Emprego. O Espírito Santo abriu 4.415 novas vagas formais em setembro, segundo os dados do Novo Caged. O resultado foi o quarto melhor do ano e consolidou a trajetória de crescimento da economia capixaba: o estoque de empregos é 4,45% maior que o registrado em dezembro do ano passado. (Observatório da Indústria)
Setores. Os números do Espírito Santo foram puxados pelo desempenho dos setores de serviços (saldo de 1.471 postos formais), comércio (1.486), indústria (1.463) e construção (602). Somente a agropecuária teve recuo no período, com o fechamento de 588 empregos de carteira assinada. (Observatório da Indústria)
No acumulado do ano, o saldo capixaba é positivo: 36.309 novas vagas no mercado de trabalho. (Observatório da Indústria)
Regional. Na análise municipal, 52 cidades tiveram aumento no número de empregos formais em setembro. Destacaram-se os municípios de Serra (1.306), Vitória (858) e Vila Velha (578). (Observatório da Indústria)
No país, foram criados 211,764 mil postos de trabalho com carteira assinada no mês de setembro, segundo o Caged. O valor corresponde a uma queda de 23,83% em relação ao mesmo período do ano passado. Ainda assim, o número veio acima da projeção média de mercado. (Globo)
FOLHA BUSINESS
Imóveis. O Espírito Santo deve receber cerca de R$ 13 bilhões em investimentos nos próximos dez anos para universalização do saneamento básico. Muito além dos ganhos com saúde, as obras podem gerar um retorno de R$ 276,3 milhões para o mercado imobiliário, além de destravar bilhões em novos investimentos. Os dados constam em estudo do Instituto Trata Brasil. (Coluna Mundo Business, por Ricardo Frizera, Folha Business)
Viabilidade. Além da valorização imobiliária e, consequentemente, dos ganhos com aluguel, os investimentos em saneamento podem atrair mais investimentos imobiliários. Em Vila Velha, as obras da Cesan vão viabilizar investimentos imobiliários de R$ 1 bilhão, segundo projeção da Findes. (Coluna Mundo Business, por Ricardo Frizera, Folha Business)
Pesquisa. O Espírito Santo lidera a primeira rede mundial de pesquisas sobre glifosato nas lavouras de café — o herbicida chegou a ser banido em alguns países. O projeto, financiado pela Fapes e pela Mobilização Capixaba pela Inovação, rendeu quatro novas patentes e a criação de uma startup, a Symbiotech, que desenvolve biofertilizantes. (Coluna Agro Business, por Stefany Sampaio, Folha Business)
Adiamento. A baixa demanda da China por aço pode atrasar os investimentos previstos pela ArcelorMittal para Tubarão no ano que vem. Com a queda do consumo chinês, as produtoras de aço do país estão exportando sua produção: no Brasil, o volume de aço importado da China cresceu 90% nos últimos meses. (Gazeta)
Redução. Diante da concorrência, a ArcelorMittal Tubarão reduziu em 15% a produção de placas. A empresa também se articula para cobrar uma medida do governo federal. Enquanto os produtos chineses enfrentam taxas de importação de 25% na Europa e nos Estados Unidos, no mercado brasileiro a alíquota é de pouco mais de 10%. (Gazeta)
Fornecedores. A Vale comprou, de janeiro a setembro deste ano, R$ 3,2 bilhões de empresas capixabas ou com filiais no Espírito Santo. O volume representa 49% de todas as aquisições da empresa no estado — considerando outros fornecedores, as compras totalizam R$ 6,4 bilhões neste ano. (Gazeta)
Por falar em Vale, a empresa vai investir em tecnologia capixaba para reduzir a emissão de partículas. O inibidor de poeira usa uma película feita à base de plástico PET sobre o minério, nos mesmos moldes do que hoje é feito com celulose. A tecnologia foi criada a partir da colaboração entre Vale e Ufes. (Folha Vitória)
BRASIL
Fiscalização. O governo federal quer criar um órgão para fiscalizar o setor de combustíveis. A ideia é que a estrutura atue de forma parecida com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). (InfoMoney)
A proposta está em fase final de construção no Ministério e será encaminhada ao Congresso Nacional. O modelo a ser adotado para o órgão é de entidade de direito privado com a participação do governo e gestão compartilhada, como uma autarquia. (InfoMoney)
Convocada. A Assembleia Geral Extraordinária que irá chancelar a mudança do estatuto social da Petrobras, flexibilizando a indicação para cargos na alta administração e conselho fiscal da companhia está marcada para o dia 30 de novembro. A decisão foi informada ontem pela estatal após a aprovação da data pelo seu Conselho de Administração. (Globo)
IPCA. O mercado voltou a derrubar a projeção para a inflação de 2023, caindo de 4,65% para 4,63%. Por outro lado, a estimativa para o IPCA de 2024 subiu de 3,87% para 3,90%, segundo dados do Relatório Focus do Banco Central. (InfoMoney)
A previsão para o crescimento do PIB 2023 teve novo recuo, segundo a pesquisa, indo de de 2,92% para 2,89%, enquanto a projeção para 2024 continua em 1,50% nas últimas seis pesquisas. (InfoMoney)
