Demissões. O Espírito Santo fechou 17,8 mil postos formais de trabalho em abril, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) analisados pelo Ideies. O setor de comércio e reparação de veículos teve 5.260 vagas encerradas no último mês, seguido pela indústria de transformação, com 3.369 postos de trabalho a menos. No acumulado de janeiro a abril, 18,8 mil empregos formais foram perdidos. O revés interrompe uma trajetória de três anos com saldo positivo na geração de vagas no Espírito Santo. Neste ano, antes da pandemia, o estado havia registrado saldo positivo em janeiro (+198) e fevereiro (+3.386). Entre os municípios, Vitória, com saldo negativo de 7.029 vagas, Vila Velha (-5.699) e Serra (-5.698) tiveram os piores resultados. (Ideies)
Boletim. O Espírito Santo registrou 24 mortes e 595 casos de coronavírus nas últimas 24 horas. Com a atualização, o número total de mortes atingiu a marca de 511 óbitos e os casos confirmados somam 11.484 notificações. Até o momento, 6.334 pacientes foram curados. (Folha Vitória)
UTI. A taxa de ocupação dos leitos de UTI para tratamento de covid-19 na Grande Vitória recuou quatro pontos percentuais, caindo para 83,64%. Também houve redução na ocupação de leitos em nível estadual, saindo de 78,57% para 75,95%. (ES 360)
Isolamento. A redução na taxa de ocupação das UTIs contrasta com os indicadores de isolamento no estado: em uma semana, o percentual de capixabas que ficaram em casa caiu de 46,47% para 45,95%. (ES 360)
Limite. A compra de leitos na rede privada preocupa o Sindicato dos Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Espírito Santo (Sindhes). Dos 99 leitos já adquiridos pela Sesa em cinco hospitais da Grande Vitória, somente 24 estão desocupados. "Eles [os hospitais] têm uma limitação também de ofertar esses leitos à Sesa, porque os doentes da medicina alternativa, da medicina suplementar, também têm covid, também infartam, também têm AVC", alerta o presidente do Sindhes, Manoel Gonçalves Carneiro. (Folha Vitória)
Pane. Referência no tratamento de pacientes com coronavírus no Sul do Estado, a Santa Casa de Misericórdia de Cachoeiro de Itapemirim ficou três horas sem energia elétrica na tarde de ontem. Funcionários precisaram fazer ventilação manual em pacientes com covid-19 que utilizavam respiradores mecânicos. (Tribuna Online)
Hospedagem. O governo do Estado deu o primeiro passo para a aquisição de diárias em hotéis para profissionais da saúde que atuam no combate à covid-19. A licitação, na modalidade de pregão eletrônico, foi marcada para o dia primeiro de junho. Serão quartos simples, no valor de R$ 142, e quartos duplos, no valor de R$ 158, com café da manhã, almoço, janta e serviço de lavanderia. Ao todo, serão destinados R$ 7,3 milhões para a compra de 12.700 diárias. (Folha Vitória)
Fiscalização. O Procon estadual contabilizou 200 operações em 15 municípios capixabas para combater preços abusivos na pandemia. O órgão recebeu mais de 1.200 denúncias desde março, apreendeu quase seis mil frascos de álcool em gel 70% e interditou três fábricas, duas delas clandestinas. (Folha Vitória)
Teste rápido. A farmácia Santa Lúcia aguarda liberação da Vigilância Sanitária para ofertar o teste rápido para covid-19 na unidade drive-thru da Reta da Penha, em Vitória. O exame custará R$ 240 e levará cerca de 30 minutos para ser concluído, com envio de resultado via SMS. (ES 360)
Crédito. O Senado aprovou ontem a criação de uma linha de crédito para micro e pequenas empresas. Serão ofertados até R$ 108 mil para empresas com faturamento anual de até R$ 360 mil e um montante de R$ 1,4 milhão para quem possui faturamento de até R$ 4,8 milhões por ano. Segundo a Agência de Desenvolvimento das Micro e Pequenas Empresas do Estado, mais de 150 mil empresas capixabas podem ser beneficiadas. (Coluna De Olho no Poder, Folha Vitória)
Léo de Castro, presidente da Findes, pede o envolvimento do setor produtivo no cumprimento das medidas de isolamento: "Não é só pôr nas costas do governo. É responsabilidade do governo, do setor produtivo e também da sociedade civil. Precisamos que as três partes se comportem de uma forma responsável, sabedoras de que não tem varinha de condão. Não adianta dizer ‘ah, o governo vai resolver…’ Não vai resolver sozinho. Então precisamos ter essa visão, porque estamos advogando até por uma maior abertura." (Coluna Vitor Vogas, Gazeta)
Política
Vetos. O presidente Jair Bolsonaro deve vetar quatro pontos do projeto de socorro a Estados e municípios. Entre os mais polêmicos, estão o que permitia reajuste aos servidores, que agora ficará restrito a profissionais de saúde que atuam no enfrentamento à covid-19, e o trecho sobre suspensão do pagamento de dívidas, que também deve ser excluído. (Coluna Beatriz Seixas, Gazeta)
Recesso. A Assembleia Legislativa não terá recesso em julho. O presidente Erick Musso deve assinar, na semana que vem, um ato que cancela as férias dos parlamentares. (Coluna Leonel Ximenes, Gazeta)
Privilégio. O pagamento de auxílio-saúde a juízes e desembargadores do Tribunal de Justiça do Espírito Santo já custou R$ 893,4 mil aos cofres públicos desde o início da pandemia, considerando os meses de março e abril. O benefício foi alvo de questionamento da Procuradoria-Geral da República. (Gazeta)
Redução. O TJES promete definir, até o final de semana, quais cortes e mudanças vai realizar em sua estrutura para diminuir os repasses que recebe do Executivo. (Coluna Plenário, Tribuna)
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Rafael Porto, editor Apex News e Em Suma