Construção civil aguarda obras da Cesan para investir R$ 1 bilhão em Vila Velha
Resumo dos jornais desta quarta-feira (21)
Investimentos. O município de Vila Velha vai receber mais de R$ 1 bilhão em investimentos imobiliários após a conclusão das obras anunciadas pela Cesan. Findes e Sinduscon afirmam que pelo menos oito construtoras aguardam a construção de uma estação de tratamento de esgoto (ETE) em Araçás para atendimento do novo eixo de desenvolvimento imobiliário da cidade. (Coluna Mundo Business, Folha Business)
Ampliação. Após diálogo com o setor produtivo, a Cesan planeja duas ETEs para a região, destravando investimentos na Rodosol e na Darly Santos. A primeira fase demandará R$ 50 milhões e deve ser concluída já em abril de 2024. A segunda, mais ampla, ficará pronta no final de 2024, ao custo de R$ 200 milhões. (Coluna Mundo Business, Folha Business)
Projetos. Além do Taj Home Resort e de outro empreendimento residencial da Opportunity, o entorno do Shopping Boulevard está na mira do mercado imobiliário. Segundo o Sinduscon, planejam investir na região as empresas Argo, Inocoopes, Canal, Vaz, Kemp, Javé, Grand e Barbosa Barros. (Coluna Mundo Business, Folha Business)
Vitória. Com a ampliação do teto do Minha Casa Minha Vida para R$ 350 mil, algumas construtoras voltaram a observar também áreas em bairros residenciais de Vitória. Terrenos ocupados em Jucutuquara, Tabuazeiro, São Pedro e Santo Antônio podem ser viáveis para projetos de verticalização. (Tribuna)
FOLHA BUSINESS
Agro. O Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes) vai investir R$ 4,5 milhões em pesquisas para a agricultura até 2025. O projeto desenvolverá soluções para 11 segmentos estratégicos do agronegócio no Espírito Santo. Serão 22 projetos, entre demandas para atendimento dos produtores e a geração de novos produtos e tecnologias. (Coluna Agro Business, Folha Business)
Diversidade. Entre as culturas agrícolas atendidas estão: abacate, abacaxi, banana, cacau, gengibre, mandioca, pimenta-do-reino, pimenta-rosa e plátano, bem como o artesanato de conchas de Piúma e a extração de sal-gema em Conceição da Barra. A iniciativa será financiada por emenda proposta em 2022 pelo então deputado federal Felipe Rigoni, hoje secretário estadual de Meio Ambiente. (Coluna Agro Business, Folha Business)
Inovação. O sucesso dos projetos recentes de veículos autônomos e a repercussão no mercado impulsionaram as perspectivas de crescimento da Lume Robotics. A startup capixaba vai dobrar o número de funcionários neste ano e espera triplicar o faturamento até o final do ano que vem. A base de clientes, que já possui gigantes como Vale, Petrobras e Ypê, também será dobrada. (Gazeta)
Recuperação. A economia capixaba superou de vez os impactos causados pela pandemia. No primeiro trimestre deste ano, a atividade econômica medida pelo IAE-Findes avançou 10,2% em relação ao último trimestre de 2019 — última base de comparação pré-covid. (Gazeta)
Desempenho. Na comparação com o último trimestre de 2022, a economia capixaba avançou 4,2%, acima da média nacional (4%). O desempenho foi puxado pelos setor de comércio e serviços (6%). A indústria teve avanço tímido, de 0,3%. (Gazeta)
BRASIL
Juros. Hoje é o dia de saber qual a decisão do Banco Central sobre a Selic. A expectativa entre os economistas é de que o Copom mantenha a taxa básica de juros em 13,75% ao ano, mas sinalize sobre o início do ciclo de cortes já para a reunião de agosto. (Globo)
Essa também é a expectativa do governo federal. Nos bastidores, a informação que circula é que o Ministério da Fazenda avalia como uma "declaração de guerra" se o Copom apontar que é preciso esperar mais as expectativas de inflação se ancorarem, ou seja, convergir para a meta. (Estadão)
Aliás, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o almoço com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, realizado anteontem foi para discutir sobre a economia brasileira e trocar percepções. (Globo)
