Inovação. O governo estadual, por meio do Funses1, anunciou investimento de R$ 2,7 milhões em mais quatro startups. O recurso, gerido pela TM3 Capital, será destinado às empresas Multifidelidade, NaPorta, Conecta e Frota 162. Além dos aportes, as startups vão passar pelo processo de aceleração coordenado pela ACE Ventures. (Startupi)
Multifidelidade: a fintech oferece inteligência de dados para programas de fidelidade. O sistema funciona como uma conta de pagamento, permitindo entregar recompensas de forma instantânea aos clientes.
NaPorta: oferece serviços de logística para viabilizar entregas em regiões com restrição, como favelas e periferias.
Conecta: desenvolve uma plataforma de comércio eletrônico unificado, integrando, de forma simples e acessível, as principais ferramentas para um processo de venda digital.
Frota 162: é responsável pela gestão de frotas automotivas e atua com foco em transportadoras e locadoras de veículos.
Prazo. As startups interessadas em participar do novo ciclo de aceleração do Funses1 têm até o dia 19 de fevereiro para se inscrever. O programa vale para empresas de todo o país e oferece investimentos de até R$ 800 mil após o programa de aceleração, que dura três meses.
Por falar em inovação, a Finep vai dobrar a oferta de crédito para a inovação na indústria capixaba neste ano. A instituição divulgou ontem, durante evento na Findes, que disponibilizará R$ 150 milhões para apoio a projetos de tecnologia e modernização com o objetivo de aumentar a produtividade do setor. O valor é 108% superior ao registrado no ano passado (R$ 72 milhões). (Tribuna)
Operação. Os recursos podem ser captados junto ao Bandes e os recursos aplicados em obras de ampliação, compra de equipamentos ou projetos de inovação. Segundo o vice-governador Ricardo Ferraço, o valor das linhas de crédito pode chegar a R$ 200 milhões no Espírito Santo.
Um exemplo. A Le Chocolatier investiu na modernização da fábrica localizada na Serra com recursos do Finep, captados via Bandes. A meta era dobrar a capacidade produtiva, mas o resultado surpreendeu até mesmo o dono da empresa: a fábrica passou de 30 toneladas por ano para 120 toneladas de chocolate por ano. (Gazeta)
FOLHA BUSINESS
Destaques. A coluna Agro Business trouxe uma lista de mais cinco empresas que merecem atenção ao longo de 2024. A série vem apresentando negócios capixabas ou com atuação relevante no Espírito Santo e que apresentem potencial de crescimento acima da média de mercado. (Coluna Agro Business, por Stefany Sampaio, Folha Business)
Litho Plant. Fundada em 2003, a empresa linharense fabrica fertilizantes especiais para diferentes culturas, com destaque para a produção de mamão. Um dos produtos de maior sucesso é o "protetor solar" para plantas, capaz de reduzir a temperatura das folhas em até cinco graus.
NetZero. A greentech francesa anunciou uma fábrica em Brejetuba, fruto de um investimento de R$ 20 milhões. A empresa propõe o uso do biochar como ferramenta para remoção do carbono da atmosfera, sem afetar a produtividade do agronegócio.
Alinutri. O grupo, fundado em 1987 como Nutriave, está focado em inovação e expansão. Com investimentos de R$ 30 milhões, o objetivo agora é ampliar o portfólio de produtos de nutrição animal, fabricando também rações para pets na unidade de Viana.
Uniaves. Localizada em Castelo, é reconhecida como a maior produtora de frangos do Espírito Santo. Desde 2021, após uma negociação de R$ 300 milhões, integra o grupo Pif Paf Alimentos. Com certificação federal, é uma das empresas habilitadas a exportar para o mercado árabe.
Paineiras. Fundada há mais de cem anos em Itapemirim, participou de um dos primeiros ciclos de industrialização do Espírito Santo. Ocupa hoje uma área de 12 mil hectares e está entre as dez maiores do setor de alimentos do estado, de acordo com o Anuário IEL.
