Embarques de lítio verde podem movimentar R$ 4,3 bilhões até o fim do ano no Porto de Vitória
Resumo dos jornais desta sexta-feira (28)
Oportunidade. O primeiro embarque de lítio verde do mundo, iniciado ontem no Porto de Vitória, deve ser finalizado hoje. A operação foi prestigiada pelo vice-presidente Geraldo Alckmin e pelos governadores Renato Casagrande e Romeu Zema. A movimentação política de peso tem um motivo: com o embarque, o Espírito Santo se coloca como hub estratégico para a indústria de carros elétricos. (Coluna Mundo Business, Folha Business)
Volume. A mineradora Sigma, responsável pela produção das 30 mil toneladas de lítio verde encaminhadas para a China, tem planos ambiciosos. Até o fim do ano, a empresa vai exportar 130 mil toneladas de lítio verde e 150 mil toneladas de rejeitos de minério por meio da Vports. Na cotação atual, as cargas somam R$ 4,35 bilhões. (Coluna Mundo Business, Folha Business)
Qualidade. A CEO da Sigma, Ana Cabral, exaltou a estrutura do Porto de Vitória. "Não fosse a separação dos terminais, a existência de terminais cobertos, a capacidade de fazer testes químicos em Vitória, a gente não conseguiria viabilizar a exportação. Existe toda uma estrutura de armazéns na Grande Vitória para o produto principal e para os rejeitos que garante a segurança e a eficiência da operação", enalteceu. (Coluna Mundo Business, Folha Business)
Sustentabilidade. O lítio verde leva esse nome por conta do processo de mineração e beneficiamento. O material tem balanço neutro de carbono, não gera barragem de rejeitos e nem utiliza produtos químicos nocivos para o meio ambiente. Os compradores, fabricantes de carros elétricos, usam o produto para produção de baterias. (Coluna Mundo Business, Folha Business)
Ciclo. O Porto de Vitória, que será fundamental para as exportações de lítio verde, também é uma das principais portas de entrada para os veículos elétricos no Brasil. Até o fim do ano, somente a chinesa BYD planeja trazer 12 mil automóveis para o país por meio dos terminais capixabas. (Coluna Mundo Business, Folha Business)
Em tempo: a reforma dos antigos armazéns do Porto de Vitória terão início no próximo dia 09. Inativa há uma década, a área poderá receber shows e eventos culturais. (Folha Vitória)
Em Aracruz, a Vports busca parceiros para explorar toda a área do Porto de Barra do Riacho. Além dos berços já existentes, hoje destinados à movimentação de granéis líquidos, a empresa deseja desenvolver novos empreendimentos na área greenfield de 522 mil metros quadrados. (Gazeta)
FOLHA BUSINESS
ZPE. Durante a cerimônia de aniversário de 65 anos da Findes, o vice-presidente Geraldo Alckmin assinou a resolução que cria a Zona de Processamento e Exportação de Aracruz, a primeira ZPE privada do país. Sob gestão do Grupo Imetame, a Zona promete atrair novos investimentos e estimular o desenvolvimento do município. (Folha Vitória)
Negociações. A composição acionária da ZPE segue em formação. Além da Imetame, a Estel é sócia do empreendimento e uma terceira empresa capixaba deve ser anunciada. O interesse dos investidores cresceu desde a confirmação da ZPE e a expectativa é que as primeiras operações sejam feitas em 2025, junto com a inauguração do Porto da Imetame. (Gazeta)
Sem burocracia. Fechados os contratos, a próxima etapa para instalação das empresas em Aracruz é o licenciamento. O processo é simples e pode ser feito pela própria Prefeitura de Aracruz, segundo o diretor da Imetame, Gilson Pereira. (Gazeta)
Infraestrutura. Durante sua passagem pelo Espírito Santo, Alckmin afirmou que as BRs 101 e 262 estão na pauta do governo federal e foram apontadas como prioridades pelo governador capixaba. Também está no radar do vice-presidente a definição de um acordo via TCU para destravar o imbróglio sobre a concessão da BR 101. (Folha Vitória)
Energia. Casagrande tratou também sobre a regulamentação da produção de energia eólica offshore. Alckmin afirmou que o projeto em tramitação no Senado tem o apoio do governo. No Espírito Santo, diferentes empresas já manifestaram interesse e apresentaram projetos para geração de energia eólica no mar. (Gazeta)
