Comércio exterior capixaba soma US$ 1,92 bilhão em outubro e avança acima da média nacional
10 de novembro, sexta-feira
Alta. O comércio exterior capixaba somou US$ 1,92 bilhão em outubro, registrando o melhor resultado do ano até aqui. Segundo o Instituto Jones dos Santos Neves, houve alta de 24,92% em relação a setembro e ganho de 33,43% na comparação com outubro de 2022. (IJSN)
O resultado foi puxado pelo incremento de 43,99% das exportações e de 25,04% nas importações pelos portos capixabas. Estados Unidos (24,26%), Egito (6,6%), China (6,6%) e Malásia (6,4%) foram os destinos mais comuns das exportações capixabas.
No acumulado do ano, a variação do comércio exterior capixaba é de 0,62%, contrastando com o desempenho nacional: no país, houve queda de 4,79% no período, com contração de 11,80% nas importações e alta de 0,94% nas exportações.
FOLHA BUSINESS
Inovação. A Timenow foi listada mais uma vez no ranking 100 Open Corps, um dos rankings de inovação mais relevantes do país, elaborado pela 100 Open Startups. Única empresa com sede no Espírito Santo a figurar no ranking, a Timenow liderou a categoria "Middle Market" e ficou na 29ª colocação geral, ao lado de companhias como Ambev e Petrobras. (Coluna Mundo Business, por Ricardo Frizera, Folha Business)
Evento. O primeiro dia do Fórum Liberdade e Democracia trouxe falas importantes sobre a economia nacional. Em seu discurso, o ex-ministro Joaquim Levy saiu em defesa do agronegócio. Ao defender o avanço do setor, explicou que "comida mais barata abre espaço para o consumo de outros bens e serviços pelas famílias brasileiras”. (Coluna Agro Business, por Stefany Sampaio, Folha Business)
Outro convidado do evento, o ex-ministro Paulo Guedes, reforçou que o Brasil vive um momento econômico positivo em comparação a outros países. "Quando estávamos na 'reabilitação', eles (outros países) estavam fazendo a festa. Agora eles estão indo para a 'reabilitação' e nós estamos bem. Se não fizermos besteira, vamos subir ainda mais e continuar a crescer", projetou. (Folha Vitória)
Expansão. O Grupo Coutinho, dono das marcas Extrabom e Atacado Vem, quer chegar à marca de 60 lojas até o final de 2028. A meta está no novo planejamento estratégico do grupo, que calcula um faturamento acima dos R$ 3 bilhões a partir de 2025. (Gazeta)
Em Linhares, o grupo Randon, maior fabricante de reboques da América Latina, está investindo R$ 11,5 milhões em tecnologia para ampliar sua operação no município. Com o ganho de produtividade, a empresa passará a fabricar e distribuir novos produtos a partir da fábrica capixaba. (Gazeta)
BRASIL
Balanço. O lucro líquido da Petrobras caiu 42,2% no terceiro trimestre deste ano em relação ao mesmo período do ano passado, indo de R$ 46,09 bilhões para R$ 26,6 bilhões. Um dos principais fatores que contribuíram para esse resultado foi a desvalorização da cotação internacional do petróleo em relação ao terceiro trimestre de 2022. (Globo)
Apesar da queda, a estatal vai distribuir R$ 17,5 bilhões em dividendos a acionistas, que serão pagos em duas parcelas iguais nos meses de fevereiro e março de 2024. (Globo)
Em tempo: a diretoria da Petrobras propôs um investimento que supera a casa de US$ 100 bilhões para o Plano Estratégico 2024/2028. O montante representa um aumento em relação ao último plano, que foi de US$ 78 bilhões. A cifra ainda depende de aprovação do conselho de administração da empresa e inclui um investimento no exterior, além de um valor previsto para eventual elevação da fatia acionária na Braskem. (Estadão)
Economia. O pagamento do 13º salário pode injetar cerca de R$ 291 bilhões na economia brasileira. Com adicional médio de R$ 3.057 para 87,7 milhões de brasileiros, o montante representa aproximadamente 2,7% do PIB do país. A estimativa é do Dieese. (Globo)
Do total de pessoas que vão receber o 13º salário, 61,34% são trabalhadores do mercado formal. Esse grupo receberá R$ 201,6 bilhões. (Globo)
Setores. A maior parcela do montante, 62,5%, será destinada a trabalhadores ocupados do setor de serviços. Em seguida vem a indústria , com 16,1%, os comerciários, que terão 13,1%. (Globo)
Estados. Metade do montante de R$ 291 bilhões será pago para os estados do Sudeste, região com maior capacidade econômica e que concentra os empregos formais e aposentados e pensionistas. (Globo)
Câmbio. Em outubro, o Brasil registrou fluxo cambial total positivo de US$ 3,4 bilhões, segundo o Banco Central. O resultado foi mais favorável que o registrado em setembro, quando saíram do país US$ 1,665 bilhão líquidos. (Folha)
Bolsa. O Ibovespa fechou a sessão em leve queda de 0,12%, aos 119.034 pontos. O dólar registrou alta de 0,67%, cotado a R$ 4,939. (InfoMoney)
Por falar na bolsa, a B3 registrou lucro líquido recorrente de R$ 1,16 bilhão no terceiro trimestre deste ano. O montante representa uma alta de 0,5% em comparação ao mesmo período de 2022. A receita líquida da operadora da bolsa foi de R$ 2,25 bilhões no trimestre encerrado em setembro, redução de 0,4% na comparação ano a ano. (InfoMoney)
POLÍTICA
Reforma. A saga do Espírito Santo para reduzir as perdas com a reforma tributária ganhou um novo capítulo. De volta à Câmara dos Deputados, após aprovação com alterações no Senado, a PEC será alvo de nova investida dos Estados. (Coluna De Olho no Poder, por Fabi Tostes, Folha Vitória)
Impacto. Na avaliação do governador Renato Casagrande e do secretário de Estado da Fazenda, Benício Costa, algumas das mudanças no Senado foram positivas, como o aumento do seguro-receita de 3% para 5% e a inclusão dos benefícios fiscais do comércio. A maioria, no entanto, foi negativa.
