Cinco empresas do agronegócio com atuação no ES para acompanhar em 2024
29 de janeiro, segunda-feira
De olho. O agronegócio desempenha um papel central na economia, contribuindo para 30% do PIB capixaba. É também a atividade econômica mais importante em 80% dos municípios do estado. Diante da relevância do setor, a coluna lista hoje cinco empresas com potencial para crescer acima da média do mercado e impulsionar o agronegócio no Espírito Santo. (Coluna Agro Business, por Stefany Sampaio, Folha Business)
Olam. Com foco no mercado de café solúvel, a multinacional investiu R$ 1 bilhão na construção de uma unidade industrial em Linhares. Presente em 60 países, a empresa ocupa uma área de 300 mil metros quadrados e tem como meta adquirir aproximadamente 600 mil sacas de café em grão por ano de cafeicultores locais. A empresa processa e exporta produtos para diferentes países, como Estados Unidos, Rússia e Polônia.
AgroCP. Fundada em 1988 em Minas Gerais, a empresa, especializada na produção de fertilizantes, chegou ao Espírito Santo em 2021, com uma fábrica em Rio Bananal. Desde então, já foram investidos R$ 50 milhões em terras capixabas. No ano passado, a empresa anunciou a expansão da unidade com um aporte de R$ 15 milhões.
KerOvos. Maior produtora de ovos do Espírito Santo, a empresa iniciou suas atividades em 1974 em Santa Maria de Jetibá. Hoje, são três unidades de produção, que vão da fábrica de ração —recentemente duplicada — ao processamento de ovos — que chegou a cinco milhões por dia.
Lipetral. Especializada no comércio de máquinas e equipamentos agrícolas, a empresa expandiu os limites de Linhares e atua também no sul da Bahia. Em constante expansão, a Lipetral merece atenção pelos investimentos em automação e tecnologia que dominaram o agro nos últimos anos.
Peterfrut. Fundada em Venda Nova do Imigrante há três décadas, a empresa é a maior produtora de morangos especiais do Brasil e atende mercados do Nordeste e do Norte, totalizando 630 municípios. Com capacidade de estocagem para mais de 10 mil toneladas, a força da empresa está também na parceria com quase três mil produtores.
FOLHA BUSINESS
Recorde. Principal distribuidor de frutas, legumes, verduras, plantas e flores do Espírito Santo, o Extrafruti atingiu uma receita recorde em 2023. O faturamento cresceu 26% em comparação com o ano anterior e o volume de produtos distribuídos para supermercados cresceu 17% — ao todo, foram 103 mil toneladas. O resultado inédito acompanhou o avanço dos varejistas parceiros, que hoje somam 70 lojas. (Coluna Mundo Business, por Ricardo Frizera, Folha Business)
Captação. O Bandes quer fechar ainda neste ano uma captação de US$ 50 milhões (cerca de R$ 250 milhões na cotação atual) com o New Development Bank — conhecido como banco dos Brics. O recurso será utilizado para financiar projetos de infraestrutura sustentável, disponíveis para municípios e empresas. (Coluna Mundo Business, por Ricardo Frizera, Folha Business)
Vale lembrar: no ano passado, o Bandes aumentou em 123% o volume de concessão de crédito, com inadimplência reduzida de 1,8% e um lucro de R$ 76 milhões.