Modernização. O vice-presidente aproveitou a viagem para revelar que o governo deve lançar um programa para modernização da indústria. A ideia é utilizar o modelo de depreciação acelerada, postergando o recolhimento de tributos nos primeiros anos, para estimular a compra de máquinas e equipamentos que tragam mais eficiência e reduzam custos operacionais. (Tribuna)
Agro. O primeiro dia da Feira de Agronegócios da Cooabriel, localizada em São Gabriel da Palha, atraiu um público recorde. Mais de 4.400 pessoas compareceram ao evento, considerado o maior do agro capixaba. Até sábado, a Feira deve atrair cerca de 15 mil visitantes. (Coluna Agro Business, Folha Business)
BRASIL
Lucro. A Vale registrou uma queda de 78% em seu lucro líquido no segundo trimestre deste ano: foram US$ 892 milhões de lucro, frente a US$ 4,09 bilhões no mesmo período do ano passado. Em relação aos três primeiros meses deste ano, quando ganhou US$ 1,83 bilhões, o recuo foi de 51%. (Globo)
A mineradora afirmou que o resultado foi impactado pela queda no preço do minério de ferro e do níquel. (Globo)
Em tempo: o Conselho de Administração da Vale aprovou a distribuição de juros sobre o capital próprio no valor total bruto de cerca de R$ 8,2765 bilhões. O montante corresponde a R$ 1,917008992 por ação. (InfoMoney)
Bolsa. O Ibovespa fechou a sessão com forte queda de 2,10%, aos 119.989 pontos. O principal índice da B3 foi pressionado principalmente pelas ações de commodities, como Vale e Petrobras. (InfoMoney)
O dólar registrou alta de 0,65%, cotado a R$ 4,758. (InfoMoney)
Cartão. A taxa média de juros no cartão de crédito rotativo atingiu o patamar de 437,25% em junho, segundo o Banco Central. O percentual representa uma queda em relação ao mês anterior, que estava na casa de 453% ao ano. (Globo)
Vale ressaltar que o governo busca medidas para tentar reduzir o custo do rotativo do cartão de crédito, mas as negociações com os bancos não avançaram. (Globo)
A inadimplência do rotativo cresceu: 49% das operações estavam em atraso de 90 dias ou mais no mês passado, segundo o Banco Central. (Globo)
Inclusive, o calote do cartão parcelado está em um patamar recorde, atingido quase 10% em junho. É o maior da série histórica do Banco Central, iniciada em 2011. (Globo)
Renda. Os rendimentos declarados por indivíduos brasileiros com lucros e dividendos alcançaram o recorde de R$ 555,7 bilhões em 2021 e se concentraram ainda mais entre os mais ricos. O valor é 44,6% maior do que em 2020, quando essa fonte de renda somou R$ 384,3 bilhões. (Folha)
POLÍTICA
Rombo. O governo federal fechou o primeiro semestre com um rombo de R$ 42,5 bilhões nas contas públicas, segundo o Tesouro Nacional. Foi o pior resultado para o período desde 2021. A meta é fechar o ano com um rombo abaixo de R$ 100 bilhões. (Globo)
A receita total do governo diminuiu R$ 62,5 bilhões neste ano, já descontada a inflação, com queda na arrecadação com concessões, dividendos de estatais e dos impostos IPI e CSLL. Ao mesmo tempo, as despesas do governo cresceram R$ 47,5 bilhões. (Globo)
Aliás, para elevar receitas e zerar déficit em 2024, o Ministério da Fazenda elabora um cardápio de medidas que deve ter como um dos principais focos a tributação de ganhos financeiros. Com isso, a equipe econômica prevê arrecadar cerca de R$ 130 bilhões a mais. (Folha)
Bloqueio. O Ministério do Planejamento e Orçamento irá bloquear R$ 2,6 bilhões no orçamento do Ministério da Fazenda. Os ministros das pastas, Simone Tebet e Fernando Haddad, respectivamente, se reuniram para detalhar os números. A justificativa é a necessidade de conter o nível de gastos, com a limitação orçamentária. (Globo)
O bloqueio será aplicado no ano de 2024. Esse é o primeiro previsto para estar sob a cobertura da nova regra para as contas públicas. (Globo)
A redução é fruto de remanejamentos necessários por causa do arcabouço fiscal, que apresenta um intervalo fixo no crescimento real dos gastos, variando entre 0,6% e 2,5%. A ideia é manter os gastos obrigatórios, sobretudo na área social, e cortar as despesas discricionárias. (Globo)
E-commerce. A Receita Federal publicou a portaria que regulamenta o Programa Remessa Conforme, o plano de conformidade voltado para empresas de comércio eletrônico. O programa entra em vigor a partir de 1º de agosto para que empresas como Shein e Shopee se adaptem ao novo modelo. (Estadão)
Tenha um bom final de semana!
Rafael Porto
Editor Apex News & Em Suma