Juros. A projeção para a taxa Selic para 2023 não sofreu alterações. A estimativa para o final de 2023 continuou em 11,75%. (InfoMoney)
Em tempo: o Copom do Banco Central se reúne hoje e amanhã para definir a nova Selic. O mercado é unânime ao prever um corte de 0,5 ponto porcentual, o que levaria os juros dos atuais 12,75% para 12,25% ao ano. (Estadão)
Bolsa. O Ibovespa fechou a sessão com queda de 0,68%, aos 112.531,52 pontos. O índice descolou da alta que os mercados lá fora apresentaram hoje após falas do ministro Fernando Haddad. (InfoMoney)
O dólar encerrou o dia com alta de 0,67%, cotado a R$ 5,047. (InfoMoney)
INTERNACIONAL
Guerra. A Forças de Defesa de Israel confirmaram a expansão "lenta e meticulosa" dos ataques terrestres na Faixa de Gaza. Nos últimos dias, mais de 600 alvos foram atingidos. Segundo o governo israelense, o objetivo foi destruir depósitos de armas, áreas de lançamentos de mísseis e esconderijos utilizados pelo Hamas. (Poder 360)
Decisão. Pressionado por um cessar-fogo e pelas resoluções propostas no Conselho da ONU, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, reafirmou que o país não aceitará um acordo por enquanto. Netanyahu declarou que aceitar a trégua neste momento seria "se render ao Hamas e ao terrorismo". (Poder 360)
Saída. O Brasil deixa hoje a presidência rotativa do Conselho de Segurança da ONU. Em novembro, a condução do colegiado estará sob responsabilidade da China. (Poder 360)
Em sua despedida do comando do Conselho, o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, criticou a lentidão da entidade, que supostamente vem "falhando vergonhosamente" na tentativa de pôr fim à guerra. (Poder 360)
Impacto. O desenrolar do conflito entre Israel e Hamas começa a ganhar novas projeções de impacto econômico. O Banco Mundial prevê que o barril de petróleo pode chegar a US$ 157 caso haja uma escalada na guerra. (Poder360)
POLÍTICA
Contrato. O governo estadual encaminhou ao Tribunal de Contas do Espírito Santo um pedido de revisão do débito que possui junto à Rodosol. Nas contas da concessionária, as perdas ao longo dos 25 anos de contrato chegam a R$ 351,2 milhões. Estudo independente elaborado pela Fundação Coppetec, contratada pela ARSP, considerou o valor "excessivo". A petição ainda não tem prazo para resposta do TCE. (Folha Vitória)
Ainda sobre o TCE: acontece hoje, às 14h, a eleição que vai escolher o novo presidente da Corte. O grande favorito para suceder Rodrigo Chamoun é o conselheiro Domingos Taufner, com um voto a mais que o atual vice-presidente Rodrigo Coelho. (ES 360)
Fiscal. A semana começou com a equipe econômica tentando amenizar os impactos negativos da declaração dada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre a meta fiscal de 2024. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, classificou as falas como um “alerta”, mas evitou cravar a manutenção da meta de déficit zero no ano que vem. (InfoMoney)
Além disso, Haddad disse que pode antecipar medidas de arrecadação de receitas previstas para o próximo ano para perseguir o ajuste fiscal. Ele destacou que precisará do apoio do Congresso Nacional e do Judiciário para cumprir o objetivo. (Folha)
Relembrando: há quatro dias, Lula afirmou que a meta de 2024 “não precisa ser zero” e minimizou os impactos de um possível déficit de 0,25% ou 0,5% do PIB. (InfoMoney)
Para o mercado, a fala do presidente Lula desautorizou o ministro da Fazenda em uma semana boa de avanços da pauta econômica com a aprovação do projeto sobre fundos exclusivos e a apresentação do relatório da Reforma Tributária. (Globo)
No meio do impasse, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, reforçou o discurso de Haddad, e defendeu o cumprimento da meta fiscal em 2024. (Folha)
Na Câmara, o objetivo é instalar o quanto antes a comissão mista para analisar a medida provisória (MP) que aumenta a tributação de grandes empresas que possuem benefícios fiscais de ICMS e pode levantar mais de R$ 30 bilhões. (Globo)
Indicações. Haddad anunciou os nomes dos indicados para a diretoria do Banco Central (BC): Paulo Picchetti vai comandar a diretoria de Assuntos Internacionais e Gestão de Riscos Corporativos, enquanto Rodrigo Alves Teixeira, assumirá a diretoria de Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta. (Valor)
Com as indicações, a diretoria do Banco Central terá apenas uma mulher: Carolina de Assis Barros, diretora de Administração, que ficará no cargo até o fim do ano que vem. (Globo)
Desoneração. O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, indicou a possibilidade de Lula vetar trechos do projeto que estende a desoneração da folha de pagamentos de 17 setores da economia até 2027. (Estadão)
Tenha um ótimo dia!
Rafael Porto, editor