Capixaba fundador da Lecard quer fabricar primeiro veículo elétrico nacional
22 de dezembro, sexta-feira
Inovação. A Lecar, primeira montadora de carros elétricos de capital nacional, fundada pelo capixaba Flávio Assis, anunciou o lançamento do primeiro carro elétrico originalmente brasileiro: o Lecar Model 459. Com sede em São Paulo e planta industrial no Rio Grande do Sul, a Lecar começou a montar o protótipo do veículo em dezembro deste ano. (Coluna Mundo Business, por Ricardo Frizera, Folha Business)
Testes. Em fevereiro, o veículo segue para uma série de homologações em Londres, na Inglaterra, onde será submetido a avaliações de impacto, aerodinâmica e até simuladores de segurança. Na sequência, o carro elétrico vai entrar em linha de produção, com previsão de lançamento para dezembro de 2024.
Quem é. O capixaba fundador da montadora é também o fundador da Lecard, administradora de cartões de benefícios que movimenta mais de R$ 1 bilhão por ano. Em 2022, Flávio vendeu a empresa de cartões para investir no novo negócio.
Mercado. Com previsão de produzir 300 veículos por mês a partir de dezembro de 2024, o foco inicial da Lecar será o mercado paulista. Na sequência, o projeto prevê uma expansão nacional e a internacionalização da marca.
Material. Cerca de 35% das peças do Lecar Model 459 serão importadas da China. Os motores e as baterias virão do mesmo fabricante que fornece para Volkswagen e Hyundai. A previsão é que o restante dos equipamentos seja produzido no Brasil.
FOLHA BUSINESS
Pedágio. Motoristas que circulam pela Terceira Ponte e pela Rodovia do Sol desde a 0h de hoje já encontram cancelas levantadas e cabines de pedágio com tapumes. Se encerrou nesta quinta-feira o contrato de concessão com a Rodosol, resultando no fim da cobrança de pedágio nos 67,5 quilômetros de via. (Folha Vitória)
Gestão. Agora sob responsabilidade da Ceturb, a gestão da ponte e da rodovia não afetará os serviços prestados aos motoristas, garantiu a Secretaria de Estado da Mobilidade Urbana. As empresas responsáveis pela oferta de ambulâncias, guinchos e remoção de animais já foram contratadas por meio de edital. (ES 360)
Prejuízo. Produtores de mamão do norte do Espírito Santo vêm sendo afetados pelos fenômenos naturais extremos. Depois das altas temperaturas, agora foi a vez da chuva de granizo resultar em perdas repentinas das plantações. Um agricultor de Pinheiros perdeu mais de 3 mil toneladas de mamão e 200 toneladas de abóbora em 20 minutos. (Coluna Agro Business, por Stefany Sampaio, Folha Business)
Crescimento. A atividade econômica do Espírito Santo avançou acima da média nacional nos três primeiros trimestres do ano. É o que aponta o Indicador de Atividade Econômica (IAE), divulgado pelo Observatório da Indústria da Findes. De janeiro a novembro, a economia capixaba avançou 4,7% frente ao mesmo período do ano anterior, enquanto no país o ritmo foi de 3,2%. (Folha Vitória)
Destaque. Um dos principais responsáveis pelo bom desempenho da economia foi a indústria capixaba, que cresceu 5,8% no acumulado do ano — quase cinco vezes o resultado da indústria nacional (1,2%).
