ES registra recorde de mortes e abertura de lojas é reavaliada
Resumo dos jornais desta quarta-feira (29)
Boletim. O Espírito Santo registrou número recorde de mortes causadas pelo novo coronavírus. Foram 14 óbitos em 24 horas, saltando para 77 vítimas ao final de ontem, segundo o Painel Covid-19. É também o maior volume diário de casos, com 220 novos registros. Ao todo, 2.164 pessoas foram infectadas no estado, com 591 curados. (Gazeta)
Projeção. Até o final de maio, o Espírito Santo terá registrado aproximadamente seis mil casos, calcula o secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes. (Tribuna)
Avaliação. Nésio ponderou que o governo estadual ainda não tem um posicionamento definitivo sobre a reabertura do comércio a partir da próxima semana. "A decisão não foi tomada. Existe um indicativo de 4 de maio de acordo com a evolução da pandemia. O governo está em debate com os setores produtivos, mas é um caminho que uma hora precisa acontecer", argumentou. (Gazeta)
Casagrande foi enfático na defesa do isolamento. "Só poderemos dar algum passo adiante para abrir uma ou outra atividade econômica se a gente mantiver o isolamento. A possibilidade de abrir o comércio não pode reduzir o isolamento", reafirmou. (Folha Vitória)
Colapso. O governador alertou que a abertura de novos leitos para pacientes com covid-19 não assegura que o sistema de saúde está livre do colapso. Um dos maiores desafios continua sendo a compra de respiradores. Em reunião com o novo ministro da Saúde, Nelson Teich, Casagrande ouviu que o governo federal também tem encontrado dificuldades para aquisição dos equipamentos. "Até agora conseguimos comprar 60, mas que serão entregues totalmente até julho", revelou o governador. (Gazeta)
Busca e apreensão. A empresa Magnamed Tecnologia Médica Ltda informou à Justiça Federal que não vai entregar os 59 respiradores comprados pelo Espírito Santo. Trinta deles deveriam ser entregues até amanhã. A administradora do Hospital Jayme dos Santos Neves solicitou à Justiça a busca e apreensão dos equipamentos. Pediu, ainda, a abertura de inquérito na Polícia Federal para apuração de crime. (Gazeta)
Leitos. O governo estadual deu início à segunda etapa do projeto Leitos para Todos. Serão reservadas vagas de UTI na rede privada do interior do estado, aumentando de 183 para 353 o número de leitos de terapia intensiva exclusivos para casos de covid-19. Haverá ampliação nas regiões Norte, Noroeste, Sul e Metropolitana. (Gazeta)
Risco. Dos quatro milhões de habitantes do Espírito Santo, ao menos 1,3 milhão possui algum tipo de comorbidade, como hipertensão, diabetes, obesidade grave e doenças do sistema respiratório. (Gazeta)
Perdas. O Espírito Santo pode chegar ao final do ano com R$ 4 bilhões a menos de arrecadação em relação a 2019. A informação foi divulgada em boletim elaborado pelo Núcleo de Avaliação de Tendências e Riscos do Tribunal de Contas do Espírito Santo. O Núcleo avaliou três possíveis cenários diante da pandemia e da queda nos preços do petróleo, fatores que afetam diretamente a economia do Estado. O presidente do Tribunal de Contas, Rodrigo Chamoun, prega cautela. "Nossas previsões dão conta que o Executivo Estadual perderá R$ 4 bilhões em receitas e o conjunto dos municípios R$ 2 bilhões. É necessário, mais do que nunca, elevada prudência nas despesas com custeio e pessoal", endossou. (Folha Vitória)
Contas públicas. Com o aumento das despesas de saúde e a queda na receita em função da baixa atividade econômica, o Espírito Santo manteve o resultado positivo no trimestre, mas com menor valor em caixa. Até março, houve resultado superavitário de R$ 550,28 milhões. No mesmo período do ano passado, o resultado foi de R$ 951 milhões. Variação nominal negativa de 42%. (Gazeta)
