Carnaval. Começa hoje o desfile das escolas de samba de Vitória, marcando oficialmente o início do Carnaval em terras capixabas. A folia deve movimentar R$ 600 milhões no mês de fevereiro, segundo estimativa da Fecomércio. O montante representa um crescimento de 2,5% em relação ao ano anterior, impulsionado principalmente pelo turismo. (ES 360)
Tendência. O interesse pelo carnaval capixaba cresceu nos últimos 20 dias, segundo análise da equipe Connect da Fecomércio-ES. Entre os destinos mais procurados na internet estão “Carnaval de Vitória 2024, “Carnaval Guriri 2024” e “Carnaval Guarapari 2024”.
Impacto. A expectativa é que o feriado movimente a economia capixaba ao longo de todo o mês de fevereiro, beneficiando os setores de alimentação, transporte de passageiros, hospedagem, lazer, cultura e eventos.
No Brasil, a Confederação Nacional do Comércio estima que o Carnaval movimentará R$ 9 bilhões, valor 10% mais alto do que o registrado no ano anterior. Esta será a primeira vez em que o faturamento deve superar o patamar pré-pandemia.
FOLHA BUSINESS
Energia. O governo estadual publicou decreto garantindo a isenção de ICMS na venda de peças e componentes utilizados para microgeração de energia solar. A decisão é pioneira no país e garante segurança jurídica para a manutenção dos investimentos no setor. (Coluna Mundo Business, por Ricardo Frizera, Folha Business)
As placas fotovoltaicas já contavam com isenção de ICMS por força de um acordo feito no Confaz. No entanto, peças essenciais para a geração, como os inversores, não contavam com o benefício. A decisão do governo capixaba soluciona o impasse e deve atrair novos investimentos.
Rochas. O faturamento do setor capixaba de rochas recuou de R$ 11,6 bilhões para R$ 9,9 bilhões em 2023. O volume das exportações também caiu, ficando 11% abaixo do ano anterior. Pesquisa realizada pela Futura Inteligência em parceria com a Apex Partners em mercados internacionais apontou que a desinformação sobre as rochas naturais e a concorrência dos produtos sintéticos são alguns dos principais desafios para as empresas capixabas. (Coluna Mundo Business, por Ricardo Frizera, Folha Business)
Café. O consumo de café no Brasil aumentou 1,64% entre novembro de 2022 e outubro de 2023. Esse avanço representa 39,4% da safra de 2023, que foi de 55,07 milhões de sacas, segundo a Conab. Na análise por região, o Sudeste lidera com 41,8% do consumo nacional, seguido por Nordeste (26,9%), Sul (14,7%), Norte (8,6%) e Centro-Oeste (8%). (Coluna Agro Business, por Stefany Sampaio, Folha Business)
Água. Vale e Cesan assinam na próxima semana um memorando de entendimento para que a planta de Tubarão utilize água de reúso. Imprópria para consumo humano, em razão de derivar do tratamento de esgoto, a água de reúso vem sendo adotada em processos industriais. (Gazeta)
Saúde. A UVV fechou acordo com a Sociedade Beneficente Israelita Albert Einstein para a construção de um novo hospital em Vila Velha. O projeto demandará R$ 1 bilhão em investimentos e será erguido no bairro Costa Nova, que vem sendo planejado pelo grupo Opportunity. A unidade terá 120 leitos, com duas torres ao lado: uma para senior living e outra com flats para pacientes em processo de alta. (Gazeta)
BRASIL
Investimentos. A Volkswagen vai investir R$ 9 bilhões no Brasil entre 2024 e 2029. Os novos recursos se somarão ao plano anterior de R$ 7 bilhões, anunciado pela montadora no fim de 2021. Ou seja, nesta década, a empresa destinará ao país um total de R$ 16 bilhões. (Valor)
O novo plano será usado, em grande parte, para o desenvolvimento de uma plataforma totalmente nova, especialmente feita para o lançamento de carros híbridos que poderão ser abastecidos com etanol. (Valor)
A fábrica no Paraná, localizada em São José dos Pinhais, continuará produzindo modelos a combustão e terá a linha de produção renovada, assim como as de São Bernardo do Campo (SP) e Taubaté (SP). A unidade de São Carlos irá fabricar um novo motor para modelos híbridos. (Valor)
A soma dos dois programas de investimentos servirá para lançar 27 modelos. Destes, 11 já estão no mercado. (Valor)
Ofertas. O BTG Pactual vai receber, a partir do fim de fevereiro, propostas vinculantes para os ativos da cimenteira InterCement, que pertence à Mover (ex-Camargo Corrêa). O grupo colocou à venda sua parte na Loma Negra, na Argentina, e também o negócio de cimento no Brasil. (Valor)
Análise. A companhia avalia vender 100% do negócio no país ou buscar um sócio relevante, segundo informações de bastidores. A operação da Intercement poderia passar dos US$ 1,6 bilhão (R$ 8 bilhões). (Valor)
