Comércio cresce 27% em maio no ES; indústria capixaba segue com pior resultado do país
Resumo dos jornais desta quinta-feira (09)
Recuperação. As vendas do comércio capixaba cresceram 27,1% em maio, na comparação com o mês anterior. Em abril, com as medidas de isolamento social, o comércio havia retraído 17,9%, a pior queda em 20 anos, segundo o IBGE. No acumulado do ano, o resultado segue negativo, mas abaixo de dois dígitos: de janeiro a maio de 2020, o comércio varejista ampliado -- que inclui veículos, peças e materiais de construção -- recuou 5,9%. O segmento de vestuário e calçados teve o pior desempenho, com perda de 35,1% no período. (Gazeta)
Cristiano Santos, gerente da Pesquisa Mensal do Comércio do IBGE: "Foi um crescimento grande percentualmente, mas temos que ver que a base de comparação foi muito baixa. Se observamos apenas o indicador mensal, temos um cenário de crescimento, mas ao olhar para os outros indicadores, como a comparação com o mesmo mês do ano anterior (-13,4%), vemos que o cenário é de queda". (Gazeta)
Na indústria capixaba, a produção teve recuo pelo terceiro mês seguido. De acordo com o IBGE, houve queda de 7,8% em maio, na comparação com o mês anterior. Novamente, o pior resultado do país. No acumulado do ano, a retração chega a 18,5%, influenciada pela queda da indústria extrativa (-26,1%), da metalurgia (-19,3%) e dos minerais não-metálicos (-15%). (Gazeta)
Otimismo. A ArcelorMittal Tubarão confirmou que religará o segundo alto-forno da empresa no dia 26 de julho. Com capacidade para produção de 1,2 milhão de toneladas de ferro gusa/ano, o equipamento será reativado para atender a demanda do mercado externo, que voltou a crescer. O alto-forno estava paralisado desde o ano passado. (Gazeta)
Mudança. Pesquisa realizada pelo Sebrae identificou que as padarias do Espírito Santo aceleraram seu processo de digitalização na pandemia. Atualmente, 88% das panificadoras usam Instagram e 71% utilizam WhatsApp como ferramenta de vendas, mas 31% entraram nas redes sociais somente após o isolamento. O faturamento do setor teve uma queda média de 39%. (Coluna Mundo Business, Folha Vitória)
Leilão. O Banestes vai leiloar 93 imóveis no próximo dia 22. Entre as opções estão propriedades rurais, casas, apartamentos, coberturas residenciais e terrenos. Os preços variam de R$ 71 mil a R$ 870 mil. Os lances serão feitos e acompanhados somente pela internet. (Folha Vitória)
Crédito. A Câmara dos Deputados deve votar hoje a nova Medida Provisória de acesso ao crédito. O texto permitirá a liberação de até R$ 50 mil por meio das maquininhas de cartão. O juro será de até 6% ao ano, com prazo máximo de 36 meses. A União aportará R$ 10 bilhões para custear os empréstimos via maquininha. (Gazeta)
Sonegação. Pelo menos 16 mil empresas que atuam no Espírito Santo cobraram impostos do consumidor que não foram repassados para a Receita Estadual. Trata-se da mesma prática que teria sido realizada pelo fundador da Ricardo Eletro, preso ontem em Minas Gerais. No Espírito Santo, entre 2013 e 2018, as empresas que tiveram essa conduta deram um prejuízo para os cofres estaduais de aproximadamente R$ 56 bilhões. (Gazeta)
Boletim. O Espírito Santo registrou 32 mortes e 1.834 casos de covid-19 nas últimas 24 horas. Com a atualização, o estado soma 1.911 óbitos e 58.537 registros. (Folha Vitória)
Velocidade. Em apenas oito dias, foram divulgados 11.644 diagnósticos positivos da doença, 918 a mais que todos os casos registrados em maio. Considerando apenas os primeiros oito dias de cada mês, o ritmo de crescimento fica evidente: em abril, foram 177 casos; em maio, 1.554; em junho, 6.969. (Gazeta)
UTI. A taxa de ocupação dos leitos de UTI exclusivos para tratamento de pacientes com covid-19 atingiu 84,24% no Espírito Santo. Na região Metropolitana, o indicador permanece em 86,23%. Na região Norte, que havia chegado a 93,59% de ocupação, houve recuo para 87,18%. (ES 360)
Isolamento. Os municípios de Aracruz, Castelo, Santa Teresa e Rio Bananal serão investigados pelo Ministério Público Estadual após publicarem decretos que descumprem regras de funcionamento do comércio definidas pelo governo do Estado. (Folha Vitória)
Inovação. Um grupo de pesquisadores da Ufes está desenvolvendo um teste rápido que consegue detectar a covid-19 em até quatro minutos e tem custo médio de R$ 15 por exame. (ES 360)
Política
Conflito. A decisão liminar da Justiça que suspendeu a lei aprovada na Assembleia para redução das mensalidades escolares causou alvoroço entre os deputados. O discurso mais contundente foi do deputado Enivaldo dos Anjos, que classificou a decisão como um "tapa na cara da Assembleia". O presidente da Ales, Erick Musso, acionou, ainda na sessão, a Procuradoria da Casa para tratar sobre a decisão do TJ. (Coluna Plenário, Tribuna)
Emendas. O deputado federal Felipe Rigoni lançou, pelo segundo ano consecutivo, edital para que os capixabas cadastrem projetos para receber uma parcela dos R$ 12 milhões em emendas que serão indicadas pelo parlamentar. O prazo termina na próxima segunda-feira. Após avaliação técnica, os projetos são submetidos à votação popular. (Coluna Plenário, Tribuna)
Igrejas. A Assembleia Legislativa aprovou projeto de lei que classifica igrejas e templos religiosos como atividade essencial. A proposta foi encaminhada para sanção do governador. (Tribuna Online)
Eleição. O atual prefeito de Colatina, Sergio Meneguelli, ainda não anunciou se será candidato à reeleição. Nos bastidores, há quem acredite que a ida dele para o Republicanos não deixa dúvidas sobre a intenção. Na leitura da colunista Luciana Damasceno, o partido de Amaro Neto e Erick Musso quer ampliar sua base nas eleições municipais e preparar o "terreno para 2022". (Coluna De Olho no Poder, Folha Vitória)
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Rafael Porto,
Editor Apex News e Em Suma