Comércio exterior recua 24% no ES; Codesa lucra R$ 30 milhões após três anos de prejuízo; Estado recebe mais 35 mil doses de vacina
Resumo dos jornais desta segunda-feira (25)
Recuo. O comércio exterior capixaba encerrou 2020 com queda de 24,64%, apontam dados preliminares do Instituto Jones dos Santos Neves. Entre importações e exportações, foram somados R$ 11,4 bilhões, valor R$ 3,7 bilhões inferior ao registrado em 2019, quebrando a sequência de alta dos três anos anteriores. (Coluna Mundo Business, Folha Vitória)
Exportações. A redução do comércio exterior no Espírito Santo em 2020 foi influenciada pelas exportações, que contraíram 41,71% no período, caindo de US$ 8,8 bilhões em 2019 para US$ 5,1 bilhões em 2020. As importações caíram apenas 0,71%, alcançando US$ 6,2 bilhões. (Coluna Mundo Business, Folha Vitória)
Lucro. Apesar da queda de 0,62% no total de toneladas movimentadas no ano passado, a Codesa voltou a registrar lucro após três anos de prejuízo. Em 2020, a Companhia teve lucro de R$ 30 milhões, o maior da história. O valor, que ainda será auditado, é duas vezes maior que o melhor resultado da série -- em 2014, a Codesa havia lucrado R$ 15,2 milhões. (Coluna Beatriz Seixas, Gazeta)
Julio Castiglioni, diretor-presidente da Codesa, apresenta o motivo: "Essa discrepância se explica em função das decisões de saneamento, do choque de gestão, que ocorreram em 2019. No início daquele ano, estudos encomendados pela Controladoria-Geral da União (CGU) apontavam para um déficit de R$ 35 milhões caso a empresa se mantivesse em sua inércia. Arregaçamos as mangas. Cortamos quase 30% de gastos com serviços de terceiros, rescindimos e renegociamos contratos, praticamente eliminamos a inadimplência e demitimos cerca de 25% do quadro funcional." (Coluna Beatriz Seixas, Gazeta)
Perspectivas. O estrategista-chefe da APX Investimentos, Tiago Pessotti, calcula que em um ciclo de valorização das commodities deve favorecer as exportações capixabas. "A crescente demanda chinesa por commodities, a ascensão do PIB per capita da Índia e taxas de juros reais negativas são a base para um novo ciclo de valorização das commodities”, argumenta. (Coluna Mundo Business, Folha Vitória)
Arilton Teixeira, economista-chefe da Apex: "Muitos pensavam que o governo faria uma reforma tarifária a despeito do Mercosul, mas pouco foi feito. Se o governo Bolsonaro interromper o discurso ideológico e adotar o pragmatismo, vamos conseguir avanços na agenda econômica, como o Acordo de Livre Comércio com os EUA e possivelmente voltar a falar da entrada na OCDE", pondera Arilton, lembrando que será preciso incorporar o discurso de proteção ao meio ambiente. (Coluna Mundo Business, Folha Vitória)
Aldren Vernersbach, economista, em artigo sobre retomada econômica: "Os Estados brasileiros precisam reavaliar os rumos de suas economias, uma vez que o apoio estatal nesse cenário de crise sistêmica é essencial para criar um ambiente favorável aos negócios e estimular a recuperação econômica. [...] Os projetos voltados ao setor energético e ao setor de infraestrutura precisam ser priorizados, pois guardam o potencial de gerar ramificações produtivas por entre os demais segmentos econômicos. Esse tipo de investimento proporciona a ampliação da competitividade local, ao promover a redução de custos logísticos e de produção." (Gazeta)
Boletim. O Espírito Santo registrou 10 mortes e 800 casos de covid-19 nas últimas 24 horas. Com a atualização, o estado soma 5.668 óbitos e 285.654 registros da doença. Até o momento, 266.149 pacientes estão curados. (Folha Vitória)
UTI. A taxa de ocupação dos leitos de UTIs exclusivos para covid-19 está em 80,84% no Espírito Santo. Dos 715 leitos abertos durante a pandemia, 668 estão destinados ao uso exclusivo para pacientes com a doença. (Painel Covid-19)
Doses. O Espírito Santo recebeu ontem mais 35.500 doses da vacina contra a covid. Desta vez, foram imunizantes da parceria Oxford-AstraZeneca, produzida na Índia e importada pelo Ministério da Saúde. Essas doses serão utilizadas para contemplar mais 27% dos trabalhadores da saúde que estão na linha de frente do combate à pandemia no Espírito Santo. (Folha Vitória)
Produção. A Fiocruz espera receber matéria-prima para a produção da vacina de Oxford no Brasil até o dia 8 de fevereiro. A previsão inicial era que os insumos, vindos da China, chegassem ainda este mês. (Folha Vitória)
Mapa. A atualização do Mapa de Risco elaborado pela Sesa trouxe quatro municípios classificados com risco alto: Bom Jesus do Norte, Guaçuí, Montanha e Muniz Freire. Vitória e Viana são os únicos municípios da região Metropolitana com risco baixo -- os demais seguem classificados como risco moderado. (ES 360)
Ausência. O Enem voltou a bater recorde de abstenção neste domingo. Segundo o Inep, 55,3% dos candidatos não fizeram a segunda rodada da prova, ou seja, três milhões de inscritos que desistiram do Exame. (Folha Vitória)
Política
Equilíbrio. O Espírito Santo foi um dos oito Estados a não assinar carta enviada ao Congresso pedindo a prorrogação do estado de calamidade pública e do orçamento de guerra por mais seis meses. O secretário de Estado da Fazenda, Rogelio Pegoretti, afirmou que o pedido compromete o equilíbrio fiscal. "O problema não é a prorrogação da calamidade em si, mas o pedido para suspender mecanismos de controle fiscal, como o teto de gastos e a regra de ouro. A minha defesa é que, apesar da excepcionalidade e da urgência que esse momento de pandemia exige, abrir mão de ferramentas tão importantes de controle fiscal pode gerar grandes problemas de longo prazo", argumenta. (Coluna Beatriz Seixas, Gazeta)
Carnaval. O governo estadual decidiu que não haverá expediente nos órgãos públicos nos dias 15 e 16 de fevereiro, data em que é celebrado o Carnaval. Neste ano, no entanto, estão proibidas as festas e aglomerações. A Prefeitura de Vitória manterá expediente normal na data. (Folha Vitória)
Inquérito. O procurador-geral da República, Augusto Aras, pediu ao STF a abertura de um inquérito contra o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello. O objetivo é apurar se houve omissão no enfrentamento à crise provocada pela falta de oxigênio para pacientes com covid-19 em Manaus. (ES 360)
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Rafael Porto,
Editor Apex News e Em Suma