EDP e Cesan vão construir usina de energia solar de R$ 67 milhões em São Mateus
Resumo dos jornais desta quarta-feira (28)
Energia. Cesan e EDP firmaram uma parceria para construção de uma usina de energia solar em São Mateus. O investimento de R$ 67 milhões vai permitir que 42% da energia de baixa tensão consumida pela Companhia seja proveniente de fonte solar. (Coluna Agro Business, Folha Business)
Prazo. Prevista para começar a operar ainda neste ano, a nova usina vai fornecer energia exclusivamente para a Cesan pelos próximos 15 anos. A expectativa da Companhia é economizar R$ 1,8 milhão por ano com a mudança na matriz energética. (Coluna Agro Business, Folha Business)
Em tempo: a Cesan também vai investir R$ 33 milhões em mais de 110 obras para melhoria dos sistemas de abastecimento de água no interior do Espírito Santo. O Programa de Saneamento Rural (Pró-Rural) será oficialmente lançado hoje. (Coluna Agro Business, Folha Business)
FOLHA BUSINESS
Venda. O fundo imobiliário Legatus Shoppings anunciou a venda de uma fatia de 25% do Shopping Boulevard Vila Velha por R$ 39,9 milhões. O Fundo havia adquirido essa participação em abril de 2020 ao valor de R$ 23,9 milhões, o que confere um ganho de capital de 67% — ou R$ 16 milhões — em um período de pouco mais de três anos. (Coluna Mundo Business, Folha Business)
Valorização. Os detalhes da compra chamaram a atenção de empresários do mercado imobiliário: nesse preço, os compradores estão pagando mais caro pela receita do ativo do que pagaram os compradores do Cidade Jardim, um dos mais luxuosos da América Latina. Avaliado em cerca de R$ 160 milhões, o Boulevard tem receita anual de R$ 9,3 milhões. (Coluna Mundo Business, Folha Business)
Região. A razão entre o valor de mercado e a receita, chamada de cap rate, avalia o retorno gerado no negócio: nessa transação, o cap rate foi de 5,86% — a cada R$ 100 pagos, houve retorno de R$ 5,86 em um ano. Na avaliação de especialistas, os compradores pagaram caro pelo ativo porque a região de Itaparica vive uma expansão imobiliária, com crescente valorização do metro quadrado. (Coluna Mundo Business, Folha Business)
Inovação. As 30 startups capixabas participantes do Seedes, primeiro programa público de aceleração do Espírito Santo, faturaram R$ 9,7 milhões em seis meses. O primeiro ciclo do programa, que teve investimento de R$ 3 milhões do Fundo de Ciência e Tecnologia, foi encerrado nesta semana. (Gazeta)
Números. Criado em 2022 pela Fapes, o Seedes busca fomentar a inovação e fortalecer o ecossistema capixaba. Em seis meses, o programa ofereceu recursos, capacitações e networking para as startups, totalizando mais de 70 eventos, 130 mentorias e 150 conexões estratégicas. (Gazeta)
Ferrovia. A Vale apresentará no dia 12 de julho o cronograma de implantação da primeira fase da EF-118. Estarão no documento as datas para definição do traçado, desapropriações e licenciamentos necessários para início das obras. O primeiro trecho da ferrovia vai até Anchieta, na área da Samarco. (Gazeta)
Voos. As secretarias de Estado de Turismo e Desenvolvimento vão procurar a Latam para tentar reverter a decisão de cancelar as rotas diretas entre Vitória e Fortaleza a partir de julho. A companhia alega "motivos comerciais" para a decisão. (Gazeta)
Atraso. O governo estadual adiou pela oitava vez a entrega das obras do aquaviário. Pela nova previsão, o sistema passará por testes em julho e deve ser inaugurado somente em agosto. (Folha Vitória)
BRASIL
Sinal. Como esperado pelo mercado, a ata da reunião do Copom do Banco Central aponta para uma queda da taxa Selic já na próxima reunião em agosto. A autoridade monetária aponta a continuação do processo desinflacionário como fator predominante para iniciar o processo "com parcimônia". (Globo)
Entretanto, o colegiado alerta que a redução dos juros exige confiança e que uma flexibilização prematura pode reacelerar a inflação do país. (Folha)
Vale ressaltar que as diferenças de abordagem e tom entre o comunicado e a ata da reunião do Copom apontam as dificuldades que a atual diretoria do Banco Central tem em se comunicar com o mercado e com a sociedade de forma geral. (Globo)
O fato foi criticado pela ministra do Planejamento, Simone Tebet. Ela afirmou ter a impressão que o comunicado e a ata são feitos por órgãos distintos e que a postura adotada pela instituição "estressa o Brasil e cria atritos desnecessários". (InfoMoney)
Já o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a ata mostra que o governo está no “caminho certo”, com a “harmonização” entre as políticas fiscal e monetária podendo acontecer em breve. (InfoMoney)