Críticas. O governador Renato Casagrande afirmou que o Senado "perdeu a oportunidade de melhorar o texto" e demonstrou preocupação com o número de exceções inseridas na PEC, o que pode elevar a alíquota do IVA,
Análise. A coluna de hoje traz um resumo dos dez principais pontos negativos da reforma tributária para o Espírito Santo.
Prazo. A reforma tributária pode ser votada na Câmara dos Deputados logo após o feriado de 15 de novembro. O presidente da Casa, Arthur Lira, tem demonstrado interesse em promulgar a matéria ainda este ano. (Folha de Londrina)
Aguinaldo Ribeiro, relator da reforma tributária na Câmara, criticou a ideia de fatiamento da proposta. Segundo ele, a ideia passa a sensação de que a reforma não terminou. (Estadão)
Manifestação. O Consórcio de Integração dos Estados do Sul e Sudeste do Brasil (Cosud) classificou a reforma tributária aprovada no Senado como retrocesso. Para os governadores do Sul e do Sudeste, os senadores pioraram o texto validado pela Câmara dos Deputados. (Folha)
Com as exceções adicionais, o Ministério da Fazenda estuda uma nova estimativa para a alíquota padrão da Reforma Tributária. A taxa deve superar os 27,5%, previsão mais recente da área técnica da Fazenda. (Globo)
O chamado "imposto do pecado" sobre petróleo e combustível pode render R$ 9 bilhões ao governo federal, segundo cálculos do Centro Brasileiro de Infraestrutura. A cifra poderia ser ainda maior, caso os números da mineração também fossem levados em conta. Empresas dos setores já se articulam para novas negociações na Câmara. (Estadão)
Proposta. O Brasil está se preparando para adotar uma tributação mínima de 15% sobre o lucro de empresas multinacionais. A iniciativa integra a agenda do G20 para combater a evasão fiscal. A informação é do Ministério da Fazenda. (Folha)
Vale lembrar que o Brasil vai assumir a presidência do G20 em dezembro. (Folha)
A OCDE defende que grandes multinacionais arquem com uma taxa mínima de 15% sobre seus lucros em todas as jurisdições onde operam, cortando assim os incentivos para que remetam ganhos para países onde usufruem de vantagens tributárias. (Folha)
Para o mercado financeiro, o impacto para o país com a nova regra de tributação mínima dependerá do formato proposto pela Receita Federal. O Brasil já tem uma tributação sobre a renda e o lucro das empresas que alcança 34%, mais que o dobro do patamar mínimo de 15% estipulado no acordo global. (Folha)
Juros. O Banco Central pode afastar a ideia de mudar o parcelamento sem juros, segundo a Abrasel. A Associação afirma que estudos da autoridade monetária não enxergam relação entre essa modalidade de crédito e a inadimplência. (Folha)
Meta. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a meta de zerar o déficit das contas públicas é "programática" e, por isso, nem precisaria estar na lei. (Globo)
Haddad frisou ainda que o programa da sua Pasta, desde o seu anúncio para o cargo, é de controle fiscal para permitir que os juros do país caiam e a economia cresça. (Estadão)
Mas o caminho que Haddad quer seguir se torna cada vez mais complexo, devido à frustração de receitas e ao aumento de despesas, que deixam mais complexo o cenário para 2024. (Folha)
FGTS. Após pedido de vistas do ministro Cristiano Zanin, foi suspenso no STF o julgamento da ação que discute uma possível mudança na taxa de correção usada para os valores do FGTS. (Globo)
Por enquanto, o placar é de três votos favoráveis para substituir o atual parâmetro, o que, na prática, vai aumentar os ganhos dos trabalhadores. (Globo)
O relator do processo, Luís Roberto Barroso, também presidente do STF, fez uma nova proposta de modulação dos efeitos da decisão. O ministro entende que os novos depósitos serão remunerados pelo valor da caderneta de poupança apenas a partir de 2025. (Globo)
Para 2023 e 2024, Barroso sugere estabelecer, como regra de transição, que a totalidade dos lucros auferidos pelo FGTS no exercício seja distribuída aos cotistas. (Globo)
Zanin tem até 90 dias para liberar o caso novamente para julgamento, o que pode fazer com que a retomada da análise só ocorra no ano que vem. (Globo)
Eleição. Os professores Eustáquio Castro e Sonia Lopes venceram a pesquisa eleitoral da Ufes para definição dos cargos de reitor e vice-reitor da Ufes. Os nomes vão encabeçar uma lista tríplice que será encaminhada ao presidente Lula. (Folha Vitória)
Tenha um ótimo fim de semana!
Rafael Porto, editor