Emprego. O Espírito Santo criou 29.791 postos de trabalho de janeiro a junho deste ano. Os dados do Caged, compilados pelo IJSN, revelam que foram gerados 631 empregos formais no mês de junho, o sexto avanço seguido. O país também teve resultado positivo, com 157,1 mil novas vagas. (IJSN)
Setores. O segmento de serviços (+2.043) puxou a alta dos empregos formais no Espírito Santo, seguido por comércio (+936), construção (+797) e indústria (+765). O resultado capixaba só não foi melhor por causa da queda acentuada da agricultura (-3.905) — contrastando com o saldo positivo do setor no país. (IJSN)
Desaceleração. Apesar do saldo positivo, junho foi o pior mês do ano, diminuindo o ritmo de contratações e registrando quase mil postos a menos que janeiro — até então, o mês com desempenho mais baixo (+1.604). Percentualmente, o Espírito Santo teve o quarto pior resultado do país. (IJSN)
Municípios. As cidades de Vitória (+1.069), Serra (+758), Vila Velha (+633) e Aracruz (+402) tiveram os maiores saldos de novas vagas. Na direção oposta, destacaram-se Sooretama (-1.022) e Jaguaré (-903), com o maior volume de postos de trabalho encerrados. (IJSN)
No Brasil, a taxa de desemprego recuou 8% no trimestre terminado em junho. Esse é o menor patamar para o período em nove anos, desde 2014, quando o indicador marcava 6,9%. Os dados são da Pnad Contínua, realizada pelo IBGE. (Estadão)
A queda da desocupação contou com o impulso da abertura de postos de trabalho no setor público e de vagas informais, sem carteira assinada. O número de desempregados caiu para 8,6 milhões no intervalo de abril a junho, o menor nível para o período desde 2015 (8,5 milhões). (Folha)
Ampliação. A Agro CP, indústria de fertilizantes com sede em Minas Gerais, está investindo R$ 15 milhões para ampliar a fábrica de Rio Bananal. O grupo já investiu R$ 50 milhões no Espírito Santo e ocupa uma área de 150 mil metros quadrados. No último ano, a unidade comercializou 220 mil toneladas, gerando um faturamento de R$ 650 milhões. (Coluna Agro Business, Folha Business)
Expansão. A empresa mineira também possui fábricas na Bahia e no Rio de Janeiro, atendendo, ainda, mercados de São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Paraná. O investimento em terras capixabas vai aumentar em cinco mil metros quadrados a área construída e gerar 120 novos empregos. (Coluna Agro Business, Folha Business)
FOLHA BUSINESS
Energia. O Espírito Santo vai ganhar a primeira usina flutuante de energia solar. Tendência nos países que investem em painéis fotovoltaicos, a novidade será instalada em São Mateus. Com potência de 17,4 kW por mês, o sistema utiliza tecnologia italiana para garantir uma produção mais estável mesmo em condições climáticas adversas. (Coluna Agro Business, Folha Business)
Área. Um dos motivos para a aposta na usina flutuante é a preservação das áreas de plantio. Sobre a água, as placas fotovoltaicas dispensam a desapropriação de terreno para garantir incidência máxima de sol. A empresa Matriz Solar, responsável pelo projeto, já atende mais de mil clientes no Espírito Santo, na Bahia e em Minas Gerais. (Coluna Agro Business, Folha Business)
Queda. A produção de leite no Espírito Santo teve uma queda de 20% em dez anos, segundo a Seag. De 451 mil litros produzidos em 2011, o volume passou para 362 mil em 2021. Entre os motivos apontados para a queda estão as constantes secas no Norte capixaba e a dificuldade para comprar insumos. (Folha Vitória)
Por falar em leite, técnicos da Argentina estão em Cachoeiro de Itapemirim reparando uma das torres da nova fábrica da Selita. A expectativa é que a unidade volte a produzir leite em pé até o final de dezembro, quando a empresa completará 85 anos. (Gazeta)
