Acelerou. A venda de carros com desconto de até R$ 8 mil animou os capixabas. Gerentes de concessionárias projetam um aumento de até 30% nas vendas durante a vigência da Medida Provisória. Alguns dos modelos beneficiados pelo projeto, com valor até R$ 120 mil, chegam a ter fila de espera de 45 dias. (Gazeta)
Procura. Em Vitória, não estão mais disponíveis para pronta-entrega os veículos de entrada do mercado, como Renault Kwid e Peugeot 208. Dos R$ 500 milhões de crédito disponibilizados pelo governo federal para os carros populares, mais de R$ 400 milhões já foram solicitados pelas montadoras. (Gazeta)
Prorrogação. O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Geraldo Alckmin, afirmou que não há uma definição sobre a prorrogação do programa. Ao todo, a MP disponibiliza R$ 1,5 bilhão do orçamento para os descontos: R$ 500 milhões para automóveis; R$ 700 milhões para caminhões; e R$ 300 milhões para vans e ônibus. (Agência Brasil)
FOLHA BUSINESS
Agro. A startup Conta Café, vencedora da primeira edição do reality Espírito Startups, foi avaliada em R$ 30 milhões em uma nova rodada de aportes — um salto de 130% em relação ao valuation anterior, de R$ 13 milhões. A NovoAgro Ventures e o grupo FCJ Venture Builder, de atuação internacional, adquiriram 7% da startup capixaba, se juntando à Apex Partners no quadro societário da empresa. (Coluna Agro Business, Folha Business)
Crescimento. A nova parceria vai potencializar a entrada da Conta Café nos mercados de Minas Gerais e São Paulo. Hoje, atua no Espírito Santo, em Rondônia e na Bahia. A startup oferece uma plataforma que une lojistas e compradores de café, cobrindo todo o processo de venda e as transações de barter — quando os grãos são trocados por insumos para o cultivo. (Coluna Agro Business, Folha Business)
Volume. Desde o lançamento da Conta Café, em 2020, a empresa movimentou R$ 103 milhões em negócios por meio da plataforma. (Coluna Agro Business, Folha Business)
Imóveis. As mudanças promovidas pelo governo federal no Minha Casa Minha Vida animaram as construtoras do Espírito Santo. Empresas como a Morar afirmam que, com o teto antigo, apenas 40% dos imóveis estavam enquadrados no programa; após a ampliação do valor máximo para R$ 350 mil, 100% das unidades terão acesso aos benefícios. (Gazeta)
Mudanças. Além da ampliação do teto, o governo federal decidiu ampliar o subsídio ofertado para as faixas um e dois do programa, além de reduzir as taxas de juros para famílias com renda mensal de até R$ 2 mil. Na avaliação da Ademi, as mudanças acompanham a ampliação dos custos, que cresceu de forma acelerada desde a pandemia. (Gazeta)
Aquisição. O Grupo Coutinho, dono da rede Extrabom e do Atacado Vem, anunciou a compra dos dois supermercados Super Faé, localizados em Vila Velha. Com a aquisição, o grupo chega a 45 lojas em todo o Espírito Santo. O valor do negócio não foi informado. (Gazeta)
Oportunidade. A Petrobras informou aos fornecedores capixabas que a construção de cinco plataformas de petróleo na Bacia de Campos, ao Sul do Espírito Santo, vai gerar R$ 3 bilhões em oportunidades de negócio. (Tribuna)
Variedade. Entre produtos e serviços, a petroleira busca itens como sistemas de ar-condicionado, luminárias industriais e motores pneumáticos. As oportunidades devem movimentar R$ 3 bilhões. (Gazeta)
Entrevista. A coluna Mundo Business de hoje conversou com Alfredo Soares, um dos sócios da VTEX — considerada uma das maiores plataformas de e-commerce da América Latina. Soares esteve em Vitória para participar do Gsys Talks, evento organizado pela GlobalSys. (Coluna Mundo Business, Folha Business)
BRASIL
Mantida. Pela quarta vez em 2023, o Copom do Banco Central decidiu pela manutenção da taxa Selic em 13,75%. Esse também é o sétimo encontro consecutivo em que a autoridade monetária optou por não mexer nos juros básicos da economia brasileira. (InfoMoney)
A decisão foi unânime e veio dentro do esperado pelos economistas e analistas do mercado financeiro. O comunicado do Banco Central retirou a referência que fazia a uma possível retomada de ciclo de aperto, caso o processo desinflacionário não ocorra dentro do esperado. O colegiado voltou a pregar cautela e serenidade em suas decisões.(InfoMoney)
Ignorando a pressão do governo federal e indo contra as expectativas do mercado, o comunicado do Copom não trouxe nenhuma sinalização de corte da taxa básica de juros na próxima reunião, em agosto. (Estadão)
Inclusive, o Ministério da Fazenda reagiu mal à decisão e interpretou o comunicado como um "boicote" ao governo federal, que tem cobrado o corte na Selic para estimular a atividade econômica. (Folha)
Com isso, nas próximas semanas deve haver uma escalada nas críticas ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, por parte do governo federal. (Globo)
Vale destacar que, com a manutenção da Selic em 13,75%, o Brasil continua ocupando o primeiro lugar no ranking de nações com a maior taxa de juros reais. O levantamento é do Moneyou. A taxa, descontada a inflação prevista para os próximos 12 meses, é de 7,54%. O México, que aparece em segundo lugar no levantamento, tem taxa de juro real de 5,94%. (Globo)
