Exportação de café bate novo recorde em novembro, mas produção recua 22%
26 de dezembro, terça-feira
Agronegócio. O Espírito Santo registrou, durante o mês de novembro, o maior volume mensal de exportações de café conilon desde 2002. O montante somou US$ 105 milhões, com 742.066 sacas. A produção capixaba representou 83,7% dos envios nacionais no período — em todo o país, foram US$ 122,2 milhões no último mês. (Coluna Agro Business, por Stefany Sampaio, Folha Vitória)
Demanda. Segundo o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil, o conilon não apenas atendeu ao déficit interno de arábica, mas começou a suprir demandas de outras origens, como Vietnã e Indonésia. A queda de produção nessas regiões atraiu a atenção da indústria mundial para o conilon capixaba.
Apesar da alta nas exportações, a produção de café no Espírito Santo deve sofrer queda de 22% neste ano. Estimativa da Conab aponta que as perdas chegam a 17,8%no conilon e de 34,5% no arábica. O motivo: a forte estiagem e a bienalidade do café em terras capixabas. (Coluna Agro Business, por Stefany Sampaio, Folha Business)
Aliás, as altas temperaturas vêm afetando diferentes culturas do agronegócio capixaba. Além do café, o Incaper projeta perdas também na safra de mamão, maracujá e pimenta-do-reino. (Coluna Agro Business, por Stefany Sampaio, Folha Business)
FOLHA BUSINESS
Imóveis. A Grand Construtora vai encerrar o ano com um volume recorde de R$ 316 milhões em vendas. Com 98 mil metros quadrados em construção, a Grand puxou o ritmo do mercado imobiliário, que viveu um bom ano diante da redução da taxa básica de juros e da procura por imóveis como investimento. Segundo a Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias, o setor avançou 14,4% nas vendas. (Coluna Mundo Business, por Ricardo Frizera, Folha Business)
Por falar em crescimento, a economia capixaba deve avançar 3,1% neste ano — quase o dobro do esperado pelo país(1,4%) . Os dados foram compilados pelo Observatório da Indústria da Findes, com base no Indicador de Atividade Econômica. (Coluna Mundo Business, por Ricardo Frizera, Folha Business)
Água. Depois de ArcelorMittal e Vale, a Cesan quer estabelecer um contrato de longo prazo com a Suzano. O objetivo é destinar água de reúso para os processos industriais da empresa. O maior desafio, no momento, é levar a água da Grande Vitória para Aracruz. (Gazeta)
Tributação. Muda a partir da próxima segunda-feira (1º) o regime de tributação de vinhos no Espírito Santo. O recolhimento deixará de ser feito por substituição tributária, passando a ser praticado por antecipação parcial do imposto. Para facilitar o processo, Sefaz e Receita Estadual elaboraram um guia com orientações sobre o processo. (ES 360)
Veículos. Vports e Comexport, uma das maiores empresas de comércio internacional do país, fecharam um acordo para ampliar a movimentação de cargas em Vila Velha. A área de operação da trading, responsável pela importação de veículos, será aumentada em oito mil metros quadrados — o que deve resultar em um salto de 25% na chegada de novos automóveis pelos portos capixabas. (Gazeta)
BRASIL
Expectativas. Na última semana do ano, o olhar do mercado estará voltado para a divulgação dos dados do IPCA-15 e do Caged, que deve ocorrer na quinta-feira (28). (InfoMoney)
Para o índice, a expectativa do mercado é de avanço de 0,29% na comparação mensal. Já para o mercado de trabalho, a projeção é de 160 mil empregos formais criados. (InfoMoney)
Ainda na quinta, o Tesouro Nacional apresentará o resultado primário do Governo Central de novembro. A expectativa é de queda de R$ 40 bilhões. Na sexta, o IBGE divulgará a PNAD Contínua de novembro. (InfoMoney)
Hoje, o Tesouro Nacional divulga o relatório mensal de dívida pública federal de novembro. Já o Banco Central divulga o fluxo cambial para o mesmo período. (InfoMoney)