Fernando Cinelli, presidente do Conselho de Administração da Apex Partners: "Embora a pandemia demande diversas medidas para aliviar os impactos sobre os indivíduos, trabalhadores e empresas, foram também aprovadas medidas de emergência para aliviar os entes federativos sem quaisquer contrapartidas. Além disso, privilégios do funcionalismo público ainda estão mantidos. Isto é: nem mesmo uma pandemia foi suficiente para sensibilizar grupos de interesses a abrirem mão dessas vantagens temporariamente para ajudar no direcionamento de mais recursos à saúde". (Apex Partners)
Redução. A produção de pelotas da Vale caiu 33,9% no Espírito Santo durante o primeiro trimestre, em relação ao mesmo período do ano passado. O gerente de Petróleo e Gás da Findes, Durval Vieira de Freitas, lembra que a empresa representa entre 6% e 8% do PIB capixaba. "O minério de ferro é faturação direta de Minas Gerais. Já a produção de pelotas tem agregação de valor e gera postos de trabalho e impostos para o Espírito Santo [...] Quando a companhia diminui atividade, o PIB também cai", conclui. (Gazeta)
Reforço. A Samarco confirmou o retorno das operações para este ano no Espírito Santo. Com medidas preventivas, a empresa reduziu em 60% a circulação de funcionários, mas não afetou o cronograma de retomada das atividades. (Coluna Beatriz Seixas, Gazeta)
Voos. O aeroporto de Vitória registrou, no último domingo (26), seu pior desempenho desde o início da pandemia. Foram 12 movimentos: seis decolagens, cinco pousos e um sobrevoo. Antes da crise, o aeroporto registrava até 200 movimentos por dia. (Coluna Beatriz Seixas, Gazeta)
Fechado. A Superintendência Regional do Trabalho interditou o supermercado Extraplus, na Praia da Costa, em Vila Velha. Com o registro de 22 empregados afastados por suspeita ou confirmação da doença, o supermercado deveria, de acordo com o órgão, estar realizando o procedimento chamado "busca ativa própria por novos casos suspeitos". (Gazeta)
Combustível. O litro da gasolina pode ser encontrado a R$ 3,64 na Grande Vitória. É o menor preço do combustível em dois anos, segundo a ANP. (Gazeta)
Retomada. Pesquisa encomendada pela Associação Capixaba de Tecnologia ao Ideies aponta que 73% dos empresários de TI do Espírito Santo acreditam em um "retorno à normalidade" em, no máximo, seis meses. (Coluna Mundo Business, Folha Vitória)
Política
Isolamento. Um grupo de deputados estaduais da base governista criticou ontem a possível reabertura do comércio: os médicos Hudson Leal e Emílio Mameri, além de Sergio Majeski e Iriny Lopes. Circula também nas redes sociais uma campanha intitulada "Ajuda a desarmar essa bomba", na tentativa de pressionar o governo do Estado a rever a abertura das lojas. (Coluna Plenário, Tribuna)
Inclusão. A Assembleia Legislativa aprovou projeto de lei da deputada Raquel Lessa que inclui as pessoas com deficiência no grupo prioritário de atendimento para coronavírus. "Muitas deficiências têm como característica a fragilidade no sistema respiratório, por isso, são mais vulneráveis nesse contexto", explicou a parlamentar. (Gazeta)
Rotina. A Assembleia Legislativa retomará o ritmo regular de sessões a partir da próxima semana. Por meio de videoconferência, os parlamentares se reunião às 15h nas segundas e terças-feiras e às 9h nas quartas-feiras. (Coluna De Olho no Poder, Folha Vitória)
Aliás, o diretor-geral da Assembleia, Roberto Carneiro, está com covid-19. É o terceiro do Republicanos a contrair a doença, depois de Erick Musso e Lorenzo Pazolini. (Coluna Vitor Vogas, Gazeta)