Crédito. O Espírito Santo registrou um crescimento de 25,2% no volume de crédito rural aplicado entre julho e dezembro de 2023 — primeiro semestre do ano-safra, medido sempre de julho a junho. Durante o período, foram R$ 4,4 bilhões em crédito, um salto de quase R$ 1 bilhão em relação ao mesmo período do ano anterior (R$ 3,51 bilhões). (Coluna Agro Business, por Stefany Sampaio, Folha Business)
O crescimento é resultado do Plano de Crédito Rural, lançado em julho. O programa é uma parceria do governo federal com Estados, instituições financeiras e representantes dos produtores rurais. Até o fim da safra 2023/2024, a expectativa é alcançar a marca recorde de R$ 7,8 bilhões em crédito para os produtores capixabas.
Operações. Além do crescimento em valores nominais, o número de operações de crédito para as atividades agrícolas também avançou. Entre julho e dezembro de 2023, foram 24,7 mil operações, um crescimento de 20,3% frente a 2022. Os números foram divulgados pela Seag, com base em informações do Banco Central.
FOLHA BUSINESS
Inovação. O Robô IG, desenvolvido pela capixaba Rhopen, uma das consultorias de recursos humanos mais inovadoras do país, vem gerando economia para as empresas onde atua. A tecnologia identificou, somente no ano passado, mais de R$ 60 milhões em erros nas folhas de pagamento de empresas em todo o país. (Coluna Mundo Business, por Ricardo Frizera, Folha Business)
Agilidade. As auditorias manuais custam caro para as empresas e demandam um tempo expressivamente maior, explica a sócio-fundadora da Rhopen, Cátia Horsts. Com processos mais ágeis e acessíveis, o Robô IG reduz os prejuízos causados pelo erro humano diante das complexas leis e normas trabalhistas do país.
Por falar em inovação, a Timenow planeja investir R$ 5 milhões em startups neste ano. O foco das aplicações está em gerenciamento remoto de projetos, visão computacional, inteligência artificial generativa, big data, machine learning e análises preditivas. Desde 2020, a Timenow já investiu mais de R$ 10 milhões por meio do próprio programa de venture capital. (Coluna Mundo Business, por Ricardo Frizera, Folha Business)
Petróleo. A Petrobras, maior empresa em faturamento no Espírito Santo, planeja investir R$ 25 bilhões em terras capixabas nos próximos quatro anos. A coluna Mundo Business conversou com a gerente da unidade regional da Petrobras, Eduarda Lacerda, que falou sobre o andamento dos projetos previstos. (Coluna Mundo Business, por Ricardo Frizera, Folha Business)
Clima. Produtores rurais podem se preparar para mais um ano de temperaturas acima da média. Boletim da ONU afirmou que o fenômeno El Niño deve persistir até abril, prolongando o período de calor extremo. No Espírito Santo, os meses de novembro e dezembro tiveram chuvas abaixo da média. (Coluna Agro Business, por Stefany Sampaio, Folha Business)
BRASIL
PIB. O mercado financeiro aposta que o setor de serviços, maior empregador do país, será o motor da economia brasileira em 2024. Em 2023, o setor se destacou junto com o agronegócio na geração de riquezas. (Estadão)
As previsões indicam que 65% do crescimento do PIB de 2024 virá das diversas atividades que compõem o setor de serviços — incluindo o comércio. (Estadão)
Freio. Os investimentos no agronegócio devem desacelerar neste ano, em meio à expectativa de uma menor safra de grãos e à conjuntura de preços não tão remuneradores das commodities. Os juros ainda elevados também impactam o cenário. (Estadão)
As maiores cautelas dos produtores rurais tendem a ser em bens de capital. Do lado das agroindústrias, o custo do capital será determinante para a definição de novos investimentos, além da avaliação sobre as modificações nos incentivos estaduais em virtude da reforma tributária. (Estadão)
Indústria. O setor industrial brasileiro completou quatro meses seguidos de crescimento, segundo o resultado da Pesquisa Industrial Mensal realizada pelo IBGE. A produção acumulou uma expansão de 0,9% entre agosto e novembro de 2023. (Estadão)
Essa é a sequência mais longa de resultados positivos desde o período de maio a novembro de 2020. (Folha)
Em novembro de 2023, a alta foi de 0,5%, segunda maior do ano, puxada pelas indústrias extrativas (3,4%) e produtos alimentícios (2,8%). (Globo)
