Em Dubai, governo estadual anuncia plano para uso de biocombustíveis na frota pública
04 de dezembro, segunda-feira
Transição. O governo estadual prepara um decreto para substituir combustíveis fósseis por biocombustíveis na frota da administração pública. A medida promete reduzir em 13,2 mil toneladas as emissões anuais de gás carbônico no Espírito Santo. A novidade foi anunciada durante a Confederação das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP28), realizada em Dubai. (Folha Vitória)
Números. Os veículos leves da frota pública vão substituir oito milhões de litros de combustíveis fósseis por biocombustíveis. Com a mudança, a queda nas emissões de CO2 será equivalente ao plantio de 2.160 hectares de floresta todos os anos. O prazo de adaptação será de um ano, contado a partir da publicação do decreto.
Em Dubai, o governador Renato Casagrande lançou também o Plano Estadual de Descarbonização e Neutralização de Gases de Efeito Estufa, que estabelece as estratégias do Programa Capixaba de Mudanças Climáticas. As empresas foram divididas em quatro setores: Energia e Indústria; Transportes; Resíduos; e Afolu — Agropecuária, Floresta e Uso do Solo.
A meta é neutralizar as emissões de gases de efeito estufa no Estado até 2050.
FOLHA BUSINESS
Prejuízo. O calor intenso dos últimos dias está afetando uma das culturas mais tradicionais do Espírito Santo: o abacaxi de Marataízes. As duas últimas semanas de altas temperaturas colocaram em risco a produção, apresentando frutos maduros com casca amarela e polpa cozida. (Coluna Agro Business, por Stefany Sampaio, Folha Business)
Impacto. Em 2022, o abacaxi gerou R$ 125 milhões aos produtores capixabas, com 46 milhões de unidades, segundo o IBGE. A produção concentra-se em 97% no litoral sul capixaba, com destaque para Marataízes (58%). Ao todo, mais de duas mil famílias vivem da fruta.
Prêmio. A Lab Kombucha, localizada em Domingos Martins, recebeu sua primeira premiação internacional. A bebida conquistou medalha de ouro na “Copa Internacional de Fermentados 2023”, realizada no Chile. O concurso reuniu um júri internacional e teve a kombucharia capixaba como única brasileira premiada. (Coluna Agro Business, por Stefany Sampaio, Folha Business)
Imóveis. Quem comprou imóveis em Vitória garantiu ganhos acima da inflação nos últimos cinco anos. É o que aponta levantamento do FipeZap, realizado em 18 cidades do país. A capital teve valorização de 40,84%, bem à frente do outro município capixaba no ranking: Vila Velha (27,3%). Na avaliação dos especialistas, o avanço está relacionado à demanda gerada pelo desenvolvimento da região. (Infomoney)
Os dados comprovam. Números do Anuário IEL 200 Maiores e Melhores Empresas, divulgado pela Findes na última semana, apontam que a Grande Vitória concentra 85% da receita total da lista. São R$ 156 bilhões distribuídos entre 134 representantes das 200 maiores. Em Vitória, 64 empresas faturam R$ 115 bilhões. (Coluna Mundo Business, por Ricardo Frizera, Folha Business)
Prazo. A usina de biometano da Marca Ambiental deve começar a operar em janeiro de 2025. A unidade será construída em Cariacica, fruto de um investimento de pelo menos R$ 50 milhões. Em dez anos, a meta é saltar de 25 mil metros cúbicos de biometano por dia para 110 mil metros cúbicos. (Gazeta)
Liderança. A capixaba Tayana Dantas, ex-UVV e G4 Educação, assumiu como diretora de Operações da Boca Rosa Company — maior marca nativa digital do país. Após encerrar uma parceria milionária com a francesa Payot, a marca brasileira fará um relançamento em 2024 com seus próprios produtos. A coluna Mundo Business entrevistou Tayana sobre os novos desafios da carreira. (Coluna Mundo Business, por Ricardo Frizera, Folha Business)
BRASIL
Planos. A Petrobras está de olho no Oriente Médio e estuda abrir uma unidade por lá, segundo o presidente da companhia, Jean Paul Prates. Segundo ele, a unidade seria voltada para fertilizantes. (Valor)
