Com faturamento de R$ 8 milhões, capixaba Mogai busca investidores para abrir sede nos EUA
16 de novembro, quinta-feira
Inovação. A Mogai, uma das mais tradicionais empresas de tecnologia do Espírito Santo, vem crescendo, em média, 85% ao ano. Desde 2018, quando recebeu um aporte de R$ 2,5 milhões, o faturamento da empresa cresceu 21 vezes, saindo de R$ 380 mil para R$ 8 milhões neste ano. (Gazeta)
Planejamento. Em 2024, o faturamento deve chegar aos R$ 13 milhões, mantendo o crescimento acelerado. Para dar sustentação ao avanço, a Mogai busca um aporte na casa dos R$ 10 milhões. Com o recurso, a empresa quer montar uma sede nos Estados Unidos ou no Canadá.
Novidade. Segundo o fundador da Mogai, Franco Machado, a empresa vai desenvolver, a pedido da Suzano, uma tecnologia capaz de medir a quantidade de carbono que cada árvore capturou. A ferramenta também será capaz de apontar a saúde das plantas, aumentando sua produtividade.
Soluções. Com clientes do calibre de Vale, Petrobras, ArcelorMittal, CSN, Usiminas e Votorantim, a Mogai alcançou notoriedade após desenvolver uma tecnologia capaz de medir estoques de granulados em minutos com uso de câmera 3D.
FOLHA BUSINESS
Veículos. Com 30 anos de mercado, o grupo Orletti projeta atingir mais de R$ 1 bilhão de faturamento neste ano. O crescimento é significativo em relação ao faturamento do ano anterior (R$ 812 milhões), fruto da venda de 9,4 mil veículos e 4,8 mil cotas de consórcio. (Coluna Mundo Business, por Ricardo Frizera, Folha Business)
Agro. A empresa 4 Estações está investindo R$ 9 milhões para ampliar sua produção de água de coco e sucos cítricos. A nova fábrica, localizada em Sooretama, deve ser inaugurada em março do ano que vem, com capacidade de processar 50 milhões de cocos por ano. Com o investimento, a meta é crescer 50%, chegando a um faturamento de R$ 60 milhões. (Coluna Agro Business, por Stefany Sampaio, Folha Business)
Saúde. A capixaba Kora Saúde, hoje uma das maiores redes hospitalares do Brasil, registrou uma receita de R$ 577 milhões no terceiro trimestre deste ano. Foi o maior resultado de sua história e representou um crescimento de 78% desde a estreia na bolsa, há dois anos. (Coluna Mundo Business, por Ricardo Frizera, Folha Business)
Por outro lado, a Fertilizantes Heringer registrou um prejuízo líquido de R$ 62,65 milhões no mesmo período. Apesar da perda, o resultado foi melhor que o do terceiro trimestre do ano passado, quando teve valor negativo de R$ 110,7 milhões. O volume de entregas foi de 784 mil toneladas, avanço de 81% frente ao mesmo período do ano anterior. (Coluna Agro Business, por Stefany Sampaio, Folha Business)
Banco. O lucro líquido do Banestes no terceiro trimestre deste ano foi de R$ 96 milhões, salto de 25% em relação ao ano anterior. No acumulado do ano, o lucro líquido chega a R$ 281 milhões entre janeiro e setembro. O resultado foi puxado pelas operações de crédito. (Gazeta)
A carteira imobiliária foi um dos destaques, chegando a R$ 2 bilhões — avanço de 71% em 12 meses e de 49,8% no acumulado do ano. O banco vem disponibilizando, em média, R$ 100 milhões por mês para os capixabas que buscam um imóvel.
