Federal. (Gazeta)
FOLHA BUSINESS
Inclusão. O Instituto Ponte foi criado em 2015 para inserir alunos de alta performance das escolas públicas nas melhores instituições de ensino do Espírito Santo. Com mais de 280 estudantes, o Instituto hoje oferece oportunidades para jovens de outros sete estados: Bahia, Ceará, Maranhão, São Paulo, Minas Gerais, Pernambuco e Rio de Janeiro. (Coluna Mundo Business, por Ricardo Frizera, Folha Business)
Rodovia. O acordo de repactuação da BR 101 prevê a implantação de uma terceira faixa na Reserva de Sooretama — um dos pontos de maior conflito por conta do licenciamento ambiental. Nos trechos que cortam João Neiva, Ibiraçu, Fundão e Linhares, a proposta é a construção de contornos duplicados. A informação é do vice-governador Ricardo Ferraço, que acompanha a discussão junto à ANTT, ao Ministério dos Transportes e à EcoRodovias. (Gazeta)
Voos. A Azul Conecta confirmou o início da operação no aeroporto de Linhares para dezembro deste ano. A empresa solicitou à Infraero autorização para voos diretos entre a cidade capixaba e o aeroporto de Confins, em Belo Horizonte. O aval foi concedido ontem. (Gazeta)
Mobilidade. Após um mês, a nova Terceira Ponte registrou menos acidentes que no mesmo período do ano anterior. Foram 26 batidas desde a data da inauguração, contra 41 registros em setembro de 2022. O número de veículos cresceu, passando a marca de um milhão de carros. (ES 360)
Educação. A Ufes é a 12ª melhor universidade brasileira no ranking Times Higher Education. Em nível global, a instituição ficou no bloco entre o 1.201º e o 1.500º lugar. O ranking é liderado no Brasil pela Universidade de São Paulo (USP) e globalmente pela Universidade de Oxford, do Reino Unido. (ES 360)
BRASIL
Rotativo. O juro médio total cobrado pelos bancos no rotativo do cartão de crédito subiu 4,4 pontos porcentuais de julho para agosto, segundo o Banco Central. Com isso, a taxa passou de 441,3% para 445,7% ao ano. (InfoMoney)
Desde dezembro de 2022, o custo de crédito nesta modalidade está acima de 400%. Na série histórica, iniciada em 2011, as taxas mais baixas nesse parâmetro são de 200%. (Globo)
Aliás, a inadimplência do cartão de crédito parcelado quase quintuplicou nos últimos cinco anos. Em agosto, chegou a 10,5% dos empréstimos, em uma escalada acelerada: em agosto de 2018, o percentual era de 2,2%. (Globo)
No Senado, tramita projeto para reduzir os juros do rotativo do cartão, anexado à proposta do Desenrola. (InfoMoney)
O relator do projeto, senador Rodrigo Cunha, garante que o texto será votado até a próxima terça-feira. (Folha)
Projeção. O Ipea reduziu as projeções para a inflação brasileira em 2023. A estimativa para o IPCA passou de 5,1% para 4,9%. Já o INPC caiu de 4,8% para 4,5%. Os indicadores são apurados pelo IBGE. (InfoMoney)
Bolsa. O Ibovespa fechou a sessão com alta de 0,12%, aos 114.327 pontos. O índice foi impactado pela alta das petroleiras, mas também pelo pessimismo no mercado externo. (InfoMoney)
O dólar registrou alta de 1,22%, cotado a R$ 5,047. (InfoMoney)
Dívida. A Dívida Pública Federal cresceu 2,01% em agosto e chegou a R$ 6,265 trilhões, segundo o Tesouro Nacional. (InfoMoney)
Na comparação com o mesmo período de 2022, houve aumento de 8%. À época, a dívida estava em R$ 5,781 trilhões. (Globo)
Petróleo. Os preços do petróleo subiram 3%, registrando o maior valor de fechamento de 2023. O barril tipo Brent, principal referência internacional, fechou a US$ 96,55. (Folha)
Imóveis. A venda de imóveis no país cresceu 9,8% no primeiro semestre deste ano, chegando a 68,9 mil unidades. Em valores, o avanço foi de 12,2%, alcançando a marca de R$ 19,3 bilhões. Os dados são do levantamento realizado pela Abrainc em parceria com a Fipe. (Estadão)
Em destaque, o segmento de médio e alto padrão. Muitas empresas vêm apostando nos empreendimentos de luxo, focados no público de altíssima renda e menos dependentes de financiamentos. (Estadão)
POLÍTICA
Offshore. O presidente da Câmara, Arthur Lira, teria fechado um acordo com o governo federal para votar na semana que vem o projeto de lei que prevê a tributação dos fundos offshore, segundo líderes governistas. (Estadão)
A proposta faz parte do pacote do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para aumentar a arrecadação e, dessa forma, zerar o déficit das contas públicas no ano que vem. Lira e Haddad devem se reunir hoje para discutir a pauta econômica. (Estadão)
Após a reunião, Lira deve designar o relator do projeto das offshore. A matéria deve incluir também mudanças na tributação dos fundos exclusivos, dos “super-ricos”. (Estadão)
Aliás, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse ser favorável à taxação de fundos exclusivos e de investimentos no exterior, e defendeu uma alíquota de 10% para aplicações offshore. (InfoMoney)
Além disso, após reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Campos Neto deve se colocar como interlocutor privilegiado do Congresso Nacional, para ajudar o governo federal a desenhar sua estratégia e aprovar medidas da agenda econômica. (Globo)
Orçamento. O governo federal ignorou alertas feitos por técnicos da Receita Federal e incluiu na proposta do ano que vem a projeção de arrecadar R$ 35 bilhões com a MP 1.185. (Valor)
O texto muda as regras e tributação dos incentivos fiscais de ICMS e retoma a diferença para subvenções de custeio e investimento. (Valor)
A inclusão dessa arrecadação no Orçamento 2024 se opõe ao discurso da equipe econômica, que afirma que só entrariam na peça previsões conservadoras de receita. (Valor)
Turismo. O governo federal vai lançar um novo programa de financiamento de viagens e passagens aéreas para incentivar a popularização do turismo no país. A proposta será realizada em parceria com o Banco do Brasil, segundo o ministro do Turismo, Celso Sabino. (Globo)
Batizado de “Conheça o Brasil: Realiza”, o programa vai financiar pacotes de viagem e passagens aéreas em até 60 parcelas mensais e taxas de juros a 1,79% ao mês. (Globo)
Tenha um ótimo dia!
Rafael Porto, editor