Rochas. Pesquisa realizada pela Futura Inteligência apontou que 36% dos empresários do setor de rochas do Espírito Santo apostam no Oriente Médio como um mercado promissor. Para aprofundar o relacionamento com os possíveis clientes, representantes do Centrorochas e da Futura Inteligência vão a Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, para o Bond ARC Middle East. O evento conecta fornecedores a grandes escritórios de arquitetura, design e construtoras da região. (Coluna Mundo Business, por Ricardo Frizera, Folha Business)
BRASIL
Alta. Os shoppings do Brasil bateram recorde de vendas no ano passado. As vendas atingiram o valor de R$ 194,7 bilhões. O montante representa uma elevação de 1,5% na comparação com 2022, quando registrou R$ 191,8 bilhões. (Estadão)
O faturamento do setor em 2023 também superou em 1% o desempenho de 2019, que foi o último ano antes da chegada da pandemia e marcou R$ 192,8 bilhões. (Estadão)
Mais recorde. O volume de recursos deixados por turistas estrangeiros em 2023 no Brasil foi de US$ 6,9 bilhões, o equivalente a R$ 34,5 bilhões. Com isso, o país assumiu a liderança sul-americana em termos de arrecadação no setor, conforme o ranking de 20 países divulgado pela agência ONU Turismo. (Estadão)
O Brasil detém ainda o segundo lugar em recuperação pós-pandemia nas Américas, com aumento de 15% em relação ao período pré-crise sanitária. Assim, fica atrás apenas do México. Em nível mundial, o país ocupa a 14ª posição. (Estadão)
Os recursos injetados no ano passado na economia brasileira por visitantes vindos do exterior superam em 1,5% a maior arrecadação obtida com o turismo internacional, registrada em 2014, quando o país foi sede da Copa do Mundo de futebol. (Estadão)
Juros. A Ata do Copom do Banco Central mantém a indicação de que cortará a taxa Selic em meio ponto nas próximas duas reuniões. Com isso, os juros cairão para 10,25% em maio. (Globo)
O documento aponta que o cenário internacional está mais desafiador, com pressões inflacionárias globais. Além disso, o BC pontuou que a inflação de serviços no Brasil demonstra "resiliência", em grande parte em função da queda do desemprego e do aumento dos salários. (Globo)
Por outro lado, o Banco Central aponta que uma desaceleração mais forte da economia mundial e os efeitos da alta dos juros podem contribuir positivamente para a queda mais rápida da inflação. (Globo)
Bolsa. O Ibovespa fechou a sessão com alta de 2,21%, aos 130.416,31 pontos. Essa é a maior alta desde o dia 13 de dezembro. O resultado foi impulsionado pela Ata do Copom, pelos novos estímulos na China e por notícias corporativas internas. (InfoMoney)
O dólar, por sua vez, registrou queda de 0,38%, cotado a R$ 4,96. (InfoMoney)
POLÍTICA
Royalties. A Petrobras fechou acordo com a ANP e vai pagar R$ 832,4 milhões referentes a royalties e participações especiais da produção do Campo de Jubarte, no Espírito Santo. A discussão sobre o recálculo das participações governamentais se arrastava desde 2016. O primeiro pagamento será feito até 30 dias após a homologação do acordo pela Justiça. (Valor)
Beneficiários. Além do governo estadual, também receberão uma parte do acordo os municípios de Itapemirim, Marataízes e Presidente Kennedy, que tinham ligação com o Campo de Jubarte antes da unificação do Parque das Baleias. (Sefaz)
Reoneração. Frentes parlamentares ligadas ao setor produtivo divulgaram um manifesto em que pedem a devolução ao governo da medida provisória que reonera a folha de pagamento de 17 setores da economia intensivos em mão de obra. (Globo)
O documento é dirigido aos presidentes da Câmara, Arthur Lira, e do Senado, Rodrigo Pacheco. O manifesto classifica a MP como “autoritária e antidemocrática” e fala em desrespeito às decisões do Congresso. (Globo)
Diante da pressão, o governo federal estuda tratar a reoneração da folha de pagamentos e do benefício previdenciário às prefeituras via projeto de lei, com urgência constitucional. Entretanto, a decisão depende do presidente Lula. (Estadão)
Ruído. Líderes da Câmara dos Deputados cancelaram a reunião prevista com os ministros da Fazenda, Fernando Haddad, e das Relações Institucionais, Alexandre Padilha. O motivo foi a tensão entre o presidente da Casa, Arthur Lira, e o governo federal. (Estadão)
O encontro serviria para traçar a agenda no Congresso Nacional com a retomada das atividades legislativas e discutir o teor da medida provisória que põe fim à política de desoneração da folha de pagamentos. (Estadão)
Tenha um ótimo dia!
Rafael Porto, editor