Histórico. O mercado imobiliário de Jardim Camburi está prestes a anunciar a maior transação de sua história. Um dos hotéis mais antigos de Vitória, o Canto do Sol, foi vendido para a construtora capixaba Mivita, que deve erguer um empreendimento residencial no lugar. (Coluna Mundo Business, por Ricardo Frizera, Folha Business)
Números. Apesar de os valores e detalhes da transação não terem sido revelados, sabe-se que o terreno — com cerca de 10 mil metros quadrados de área — estava sendo anunciado na casa dos R$ 120 milhões.
Quem é. A Mivita tem origem capixaba e quatro sócios-diretores, além de investidores ligados ao mercado imobiliário. Considerada uma construtora da "nova geração", a empresa é responsável por empreendimentos como o Stage, na Praia do Canto, e Lago, em Jardim Camburi.
Aquecimento. Com o novo empreendimento, a região da Avenida Norte-Sul seguirá como o principal vetor de crescimento imobiliário de Jardim Camburi. A proximidade com o aeroporto e o desenvolvimento de empreendimentos comerciais na região também beneficia os projetos residenciais.
FOLHA BUSINESS
Aquisição. Depois de receber um aporte de R$ 10 milhões da Apex Partners no fim do ano passado, a capixaba ATW Delivery Brands anunciou a aquisição da paulista Infinite Franchise. A partir de agora, o cardápio da empresa, que contava com marcas como N1 Chicken, vai contar com franquias do porte da Brasileirinho Delivery. Até o fim do ano, a ATW planeja trazer mais uma rede para seu portfólio. (PEGN)
Agro. As altas temperaturas registradas no Espírito Santo em novembro e dezembro afetaram a produção de café conilon e potencializaram o aparecimento da cochonilha. A nova praga tem causado prejuízos e preocupa os produtores. Um dos motivos apontados pelo Incaper para o surgimento da praga é o período de forte estiagem e baixa umidade. (Coluna Agro Business, por Stefany Sampaio, Folha Business)
Exportações. As vendas de rochas para o mercado externo recuaram pelo segundo ano consecutivo no Brasil, de acordo com dados compilados pelo Centrorochas. Em 2023, as exportações do setor somaram US$ 1,11 bilhão — abaixo do US$ 1,28 bilhão registrado no ano anterior. (Gazeta)
Apesar da queda, os empresários do setor ponderam que os valores estão próximos do patamar pré-pandemia. O ano de 2021 teve crescimento exponencial após as perdas de 2020, mas é tratado como ponto fora da curva pelos empresários.
Destinos. Os Estados Unidos seguem como principais compradores das rochas naturais brasileiras, com 54,7% do total. China (15,4%), Itália (7,16%) e México (5,11%) completam a lista.
Greve. Por falar em exportações, auditores fiscais da Receita Federal que atuam no Espírito Santo anunciaram a paralisação total do desembaraço de cargas até sexta-feira (26). (Folha Vitória)
BRASIL
Energia. As tarifas de energia devem sofrer um aumento médio de 5,6% este ano, acima da inflação prevista pelo mercado financeiro, de 3,86%. A estimativa é da Aneel. (Globo)
Um dos principais fatores de pressão sobre as tarifas é o aumento da conta de subsídios. Neste ano, são R$ 37 bilhões em subsídios pagos pelos consumidores, representando quase 15% da tarifa. (Globo)
A Abrace, por outro lado, prevê uma alta de 6,58%, podendo chegar a 15% em alguns estados brasileiros. (Globo)
Queda. A arrecadação federal fechou o ano de 2023 em leve queda de 0,12%, com receitas que totalizaram R$ 2,31 trilhões. Apesar da redução, descontada a inflação, o número foi o segundo melhor desde 1996, segundo a Receita Federal, perdendo apenas para os R$ 2,36 trilhões de 2022. (Globo)
Em dezembro, a arrecadação subiu 5,15%, em termos reais, na comparação com o mesmo mês de 2022, e R$ 213,22 bilhões em receitas. (Globo)
Bolsa. O Ibovespa fechou a sessão com alta de 1,31%, aos 128.262 pontos. O desempenho foi auxiliado, principalmente, pelas ações da Vale (VALE3) e da Petrobras (PETR4). (InfoMoney)
O dólar caiu 0,66%, cotado a R$ 4,955. (InfoMoney)
POLÍTICA
Aviação. Nos próximos dias, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reunirá com representantes de companhias aéreas para discutir medidas de recuperação do setor. A informação é do ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho. (Estadão)
Os desafios vão desde o preço do combustível, passando por linha de crédito, até a judicialização. (Estadão)
As três principais companhias que atuam no mercado doméstico reclamam de questões financeiras. Entre elas, a Gol está com o pior quadro e busca evitar a adesão à recuperação judicial. (Estadão)
Balanço. Em 2023, o setor aéreo brasileiro registrou a movimentação de 112,6 milhões de passageiros. O montante representa um crescimento de 15,3% em relação ao ano anterior. Do total, 91,4 milhões foram em voos domésticos, com crescimento de 11,2%. (Estadão)
Destaque para os voos internacionais que obteve uma expansão de 37%, totalizando 21,2 milhões de passageiros. (Estadão)
Investimentos. Em 2023, foram investidos R$ 187 milhões dos cofres públicos na aviação regional e outros R$ 1,2 bilhão pela iniciativa privada. (Estadão)
Para este ano, a projeção do Ministério de Portos e Aeroportos é que estes valores irão mais do que dobrar, com R$ 480 milhões de investimentos do governo e R$ 2,6 bilhões das companhias privadas. (Estadão)
Falando em ajuda, a prorrogação até 2028 do Regime Tributário para Incentivo à Modernização e à Ampliação da Estrutura Portuária (Reporto) pode representar uma desoneração de até R$ 5 bilhões em um período de cinco anos, segundo o governo. (Valor)
Somente neste ano, o custo será mais elevado, de R$ 2 bilhões, com diminuição ao longo dos anos. (Globo)
A prorrogação foi aprovada pelo Congresso Nacional no fim do ano passado. O Reporto existe desde 2004 e prevê incentivos fiscais para investimentos em portos, como compra de máquinas e equipamentos. (Globo)
Isenção. Lula confirmou que fará um reajuste na tabela de isenção do Imposto de Renda (IR) para acomodar o ganho real no salário mínimo. O objetivo seria aumentar a faixa de isenção do imposto para até dois salários mínimos (R$ 2.824). (Valor)
A revisão da tabela de Imposto de Renda será definida até o fim deste mês, segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. (Globo)
Em tempo: a isenção proposta pelo governo deve custar cerca de R$ 344,8 milhões de reais aos cofres públicos, segundo cálculos da Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Unafisco). (Estadão)
JCP. O governo federal prepara uma reforma tributária sobre a renda para enviar ao Congresso Nacional na sequência da regulamentação da Emenda Constitucional que tratou dos impostos sobre o consumo. A proposta deverá incluir um imposto mínimo efetivo de 15% sobre o lucro de multinacionais que operam no Brasil. (InfoMoney)
A equipe econômica também deve propor a revogação ou mudanças no uso dos juros sobre o capital próprio pelas empresas. Essa proposta dialoga com o conceito de imposto mínimo global, negociado por 140 países sob a coordenação da OCDE, com o objetivo de permitir a realocação dos lucros de multinacionais para economias de todo o mundo. (InfoMoney)
Tenha um ótimo dia!
Rafael Porto, editor