Aves. Após ouvir esclarecimentos do governo brasileiro, o Japão reduziu o embargo à importação de produtos avícolas do Brasil. A partir de agora, as restrições serão aplicadas somente aos municípios com casos confirmados de gripe aviária, não mais dos Estados. (Globo Rural)
Recorde. Mais de 17 mil pessoas passaram pela Feira do Agronegócio, promovida pela Cooabriel em São Gabriel da Palha. O número representa um novo recorde de público. Foram 65 empresas expositoras, distribuídas em 86 estandes. A próxima edição já tem data: dias 25, 26 e 27 de julho de 2024. (Coluna Agro Business, Folha Business)
Inovação. Desde que iniciou seu programa de transformação digital, iNO.VC, a ArcelorMittal ampliou sua atuação no ecossistema capixaba de inovação e em outros Estados. O ganho financeiro acumulado desde 2021 com o programa deve chegar à marca de US$ 36 milhões — R$ 170 milhões na cotação atual. (Coluna Mundo Business, Folha Business)
Despejo. O Shopping Vitória entrou com uma ação de despejo contra a Polishop por não pagamento de aluguéis e taxas de manutenção. A rede fechou mais de 100 lojas em shoppings de todo o Brasil, motivada por uma reestruturação do negócio. (Folha Vitória)
Interesse. Dias após obter autorização oficial para implantar uma ZPE em Aracruz, o Grupo Imetame vem recebendo consultas de nacionais e multinacionais. A lista inclui indústrias de energia, siderurgia, tecnologia, rochas e café. (Tribuna)
Novidade. Um novo aplicativo de transporte de passageiros e delivery vai começar a operar no Espírito Santo a partir do dia 7 de agosto. O aplicativo, batizado de ID Driver, promete cobrar apenas 6% de taxa nas viagens. (ES 360)
BRASIL
Nota. A agência de classificação de risco DBRS Morningstar elevou a nota de crédito de longo prazo do Brasil para BB, tornando-se a segunda instituição de rating a melhorar a avaliação do país nesta semana. (Folha)
A agência destacou que a melhora da nota "reflete principalmente a diminuição dos riscos negativos para as perspectivas fiscais", citando medidas do governo para aumentar as receitas e o avanço do arcabouço fiscal no Congresso. (Folha)
Apesar disso, a DBRS destacou os desafios de crédito que o país continua a enfrentar, como a alta dívida pública, o grande déficit fiscal e as perspectivas de crescimento modestas. Esses fatores, segundo a agência, deixam a economia brasileira "vulnerável a choques". (Folha)
Gasolina. Pela terceira semana consecutiva, a gasolina registrou queda no preço nos postos, segundo a ANP. O produto foi vendido, em média, a R$ 5,55 por litro, uma queda de R$ 0,04 em relação à semana anterior. (Folha)
Por falar no combustível, a alta do petróleo tem aumentado a defasagem dos preços da Petrobras em relação às cotações internacionais, o que pode levar a um possível reajuste nas refinarias. O cenário é um teste para a atual gestão da companhia, que até agora só anunciou reduções de preços. (Estadão)
Além disso, o preço da gasolina vendida pela Petrobras está 23% mais barato do que a média cobrada pelas refinarias privadas. Em julho, a diferença atingiu o maior patamar da série histórica, iniciada em 1º de dezembro de 2021. (Estadão)
Gás. O Ministério de Minas e Energia e a Petrobras travam uma disputa nos bastidores. O governo quer derrubar o preço do gás natural, insumo da indústria, e o GLP, o gás de cozinha. A pasta afirma que hoje, o gás natural está na casa de US$ 14 por milhão de BTU e que o ideal seria US$ 8. (Folha)
O Ministério aponta ainda que hoje, quando a Petrobras extrai o gás natural, 55% dele é reinjetado no poço, enquanto a média internacional é de 25%. Para a pasta, isso reforça que o plano da Petrobras é continuar sendo uma empresa petroleira, que prioriza o óleo para exportação. O governo quer o contrário. (Folha)