Reações. A CNI se manifestou sob a decisão do Copom, afirmando que a Selic "está acima do necessário para o combate à inflação e, no momento, apenas impõe riscos adicionais para atividade econômica" (UOL Economia)
Já a Febraban afirmou que o combate à inflação é um fator preponderante para garantir o crescimento da economia. (Folha)
Em tempo: com a desaceleração da inflação observada ao longo dos últimos meses, a poupança alcançou em maio o maior ganho real desde outubro de 2017. A plataforma TradeMap aponta rendimento 4,40% acima da inflação em um período de 12 meses encerrado em maio de 2023. (Folha)
Bolsa. O Ibovespa fechou a sessão em alta de 0,67%, aos 120.420 pontos. Pela primeira vez, desde abril do ano passado, o índice encerrou o dia acima do patamar de 120 mil pontos. Já o dólar fechou em queda de 0,59%, cotado a R$ 4,767. (InfoMoney)
Pressão. A Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg) pediu ao Ministério do Trabalho que adie para janeiro de 2024 a obrigatoriedade do novo preenchimento do eSocial.O programa condensa informações fiscais, previdenciárias e trabalhistas dos funcionários. (Folha)
A preocupação do empresariado é que possíveis lacunas no preenchimento da plataforma gerem penalidades para as empresas. A entidade aponta que alguns dados públicos ainda não estão disponíveis, como processos judiciais e acordos trabalhistas. (Folha)
POLÍTICA
Licença. O senador Marcos do Val (Podemos), tomou a decisão de se afastar tanto do Senado quanto da CPMI do 8 de Janeiro. Ele formalizou um pedido de licença de suas funções parlamentares após receber orientação médica. Na terça-feira, o senador teve um mal-estar e precisou ser atendido pela equipe de saúde do Senado. (ES 360)
Sem substituto. Para não perder o cargo de senador, impedindo a entrada de um suplente, Do Val pediu afastamento de 115 dias. Se tivesse solicitado mais que 120 dias, o capixaba deixaria o cargo e sua suplente, Rosana Forest (Cidadania) poderia assumir. (ES 360)
Veto. A Assembleia Legislativa do Espírito Santo manteve o veto do governador Renato Casagrande ao projeto que dava isenção na taxa de esgoto para templos religiosos. Na orientação do veto, a Procuradoria Geral do Estado afirmou que a matéria ultrapassava a prerrogativa do Estado. (Gazeta)
Ruído. Após discussão em clima tenso, a Assembleia registrou 10 votos pela manutenção do veto e 12 votos pela derrubada. Apesar da maioria, o número não foi suficiente para retomar o texto aprovado pelos parlamentares em maio — a legislação exige o mínimo de 16 votos para derrubar o veto. (Gazeta)
Empobrecimento. Em entrevista ao Estadão, o governador Renato Casagrande afirmou estar preocupado com a concentração de riqueza que pode ser gerada após a reforma tributária. "Ninguém está tão preocupado com receita [...] nosso problema é perder atividade econômica e nossos Estados empobrecerem, porque a política de destino acaba favorecendo muitos Estados que são grandes centros consumidores", argumentou. (Estadão)
Aprovado. Em vitória para o governo federal, os senadores aprovaram o projeto do novo arcabouço fiscal, que define regras para a substituição do atual teto de gastos, com objetivo de evitar o descontrole das contas públicas. Foram 57 votos a favor e 17 contra. (Estadão)
Como houve alterações da matéria no Senado, a proposta volta para a Câmara, que pode revertê-las. Os deputados só devem analisar o assunto na primeira semana de julho. (Estadão)
Entre as principais mudanças estão a retirada do Fundeb, do Fundo Constitucional do Distrito Federal, das despesas com ciência, tecnologia e inovação dos limites fiscais, além da autorização para que a inflação até dezembro seja considerada no cálculo das despesas. (Globo)
Na Câmara, o deputado Cláudio Cajado, relator do arcabouço fiscal, já afirmou que não concorda com os pontos acrescentados pelo relator no Senado, Omar Aziz. (Globo)
Orçamento. A ministra do Planejamento, Simone Tebet, disse que as mudanças promovidas pelo Senado no arcabouço fiscal vão abrir espaço no orçamento para a nova versão do PAC. Além disso, evitam um corte de cerca de R$ 32 bilhões no Orçamento de 2024. (UOL)
Definições. O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, decidiu que o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2024 só será votado na Casa no segundo semestre. O foco dos deputados em julho estará na aprovação da reforma tributária, na votação das alterações do Senado no arcabouço fiscal e do projeto no Carf. (Estadão)
Ainda sobre o Carf, empresários pediram ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o fim de multas abusivas no Conselho, que elevam o valor original de uma autuação em 150%. As empresas pedem que só haja incidência de juros no período. (Folha)
Passou. O Senado aprovou a indicação do advogado Cristiano Zanin para a vaga no STF. Ao todo, foram 58 votos a favor e 18 contrários. Não houve abstenções. Horas antes, o indicado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva havia sido sabatinado por quase oito horas na Comissão de Constituição e Justiça da Casa. (Valor)
Tenha um bom dia!
Rafael Porto
Editor Apex News & Em Suma