Bolsa. O Ibovespa fechou em queda de 0,20%, aos 119.622 pontos, impactado pelo recuo de companhias do setor de mineração e siderurgia. O índice também sofreu influência da expectativa do mercado sobre o desfecho da reunião do Copom. Já o dólar subiu 0,43%, cotado a R$ 4,796. (InfoMoney)
Carros. O governo prorrogou por mais 15 dias o prazo para a venda exclusiva de carro com desconto para pessoas físicas. O prazo acabaria ontem. Os descontos são entre R$ 2.000 e R$ 8.000. (Globo)
Pela medida provisória que viabilizou o programa de incentivo, os clientes teriam 15 dias de acesso exclusivo às condições mais favoráveis. Só a partir disso é que as empresas poderiam acessar o programa e comprar esses veículos. (Globo)
Até o momento, o governo autorizou o uso de R$ 320 milhões em créditos tributários para a venda de carros com desconto, o equivalente a 64% do volume de recursos colocados à disposição nessa modalidade. (Globo)
Indústria. A produção industrial voltou a subir em maio, de acordo com a CNI, após queda em abril. Entretanto, o desempenho foi o menor para maio nos últimos três anos, mostrando que o setor ainda tem dificuldades em deslanchar. (InfoMoney)
Na sondagem da entidade, em uma escala na qual valores acima dos 50 pontos significam crescimento, a produção na indústria registrou 51,6 pontos. Em abril, houve uma retração significativa, com o indicador em 42,6 pontos, bem distante da linha divisória dos 50 pontos. (InfoMoney)
POLÍTICA
Retomada. Como divulgado na Apex News da última segunda-feira, o governo estadual e o consórcio responsável pelas obras do Cais das Artes firmaram um acordo para a retomada dos trabalhos. A expectativa é que o projeto seja concluído em até 30 meses. Os investimentos serão de R$ 183 milhões. (Folha Vitória)
Pagamentos. Para evitar o pagamento antecipado das obras, modelo que foi questionado pelo Tribunal de Contas do Estado, o novo acordo entre governo e o consórcio Andrade Valladares-Topus prevê o repasse somente após medição atestada pelo DER. (Gazeta)
Prioridades. O governo estadual oficializou junto ao Ministério da Casa Civil a lista de obras prioritárias para o novo PAC. O pacote envolve 14 projetos, entre obras nas áreas de infraestrutura, transporte, saúde e meio ambiente. Se executadas, demandarão um investimento de R$ 14,7 bilhões. (Coluna De Olho no Poder, Folha Vitória)
Detalhamento. A maior parte das obras trata da duplicação de rodovias, incluindo as BRs 101 e 262. Na sequência, estão as obras de prevenção a desastres naturais, a construção de encostas e proteção costeiras, as ações de saúde, segurança hídrica, aeroportos e ferrovias. (Coluna De Olho no Poder, Folha Vitória)
Reparação. A Samarco se reúne nesta semana com representantes dos governos de Espírito Santo e Minas Gerais, do MPF, do CNJ e da União para negociar a construção de mais um acordo de reparação. A expectativa é que o chamado Acordo de Mariana seja assinado até o fim de agosto, prevendo indenizações para os atingidos, reparação de danos ambientais e investimentos em Saúde. (Gazeta)
Vistas. A votação do relatório do novo arcabouço fiscal na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado deve continuar hoje, após senadores da oposição ao governo federal pedirem vistas para terem mais tempo de analisar o documento elaborado pelo relator da matéria, Omar Aziz. (InfoMoney)
A expectativa é que o texto seja aprovado na Comissão durante a reunião marcada para logo mais, às 8h30, e que ele possa ser levado a plenário ainda hoje. (InfoMoney)
Surpresas. Aziz surpreendeu o Congresso Nacional, o Ministério da Fazenda e técnicos especializados em contas públicas ao apresentar em seu relatório a exclusão das despesas com ciência, tecnologia e inovação do novo marco. (Valor)
As alterações não foram negociadas com a Câmara e nem com o governo federal, o que obriga o texto a ser analisado novamente pelos deputados, após aprovação no plenário do Senado. (Globo)
Como previsto, o relatório retira o Fundo Constitucional do Distrito Federal (FCDF) e o Fundeb da nova regra. Além disso, Aziz não alterou o período de cálculo da inflação para corrigir o limite de gastos, um desejo da equipe econômica, que quer evitar um corte de R$ 40 bilhões no ato do envio do orçamento de 2024. (Valor)
