De olho em geração eólica offshore, Petrobras vai medir ventos em plataformas do ES
04 de setembro, segunda-feira
Eólica. A Petrobras vai instalar seis novos equipamentos para medição de ventos em plataformas do litoral capixaba. Os sistemas também serão implantados no Ceará e no Rio Grande do Norte. O objetivo é avaliar a viabilidade e a melhor localização para os novos parques eólicos offshore que a estatal planeja construir. (Estadão)
Prazo. O primeiro equipamento já foi instalado no Rio Grande do Norte e as plataformas capixabas devem receber o sistema nos próximos 12 meses. Serão pelo menos três anos de medição. Após a criação do marco regulatório da energia eólica offshore, os primeiros projetos devem começar a operar em 2030. (Estadão)
FOLHA BUSINESS
Credibilidade. A Fitch Ratings, uma das mais influentes agências de avaliação de risco do mundo, elevou a nota do Sicoob ES e de suas seis cooperativas singulares (Sul, Conexão, Coopermais, Sul-Litorâneo, Sul-Serrano e Credirochas). A classificação passou de AA-(bra) para AA(bra), segunda mais alta na escala nacional, abaixo apenas de AAA. (Coluna Mundo Business, Folha Business)
Crescimento. No primeiro semestre, a carteira de crédito do Sicoob ES avançou 27,1%. Nos últimos 12 meses, foram mais de R$ 2,4 bilhões adicionados à carteira, totalizando R$ 11,3 bilhões. O destaque vai para o crescimento de 61% na carteira de crédito rural. (Coluna Mundo Business, Folha Business)
Expansão. Embora carregue o Espírito Santo no nome, o Sicoob ES está crescendo nacionalmente. Presente também no Rio de Janeiro, na Bahia e em São Paulo, a empresa planeja abrir mais quatro agências fora do estado até o final do ano — atualmente, são 182 pontos de atendimento. (Coluna Mundo Business, Folha Business)
Por falar em rating, outros bancos capixabas tiveram sua avaliação revisada pela Fitch. O Bandes passou de AA(bra) para AAA(bra), alcançando a nota máxima, enquanto o Banestes subiu de AA-(bra) para AA(bra). (InfoMoney)
Ainda sobre bancos: o Santander está leiloando a agência situada na Avenida Princesa Isabel, no Centro de Vitória. Com lance inicial de R$ 3,9 milhões, a unidade aceitará propostas até amanhã às 15h. (Folha Vitória)
Resultado. A Cesan teve lucro recorde no primeiro semestre deste ano. Com ganho de R$ 123,9 milhões, a empresa aumentou o resultado em 40%, na comparação com o mesmo período do ano anterior — um crescimento de R$ 35,5 milhões. A lucratividade tem relação com o avanço da receita operacional, que subiu 14,8% no período, enquanto as despesas tiveram alta de 5,7%. (Coluna Mundo Business, Folha Business)
Reestruturação. A EBEC, empresa mineira adquirida pela VIX Logística no início do ano, vai reestruturar sua dívida para economizar até R$ 12 milhões por ano. Graças ao rating de crédito da VIX (AA-), a empresa emitiu debêntures para antecipar o pagamento de dívidas antigas, com juros mais altos, e adquirir financiamentos com taxas menores e prazos alongados. (Coluna Mundo Business, Folha Business)
Valorização. A queda na produção de cacau na África, causada pelo El Niño, diminuiu a oferta e elevou os preços globalmente. O patamar atual é o maior em 46 anos. Os produtores capixabas estão otimistas com a perspectiva de faturamento e investindo na ampliação das lavouras para a próxima safra. (Coluna Agro Business, Folha Business)
Inovação. A TM3 Capital, conhecida no Espírito Santo por fazer a gestão do Funses1, vai criar seu sexto fundo de venture capital. A empresa planeja captar US$ 100 milhões para investir em empresas de base tecnológica que atuam no agronegócio em países como Argentina, Paraguai e Uruguai, além do Brasil. (Coluna Agro Business, Folha Business)
Exportação. A Sigma Lithium, empresa responsável pela mineração e industrialização de "lítio verde" em Minas Gerais, já está com uma nova carga no Porto de Vitória. Serão destinadas mais 15 mil toneladas para a chinesa YaHua, que utilizará o insumo para produção de baterias, repetindo a operação realizada em julho no porto capixaba. (Valor)
BRASIL
PIB. A economia brasileira voltou a mostrar sinal de força e continuou a crescer no segundo trimestre. Superando as projeções do mercado, o PIB avançou 0,9% na comparação com os primeiros três meses deste ano, segundo o IBGE. (Estadão)
O crescimento foi puxado pela indústria (0,9%) e pelo setor dos serviços (0,6%). A agropecuária foi o único dos três grandes setores da economia a cair (-0,9%). (Globo)
Na comparação com o mesmo trimestre de 2022, o PIB avançou 3,4%. No semestre, o avanço foi de 3,7%. (Globo)