Pecuária. A venda da carne bovina está entre as principais atividades econômicas do Brasil. Em um ano marcado por mudanças climáticas e ocorrências atípicas, a pecuária viveu um desequilíbrio que resultou na queda acentuada dos preços da arroba do boi. Para os especialistas do agronegócio, no entanto, as expectativas são positivas para o setor em 2024. (Coluna Agro Business, por Stefany Sampaio, Folha Business)
Uvas. A viticultura, cultivo de uvas para produção de vinho e para a agroindústria, se tornou uma prática bem-sucedida nas regiões quentes do Espírito Santo. Em Guarapari, o resultado é fruto da parceria entre Incaper e Prefeitura, que culminou na distribuição de mudas e em capacitação. Com o sucesso, os produtores de Guarapari estão também impulsionando o turismo de experiência na região. (Coluna Agro Business, por Stefany Sampaio, Folha Business)
BRASIL
Aéreas. As companhias aéreas Gol, Latam e Azul receberam R$ 6,5 bilhões em renúncias fiscais em 2021, segundo dados do Portal da Transparência do governo federal. (Estadão)
Somente a Gol, que passa por um processo de recuperação judicial nos Estados Unidos, recebeu R$ 1,8 bilhão em desonerações do Fisco. (Estadão)
A campeã em benefícios entre as empresas aéreas foi a Latam, que recebeu R$ 3,7 bilhões em renúncias; enquanto a Azul recebeu R$ 949 milhões. (Estadão)
Ao todo, em 2021, R$ 215 bilhões foram renunciados por meio de desonerações tributárias e incentivos no ano-calendário. O tributo federal que o governo mais deixou de recolher no período foi a Cofins, seguido pelo IRPJ, Imposto de Importação, IPI, PIS e CSLL. (Estadão)
No período, 23 mil empresas foram beneficiadas. Entre elas, Petrobras e Vale, que tiveram renúncias de R$ 29,5 bilhões e R$ 19,2 bilhões, sendo as campeãs entre todos os segmentos. Juntas, as duas empresas representam 22,6% do valor total que o governo deixou de recolher. (Estadão)
Por falar em aviação, as ações da empresa Gol caíram 12,73%, chegando a R$ 5,62, após a decisão da empresa de recorrer à Justiça americana em busca de proteção contra credores. (Globo)
Com isso, a empresa perdeu R$ 179,31 milhões no valor de mercado, passando a valer R$ 1,99 bilhão. Essa é a primeira vez desde março de 2023 que a Gol fica abaixo de R$ 2 bilhões. (Estadão)
Capital. O Magazine Luíza anunciou que fará um aumento de capital de até R$ 1,25 bilhão mediante subscrição privada, numa operação que envolve a família Trajano, controladora da varejista, e o BTG Pactual. (Valor)
O banco vai financiar os Trajano na capitalização. De acordo com o desenho apresentado em fato relevante, a família entrará com R$ 1 bilhão e o BTG se comprometeu a subscrever até R$ 250 milhões. (Valor)
O preço da emissão será de R$ 1,95 por ação. Os papéis do Magalu acumulam queda de 52,29% em 12 meses. Ao todo, serão emitidas entre 608.974.359 e 641.025.641 ações, o que fará o volume da capitalização ficar entre R$ 1,19 bilhão e R$ 1,25 bilhão. (Valor)
Petróleo. A Petrobras concluiu a perfuração do poço exploratório de Pitu Oeste, na Bacia Potiguar, na Margem Equatorial. A companhia comunicou à ANP que identificou presença de hidrocarboneto, porém ainda inconclusivo quanto à viabilidade econômica. (Estadão)
Em 2023, a Petrobras atingiu a produção total de óleo e gás natural de 2,78 milhões de barris por dia, 3,7% acima da registrada em 2022. (Estadão)
Injeção. O pagamento de precatórios do governo federal deve injetar mais de R$ 40 bilhões na economia e ampliar o crescimento do PIB entre 0,2 e 0,3 ponto porcentual. (Estadão)
Se confirmado, esse impulso deve sinalizar um crescimento do PIB mais próximo de 2%. Trata-se de um cenário de desaceleração ante 2023, quando o PIB deve crescer 3%, mas um número melhor do que as estimativas atuais. O mercado prevê alta de 1,6% para este ano. (Estadão)
Inflação. O IPCA-15 desacelerou para 0,31% no primeiro mês do ano, influenciado principalmente pelo segmento de alimentação e bebidas, que voltou a ter o maior impacto no índice. Os dados da prévia da inflação são do IBGE. (Globo)
Em 12 meses, a variação do IPCA-15 foi de 4,47%, dentro do teto da meta de inflação para 2024. (Globo)
Aliás, o Copom se reúne para a primeira reunião de 2024 nesta semana, começando amanhã e terminando quarta-feira. (Globo)
Falando no Banco Central, o presidente Roberto Campos Neto deve se encontrar amanhã com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para discutir a proposta que prevê a autonomia financeira da instituição. (Folha)
A proposta enfrenta certa resistência do governo federal. O PT já havia se oposto à autonomia operacional do Banco Central, que foi sancionada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em 2021. (Folha)
A PEC sobre o tema será relatada pelo senador Plínio Valério. O parlamentar pretende apresentar o relatório em até dois meses, a partir do retorno das atividades legislativas, no dia 5 de fevereiro. (Globo)
POLÍTICA
Ideologia. Pesquisa feita pela Futura Inteligência, em parceria com a Apex Partners, identificou como as pautas ideológicas podem impactar as urnas em 15 capitais brasileiras. Vitória, onde a maior parte da população se declara de direita, a ideologia do candidato figura como o fator de maior peso no voto. (Coluna Mundo Business, por Ricardo Frizera, Folha Business)
Liderança. Em todas as 15 capitais pesquisadas, a ideologia do candidato será relevante para pelo menos 70% dos eleitores. O maior peso, todavia, está em Vitória: para 83,7% dos participantes, essa questão será crucial.
