Negócios. O Espírito Santo vive um momento de transformação da sua matriz econômica. Embora setores tradicionais continuem relevantes na composição do PIB, novos segmentos vêm ganhando força e relevância no mercado nacional e internacional. A coluna de hoje traz cinco empresas capixabas que estão apostando em novos negócios e devem alcançar um crescimento acima da média. (Coluna Mundo Business, por Ricardo Frizera, Folha Business)
Fortlev. Há algum tempo, a líder de mercado já não vende apenas caixas d’água. A Fortlev diversificou sua atuação, vendendo de tubos e conexões a placas de energia fotovoltaica, fabricados em oito unidades espalhadas pelo país. Nos últimos anos, a empresa também entrou no mercado imobiliário, desenvolvendo galpões logísticos no Espírito Santo.
Timenow. Referência em engenharia consultiva, a Timenow presta serviço para grandes companhias no Brasil e fora do país, atuando em diversos setores, como construção, mineração e celulose. A empresa capixaba está caminhando para faturar R$ 1 bilhão por ano até 2030, mas deve atingir a meta antes disso.
High Company. A marca capixaba de moda urbana já estampou camisas de artistas globais, a exemplo de Justin Bieber e Chris Brown. O crescimento rápido dos últimos anos é simbolizado pela parceria oficial com a Disney para usar personagens como Mickey Mouse e Pluto em suas peças.
Wine. Maior clube de assinatura de vinhos do mundo, a Wine está próxima do faturamento bilionário. A empresa capixaba hoje conta com aproximadamente 400 mil membros e também ultrapassou fronteiras, entrando no mercado mexicano. Apostando cada vez mais no negócio offline, a Wine abriu novas lojas e colocou seus rótulos em supermercados e restaurantes do país.
Apex Partners. Com três fusões e aquisições recentes, a plataforma de investimentos e soluções financeiras criada no Espírito Santo segue o plano de expansão para a região Sul, agora nos estados de Paraná e Santa Catarina. O objetivo é construir um ecossistema de mercados de capitais forte fora do eixo Rio-São Paulo. Com R$ 8 bilhões em ativos sob sua supervisão (+260%), a Apex lançou três fundos imobiliários que somam R$ 1,3 bilhão.
FOLHA BUSINESS
Rochas. Depois de vivenciar um crescimento acelerado entre 2020 e 2022, o setor de rochas percebeu uma estabilização do mercado e agora busca novas estratégias para crescer. Embora sejam muito associadas às exportações, as empresas do segmento têm 53% do faturamento vinculado ao mercado nacional. Uma pesquisa exclusiva da Futura realizada no ano passado mostrou que 75% dos empresários estão otimistas com as perspectivas de vendas para o território nacional. (Coluna Mundo Business, por Ricardo Frizera, Folha Business)
Esportes. Encantados com as belezas de Vitória, dois jovens empreendedores paulistas, Antonio Troncoso e Gustavo Marujo, decidiram investir na primeira arena de esportes de areia da cidade. A Arena Dois Zero Dois, voltada para diferentes atividades, como beach tennis e vôlei de praia, terá estrutura de alimentação e até espaço para eventos. (Coluna Mundo Business, por Ricardo Frizera, Folha Business)
Qualidade. Os dez finalistas do 3° Leilão de Nano Lotes de Cafés Especiais Tardios receberão selos de Indicação Geográfica, o que atesta a denominação de origem do produto — e também sua qualidade. Nesta quarta-feira, em Venda Nova do Imigrante, os produtores finalistas terão seus cafés submetidos à prova; na sequência, será realizado o leilão das sacas. (Coluna Agro Business, por Stefany Sampaio, Folha Business)
Alerta. O Ibama suspendeu temporariamente a aplicação de defensivos agrícolas à base de fipronil, sobretudo por meio de pulverização aérea. A medida cautelar busca preservar abelhas e outros insetos polinizadores. A substância está em reanálise pelo Ibama desde setembro de 2022. A decisão tem o apoio da Associação de Meliponicultores do Espírito Santo. (Coluna Agro Business, por Stefany Sampaio, Folha Business)
