Câmara mantém veto a reajustes e evita rombo de R$ 250 milhões no ES
Resumo dos jornais desta sexta-feira (21)
Veto. Por 316 a 165 votos, a Câmara dos Deputados manteve congelados até o final de 2021 os salários dos servidores públicos do país. O veto do presidente Jair Bolsonaro foi mantido em votação realizada ontem, revertendo a decisão tomada pelo Senado na noite anterior. (Folha Vitória)
No Espírito Santo, a liberação dos reajustes poderia ter um impacto de R$ 250 milhões nos cofres públicos. Isso porque Educação e Saúde representam cerca de 50% da folha de pagamento do estado e um reajuste linear de 3,5% ao ano, como ocorreu em períodos anteriores à pandemia, chegaria à soma milionária. (Gazeta)
Especialistas alegam que o reajuste ampliaria as desigualdades do país. No acumulado de 2020, já foram perdidas 26.930 vagas de emprego formais no Espírito Santo, segundo o último Caged. (Gazeta)
Arilton Teixeira, economista-chefe da Apex: "Com as contas públicas desorganizadas, os governos perdem a capacidade de investimento e correm maior risco de não terem mais recursos para cumprir com suas obrigações. Para o investidor estrangeiro, é um sinal claro de que trata-se de um péssimo lugar para investir. Uma outra consequência grave da permissão de reajustes é a transferência de recursos dos pobres aos ricos. Durante o período de pandemia, milhões de trabalhadores e empreendedores perderam renda e se sacrificaram para sobreviver. Qual foi o sacrifício dos três poderes? Nenhum". (Coluna Mundo Business, Folha Vitória)
Lobby. A Findes fez circular entre a bancada federal um manifesto em defesa do veto. "Possibilitar um reajuste para trabalhadores que já contam com estabilidade, vencimentos e aposentadorias integrais indica uma demonstração de insensibilidade, neste momento de extrema gravidade", afirmava a carta. (Gazeta)
Repercussão. Do outro lado, sindicatos de servidores e a Amunes criticaram a decisão. "Conceder reajustes deve ser uma prerrogativa de estados e municípios. A prefeitura que tiver condição deveria ter o direito de dar reajuste", defendeu o prefeito de Viana, Gilson Daniel. (Tribuna)
Aviação. O Grupo Itapemirim encomendou 10 aviões e planeja operar trechos a partir de Guarulhos, Galeão e Brasília. As aeronaves serão amarelas, como os ônibus da viação. A empresa espera se favorecer da ausência da Avianca e da redução operacional da Latam no país. (Gazeta do Povo)
Leilão. A Secretaria de Patrimônio da União publicou edital marcando a data para o leilão de três imóveis no Espírito Santo. A expectativa é arrecadar R$ 8 milhões. Os galpões do IBC ainda não estão na lista. (Gazeta)
Local. A Vale já adquiriu R$ 23 milhões em produtos e serviços voltados para a prevenção da covid-19, como máscaras, protetores faciais e álcool em gel. 100% deles foram adquiridos de fornecedores capixabas. "É incomum. Representa uma vitória do potencial fornecedor. Da competitividade. No primeiro semestre do ano passado, a média de contratação de produtos e serviços locais ficou em 57%", lembra o colunista Angelo Passos. (Gazeta)
Boletim. O Espírito Santo registrou 16 mortes e 1.079 casos de covid-19 nas últimas 24 horas. Com a atualização, o estado soma 2.979 óbitos e 104.169 registros da doença. Até o momento, 89.656 pacientes estão curados. (Tribuna)
UTI. A taxa de ocupação nos leitos de UTIs exclusivos para covid-19 está em 73,39% no Espírito Santo. Dos 715 leitos abertos durante a pandemia, 635 permanecem com uso exclusivo para a doença. (Tribuna)
Retorno. Na expectativa por um sinal verde do governo, pelo menos 200 escolas da rede particular afirmam estar prontas para a volta às aulas. As unidades estão passando por adaptações, baseadas no protocolo de segurança sanitária publicado pelo governo estadual. (Tribuna)
Apoio. O deputado federal Felipe Rigoni tem cobrado do Ministério da Educação uma orientação nacional para critérios de retorno às aulas. Defensor da reabertura, o parlamentar argumenta que o fechamento das escolas traz prejuízo social e agrava as desigualdades do país. (Gazeta)
Estudo. Um grupo de estudos formado por especialistas em saúde e educação analisou o processo de reabertura das escolas em 17 países. Todos que adotaram medidas de segurança, como distanciamento, uso de máscaras e redução do número de alunos em sala de aula, não registraram piora na curva de contágio. Apenas Israel, que dispensou o o uso de máscaras, precisou fechar novamente as escolas. (Gazeta)
Risco. O estudo aponta, ainda, que as crianças são menos suscetíveis à covid-19. Nos Estados Unidos, os óbitos causados por influenza são 2,2 vezes maiores que as mortes por coronavírus. (Gazeta)
Frio. A massa de ar polar que se aproxima do Espírito Santo vai fazer as temperaturas caírem para até 5ºC na Região Serrana. Na Grande Vitória, o termômetro deve registrar 18ºC. (Tribuna)
Política
Apoio. Bolsonaro deve manifestar apoio público a poucos candidatos nas eleições municipais. O presidente busca fortalecer a base governista na Câmara dos Deputados e quer evitar desgastes com a gravação de muitos vídeos de campanha. Quem confirma é Carlos Manato, ex-líder do PSL. (Coluna Plenário, Tribuna)
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Rafael Porto,
Editor Apex News e Em Suma