ES deve crescer acima da média nacional em 2021, mas queda em 2020 será a pior da história
Resumo dos jornais desta quinta-feira (03)
Retomada. O Espírito Santo deve crescer mais que o Brasil em 2021, segundo estudo da Tendências Consultoria. O cenário imposto pela pandemia continua a trazer incertezas e o impacto de uma segunda onda pode afetar a recuperação, mas a Tendências projeta que o PIB do Espírito Santo vai crescer 3,2% em 2021, desempenho acima do esperado para o país (2,9%). O crescimento, entretanto, ocorrerá sobre uma base bastante deteriorada, uma vez que, para 2020, os números não são nada animadores. A Tendências calcula que o Estado terá retração no PIB de 9,8%, muito superior à queda nacional, de 5,6%. (Anuário Espírito Santo, Gazeta)
Recorde. Se esse dado se confirmar, será o pior desempenho da história da economia capixaba. Até hoje, a maior queda registrada foi em 2009, quando a geração de riquezas encolheu 6,9% em virtude da crise americana do subprime. Aliás, o dado projetado para 2020 coloca o Espírito Santo atrás somente do Rio Grande do Sul, que deve amargar perdas da ordem de 9,9%. (Anuário Espírito Santo, Gazeta)
Atrativo. O Espírito Santo registrou, de janeiro a novembro deste ano, um crescimento de 31% nas adesões ao Programa de Desenvolvimento e Proteção à Economia do Estado do Espírito Santo (Compete-ES). "Esse número representa, aproximadamente, 500 novas adesões ao incentivo tributário do Compete-ES, se compararmos 2020 ao ano anterior. Isso evidencia o quanto o Espírito Santo é um estado competitivo e possui um ambiente de negócios favorável para as empresas", enfatiza a subsecretária de Estado de Competitividade, Rachel Freixo. (Coluna Mundo Business, Folha Vitória)
Empréstimo. Em decisão provisória, o STF liberou que o governo do Espírito Santo contrate empréstimos no valor de US$ 400 milhões (cerca de R$ 2 bilhões, com o dólar a R$ 5,20). O recurso virá de duas fontes, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), e será utilizado para financiar quatro projetos nas áreas de segurança pública, educação, logística e gestão fiscal. A medida liminar foi dada pela ministra Rosa Weber e precisa ser referendada pelo plenário do Supremo. (Gazeta)
Transporte. O presidente Jair Bolsonaro prometeu analisar a revogação de um decreto que prejudica aplicativos de transporte rodoviário, como o Buser. Um dos objetivos é revogar o chamado "circuito fechado", que consiste na venda obrigatória de passagens de ida e volta para o mesmo grupo de passageiros. (Gazeta)
CPMF. Integrantes da ala política do governo defendem que o ministro da Economia, Paulo Guedes, deixe para a Câmara eventuais ônus da reforma tributária e se abstenha de apresentar uma proposta própria. Apesar de ter dito publicamente que havia desistido de uma nova CPMF, Guedes ainda insistia em mandar o novo tributo ao Congresso. Aliados avaliam que o presidente não conseguiria "ganhar a guerra da comunicação" e explicar o imposto à população. (Gazeta)
Atraso. Levantamento do IBGE mostra que apenas 431 municípios do país fizeram concessões ou venda de ativos ao setor privado entre 2017 e 2019. Isso representa 7,7% dos 5.570 locais pesquisados. Apenas oito municípios venderam empresas públicas no período. (Gazeta)
Correios. A secretária especial do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), Martha Seillier, disse que o governo deve enviar ao Congresso nos próximos dias o projeto de lei de privatização dos Correios. A proposta traz alternativas para que os serviços de entrega de cartas e documentos sejam mantidos em caráter universal. (Folha Vitória)
Boletim. O Espírito Santo registrou 26 mortes e 1.852 casos de covid-19 nas últimas 24 horas. Com a atualização, o estado soma 4.322 óbitos e 193.825 registros da doença. Até o momento, 178.450 pacientes estão curados. (Folha Vitória)
