Exportações capixabas avançam em agosto; agronegócio supera a marca de US$ 1 bilhão
20 de setembro, quarta-feira
Superávit. A balança comercial capixaba fechou o mês de agosto com superávit de US$ 57,9 milhões. As exportações somaram US$ 772,27 milhões, crescimento de 30,1% em relação ao mesmo período do ano anterior. As importações, por sua vez, recuaram 18,7% na mesma base de comparação, totalizando US$ 714,3 milhões. (IJSN)
Volume. O comércio exterior movimentou, ao todo, US$ 1,49 bilhão em agosto no Espírito Santo, avanço de 1% em relação ao mesmo mês do ano anterior. No acumulado dos primeiros oito meses do ano, as importações recuaram 5,99% e as exportações avançaram 2,23%. (IJSN)
Destaque. Um dos setores que vive bom momento na economia capixaba é o agronegócio. Nos primeiros oito meses, as exportações alcançaram a marca de US$ 1,2 bilhão, acréscimo de 20,5% em relação ao mesmo período do ano anterior. (Coluna Agro Business, Folha Business)
Retomada. A última vez que o agronegócio capixaba havia atingido a casa dos bilhões nas exportações de janeiro a agosto foi em 2011. (Gazeta)
No Brasil, o comércio exterior está em baixa: o volume total teve queda de 4,67% até agosto, influenciado pelo recuo de 10,39% nas importações e de 0,05% nas exportações. (IJSN)
FOLHA BUSINESS
Eventos. A capixaba SuperTicket, fundada em 2015, foi adquirida pela Zig, uma das principais empresas de software de consumo do país. A Zig.ticket terá como CEO o cofundador Plínio Escopelle. A empresa hoje realiza mais de três mil eventos por ano e deve encerrar 2023 com R$ 6 bilhões movimentados na plataforma. (Coluna Mundo Business, Folha Business)
Alta. O setor de serviços avançou 8% em julho deste ano, na comparação com o mesmo mês do ano anterior. Segundo o IBGE, os segmentos com melhor desempenho foram os de transportes (11,6%), comunicação (8,8%) e administrativos (5%). (IJSN)
O comércio também teve desempenho positivo. O varejo restrito capixaba cresceu 6,6% frente ao mês de julho de 2022. Destacaram-se os supermercados (11,4%), artigos farmacêuticos (10,3%) e materiais de escritório (2,3%). (IJSN)
Rodovia. O Tribunal de Contas da União recebeu oficialmente a proposta de acordo entre ANTT e EcoRodovias. Um grupo de trabalho será criado para analisar a "vantajosidade" da proposta e chegar a uma decisão técnica. A expectativa é que o martelo seja batido ainda em 2023. (Gazeta)
BRASIL
Economia. A prévia do PIB, o IBC-Br, registrou alta de 0,44% na passagem de junho para julho. O índice de atividade calculado pelo Banco Central chegou a 147,53 pontos, o maior nível desde abril. (Estadão)
O crescimento foi mais forte que o projetado pelos analistas do mercado financeiro, que esperavam alta de 0,35%. (Estadão)
Vale ressaltar que o indicador do BC leva em conta estimativas para a agropecuária, a indústria e o setor de serviços, mas não mensura o lado da demanda, como o consumo das famílias e o do governo, considerados no cálculo do PIB. (Globo)
Em tempo: a OCDE também revisou suas projeções para o Brasil. A organização prevê avanço de 3,2% este ano, quase o dobro de sua estimativa de junho (1,7%). (Globo)
Juros. O mercado financeiro amanhece na expectativa de novos cortes na taxa básica de juros brasileiros. A previsão é de um corte de 0,5 ponto percentual na Selic, com queda de 13,25% para 12,75% ao ano. O anúncio será feito hoje à noite pelo Copom do Banco Central. (Globo)
Bolsa. O Ibovespa fechou em queda de 0,37%, aos 117.845 pontos. O índice foi impactado pela cautela de investidores, que aguardam as decisões de política monetária do Federal Reserve e do Banco Central brasileiro. (InfoMoney)
O dólar subiu 0,35%, cotado a R$ 4,872. (InfoMoney)
E-commerce. A Shein anunciou que irá pagar para os clientes a alíquota de 17% do ICMS que recai sobre as compras importadas de até US$ 50. A empresa já está funcionando dentro dos requisitos do Remessa Conforme, da Receita Federal. (Folha)
Assim, consumidores do comércio eletrônico não pagarão impostos ao comprar produtos abaixo de US$ 50. A companhia não informou até quando o subsídio irá durar. (Folha)