Terreno. O governo estadual vendeu por R$ 6,8 milhões um terreno de 2,1 mil metros quadrados localizado na Reta da Penha. A venda ocorreu com um ágio de 13% em relação ao lance inicial do certame. (Folha Vitória)
Outro terreno cobiçado também vai a leilão na próxima semana. Uma área de 55 mil metros quadrados entre Carapina e Laranjeiras foi ofertada pelo valor de R$ 118 milhões. (Gazeta)
BRASIL
Confiança. Agências de rating alertam que uma eventual mudança da meta fiscal para 2024 pode retardar a retomada do grau de investimento do Brasil. Investidores e organismos multilaterais já demonstraram ceticismo quanto à promessa de zerar o déficit primário do país. (Estadão)
A regra é clara: o Brasil ainda está longe de recuperar o grau de investimento e, para obter o selo de bom pagador, terá de se comprometer com metas fiscais ainda mais ambiciosas do que as propostas pelo novo arcabouço fiscal. (Estadão)
Serviços. Em setembro, o volume de serviços prestados no país recuou 0,3% em relação a agosto, segundo o IBGE. O resultado ficou próximo das estimativas mais pessimistas do mercado financeiro, que previam uma queda de 0,4%. (Estadão)
Com o resultado, o setor acumula uma perda de 1,6% nos últimos dois meses, eliminando parte da expansão de 2,2% vista entre maio e julho. (Estadão)
De janeiro a setembro, na série com ajuste sazonal, o setor de serviços registrou expansão em cinco deles, recuando em quatro oportunidades. (Estadão)
O recuo em setembro corrobora a perspectiva de um desempenho mais fraco para o PIB brasileiro no terceiro trimestre. (Estadão)
Energia. O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) prevê a necessidade de geração térmica adicional até dezembro deste ano para atender momentos de pico de demanda de energia. (Globo)
Nesta semana, o país registrou dois recordes de consumo consecutivos, ficando acima de 100 MW pela primeira vez na história. (Globo)
Entretanto, com mais térmicas em funcionamento, os preços de energia tendem a subir. Ainda não está definido se será necessário o aumento da bandeira tarifária, que atualmente está na cor verde. (Globo)
POLÍTICA
Meta. O governo federal decidiu que não dará aval a nenhuma emenda ao relatório preliminar da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) propondo mudanças na meta. O prazo para a apresentação de sugestões ao texto expira hoje. (Globo)
Com isso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, fiador do déficit zero nas contas públicas em 2024 ganha fôlego. Afinal, a definição possibilita mais tempo para a aprovação no Congresso de medidas que representem ganho na arrecadação. (Globo)
Embora comemore a decisão, a equipe econômica está cautelosa, uma vez que há possibilidade de mudança na meta em dezembro, durante a discussão da Lei Orçamentária Anual (LOA), etapa seguinte à LDO. (Globo)
Dentro do governo, o principal opositor do déficit zero é o titular da Casa Civil, Rui Costa. Costa teme que a manutenção da meta ocasione cortes em verbas do PAC. Com isso, uma ala do governo apresentou um plano para evitar paralisia nas obras do programa. (Folha)
Em reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Haddad destacou a importância de o governo concluir “efetivamente” o debate de cinco propostas no Congresso: a reforma tributária, o projeto sobre os fundos de alta renda, o que trata do instrumento do JCP, e a medida provisória sobre a subvenção do ICMS. (Estadão)
Hoje, Lula se reúne com Haddad e com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, no Palácio do Planalto. (Estadão)
Em tempo: quase metade dos deputados federais (42%) desconhece a medida provisória da chamada subvenção do ICMS. A proposta muda a tributação de grandes empresas que têm benefícios fiscais concedidos pelos Estados. Essa é a principal aposta de Haddad para aumentar a arrecadação em 2024 e continuar perseguindo a meta de déficit zero nas contas públicas no ano que vem. (Estadão)
Mudança. O governo federal publicou uma portaria revogando a decisão de 2021, do governo de Jair Bolsonaro, que dava autorização permanente para o trabalho no comércio durante os feriados. (Estadão)
O setor reagiu com críticas. A portaria foi publicada pelo Ministério do Trabalho e Emprego na segunda-feira (13). Para entidades empresariais e especialistas, a medida cria insegurança jurídica. Inclusive, a depender do caso, empresas que funcionaram no feriado da Proclamação da República poderão receber multas. (Globo)
Tributária. O Senado enviou à Câmara o texto da Reforma Tributária aprovado em dois turnos na semana passada. O encaminhamento é um pré-requisito formal para que a proposta seja analisada de novo pelos deputados. (Folha)
A expectativa do governo e da cúpula do Congresso é de que a reforma seja promulgada ainda neste ano. O presidente da Câmara, Arthur Lira, afirmou que o tema pode ser colocado em votação "a qualquer momento" após este feriado. (Folha)
Tenha um ótimo dia!
Rafael Porto, editor