Cesan tem recorde de investimento e alcança maior valor per capita da região Sudeste
03 de janeiro, quarta-feira
Recorde. A Cesan encerrou o ano de 2023 com um investimento recorde de R$ 840 milhões. O montante representa um salto de 30% em relação ao ano anterior. O objetivo da Companhia é antecipar as metas de universalização dos serviços de coleta e tratamento de esgoto, previstas para 2033 no Marco Legal do Saneamento. (Coluna Mundo Business, por Ricardo Frizera, Folha Business)
Comparação. O investimento per capita da Cesan foi o maior da região Sudeste, segundo o Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento. Com R$ 320 por habitante, o valor aplicado pela Companhia capixaba ficou à frente de gigantes como a Sabesp, que atende o estado de São Paulo.
Universalização. O abastecimento de água é universalizado em todos os 53 municípios atendidos pela Cesan. O serviço de coleta e tratamento do esgoto já atingiu a meta de universalização em Vitória, Serra e outros cinco municípios do interior.
FOLHA BUSINESS
Qualidade. A procura por cafés especiais vem crescendo no Brasil. De acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic), a venda dos grãos de alta qualidade teve um acréscimo de 26% no último ano, enquanto os cafés gourmet, ainda mais selecionados, registraram aumento de 20%. (Coluna Agro Business, por Stefany Sampaio, Folha Business)
Negócios. O interesse tem estimulado novos negócios na cafeicultura. Produtores das montanhas capixabas estão investindo na seleção de grãos de alta qualidade, vendidos pela internet para o Brasil e o mundo.
Ampliação. O governo estadual vai investir R$ 127 milhões para as obras de reforma e ampliação do aeroporto de Cachoeiro de Itapemirim. O projeto prevê um novo pátio para aeronaves, a modernização do terminal de passageiros e um novo espaço para aviação comercial. (ES 360)
Tecnologia. O aeroporto também receberá a implantação de equipamentos de auxílio à navegação, como o Papi. Além das melhorias na estrutura, o governo promete um novo acesso ao aeroporto.
Segurança. O Espírito Santo registrou 978 homicídios em 2023, o menor número da série desde 1996. Os dados, divulgados pela Secretaria de Estado da Segurança Pública, apontam uma redução de 2,9% no número total de assassinatos em relação a 2022. (Folha Vitória)
BRASIL
Projeções. O primeiro Relatório Focus do Banco Central em 2024 traz uma nova queda na projeção da inflação para o ano. A estimativa do mercado para IPCA passou dos 3,91% para 3,90%. A expectativa para a inflação oficial de 2023 permaneceu em 4,46%. (InfoMoney)
Para o PIB do ano, a mediana se manteve no mesmo patamar: 1,52%. Para 2023 também permaneceu a mesma (2,92%). (InfoMoney)
Juros. As projeções para a taxa Selic também não sofreram alterações, ficando nos mesmos 9% para 2024. (InfoMoney)
Bolsa. O Ibovespa começou o ano com queda de 1,11%, fechando a sessão aos 132.696,63 pontos. Reflexo da aversão ao risco, alta dos juros e do dólar, seguindo o cenário também observado no exterior. (InfoMoney)
O índice foi impactado pelo desempenho negativo das ações da Vale, da própria B3, dos bancos Bradesco, Itaú Unibanco e Banco do Brasil; além de varejistas. (InfoMoney)
O dólar, por sua vez, avançou 1,21% frente ao real, cotado a R$ 4,9160. (InfoMoney)
Petróleo. Após subir cerca de 2%, os contratos futuros de petróleo fecharam em queda. A commodity foi pressionada pelo dólar forte e um quadro geral de cautela nos mercados. (InfoMoney)
O Brent para março caiu 1,49% (US$ 1,15), a US$ 75,89 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE). (InfoMoney)
Com os ataques de rebeldes houthis, empresas de navegação globais mantêm suspensos embarques pelo Mar Vermelho. (Folha)
Débitos. A Receita Federal iniciou o período de adesão de pessoas físicas e jurídicas ao programa de Autorregularização Incentivada de Tributos. Por meio deles, dívidas podem ser pagas sem multas e juros. O objetivo é incentivar os contribuintes a regularizar débitos tributários administrados pela autarquia federal. (InfoMoney)