Serra. O grupo Sá Cavalcante vai investir R$ 60 milhões no retrofit do Shopping Mestre Álvaro. A unidade vai ganhar uma nova fachada, melhorias na praça de alimentação e no estacionamento, além de uma área gourmet externa. (Gazeta)
Na capital, o Shopping Vitória também promete uma praça de alimentação mais moderna. Serão investidos R$ 5 milhões para revitalização do ambiente, o que inclui mobiliário, paisagismo e iluminação. (Gazeta)
BRASIL
Previsão. O Banco Central melhorou sua estimativa de crescimento para a economia brasileira em 2023 a 3,0%. Em setembro, a estimativa era de 2,9%. Os dados são do Relatório Trimestral de Inflação. (Folha)
O documento também apresentou projeção de alta de 1,7% para o PIB de 2024. (Folha)
Classificação. A agência de classificação de risco S&P Global Ratings melhorou a avaliação de 16 bancos e empresas de serviços financeiros do Brasil e suas subsidiárias, citando a aprovação da reforma tributária como justificativa. (Folha)
A nota de crédito em escala global dessas instituições financeiras passou de "BB-" para "BB". A perspectiva é "estável". Segundo a agência, a elevação de ratings das instituições financeiras é apoiada pela evidência de "fundamentos de crédito autônomos mais fortes". (Folha)
Quatro bancos públicos estão entre as companhias que tiveram a nota elevada: Banco do Brasil, BNDES, Caixa Econômica Federal e Banco do Nordeste do Brasil. (Folha)
A lista também é composta por ABC Brasil, Bradesco, BTG Pactual, Citibank, Sicredi, Banco Pan, Safra, Santander, BV (Banco Votorantim), CCB (China Construction Bank), Haitong Brasil e Stone Instituição de Pagamento. (Folha)
Bolsa. O Ibovespa fechou a sessão em alta de 1,05%, aos 132.182 pontos. Com isso, o principal índice da Bolsa brasileira renovou sua máxima histórica de fechamento em reais, seguindo o movimento visto nos Estados Unidos. (InfoMoney)
O dólar, por sua vez, caiu 0,49%, cotado a R$ 4,887. (InfoMoney)
POLÍTICA
Orçamento. A Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2024 foi aprovada pela Comissão Mista de Orçamento (CMO) com um corte de cerca de R$ 7 bilhões nas despesas do novo PAC. Com isso, ao invés dos R$ 61,3 bilhões planejados pelo Planalto, o programa terá aproximadamente R$ 54 bilhões no ano que vem, segundo técnicos da consultoria da Câmara. (Estadão)
Por outro lado, a LOA aprovada pela CMO inflou os valores previstos para o fundo eleitoral em 2024, ano de eleições municipais. No próximo ano, o fundo contará com R$ 4,96 bilhões. O valor é equivalente ao da eleição presidencial do ano passado e 96% maior que o de 2020, campanha mais recente de prefeitos e vereadores, já em números corrigidos pela inflação. (Globo)
Além disso, o texto aprovado pela Comissão Mista também prevê cerca de R$ 50 bilhões para as emendas parlamentares, com aumento de quase R$ 13 bilhões frente aos R$ 37,64 bilhões propostos pelo governo federal. (Globo)
Hoje, ocorre a votação da proposta no plenário do Congresso Nacional. Vale lembrar que é o último dia do ano legislativo. (Estadão)
Juros. O Conselho Monetário Nacional (CMN) decidiu fixar um teto de 100% para as taxas de juros do rotativo do cartão de crédito. A medida passa a valer a partir de 2 de janeiro de 2024. (Globo)
Com a medida, a dívida do cartão de crédito poderá crescer no máximo até o dobro do valor original. (Globo)
A resolução foi apresentada pelo Banco Central (BC), porque as instituições financeiras não apresentaram uma proposta de autorregulação no prazo estipulado, de 90 dias. Sem acordo entre os diversos players do setor, como bancos, varejo e maquininhas independentes, passa a valer o teto aprovado pelo Congresso. (Estadão)
Apostas. A Câmara dos Deputados aprovou o projeto que regulamenta as apostas de alíquota fixa, como as chamadas bets, e devolveu ao texto a possibilidade de cassinos online. O texto vai à sanção ou veto do presidente da República. (Folha)
O projeto prevê uma alíquota de 12% sobre a arrecadação das casas de apostas descontado o pagamento dos prêmios. Já os apostadores devem pagar 15% ao ano quando o valor recebido for acima de R$ 2.112 — referente à faixa de isenção do Imposto de Renda. (Folha)
Carbono. A Câmara dos Deputados aprovou o texto-base do projeto de lei que cria um mercado regulado de crédito de carbono no país, com regras de compra e venda do ativo. A proposta voltará para análise do Senado. (Globo)
A matéria também cria o Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SBCE), que estabelece cotas máximas de emissão de gases de efeito para empresas em um ano, principalmente indústrias. (Globo)
Após acordos, o agronegócio foi excluído das futuras obrigações para reduzir emissões. Além disso, a bancada da agropecuária conseguiu algumas alterações na proposta para que o setor participe voluntariamente da compra e venda de créditos. (Globo)
A CNA afirmou que o setor quer participar do mercado de carbono desde que tenha regras claras de como isso vai acontecer. (Folha)
Tenha um ótimo dia!
Rafael Porto, editor