Comex. A balança comercial brasileira encerrou 2023 com um saldo positivo de US$ 98,8 bilhões, o maior valor desde o início da série histórica, em 1989. Os dados são do MDIC. (Globo)
O resultado recorde é 60,6% maior que o registrado em 2022. (Estadão)
As exportações do país somaram US$ 339,7 bilhões em 2023. Com isso, houve crescimento de 1,7% em relação ao ano anterior, superando o recorde de US$ 334,1 bilhões de 2022. (Folha)
Já as importações totalizaram US$ 240,8 bilhões, ante US$ 272,6 bilhões em 2022. Isso significa uma redução de 11,7% em relação ao ano anterior. (Folha)
Em tempo: o Brasil ultrapassou pela primeira vez a marca de US$ 100 bilhões exportados à China. O montante é o maior valor já exportado pelo país a um parceiro comercial. Foram US$ 105,7 bilhões em vendas ao país asiático no ano passado, alta de 16,5% em comparação com 2022. (Estadão)
Mais caro. Com os ataques realizados no Mar Vermelho pelos rebeldes Houthi iemenitas está impactando nos custos e prolongando as viagens entre a Ásia e a Europa. Os preços do frete quase triplicaram desde meados de dezembro, quando os ataques se intensificaram. A plataforma de reserva de carga Freightos.com estima um aumento de mais de 170%. (Globo)
Pelo menos 18 companhias marítimas, incluindo a gigante dinamarquesa Maersk, já redirecionaram suas rotas através da África do Sul para evitar a passagem pelo estratégico Golfo de Aden. (Globo)
POLÍTICA
Reoneração. A medida provisória (MP) que reonera parcialmente a folha de pagamento dos 17 setores que mais empregam no país é a última alternativa do governo, antes da judicialização. A afirmação é do secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dário Durigan. (Globo)
Durigan alega que a MP não é uma afronta ao Congresso, mas uma forma de cumprir o Orçamento aprovado para 2024, que não prevê a compensação a essas despesas, além de seguir orientações do TCU. (Globo)
Além disso, o secretário-executivo afirmou que a política de desoneração da folha de pagamentos, como aprovada pelo Congresso, é “inconstitucional, antiorçamentária e antieconômica”. (Estadão)
Congressistas já sinalizaram que vão derrubar a medida, apesar do discurso da Fazenda de que não se trata de um choque com o Legislativo. (Globo)
Vale ressaltar que, em 2021, o então ministro do STF Ricardo Lewandowski votou pela rejeição da tese de inconstitucionalidade defendida pela AGU. Para ele, a medida é constitucional e foi importante para proteger empregos e não desrespeitou a legislação. (Globo)
A PGR, por sua vez, já se manifestou a favor da desoneração cujo fim causaria um impacto “relevante” e poderia atrapalhar a recuperação econômica. (Globo)
Limites. O Ministério da Fazenda editou uma portaria que estabelece limites para empresas usarem créditos decorrentes de decisão judicial transitada em julgado para compensar débitos relativos a tributos administrados pela Receita Federal. (Estadão)
A medida prevê, entre outros pontos, que contribuintes com direito a créditos tributários decorrentes de decisão judicial com valor igual ou superior a R$ 10 milhões terão um limite mensal para usufruir desses créditos. Hoje, elas não têm esse limite. (Estadão)
Nas contas do Ministério da Fazenda, o volume de compensações triplicou nos últimos dez anos. Em 2023, até agosto, o montante foi de R$ 163 bilhões. Em 2013, o valor girava em torno de R$ 50 bilhões. (Estadão)
Vermelho. As prefeituras municipais vão começar 2024 com as contas no vermelho, segundo a Frente Nacional de Prefeitos (FNP). A estimativa é que os executivos municipais tenham fechado o ano de 2023 com déficit de até R$ 4,7 bilhões. (Globo)
O número ainda pode passar por revisão em razão de aportes feitos pela União no fim do ano e que estão sendo contabilizados pela Frente, mas a piora nas contas é dada como certa. (Globo)
De janeiro a outubro de 2023, os municípios registraram déficit de R$ 2,3 bilhões. O último bimestre tende a ser pior em razão do impacto no caixa do pagamento do 13º salário e de outras despesas sazonais. (Globo)
Dados do Banco Central corroboram a avaliação de deterioração nas contas. De acordo com a Nota de Política Fiscal, os municípios fecharam 2022 com superávit de R$ 21 bilhões, mas chegaram ao fim de outubro de 2023 com rombo de R$ 10,9 bilhões no acumulado em 12 meses. (Globo)
Tenha um ótimo dia!
Rafael Porto, editor