ES terá primeira ZPE privada do Brasil; Exportações do agronegócio capixaba avançam 8,8%
Resumo dos jornais desta quinta-feira (20)
Conquista. O Espírito Santo vai receber a primeira Zona de Processamento de Exportação (ZPE) privada do Brasil. O anúncio foi feito pelo governador Renato Casagrande, que recebeu a notícia do vice-presidente da República, Geraldo Alckmin. A ZPE é fruto de solicitação do Grupo Imetame e será implantada em Aracruz. (Folha Vitória)
Exportação. As ZPEs são especialmente destinadas à produção de bens para exportação e à oferta de serviços vinculados à atividade exportadora. Os empreendimentos nessas áreas contam com incentivos cambiais, tributários e burocráticos, assegurados por um período mínimo de 20 anos. (Folha Vitória)
Timing. O vice-governador Ricardo Ferraço destacou a importância da ZPE para o Espírito Santo em meio à transição provocada pela reforma tributária. Além da vantagem logística de estar próxima ao Porto da Imetame, de Portocel, da Vports e da Jurong, a Zona garante isenção de impostos para importação de insumos utilizados na manufatura dos bens. (Gazeta)
Em tempo: atualmente, 40% das exportações de industrializados do país utilizam o Drawback, regime especial que oferece o mesmo tipo de isenção nos insumos, mas está com os dias contados por conta da reforma tributária. (Gazeta)
Visita. O vice-presidente Geraldo Alckmin visitará o Espírito Santo no próximo dia 27 para assinar a resolução que oficializa a implantação da ZPE em Aracruz. (Folha Vitória)
Ainda sobre Aracruz. A Anatel incluiu o município capixaba na lista das cidades portuárias que terão acesso ao 5G a partir da próxima quarta-feira. (O Globo)
FOLHA BUSINESS
Expansão. O coworking e hub de inovação Enjoy Work, que tem sede na Serra, acaba de anunciar a fusão com o coworking Space 22, que mudará de nome. Com o movimento, o Enjoy entra em Vitória com uma estrutura de 400m², três pavimentos, 90 posições de trabalho, estúdio de podcast e rooftop com estrutura para eventos. Nas duas unidades são mais de 500 clientes. (Coluna Mundo Business, Folha Business)
Crescimento. As exportações do agronegócio capixaba aumentaram 8,8% no primeiro semestre deste. As vendas movimentaram US$ 848,9 milhões. As maiores variações positivas foram registradas na exportação de gengibre (88,9%), celulose (18,6%), café (9,1%) e chocolates (1,2%). (Coluna Agro Business, Folha Business)
Relevância. Os três principais produtos da pauta das exportações do agronegócio capixaba — celulose, café e pimenta-do-reino — representaram mais de 92,9% do valor total comercializado de janeiro a junho. (Coluna Agro Business, Folha Business)
Ferrovia. O investimento da Vale para construir uma alça que leve a Ferrovia Vitória-Minas até Ubu tem relação com a viabilidade da retomada da Samarco. A empresa, que pertence à Vale (50%) e à BHP (50%), dependeria da extração de outras minas para operar com as usinas de pelotização na capacidade máxima. (Gazeta)
Planos. A informação de que a BHP não investirá na ampliação da Vitória-Minas até Anchieta também reforça uma percepção nos bastidores do mercado capixaba: a Vale está acelerando o passo para assumir o controle acionário da Samarco. (Gazeta)
Dívida. O número de famílias capixabas endividadas caiu 0,9 pontos percentuais em junho. Pesquisa da Fecomércio apontou que 88,4% dos lares possuem algum tipo de dívida, com destaque para o cartão de crédito e os empréstimos pessoais. (Folha Vitória)
BRASIL
Exportações. O Brasil exportou US$ 165,7 bilhões para mais de 200 países no primeiro semestre. A marca representa um recorde nominal para a primeira metade do ano. Os dez maiores parceiros do Brasil movimentaram US$ 105 bilhões (64%); os quatro maiores foram responsáveis por 50% do valor total no período. (Futura Inteligência)
Liderança. A China manteve sua posição como o principal destino, com US$ 49,9 bilhões (30%), conforme dados do MDIC. Em seguida, aparecem os Estados Unidos com US$ 17,2 bilhões (10%), Argentina com US$ 9,5 bilhões (6%) e Holanda com US$ 6,0 bilhões (4%). (Futura Inteligência)
Na lista dos dez maiores parceiros comerciais estão também Singapura, México, Espanha, Chile, Japão e Alemanha. Juntos, os países somaram US$ 22,5 bilhões — ou 14% do total. (Futura Inteligência)
Gás. A partir de agosto, a Petrobras vai reduzir o preço do gás natural para as distribuidoras em 7,1%. Com isso, o insumo acumulará redução de aproximadamente 25% no ano. (Globo)
Aliás, a companhia está prestes a concluir sua nova política de distribuição de dividendos. O novo modelo promete liberar espaço para mais investimentos da petroleira. (Globo)
Em tempo: até 2027, as petroleiras que operam no país devem investir R$ 21 bilhões somente na fase de exploração, etapa que precede a produção. Os dados são da ANP. Desse total, R$ 5,6 bilhões de reais (29%) estão previstos para ocorrer em 2023 e R$ 7 bilhões (34%) em 2024.