Bolsa. O Ibovespa fechou a sessão com baixa de 0,61%, aos 117.522 pontos. Já o dólar subiu 0,67%, cotado a R$ 4,798. (InfoMoney)
Redução. Pelo segundo mês consecutivo, o IPCA-15 apontou uma forte desaceleração no aumento dos preços de bens e serviços no Brasil, ao variar 0,04% em junho. O índice, medido pelo IBGE, é a prévia da inflação oficial do país. (InfoMoney)
Apesar da desaceleração, o resultado ficou acima do projetado pelo mercado, que previam variação mensal de 0,01%. (Folha)
Destaques. A perda de fôlego do IPCA foi puxada pela queda do preço dos combustíveis, sobretudo a gasolina, que registrou queda de 3,40%. Esse foi o subitem com maior impacto individual no índice, e ajudou a reduzir o custo dos transportes (-0,55%) e dos alimentos e bebidas (-0,51%). (Globo)
Impacto. Os juros elevados no país, somados ao aumento da capacidade ociosa, têm impactado as pequenas e médias indústrias brasileiras. Pesquisa elaborada pelo Simpi, aponta que um em cada 10 pequenos industriais admite o risco de fechar as portas nos próximos três meses. (Estadão)
Agro. O PIB do agronegócio brasileiro deve alcançar R$ 2,65 trilhões neste ano, segundo cálculos do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq/USP) e da CNA. O montante representa 35,9% a mais que em 2022. (InfoMoney)
Ainda no agro, a Abiove revisou para cima suas estimativas para os volumes de produção e exportação de soja em grãos e derivados em 2023. A colheita do grão deve ficar em 156 milhões de toneladas, 1 milhão a mais que o indicado no mês passado e resultado 20,1% superior ao do ciclo 2021/22. (InfoMoney)
POLÍTICA
Safra. O Plano Safra 2023/2024 anunciado pelo governo federal terá um valor 27% maior do que o anterior: um montante aproximado de R$ 364,22 bilhões destinado a médios e grandes produtores. O ciclo anterior contou com R$ 287,16 bilhões. A nova temporada começa no sábado, 1º de julho. (Estadão)
Do total de recursos, R$ 272,12 bilhões serão destinados ao custeio e comercialização da safra, enquanto outros R$ 92,1 bilhões serão para investimentos.
Para a agricultura familiar, o financiamento ainda será anunciado. Integrantes da pasta de agricultura, indicam valores próximos de R$ 70 bilhões. (Globo)
Com isso, o valor global dos recursos do Plano Safra 2023/2024 pode passar de R$ 430 bilhões. (Globo)
Taxas. As taxas de juros para custeio e comercialização serão de 8% ao ano para os produtores enquadrados no Pronamp e de 12% ao ano para os demais produtores. Já para investimentos, as taxas de juros variam entre 7% e 12,5% ao ano, de acordo com o programa. (Folha)
Agrado. As diretrizes do novo plano safra agradaram integrantes da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), que reúne deputados e senadores da bancada ruralista do Congresso. (Globo)
Energia. O BNDES vai apresentar hoje a empresários um plano de investimento para infraestrutura. A carteira para o setor é de R$ 47 bilhões e metade desse montante já corresponde a empreendimentos voltados à transição energética. (Folha)
Tributária. O debate sobre a Reforma Tributária deve se estender até o dia 14 de julho, segundo o coordenador do projeto na Câmara dos Deputados, Reginaldo Lopes. A previsão inicial era votar a proposta na semana que vem. Entretanto, setores empresariais, governadores e prefeitos têm apresentado resistências ao substitutivo já publicado. (Globo)
Inclusive, a Frente Nacional de Prefeitos pediu mais tempo para debater a proposta em tramitação no Congresso Nacional. (Globo)
Para o grupo, o substitutivo apresentado pelo relator Aguinaldo Ribeiro não garante a autonomia de arrecadação dos municípios e representa uma "perda histórica". (Globo)
Arcabouço. Nos bastidores do Palácio do Planalto circula que o governo já admite que a Câmara dos Deputados deve reverter as mudanças feitas pelo Senado no arcabouço fiscal. (Estadão)
Embora o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, defenda o texto aprovado na Casa, o presidente da Câmara, Arthur Lira, acredita que os deputados devem ignorar inovações que afrouxam a regra fiscal. (Estadão)
Lira tem afirmado que a emenda que permite um espaço fiscal no Orçamento de 2024, aprovada no Senado, foi articulada apenas com o Ministério do Planejamento, enquanto o texto aprovado pelos deputados foi construído em acordo com o Ministério da Fazenda. (Estadão)
Oficial. O senador Marcos do Val (Podemos) oficializou o pedido de afastamento das atividades parlamentares. Em sua requisição, Do Val solicita 30 dias de afastamento do cargo para cuidar da saúde. (Coluna De Olho no Poder, Folha Vitória)
Tenha um bom dia!
Rafael Porto
Editor Apex News & Em Suma