UTI. A taxa de ocupação dos leitos de UTIs exclusivos para covid-19 está em 82,05% no Espírito Santo. Dos 715 leitos abertos durante a pandemia, 479 permanecem com uso exclusivo para a doença. (Painel Covid-19)
Réveillon. Mesmo com a proibição de shows de fim de ano, pelo menos quatro boates seguem vendendo ingressos para a virada de ano no Espírito Santo. (ES 360)
Vacina. A Câmara dos Deputados aprovou medida provisória que abre crédito extraordinário de R$ 1,9 bilhão para viabilizar a compra, processamento e distribuição de 100 milhões de doses de vacina contra a covid-19. Os recursos serão para aquisição do imunizante produzido pelo laboratório britânico AstraZeneca e a Universidade de Oxford. O texto segue agora para o Senado. (ES 360)
Educação. Poucas horas após determinar que as atividades presenciais deveriam ser retomadas em todas as universidades federais do país no dia 04 de janeiro, o MEC voltou atrás da decisão. Além de gerar reações entre entidades de ensino, especialistas consideraram o texto inconstitucional. (Folha Vitória)
Emprego. Empresas capixabas preparam mudanças para os processos seletivos do ano que vem. Um dos critérios será a imunização dos candidatos. Quem não tomar vacina, não terá chance de emprego. Especialistas afirmam que a medida é legal e que trabalhadores que recusarem a vacina podem ser demitidos por justa causa. (Tribuna)
Política
Influencer. O prefeito de Colatina, Sérgio Meneguelli, foi recebido com descontração pelo presidente Jair Bolsonaro, que vestiu a famosa camisa "Eu amo Colatina". Durante a audiência, o prefeito colatinense reivindicou do governo federal a cessão de um galpão do antigo Instituto Brasileiro de Café (IBC), localizado em Colatina, e a duplicação da BR 259. Segundo Meneguelli, o presidente disse que vai acionar a Secretaria do Patrimônio da União (SPU) para a cessão do imóvel e vai tratar sobre o assunto com o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas. (Coluna Leonel Ximenes, Gazeta)
Liberal. Em visita ao Espírito Santo, o vice-presidente da República, Hamilton Mourão, defendeu uma agenda de reformas para o país. "Eu tenho que diminuir o gasto. A primeira coisa foi a reforma da previdência, mas precisamos da reforma administrativa, redefinir carreiras de Estado, redefinir a estabilidade do servidor, redefinir a questão salarial. Tem que haver uma escala de mérito. Precisamos avançar nas privatizações e vender empresas que estão sugando o recurso do tesouro e que, consequentemente, vão gerar mais dívidas". (Gazeta)
Beatriz Seixas: "O vice-presidente de fato sugere soluções pertinentes e urgentes para o país. Seu senso de responsabilidade é inegável, mas o militar não tem o poder. Ainda que faça parte do alto-escalão, não é ele quem bate o martelo final. O presidente Bolsonaro, este sim, é quem dita as regras. Uma pena elas não serem as mesmas da cartilha do seu vice." (Gazeta)
Antenado. Após criticar o radicalismo, Mourão disse que o Brasil vive uma fase de "tribalismo" e recomendou duas obras: a série distópica "The Handmaid's Tale", da Paramout, e o livro "Como as democracias morrem", de Steven Levitsky e Daniel Ziblatt. (Gazeta)
Marcos Melo, cientista político, em palestra no mesmo evento: "Esse é o grande mal do Brasil: acreditar que uma única pessoa resolve tudo. O que você precisa é da sociedade e de lideranças que saibam conduzir e articular processos. Sem a sociedade não se faz nada. Não tem jeito. Mesmos se os agentes públicos estiverem dispostos a fazer a coisa certa, sem a sociedade apoiando e cobrando, eles vão ficar sozinhos". (Gazeta)
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Rafael Porto,
Editor Apex News e Em Suma