Em tempo: o conselho de administração da Petrobras aprovou uma nova política de dividendos, que reduz o valor distribuído aos acionistas de 60% para 45% do fluxo de caixa livre. A companhia ainda abriu a possibilidade de criar um programa de recompra de ações, como suas concorrentes. (Folha)
Juros. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendeu que há espaço para o Copom promover cortes de meio ponto percentual na taxa Selic por dez reuniões seguidas. Segundo ele, a taxa neutra para o país seria "abaixo de 5%". O Comitê se reúne nesta semana e o mercado está na expectativa de uma redução dos juros. (Globo)
POLÍTICA
Arrecadação. A receita do governo estadual no primeiro semestre chegou a R$ 9,98 bilhões. Em valores absolutos, o crescimento foi de 0,34% em relação ao mesmo período do ano anterior. Descontada a inflação, no entanto, houve queda de 4,39%. O maior impacto foi causado pela redução do ICMS sobre combustíveis, energia e telecomunicações — em média, queda de 24%. (Gazeta)
Rodovia. O TCU volta a analisar nesta quarta-feira o processo que vai definir o destino da BR 101. Os ministros da Corte vão analisar se as cláusulas do contrato de concessão podem ser atualizadas, sem a necessidade de uma nova licitação. O voto do relator, ministro Vital do Rêgo, foi a favor da repactuação. (Gazeta)
Acordo. A Samarco entregou à Justiça de Minas Gerais um plano de recuperação judicial. O novo documento é fruto de acordo fechado com os acionistas Vale e BHP e parte dos credores financeiros. O plano prevê que a mineradora emitirá títulos de dívida para cobrir os pagamentos — em maio, o valor estava calculado em US$ 3,6 bilhões. (Folha Vitória)
Retenção. O bloqueio de R$ 1,5 bilhão no Orçamento de 2023 irá atingir dez ministérios. Os mais afetados são os de Saúde, com R$ 452,024 milhões, e Educação, que será impedido de usar R$ 332,017 milhões. Essa é a segunda retenção de recursos temporária promovida pelo governo. (Globo)
Além dessas, foram atingidas também as pastas de Transportes, Cidades, Desenvolvimento e Assistência Social, Meio Ambiente, Integração e Desenvolvimento Regional, Defesa, Cultura e Desenvolvimento Agrário, respectivamente. (Globo)
O contingenciamento de R$ 1,5 bilhão foi decidido pela área econômica do governo, para evitar o estouro do teto de gastos, que impede o crescimento de despesas acima da inflação acumulada no ano anterior. (Globo)
Somado ao bloqueio anunciado em maio, de R$ 1,7 bilhão, o bloqueio orçamentário deste ano já soma R$ 3,2 bilhão. (Estadão)
Reforma. O TCU criou um grupo de trabalho para levantar informações e realizar análises técnicas sobre a reforma tributária. A Corte irá subsidiar o relator da matéria no Senado, Eduardo Braga, a pedido do próprio senador. O grupo de trabalho terá duração de 90 dias ou até o texto ser aprovado. (Estadão)
O apoio técnico tem como objetivo identificar riscos de natureza econômica e jurídica na PEC 45/2019. Segundo a Corte, o plano de trabalho levará em consideração as demandas e prioridades do relator da Reforma Tributária e a viabilidade técnica e temporal para atendimento. (Estadão)
Ainda sobre a reforma, o Ministério da Fazenda deve apresentar, nesta semana ou na próxima, os custos das exceções na matéria no valor da alíquota-padrão.
Exportação. O governo se prepara para discutir no Congresso a retomada dos financiamentos à exportação de serviços de engenharia. As novas regras para esse tipo de crédito estão sendo discutidas por técnicos do BNDES e do TCU. (Folha)
Este tipo de crédito está suspenso desde 2016, quando as construtoras que receberam os recursos do banco passaram a ser investigadas por corrupção na Lava Jato e em outras operações do gênero. (Folha)
Tenha uma boa semana!
Rafael Porto
Editor Apex News & Em Suma