Recorde. O Portocel movimentou 6,65 milhões de toneladas em 2023, um avanço de 6% em relação ao ano anterior. O volume de cargas é o maior da série histórica. Deste montante, 93,8% estão associados à celulose. (Gazeta)
Indústria. O Espírito Santo manteve o segundo lugar no ranking de crescimento da produção industrial de 2023. De janeiro a novembro, o setor produtivo capixaba avançou 9,4%. O resultado, no entanto, não está equilibrado: enquanto o setor extrativo cresceu 18,9% no período, a indústria de transformação recuou 4,9%. (Observatório da Indústria)
BRASIL
Expansão. O Banco do Brasil quer expandir sua estrutura para o exterior e está de olho em 14 países, localizados principalmente no Sudeste Asiático, na África e também em países da Europa. (Estadão)
A lista de potenciais novas geografias inclui Coreia do Sul, Marrocos, Angola e Espanha, além de parceiros comerciais que devem ganhar peso a partir do fortalecimento do chamado grupo dos Brics, como a Índia. (Estadão)
A estratégia de expansão está relacionada, entre outros pontos, ao enfoque do banco na carteira de crédito de financiamento às exportações. No segmento de pessoas jurídicas, as operações somavam R$ 22,2 bilhões em setembro do ano passado, se consideradas as linhas que antecipam recursos de exportações futuras ou já embarcadas. (Estadão)
Aquisição. A fabricante chinesa de carros elétricos BYD está em negociação para comprar uma produtora de lítio no Brasil: a Sigma Lithium. A montadora está de olho na corrida global para garantir matérias-primas para a revolução dos veículos elétricos. (Folha)
A produtora está avaliada em US$ 2,9 bilhões (R$ 14,3 bilhões). Segundo a BYD, as empresas conversam sobre um possível acordo de fornecimento, joint venture ou aquisição. (Folha)
A Sigma começou a distribuir o metal de sua mina de rocha dura e unidade de processamento em Minas Gerais no ano passado. (Folha)
Em fevereiro, iniciaram rumores de que a produtora de lítio estaria na mira de Elon Musk. Sete meses depois, a Sigma divulgou que avaliava propostas de venda, mas não anunciou os interessados. (Folha)
A BYD é apoiada pela Berkshire Hathaway, de Warren Buffett, e ultrapassou, no começo deste ano, a Tesla como a maior fabricante de veículos elétricos do mundo. (Folha)
A montadora está construindo sua fábrica de carros elétricos no Brasil, a primeira fora da Ásia, como parte de um investimento de R$ 3 bilhões. (Folha)
POLÍTICA
Reoneração. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reúnem-se hoje para discutir a medida provisória que reonera a folha de pagamento de 17 setores intensivos em mão de obra. (Valor)
O encontro acontece em meio ao recesso parlamentar do Congresso Nacional, que vai até fevereiro. (Valor)
O governo federal tenta costurar um acordo sobre o tema que contemple uma transição mais longa para encerrar o benefício e medidas alternativas para compensar a perda de arrecadação. (Folha)
Reforma. O governo federal criou, na última semana, 19 grupos de trabalho com estados e municípios para regulamentar a Reforma Tributária sobre o consumo. A medida foi promulgada pelo Congresso Nacional no fim do ano passado. (Globo)
Após a promulgação, foi estabelecido o prazo de 180 dias para o envio de projetos de leis complementares. Ou seja, o prazo está correndo. (Globo)
Os grupos têm um prazo de 60 dias para elaborar os chamados anteprojetos (propostas de texto legal) para regulamentar o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) e da Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS). O primeiro é da União e o segundo é dos estados e municípios. (Globo)
Neste ano, o presidente da Câmara, Arthur Lira, deve priorizar a votação das leis complementares ao longo do primeiro semestre. (Globo)
Tenha um ótimo dia!
Rafael Porto, editor