Em tempo: o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, decidiu adiar para a primeira semana de julho a análise de três projetos: o novo arcabouço fiscal, o Carf e a criação do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). (Valor)
Carga. Os setores de Comércio e Serviços temem a alta da carga tributária com a proposta de reforma que tramita no Congresso Nacional. O aumento seria de 15,7% e 207,3%, respectivamente, para os setores, segundo a CNC. (Valor)
Os cálculos da entidade consideram que o sistema será não cumulativo. Já considerando uma cumulatividade parcial, o impacto para o setor de serviços seria de 183,6% e de 1,8% para o comércio. (Valor)
Já o agronegócio calcula que a reforma pode elevar o custo da cesta básica em 22%, impactando a inflação. Os dados são da CNA, que defende tratamento diferenciado para alguns setores e cadeias produtivas para evitar o aumento de preços para os consumidores na ponta. (Globo)
Preocupação também para governadores. O relator da reforma tributária na Câmara, Aguinaldo Ribeiro, sinalizou que o Ministério da Fazenda aceita oferecer R$ 50 bilhões para financiar o Fundo de Desenvolvimento Regional, que será criado para compensar Estados e municípios pelo fim dos incentivos tributários regionais a empresas. (Estadão)
Já o Ministério da Fazenda trabalha com um aporte ainda menor, segundo o secretário extraordinário da Reforma Tributária na pasta, Bernard Appy. Além disso, a injeção de recursos no Fundo seria feita de forma progressiva. (Folha)
O pleito dos governadores é de, pelo menos, R$ 100 bilhões ao ano, segundo o governador Renato Casagrande. Eles se reúnem amanhã com o presidente da Câmara, Arthur Lira. (Estadão)
O relatório da Reforma Tributária deve ser divulgado até o fim desta semana, segundo o ex-coordenador do grupo de trabalho da matéria na Câmara, deputado Reginaldo Lopes. (Valor)
Taxação. São Paulo travou um acordo para unificar o valor da alíquota de ICMS cobrado em operações com plataformas de importação de remessas expressas, como Shein, Aliexpress e Shopee. O representante paulista pediu vista durante a discussão no Confaz. As decisões do órgão, coordenado pelo Ministério da Fazenda, são tomadas por unanimidade. (Globo)
O pedido surpreendeu os demais participantes. Havia um acordo prévio entre os estados para adoção de uma alíquota única de 17%. (Globo)
Desoneração. Em derrota para o governo, a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovou a proposta que prorroga por quatro anos a desoneração da folha de pagamento para 17 setores da economia. Agora, a matéria segue diretamente ao plenário da Câmara dos Deputados. (InfoMoney)
Com vetos. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a lei que reestrutura os ministérios com quatro vetos. Ele devolveu ao Ministério do Meio Ambiente a Política Nacional de Recursos Hídricos e a Política Nacional de Segurança Hídrica. (InfoMoney)
Além disso, Lula retirou do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), da Presidência da República, a competência de coordenar as atividades de inteligência federal; e vetou ainda o item que estabelecia como competência do Ministério das Cidades ações referentes ao saneamento e às edificações nos territórios indígenas. (InfoMoney)
Precatórios. Medida do governo passado, o limite para o pagamento de precatórios já gera um passivo total de R$ 141,8 bilhões para o governo federal, de acordo com dados do Relatório Contábil do Tesouro Nacional. O montante representa um aumento de 41% na comparação com 2021 e de 139% frente a 2018. A tendência é que essa dívida continue subindo. (Globo)
Por falar em grandes quantias, a inclusão de painéis solares no programa "Minha Casa, Minha Vida" pode gerar um impacto anual de R$ 1 bilhão na conta de luz dos demais consumidores de energia elétrica, via aumentos nas tarifas, segundo a Aneel. A medida foi aprovada no Congresso Nacional por meio de emendas à MP que trata do programa. (Valor)
Tenha um bom dia!
Rafael Porto
Editor Apex News & Em Suma