Participação. A divulgação do PIB nacional pelo IBGE revelou que o Espírito Santo foi o segundo Estado mais industrializado do Brasil. Em 2021, 38,3% do PIB veio do setor industrial — que avançou 4,2% no resultado consolidado, impulsionando a alta de 6% da economia capixaba. Os dados foram analisados pelo Observatório da Indústria da Findes e pelo Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN). (Coluna Mundo Business, por Ricardo Frizera, Folha Business)
Variação. Na passagem de 2020 para 2021, a indústria do Espírito Santo saltou da quarta para a segunda posição no ranking nacional, saindo de 27,4% para 38,3% do PIB, atrás apenas do Pará — que possui 46,4% da economia ligada à indústria. O resultado foi impulsionado por três segmentos: Indústria de Transformação (+15,1%); Construção (+13,1%); e Serviços Industriais de Utilidade Pública (+1,8%).
Cris Samorini, presidente da Findes, ressaltou a relevância da indústria para a geração de oportunidades. "A indústria do Espírito Santo é responsável por 233 mil empregos formais no Estado. Somos motor do desenvolvimento e seremos cada vez mais, afinal, o setor industrial tem feito diversos esforços em direção a um ambiente de negócios mais favorável à atração de investimentos".
Números. Em valores correntes, o PIB do Espírito Santo chegou à cifra de R$ 186,3 bilhões, com um acréscimo nominal de R$ 47,9 bilhões em relação ao ano anterior. No PIB per capita, o Espírito Santo avançou 4,8%, passando de R$ 34 mil para R$ 45,3 mil — acima da média nacional (R$ 42,2 mil).
FOLHA BUSINESS
Saúde. A Cooabriel, maior cooperativa de café conilon do país, lançou um programa de telemedicina em parceria com a startup Conexa Saúde. A healthtech gerencia cerca de 20 milhões de vidas com a ajuda de 70 mil profissionais de saúde e mais de 30 especialistas. A partir de agora, cooperados e familiares poderão acessar atendimento médico 24h por dia, todos os dias da semana, por meio do programa "Vida + Cooabriel". (Coluna Agro Business, por Stefany Sampaio, Folha Business)
Água. O governo estadual vem analisando o melhor modelo para instalar duas usinas de dessalinização no litoral capixaba. O objetivo é ampliar a oferta de água para a expansão industrial e do agronegócio sem prejuízo ao consumo humano. Ainda em fase de estudos, a construção não tem local definido e pode ser feita por meio de parceria público-privada, concessão ou manifestação de interesse privado. (Gazeta)
Exemplo. O vice-governador Ricardo Ferraço visitou o Chile e retornou animado com o modelo de baixo impacto ambiental adotado pelo país. Atualmente, 20% de toda a água consumida no Chile é dessalinizada — até 2030, a fatia deve alcançar a marca dos 40%.
Saneamento. Estudo divulgado pelo Tribunal de Contas do Estado revelou que 1,6 milhão de moradores do Espírito Santo não contam com serviços de coleta e tratamento de esgoto. O "Painel de Saneamento Básico do TCES" aponta que 628 mil pessoas não têm acesso à água tratada: são 39,5% de imóveis sem rede de esgoto e outros 15,5% sem abastecimento. (Folha Vitória)
Leilão. Como não recebeu propostas, o lance inicial da área de 55 mil metros quadrados que o governo tenta vender na BR 101, em Carapina, na Serra, caiu pela metade. O terreno será novamente ofertado na próxima terça-feira, agora por R$ 59 milhões. (Tribuna)
BRASIL
Inflação. O mercado financeiro voltou a reduzir as projeções para a inflação de 2023 e de 2024, segundo o Relatório do Focus do Banco Central. A estimativa do IPCA para este ano caiu de 4,59% para 4,55%, enquanto a previsão para a inflação de 2024 foi de 3,92% para 3,91%, após três semanas de alta. (InfoMoney)
A previsão para o crescimento do PIB para este ano também recuou: de 2,89% para 2,85%. Já a projeção para 2024 continua em 1,50% há nove pesquisas. (InfoMoney)
Juros. As projeções para a Selic para 2023 e 2024 não sofreram alterações. A estimativa para o final de 2023 continuou em 11,75%, enquanto a projeção para 2024 ficou nos mesmos 9,25%. (InfoMoney)
Petróleo. As cotações internacionais do petróleo voltaram a subir. O barril do tipo Brent fechou o pregão a US$ 82,37, alta de 2,18%. Esse é o terceiro pregão consecutivo de acréscimo, reflexo de incertezas com relação ao próximo encontro da Opep. (Folha)