Emissões. Em janeiro, o Brasil emitiu US$ 6,85 bilhões em títulos de dívida nos Estados Unidos, trazendo de volta otimismo para o ano. A expectativa ainda é de que mais duas empresas lancem operações neste mês. (Valor)
Até o momento, o volume alcançou praticamente a metade do captado em todo o ano de 2023, quando os "bonds" somaram quase US$ 15 bilhões. (Valor)
Esse impulso veio da emissão soberana de US$ 4,5 bilhões junto a investidores estrangeiros, a maior do país desde 2005. O valor foi ainda o dobro de 2023, quando o governo brasileiro acessou o mercado externo com US$ 2,25 bilhões com títulos verdes. (Valor)
Janeiro contou ainda com duas estreias de companhias brasileiras no mercado de dívida em dólar: a petroleira independente 3R Petroleum, com uma emissão de US$ 500 milhões; e a Ambipar, especializada em gestão de resíduos, que levantou US$ 750 milhões. O debute de uma brasileira no mercado de bonds não ocorria há dois anos. (Valor)
Indústria. O setor industrial do Brasil retomou o ritmo de crescimento no início de 2024 e registrou em janeiro o melhor desempenho em um ano e meio, com aumento da produção e do emprego. Os dados são da pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês), realizada pela S&P Global. (Folha)
Os dados mostram que em janeiro o PMI do setor industrial brasileiro alcançou 52,8, ante 48,4 em dezembro. O índice volta a ficar em um patamar de expansão pela primeira vez desde agosto e marca o patamar mais elevado desde julho de 2022. (Folha)
Bolsa. O Ibovespa começou o mês com alta de 0,57%, fechando a sessão aos 128.481,02 pontos. O principal índice da bolsa brasileira foi ancorado no avanço de cerca de 2% nas ações da Petrobras. (InfoMoney)
O dólar, por sua vez, emplacou a terceira sessão consecutiva de baixa. A moeda norte-americana recuou 0,45%, cotado a R$ 4,915. (InfoMoney)
Petróleo. Os contratos futuros de petróleo registraram queda em meio a relatos sobre as negociações para um cessar-fogo em Gaza. O Brent para abril recuou 2,30%, a US$ 78,70 o barril na Intercontinental Exchange. (InfoMoney)
Querosene. A Petrobras realizou um corte de 0,4% no preço do querosene de aviação. A redução, já prevista, deixa a empresa com menos margem para ajudar as companhias aéreas. (Folha)
Mais caro. Desde ontem os preços da gasolina, do diesel e do gás de cozinha estão mais caros. O aumento reflete a decisão de vários estados de reajustar o ICMS para os produtos em geral para compensar perdas de receita. (Estadão)
Na maior parte dos casos, os Estados elevaram as alíquotas gerais de 18% para 20%. Como os combustíveis seguem um sistema diferente de tributação, os reajustes serão com valores fixos em centavos. (Estadão)
Esse aumento foi aprovado em outubro pelo Confaz, que reúne os secretários estaduais de Fazenda. Esse é o primeiro reajuste do ICMS após a mudança do modelo de cobrança sancionado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro em março de 2022. (Estadão)
POLÍTICA
Proposta. O governo federal deve apresentar um Projeto de Lei do Congresso Nacional (PLN) para tratar sobre a recomposição do corte de R$ 5,6 bilhões em emendas de comissão na Lei Orçamentária Anual (LOA). O movimento deve ocorrer próximo ao feriado de Carnaval, segundo a ministra do Planejamento, Simone Tebet. (Estadão)
Caso o governo espere o primeiro relatório bimestral do Orçamento, pode perder o “timing”, segundo Tebet. O PLN é uma proposição apresentada exclusivamente pelo Executivo sobre matéria orçamentária que será analisada pela Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização (CMO). (Estadão)
Outra medida para recompor a verba será o corte de R$ 4,4 bilhões em despesas do Orçamento de 2024, uma vez que a inflação terminou o ano abaixo do previsto na peça orçamentária. Segundo Tebet, todos os cenários possíveis serão apresentados à Junta de Execução Orçamentária (JEO). (Estadão)
Precatórios. O governo federal está trabalhando no mapeamento das principais causas dos precatórios por meio da criação de um sistema de alertas. A ideia é atuar de forma preventiva e combater a formação desses gastos na origem. (Globo)
O governo pretende utilizar a inteligência artificial para analisar os principais projetos já perdidos e quais são os pontos mais críticos nas políticas públicas para evitar novas derrotas. (Globo)
Esse trabalho de prevenção terá início com o envio de um levantamento sobre os motivos que geraram esse passivo à AGU. A segunda etapa será discutir as normas que passarão a valer a partir de 2027. (Globo)
Tenha um ótimo dia!
Rafael Porto, editor