EDP pode investir R$ 155 milhões em novas usinas solares no ES; Governo estadual vai à Justiça contra Samarco, Vale e BHP
Resumo dos jornais desta segunda-feira (12)
Energia. A EDP Smart vem estudando os melhores locais para a construção de cinco novas usinas solares no Espírito Santo. Com elas, a capacidade de geração da empresa no Estado chegará a 25,7 megawatt-pico, ou MWp, medida utilizada para células fotovoltaicas. O investimento pode chegar a R$ 155 milhões. (Gazeta)
Ao todo, serão sete usinas fotovoltaicas a serem entregues pela EDP no Norte do Espírito Santo até o final de 2023. Duas já estão em construção em Mucurici e em Pinheiros, um investimento de R$ 45 milhões. Elas irão gerar 9,2 MWp. A EDP Smart é o braço da multinacional que investe em soluções energéticas. (Gazeta)
Por falar em energia, a ArcelorMittal Tubarão passará a ser abastecida pela ES Gás a partir de hoje. O contrato prevê o recebimento de 250 mil m3 diários para o alto-forno 3. Estão nos planos da siderúrgica, no entanto, que toda a planta faça o uso do gás natural o quanto antes, uma demanda de 1,5 milhão de m3 diários. A empresa já vinha buscando fornecedores de gás há algum tempo, mas enfrentava dificuldades. (Gazeta)
Investimento. Para fazer a transição energética nos outros dois equipamentos, a ArcelorMittal terá de investir cerca de US$ 2,5 milhões. (Gazeta)
Tecnologia. Buscando aumentar a produtividade, reduzir custos e impactar positivamente no meio-ambiente, a ArcelorMittal aposta também na inteligência artificial. Em parceria com a Lume Robotics, a empresa vai construir um caminhão autônomo, que será utilizado no parque industrial no Estado. (Gazeta)
Folha Business
Finanças. O Banestes inaugurou o Baneshub, hub de inovação que promete aproximar o banco e a comunidade de desenvolvedores. A ideia é trazer tecnologias como 5G, blockchain e realidade aumentada para melhorar a experiência dos usuários e gerar valor para a companhia. O hub poderá realizar investimentos em startups. (Coluna Mundo Business, Folha Business)
Logística. Portocel iniciou nesta semana os primeiros embarques de celulose solúvel produzida pela LD Celulose. A operação está sendo um marco para a empresa, que investiu cerca de R$ 38 milhões em adequações de infraestrutura, incluindo a ampliação do ramal ferroviário e a cobertura de um trecho dos trilhos. (Coluna Mundo Business, Folha Business)
Custo. A Fertilizers Europe anunciou que 70% da capacidade de produção do insumo foi suspensa por causa do aumento do gás natural. Os reajustes têm afetado as indústrias de fertilizantes nitrogenados, principalmente pelo custo com a ureia e o sulfato de amônio, que utilizam do gás na sua produção. A capixaba Natufert produz fertilizantes com base orgânica, mantendo preço estável frente à concorrência internacional. (Coluna Agro Business, Folha Business)
Inovação. A capixaba Aevo ficou entre as 100 startups mais promissoras do país em 2022. Dona do maior software de gestão de inovação da América Latina, a empresa é a única do Espírito Santo a aparecer na lista 100 Startups to Watch, elaborada anualmente pelas publicações Pequenas Empresas Grandes Negócios e Época Negócios, além de EloGroup e Innovc. (Gazeta)
Vale lembrar que, em julho, a Aevo foi escolhida pela TM3 Capital para receber R$ 11 milhões na primeira rodada de investimentos do Fundo Soberano. (Gazeta)
Alta. A inflação na Grande Vitória registrou crescimento de 0,46% em agosto, segundo o IPCA medido pelo IBGE. Com isso, o Estado teve a maior inflação do país no mês. (Folha Vitória)
O aumento foi puxado pelo setor de transporte, impactado pelo reajuste do valor cobrado nos serviços de táxi, além da alta nas faturas de energia elétrica. (Folha Vitória)
O resultado capixaba foi na contramão do país, onde os preços registraram queda de 0,36% em agosto, segundo mês consecutivo de deflação. O recuo é efeito da diminuição do preço dos combustíveis. (Folha Vitória)
Com a deflação, o IPCA acumulado em 12 meses até agosto foi para 8,73%, saindo da casa dos dois dígitos. (Folha)
Em tempo: o IPCA de agosto é o menor para o mês desde 1998. (Folha Vitória)
Indústria. O Espírito Santo registrou queda de 10,6% na produção industrial de julho, na comparação com o mesmo período do ano passado, e retração de 7,8% em relação a junho. Os dados são do IBGE. (Folha Vitória)
Custo. Estudo da Fiesp apontou que o Custo Brasil encarece os produtos industriais nacionais em 25,4%. A Federação defende a criação de um Imposto sobre Valor Agregado (IVA) como parte de uma reforma tributária para reverter o cenário. (Folha Vitória)
Comércio. O Espírito Santo foi o Estado que apresentou o maior crescimento no consumo das classes C e D em julho no país, com alta de 20,9%. O resultado foi impulsionado pelo bom desempenho do setor de companhias aéreas. Os dados são da Pesquisa de Hábitos de Consumo da Superdigital, fintech do Grupo Santander. (Tribuna)
No país, o consumo das classes C e D aumentou 8% no mesmo período. (Tribuna)
Combustível. Após 19 meses, a gasolina no Espírito Santo voltou a ser vendida abaixo de R$ 5. Com isso, o litro do combustível passou a acumular queda de até R$ 2,80. (Gazeta)
Política
Ação. O governo do Espírito Santo vai pedir na Justiça Federal que as contas da Samarco, Vale e BHP sejam congeladas pelo Poder Público. A ação é uma resposta ao acordo proposto pelas empresas, segundo o Procurador-Geral do Estado, Jasson Hibner. (Tribuna)
Ao todo, o governo participou de 255 reuniões com as empresas e, após um ano e seis meses de deliberações, não chegou a um acordo. Um dos motivos foi o tempo pedido para o pagamento das indenizações. (Tribuna)
Defesa. A Samarco afirma ter movimentado R$ 23,67 bilhões em favor das famílias atingidas e indenizado mais de 400 mil pessoas. (Tribuna)
Piso. O ministro do STF, André Mendonça, votou para restabelecer os efeitos da lei que definiu piso salarial para os profissionais de enfermagem. Mendonça é o primeiro integrante da Corte a se posicionar contra a suspensão da norma no julgamento do tema, que ocorre no plenário virtual do Supremo. Até agora, já são cinco votos para manter a lei suspensa, de acordo com a decisão liminar já proferida pelo ministro Luís Roberto Barroso. (Folha Vitória)
Sobre o assunto, o ministro da Economia, Paulo Guedes, defende a desoneração da folha de pagamentos do setor de saúde como forma de compensar o piso salarial para profissionais de enfermagem. A proposta teria sido apresentada em uma reunião do ministro com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, segundo informações de bastidores. A avaliação de Guedes é que esse seria um caminho para contemplar também o setor privado, que é um dos mais impactados pelo piso. (Estadão)
Tenha um ótimo dia!
Rafael Porto,
Editor Apex News & Em Suma