Aquisição. A Suzano adquiriu as sociedades de propósito específico (SPEs) Timber VII e Timber XX, sob gestão da BTG Pactual Timberland Investment Group, subsidiária do BTG Pactual. O valor da transação foi de R$ 1,826 bilhão. (InfoMoney)
Em comunicado ao mercado, a Suzano informou que as empresas adquiridas têm 70 mil hectares de terras em Mato Grosso do Sul, sendo 50 mil “úteis” e em parte plantadas com eucaliptos de variadas idades. (Valor)
A transação deve ser concluída no próximo ano. Com isso, a companhia elevou de R$ 14,6 bilhões para cerca de R$ 16,5 bilhões a previsão de investimentos em 2024. (Valor)
Exploração. A Petrobras iniciou a perfuração do poço de Pitu Oeste, localizado a 53 quilômetros da costa do Rio Grande do Norte. A ação marca a retomada de pesquisas por óleo e gás na Margem Equatorial, região que se estende do estado potiguar até o Amapá. (Valor)
A companhia afirmou, por comunicado, que a operação na concessão BM-POT-17 levará de três a cinco meses e poderá confirmar a extensão da descoberta de petróleo feita em 2014 no poço de Pitu. (Valor)
Previsão. A Petrobras prevê um investimento de US$ 3,1 bilhões para pesquisa de óleo e gás na Margem Equatorial, de acordo com o Plano Estratégico 2024-2028. A empresa deve perfurar 16 poços no período. (Valor)
POLÍTICA
Aprovado. O Orçamento para 2024 foi aprovado pelo Congresso Nacional com um corte em torno de R$ 7 bilhões no novo PAC. Com isso, o programa do governo federal terá R$ 54 bilhões. O texto segue agora para sanção presidencial. (Estadão)
Parte das verbas realocadas para o PAC, cerca de R$ 6,3 bilhões, serão provenientes de despesas obrigatórias que foram redimensionadas, devido à inflação menor que o esperado. (Estadão)
O corte no valor destinado ao programa serviu para turbinar o valor das emendas de comissão, que passaram de R$ 11,3 bilhões — piso estabelecido pela Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2024 — para R$ 16,6 bilhões no ano que vem. O texto também prevê um valor recorde para emendas parlamentares, de R$ 53 bilhões. (Estadão)
Quanto à meta fiscal do governo, o Orçamento de 2024 prevê um resultado primário próximo de zero, em linha com o objetivo do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. O texto prevê um pequeno superávit de R$ 3,5 bilhões nas contas públicas. (Estadão)
Após a aprovação do Orçamento, Haddad afirmou que a criação de cada vez mais despesas obrigatórias ou impositivas na proposta orçamentária gera uma realidade "desafiadora" para o governo. (Globo)
Déficit. Fernando Haddad afirmou que o governo federal fechará o ano de 2023 com um déficit em torno de R$ 130 bilhões, ou 1,3% do PIB. Em janeiro, o ministro havia prometido fechar o ano com um rombo abaixo de R$ 100 bilhões. (Globo)
Ainda assim, o número é melhor que o previsto em lei, que autoriza um rombo de até R$ 230 bilhões. (Globo)
E-commerce. Mesmo com a pressão de varejistas nacionais, o governo federal ainda não decidiu taxar compras de até US$ 50 de comércios eletrônicos como Shein, Shopee e Aliexpress. (Estadão)
Desoneração. O Ministério da Fazenda vai apresentar nesta semana um novo conjunto de medidas para compensar a desoneração da folha de pagamento das empresas. Uma proposta de reoneração gradual será encaminhada ao Congresso Nacional como alternativa à derrubada do veto à prorrogação do benefício integral até 2027. (Folha)
Ao apagar das luzes, a Câmara dos Deputados aprovou um projeto de lei que garante o pagamento de um bônus de até um terço do salário a servidores do TCU a título de capacitação. Certas carreiras do órgão já fazem parte da elite do funcionalismo público e o cargo de auditor federal tem salário inicial de R$ 21,9 mil. O texto segue, agora, para o Senado. (Folha)
ICMS. A Assembleia Legislativa confirmou, de forma unânime, a redução da alíquota do ICMS de 19,5% para 17% em sessão extraordinária realizada na última sexta-feira. (Gazeta)
Tenha um ótimo dia!
Rafael Porto, editor