Revisão. O Ministério da Fazenda elevou a projeção de crescimento econômico de 1,9% para 2,5% em 2023. Um dos motivos para a revisão foi o resultado do PIB no primeiro trimestre (1,9%), impulsionado pelo setor agropecuário. (Estadão)
Juros. Analistas do mercado avaliam que a manutenção da taxa Selic em 13,75% ao ano e o fim dos principais meses da colheita de soja irão fazer com que a atividade econômica perca o ritmo. (Folha)
Esse cenário, apontam, viabiliza que os cortes da taxa básica de juros sejam iniciados na próxima reunião do Copom do Banco Central. O encontro está agendado para os dias 1º e 2 de agosto. (Folha)
Bolsa. O Ibovespa fechou a sessão em queda de 0,25%, aos 117.552 pontos, impactado pelo recuo das commodities. Já o dólar fechou em queda de 0,48%, cotado a R$ 4,785. (InfoMoney)
POLÍTICA
Mudanças. O governo federal deve realizar mudanças no plano de conformidade com empresas virtuais de varejo. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o secretário executivo da Pasta, Dario Carnevalli Durigan, se reuniram com representantes da indústria e do comércio para discutir o tema. (Globo)
Emprego. A Fazenda vai discutir com a Receita Federal uma solução para importações de até US$ 50, que permanecerão isentas de imposto. A maior preocupação é com a manutenção dos empregos no país, diante do aumento nas compras internacionais. (Globo)
A CNI estima que a indústria pode perder 500 mil empregos até o fim do ano se a situação não mudar. A entidade se queixa da falta de isonomia entre os importados e os nacionais. (Globo)
Volume. O Instituto para Desenvolvimento do Varejo calcula que as remessas internacionais de pequeno valor somaram, de janeiro a maio deste ano, R$ 20,8 bilhões. É o equivalente a 4% do total de importações legais do Brasil no mesmo período e a 11% do total de vendas de e-commerce do Brasil em todo o ano de 2022. (Estadão)
Tributos. O Ministério da Fazenda vai enviar ao Congresso Nacional um projeto de lei para tributar fundos exclusivos de investimento, voltados à alta renda. (Folha)
A proposta será encaminhada junto com o Orçamento de 2024, que precisa ser apresentado até 31 de agosto, para que a arrecadação esperada com a medida possa ser contabilizada nas estimativas de receita. Segundo a Pasta, os valores ajudarão a alcançar a meta de déficit zero no ano que vem. (Folha)
Por falar no Orçamento, a ministra do Planejamento, Simone Tebet, apontou que o previsto para 2024 será apertado porque boa parte do espaço aberto pela PEC da Transição vai ser consumido por gastos com Saúde e Educação. (Globo)
O projeto está sendo elaborado com base no arcabouço fiscal, aprovado pelo Senado e que ainda precisa de nova análise pela Câmara dos Deputados. (Globo)
Censo. Três Câmaras de Vereadores serão obrigadas a diminuir o número de cadeiras a partir da próxima legislatura. Alegre, João Neiva e Mantenópolis terão de reduzir a quantidade de vereadores porque o Censo Demográfico do IBGE de 2022 apontou queda no número de habitantes nos municípios. (Tribuna)
Tenha um bom dia!
Rafael Porto
Editor Apex News & Em Suma