Com o resultado do segundo trimestre, o PIB brasileiro marcou a sua oitava expansão seguida. (Estadão)
Para o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, o resultado do PIB no segundo trimestre “foi uma boa surpresa” e deve refletir em uma melhor arrecadação para o governo federal. (Globo)
O mercado financeiro já iniciou uma nova rodada de revisões para cima nas projeções para o crescimento econômico deste ano, que passaram a girar em torno de 3% sobre 2022. (Globo)
Fernando Haddad, ministro da Fazenda, confirmou que a alta do PIB no ano pode chegar a 3%, mas reconheceu que o terceiro trimestre da economia merece atenção. Ele afirmou que o governo precisa estar preparado para soltar novas medidas, caso a economia desacelere. (Globo)
Ranking. Pela primeira vez uma mulher lidera a lista de bilionários brasileiros da Forbes: Vicky Safra, que junto com seus filhos, tem um patrimônio de R$ 87,8 bilhões. O levantamento é realizado pela revista há 12 anos. (Estadão)
Atualmente, as mulheres representam 22% do grupo dos bilionários, um crescimento de 12% em relação ao ano passado, de acordo com a Forbes. São 60 posições ocupadas por mulheres. (Estadão)
Startups. O Brasil despontou como polo de startups na América Latina, segundo o relatório Panorama Tech. O país possui 13 mil empresas de base tecnológica, que representam 62,9% do total da região. (Globo)
Unicórnios. O país também conta com 24 unicórnios — startups que atingiram valor de mercado de US$ 1 bilhão. É o maior número da América Latina. (Globo)
O estudo aponta ainda que as startups brasileiras receberam US$ 21,9 bilhões em investimentos (R$ 108,4 bilhões) entre 2019 e 2023, liderando os aportes na região. (Globo)
Em toda a América Latina, os investimentos nessas empresas somaram US$ 36 bilhões (R$ 178,2 bilhões). (Globo)
POLÍTICA
Imposto. O STF formou maioria para que sindicatos possam cobrar contribuição assistencial de trabalhadores não sindicalizados. A análise do caso foi retomada na sexta-feira e vai até o dia 11 de setembro. (Folha)
Dos 11 integrantes da Corte, seis já votaram a favor do pedido de um sindicato do Paraná. O caso, porém, tem repercussão geral e valerá para todas as entidades do país. (Folha)
No recurso julgado agora, os ministros estão mudando um entendimento de 2017, quando o STF considerou a contribuição inconstitucional, uma vez que já existia o imposto obrigatório. (Globo)
Para não pagar, o trabalhador poderá se valer do direito de oposição, expressando o desejo de não contribuir. (Folha)
Vale lembrar que a reforma trabalhista aprovada no governo Michel Temer, em 2017, extinguiu a obrigatoriedade do imposto sindical. Essa era a principal fonte de custeio dos sindicatos, cujos cofres eram abastecidos com o desconto referente a um dia de expediente do empregado. (Estadão)
Essa extinção, à época, foi declarada constitucional pelo Supremo. (Estadão)
E-commerce. O Ministério da Fazenda está prevendo uma nova alíquota mínima de cobrança para empresas de comércio eletrônico internacionais em compras de até U$ 50. O valor deve se aproximar de 20%. A taxa, segundo a Pasta, vem sendo sugerida pelas próprias companhias internacionais que procuram se regularizar no Brasil. (Globo)
Apostas. Com a regulamentação do marco legal, apenas 15% das empresas de apostas esportivas devem sobreviver no país. É o que aponta o levantamento feito pela Hands, empresa de inteligência de dados. O país conta com 500 empresas do tipo em atividade. (Folha)
A nova legislação exigiu das empresas R$ 30 milhões a serem pagos de partida para a licença de operação. Além disso, pelas novas regras, as empresas pagarão 18% de impostos sobre as receitas geradas pelas apostas. (Folha)
Congresso. O presidente da Câmara, Arthur Lira, editou um ato obrigando os deputados federais a comparecerem ao plenário hoje para votarem projetos de lei importantes. (Valor)
Na pauta, o projeto do Desenrola, o da retomada das obras inacabadas da educação — que inclui um parcelamento das dívidas dos estudantes inadimplentes com o Fies —, além de um teto para contribuição das universidades ao fundo garantidor. (Valor)
Por falar em Lira, ele afirmou que os deputados devem derrubar o veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao trecho do arcabouço fiscal. (Folha)
E se o assunto é veto: o governo federal deve vetar o trecho do projeto de lei da desoneração que reduz a alíquota da contribuição previdenciária para todos os municípios brasileiros até 2027. (Estadão)
Tenha um ótimo dia!
Rafael Porto, editor