O aumento reforça o argumento da Petrobras sobre a elevada volatilidade no mercado. A companhia enfrenta, desde a última semana, um embate com o Ministério de Minas e Energia, que pressiona para que haja uma redução nos preços dos combustíveis. (Folha)
Nas contas do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, há uma possibilidade de queda de R$ 0,12 por litro na gasolina e R$ 0,40 por litro no diesel. (Folha)
A última alteração realizada pela Petrobras nos preços dos combustíveis foi no dia 21 de outubro, com corte de R$ 0,12 por litro no preço da gasolina e alta de R$ 0,25 por litro no diesel. (Folha)
Nos bastidores do Planalto, é ventilada uma possível substituição do presidente da Petrobras, Jean Paul Prates. (InfoMoney)
Em tempo: o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reúne hoje com Silveira e Prates, no Palácio do Planalto. Os ministros da Fazenda, Fernando Haddad, e da Casa Civil, Rui Costa, também irão participar do encontro. (Globo)
Bolsa. O Ibovespa fechou a sessão em alta de 0,95%, aos 125.957 pontos. Esse é o maior patamar desde o fim de julho de 2021. Já o dólar registrou queda de 1,10%, cotado a R$ 4,851. (InfoMoney)
POLÍTICA
Indústria. A partir de janeiro do ano que vem, o setor industrial vai poder contar novamente com o programa Brasil Mais Produtivo. Reformulada pelo MDIC, a iniciativa recebeu um aporte de R$ 2 bilhões em recursos para impulsionar a transformação digital nas empresas. A meta é realizar 93,1 mil atendimentos a pequenas indústrias até 2026. (Folha)
O programa também é para empresas de pequeno e médio portes. O Brasil Mais Produtivo será operado pelo BNDES, que entrará com R$ 80 milhões não reembolsáveis e com a disponibilização de linhas no valor de R$100 milhões de crédito com custo financeiro em Taxa Referencial. (Folha)
A nova versão do programa faz parte da política industrial coordenada pelo Conselho Nacional do Desenvolvimento Industrial voltado à indústria 4.0 e à transformação digital no país. (Folha)
Bets. O novo parecer do projeto de lei que taxa as empresas de apostas on-line propõe uma redução da alíquota de 18% para 12%. Além disso, o texto em discussão no Senado vai trazer a obrigatoriedade de as Bets estrangeiras terem ao menos 20% do capital nas mãos de uma empresa brasileira. (Globo)
O relator da proposta no Senado, Angelo Coronel, afirmou que as mudanças foram acordadas com as empresas e o Ministério da Fazenda. A proposta pode ser votada na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) ainda hoje. (Globo)
Ainda no Senado, o projeto de lei que taxa os super-ricos, em fundos de investimento no exterior e exclusivos, será analisado hoje na CAE. A proposta pode ser votada no mesmo dia, se não houver pedido de vista por parte dos senadores. (Globo)
Orçamento. O líder do governo no Senado, Randolfe Rodrigues apresentou emenda ao projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2024 limitando o valor que pode ser bloqueado pelo Executivo a R$ 23 bilhões. (Globo)
Entretanto, a emenda apresentada já enfrenta insegurança jurídica. O relator da LDO, Danilo Forte, fez uma consulta informal ao TCU sobre o tratamento a ser dado ao contingenciamento. (Estadão)
Indicação. O presidente Lula confirmou os quatro nomes que irão ocupar os postos do Cade que estavam vagos. Eles terão que ser aprovados pelo Senado. (Valor)
São eles: José Levi do Amaral, ex-ministro da AGU no governo Jair Bolsonaro e atual secretário geral do TSE; Diogo Thomson, superintendente-adjunto do Cade; Camila Pires Alves, ex-economista-chefe do Cade; e Carlos Jaques, consultor do Senado. (Valor)
Análise. Representantes de diversos setores da economia brasileira que exportam para a Argentina acreditam que não haverá uma ruptura do país com o Brasil após a eleição de Javier Milei. (Globo)
Por outro lado, analistas do mercado financeiro acreditam que os países podem ter um afastamento diplomático, mas sem impacto comercial. O cenário seria parecido com o que ocorreu entre o atual presidente argentino, Alberto Fernández, e o ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro. (InfoMoney)
No Ministério da Fazenda, a visão é que no curto prazo Milei adotará um tom mais moderado e pragmático nas relações econômicas com o Brasil e não deve deixar o Mercosul. (Globo)
Tenha um bom dia!
Rafael Porto, editor