Influência. A pesquisa também avaliou qual a importância do apoio dos candidatos da corrida presidencial nas eleições municipais. Em Vitória, 14,2% votariam com certeza em um candidato apoiado por Lula, enquanto 19,2% escolheriam um nome apoiado por Bolsonaro.
No cenário estadual, 14,5% dos entrevistados votariam em um nome apoiado pelo governador Renato Casagrande.
Ministério Público. Termina hoje o prazo para a inscrição de candidaturas à chefia do Ministério Público. A votação, marcada para o dia 22 de março, definirá a lista tríplice a ser encaminhada ao governador. As atenções se voltam para o nome do promotor Francisco Berdeal, que deve ter o apoio da procuradora-geral de Justiça, Luciana Andrade, mas ainda não oficializou sua entrada na disputa. (Coluna De Olho no Poder, Folha Vitória)
Perdas. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, projetou uma perda de R$ 100 bilhões de arrecadação em cinco anos caso o Perse seja mantido. O Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos foi iniciado durante a pandemia de covid-19. (Folha)
O fim do benefício foi proposto pela equipe econômica como uma medida de compensação pela perda de receita com a reoneração gradual da folha de pagamentos. Mas a proposta sofre resistências no Congresso Nacional, principalmente na Câmara dos Deputados. (Folha)
Haddad se reuniu com representantes do setor na última semana, em São Paulo, para discutir a medida provisória da reoneração. Segundo a Abrasel, o ministro está disposto a garantir um limite de R$ 25 bilhões de renúncia do programa, como cobrou o presidente da Câmara, Arthur Lira. (Folha)
Cobrança. O governo federal notificou a Vale para cobrar R$ 25,7 bilhões em outorgas não pagas na renovação antecipada dos contratos das Estradas de Ferro Carajás e Vitória Minas na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro. A notificação foi assinada pelo ministro dos Transportes, Renan Filho. (Estadão)
O governo também notificou a MRS Logística, no valor de R$ 3,7 bilhões. O Ministério dos Transportes pretende utilizar os recursos arrecadados para investir em novas ferrovias. (Estadão)
As notificações são baseadas na decisão do TCU que aprovou um acordo entre o governo federal e a Rumo, empresa logística do grupo Cosan. A concessionária pagará R$ 1,5 bilhão adicional pela renovação da concessão da Malha Paulista de ferrovia, feita antecipadamente em 2020. (Estadão)
Falando na Vale, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva desistiu de emplacar o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega para o cargo de CEO da mineradora. A desistência veio após a reação negativa do mercado financeiro e dos demais agentes econômicos. (Globo)
Entretanto, ainda há a possibilidade de Mantega ocupar uma das duas vagas da Previ no conselho de administração, grupo do qual fazem parte os representantes dos acionistas. Integrantes do governo, no entanto, dizem que a chance é remota. (Estadão)
Tenha um ótimo dia!
Rafael Porto, editor