Com as mudanças impostas pelo programa, os consumidores poderão visualizar no site os valores do produto e do ICMS subsidiado pela empresa antes de fazer o pagamento. (Folha)
Reação. O Instituto para o Desenvolvimento do Varejo, que reúne grandes redes varejistas no país, criticou a medida. (Globo)
Dívidas. Serviços essenciais, como luz, água, gás e telefone, representam 24,47% das dívidas dos brasileiros no mês de agosto. É o que aponta o Mapa da Inadimplência e Renegociação de Dívidas da Serasa. Esse é o maior patamar para esse tipo de dívida desde o início da série histórica, em janeiro de 2019. (Globo)
Entre os motivos para os atrasos nesses tipos de contas estão os juros elevados e aumento das despesas básicas. (Globo)
Petróleo. Os preços futuros do Brent fecharam o dia em US$ 94,34, mas chegaram à marca de US$ 95,96 por barril durante o dia, o maior nível desde novembro. (Folha)
POLÍTICA
Despesas. O gasto dos municípios capixabas com folha de pagamento somou R$ 7,83 bilhões no ano passado, um crescimento de 9% em relação ao registrado em 2021. Os dados estão no anuário Finanças dos Municípios Capixabas, elaborado pela Aequus Consultoria. (Aequus)
Explicação. O aumento pode ser atribuído, principalmente, ao fim das restrições impostas pela Lei Complementar nº 173/2020, que proibiu os municípios brasileiros de contratar novos servidores, realizar concursos e reajustar salários até o final de 2021. (Aequus)
Tendência. Dos 78 municípios, 75 ampliaram os gastos com pessoal, com taxas mais expressivas em Presidente Kennedy (47,1%), Laranja da Terra (27,5%), Itarana (27,2%) e Irupi (25,2%). Por outro lado, três cidades tiveram retração nesse indicador: Sooretama (-5,3%), Iconha (-1,8%) e Muniz Freire (-1,8%). (Aequus)
Automóveis. O governo federal reservou R$ 2,8 bilhões do orçamento de 2024 para bancar os benefícios fiscais do novo Rota 2030. O programa estimula empresas do setor a usarem tecnologias menos poluentes e mais sustentáveis. (Estadão)
O novo programa terá prazo de duração de cinco anos, até 2028, e lançará mão da chamada “tributação verde”. O alcance dos benefícios será ampliado para outros tipos de veículos além dos automóveis, como motos, caminhões, ônibus, bicicletas elétricas e até mesmo veículos elétricos de decolagem e aterrissagem vertical. (Estadão)
Além disso, o programa terá alíquotas diferenciadas de PIS/Cofins e do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) com base nos critérios de sustentabilidade, segurança e densidade da indústria. (Estadão)
O MDIC já elaborou uma Medida Provisória, que será editada nas próximas duas semanas. (Estadão)
Por falar em Orçamento, o relator do Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), deputado Danilo Forte, não descarta alterar a meta de zerar o déficit das contas públicas no ano que vem. (Estadão)
Desafio. O relator já havia afirmado ser “quase impossível” cumprir a tarefa no ano que vem e que a Câmara dificilmente embarcará em uma agenda de aumento de impostos. (Estadão)
O governo precisa arrecadar R$ 168 bilhões em receitas extras para atingir a meta, segundo a equipe econômica. (Estadão)
Aprovado. A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovou dois projetos que permitem parcelamento de dívidas e redução de juros e multas com a Receita Federal. Caso não haja recursos ao plenário, ambos poderão seguir direto para a Câmara dos Deputados. (Globo)
Um deles permite às empresas devedoras na Receita Federal um pagamento parcelado da dívida em até 48 vezes, desde que reconheçam os débitos em até 90 dias depois da publicação da lei. O outro reduz o valor de multas "de ofício" aplicadas pela Receita Federal. (Globo)
Ainda no Senado, foi aprovado um projeto que permite às concessionárias de serviços públicos emitir debêntures (títulos de dívida) e obter incentivos fiscais para estimular a captação de recursos privados. O texto volta agora à Câmara dos Deputados, sua Casa de origem, por ter sofrido modificações durante a tramitação no Senado. (Globo)
Tenha um ótimo dia!
Rafael Porto, editor