Indústria. O índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) industrial do Brasil caiu para 48,4 em dezembro. Os dados são da S&P Global. Esse foi o quarto mês seguido que a atividade manufatureira ficou abaixo do patamar de 50, que separa a expansão da contração. (Folha)
O desempenho é atribuído à queda dos pedidos nas fábricas. O ritmo de redução foi o mais acelerado desde junho. (Folha)
POLÍTICA
Orçamento. A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) deste ano foi sancionada com vetos pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A medida estabelece, entre outros parâmetros, a meta de déficit zero para o resultado primário das contas públicas. (Estadão)
A LDO também trata das regras para a destinação de emendas parlamentares. Entre os dispositivos vetados por Lula estão trechos do calendário para a distribuição de emendas impositivas, ou seja, de pagamento obrigatório. (Estadão)
São eles: a obrigação do empenho dos recursos em até 30 dias após a divulgação das propostas; e a determinação de que todo o pagamento deveria ser feito ainda no primeiro semestre de 2024, no caso de transferências fundo a fundo para as áreas de saúde e assistência social. (Estadão)
Em tempo: o governo de Lula pagou R$ 21,95 bilhões em emendas parlamentares ao longo do primeiro ano. O montante representa uma alta de quase 30% em relação ao último ano de gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro. Os dados constam no Portal da Transparência e foram consultados pela Reuters. (InfoMoney)
Câmbio. O ministro Fernando Haddad anunciou, em entrevista ao jornal Globo, que a equipe econômica está formulando uma mudança na política cambial. (Globo)
O governo quer "implementar um projeto para diminuir a volatilidade do dólar, um instrumento do Tesouro para atrair investimentos externos, uma espécie de hedge cambial", segundo o ministro. (Globo)
Neste contexto, seria criado um mecanismo que pretende evitar grandes oscilações para cima ou para baixo da moeda americana. O formato está sendo estudado pelo Tesouro Nacional, o Banco Central e o Ministério da Fazenda. (Globo)
Reforma. Haddad apontou ainda que a reforma do Imposto de Renda deve ficar para 2025, em função das eleições municipais. (Globo)
Para este ano, as prioridades são: regulamentar a Reforma Tributária, cumprir a meta fiscal e elaborar uma medida para diminuir a volatilidade do dólar. (Globo)
Reoneração. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, deve reunir os líderes de partidos da Câmara e do Senado na próxima semana para tratar do futuro da medida provisória que prevê a reoneração gradual da folha de pagamentos. (Folha)
A medida já está sendo analisada pela consultoria legislativa do Senado. O grupo está debruçado sobre os fundamentos constitucionais, como urgência e relevância. O parecer deverá ser encaminhado a Pacheco ainda nesta semana. (Globo)
Rotativo. Começa a valer hoje o teto para a taxa de juros no rotativo do cartão de crédito. Pela medida, o valor total cobrado pelos bancos em juros no dispositivo não pode exceder o valor original da dívida. (Globo)
Um relatório elaborado pela Moody's Investor Service, braço da agência de risco, prevê queda de rentabilidade para os bancos com a medida. O documento aponta o parcelamento das compras como parte da causa para os juros elevados do rotativo, que chegaram a 450% ao ano. A empresa, no entanto, não explica o que sustenta essa afirmação. (Folha)
Dados do Banco Central, por sua vez, não indicam qualquer relação entre essa modalidade de compra e a inadimplência. (Folha)
Falando no Banco Central, o servidor Rodrigo Alves Teixeira e o professor Paulo Picchetti assumiram ontem duas cadeiras na cúpula da instituição. Eles ficam, respectivamente, na diretoria de Administração e na diretoria de Assuntos Internacionais e de Gestão de Riscos Corporativos. (Globo)
Com os novos nomes, serão quatro diretores nomeados pelo presidente Lula no total de nove cadeiras na cúpula do Banco. Os mandatos se estenderão até 31 de dezembro de 2027, podendo ser renovados por mais quatro anos. (Globo)
Tenha um ótimo dia!
Rafael Porto, editor