A ideia, de acordo com Prates, é chamar a subsidiária de Petrobras Arábia. O local seria escolhido de acordo com as oportunidades de mercado. Sede e cronograma de implantação seriam definidos conforme os procedimentos. (Valor)
Climão. Questionado sobre o projeto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse não ter sido informado sobre a intenção manifestada por Prates. Disse ainda que a cabeça do presidente da Petrobras é “muito fértil”. (Globo)
Combustível. O preço médio do litro da gasolina subiu 0,17%, chegando a R$ 5,63 na última semana, segundo a ANP. Essa foi a primeira alta após 13 semanas consecutivas de quedas ou estabilidade no preço médio nacional. (Estadão)
No mesmo período, o preço médio do litro do diesel S10 caiu 0,32%, chegando a R$ 6,16. (Estadão)
Indústria. A indústria brasileira iniciou o quarto trimestre estagnada. A produção cresceu apenas 0,1% em outubro, segundo o IBGE. Os juros elevados permanecem afetando decisões de consumo e investimentos, ajudando a manter a tendência de menor dinamismo na produção industrial brasileira ao longo de 2023. (Estadão)
POLÍTICA
Receita. O superintendente-adjunto da Receita Federal no Espírito Santo e no Rio de Janeiro, Ronaldo Feltrin, tranquilizou empresários e políticos do Estado sobre a reestruturação da Alfândega no Porto de Vitória. Em passagem por Vitória, Feltrin afirmou que o projeto não tem data para sair do papel, mas não vai atrapalhar a atuação do Espírito Santo no comércio internacional. (Gazeta)
Visita. No próximo dia 15, o secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, estará no Espírito Santo. O temor do empresariado capixaba é que a onda de unificações e regionalizações promovidas pela Receita afetassem a eficiência da Alfândega de Vitória, essencial para as importações e exportações realizadas pelos portos capixabas.
ICMS. O Ministério da Fazenda tenta manter de pé o texto enviado ao Congresso Nacional da Medida Provisória (MP) que pode render mais de R$ 35 bilhões ao governo no ano que vem. (Globo)
Porém, deputados e senadores, incluindo integrantes da base governista, tentam flexibilizar a proposta. Eles argumentam que Estados que investiram nas renúncias fiscais para atrair companhias podem sair perdendo com a cobrança da União. A MP retoma parte da tributação federal de grandes empresas que possuem benefícios fiscais de ICMS. (Globo)
A proposta regulamenta o fim de isenções fiscais em impostos federais para atividades de custeio em empresas que possuem incentivos estaduais de ICMS. (Globo)
Precatórios. O governo federal já prepara uma medida provisória (MP) para viabilizar a quitação integral da dívida de precatórios neste ano. A medida foi autorizada pelo STF na última semana. A expectativa é pagar R$ 95 bilhões neste ano. (Globo)
O Ministério da Fazenda já entrou em contato com os tribunais regionais, para saber os valores exatos a serem pagos, e assim que essas informações foram enviadas o governo abrirá um crédito extraordinário para viabilizar as transferências. (Globo)
Acordo. Lula rebateu as declarações do presidente da França, Emmanuel Macron, contrárias às negociações do acordo entre União Europeia e Mercosul. O presidente brasileiro comentou que já sabia que a França tinha uma posição mais protecionista e que o Brasil não poderá ser responsabilizado caso o acordo não seja assinado. (Folha)
Além disso, Lula afirmou que o Brasil vai participar do grupo Opep+, mas não vai “apitar nada” nas decisões do bloco formulado pela Opep. Ele argumentou que a participação brasileira no grupo é importante para convencer países produtores de petróleo a reduzirem a exploração de combustíveis fósseis. (Estadão)
Entretanto, o Ministério de Minas e Energia apontou que a adesão não vai impor ao País nenhuma cota máxima de produção. (Estadão)
Tenha um ótimo dia!
Rafael Porto, editor