Exportações do agronegócio capixaba crescem 14,8% e somam US$ 1,4 bilhão
03 de novembro, sexta-feira
Exportações. De janeiro a setembro, o agronegócio capixaba já movimentou US$ 1,4 bilhão em exportações — cerca de R$ 6,9 bilhões na cotação atual. O valor é 14,8% superior ao registrado no mesmo período do ano passado. O volume das exportações também aumentou em 3,1%, somando 1,8 milhão de toneladas. Os dados são da Seag. (Coluna Agro Business, por Stefany Sampaio, Folha Business)
Variação. O café apresentou a maior expansão entre os produtos vendidos ao exterior, com avanço de 74,1%. Na sequência, aparecem gengibre (+16,2%), carne bovina (+11,7%), álcool etílico (+8,1%), pimenta-do-reino (+7,3%) e produtos à base de cacau (+4,1%). Em queda no volume de exportações, frango (-54,2%), peixes (-33,1%), mamão (-32,3%) e celulose (-1,2%). (Coluna Agro Business, por Stefany Sampaio, Folha Business)
Participação. Café, celulose e pimenta-do-reino representaram, juntos, 92,5% do valor das exportações do agro entre janeiro e setembro. O café ultrapassou a celulose e agora ocupa o primeiro lugar na pauta, com US$ 635,9 milhões (44,09% do total). A celulose representa 40,44% do montante. (Coluna Agro Business, por Stefany Sampaio, Folha Business)
Irrigação. O Espírito Santo deu mais um passo para a criação do Polo de Agricultura Irrigada no norte e noroeste do estado. Este será o 11° polo do tipo no Brasil e beneficiará 32 cidades capixabas. As informações são da Associação dos Irrigantes do Espírito Santo, que articula o pedido em parceria com a Federação da Agricultura (Faes) e outras lideranças do agronegócio. (Coluna Agro Business, por Stefany Sampaio, Folha Business)
Etapas. Na semana passada, a cidade de Pinheiros recebeu uma oficina com a participação de 100 empresários capixabas e representantes do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional. Foram definidos os requisitos para implantação do polo de irrigação e elaborada uma carteira de projetos prioritários para a região. (Coluna Agro Business, por Stefany Sampaio, Folha Business)
Certificação. Uma das demandas do setor é a criação de um selo de irrigação sustentável e de novas estações meteorológicas para auxiliar na tomada de decisão. O objetivo é auxiliar os produtores no uso sustentável da água nas lavouras e preservar os recursos hídricos. (Coluna Agro Business, por Stefany Sampaio, Folha Business)
Fechando o bloco de boas notícias do agronegócio capixaba: a primeira edição da Agroshow, realizada em Pinheiros, movimentou R$ 150 milhões em negócios. O resultado veio cinco vezes acima do esperado pelos 40 expositores que participaram do evento. (Coluna Agro Business, por Stefany Sampaio, Folha Business)
FOLHA BUSINESS
Turismo. O balneário de Iriri vai ganhar um beach club para receber turistas no verão, época de ouro do turismo. O Mauka Ocean Club começa a funcionar em dezembro, fruto de um investimento de R$ 4 milhões. O espaço vai funcionar regularmente como bar e restaurante, mas receberá eventos especiais durante a alta temporada. (Coluna Mundo Business, por Ricardo Frizera, Folha Business)
Infraestrutura. O Mauka Ocean Club fica em uma elevação no final da praia da Areia Preta, em Iriri, com vista para o mar e o pôr do sol. O empreendimento tem capacidade para receber 1.200 pessoas e também abrigará eventos particulares, como festas e casamentos. (Coluna Mundo Business, por Ricardo Frizera, Folha Bus
Expansão. Uma das maiores loteadoras do Espírito Santo, a CBL, completou 15 anos de mercado com 10 mil lotes lançados em 10 municípios do Espírito Santo — juntos, representam mais de R$ 1 bilhão em valor geral de vendas. Para os próximos cinco anos, a meta é lançar o dobro do que foi feito até então: R$ 2,2 bilhões de valor de vendas, distribuídos em 15 mil lotes. Vila Velha vai concentrar o maior volume de lançamentos. (Coluna Mundo Business, por Ricardo Frizera, Folha Business
Energia. O município de Presidente Kennedy vai receber R$ 150 milhões de investimento em usinas de energia solar nos próximos anos. O primeiro projeto, de R$ 30 milhões, deve ser implantado até o fim de 2024: a Apolo Energia vai instalar placas fotovoltaicas com capacidade de geração de 5 MW. (Tribuna)
Em tempo: em 2024, o Espírito Santo receberá R$ 70 milhões em projetos de energia solar. Desde 2012, a geração própria soma R$ 2,6 bilhões em investimentos em terras capixabas, segundo levantamento da Absolar. (Tribuna)
Reúso. A Cesan vai realizar um leilão para definir a empresa responsável pela nova estação de tratamento de esgoto de Camburi. O edital foi publicado nesta quarta-feira. A unidade fará um trabalho inédito: após tratar o esgoto de 164 mil moradores, vai entregar a água de reúso para a ArcelorMittal Tubarão. O investimento, de R$ 240 milhões, deve ser concluído em 2026. (Gazeta)
Home office. Três anos após o início da pandemia, o Espírito Santo ainda possui 164 mil profissionais em trabalho remoto. O número equivale a 7,1% do total de trabalhadores do estado — abaixo da média nacional, de 7,7% em home office. Dados do IBGE apontam que, em média, o salário de quem trabalha de casa é até três vezes maior que o rendimento dos trabalhadores presenciais. (Gazeta)
BRASIL
Juros. O Banco Central do Brasil reduziu, pela terceira vez seguida, a taxa básica de juros, Selic, em meio ponto percentual. Com a decisão, os juros caíram para 12,25% ao ano, o menor patamar desde maio de 2022. O corte já era esperado pelo mercado financeiro. (Globo)
O Banco Central também indicou, em visão unânime, que novos cortes de meio ponto acontecerão nas próximas reuniões, a partir de dezembro. (Globo)
Para a autoridade monetária, a queda da inflação a partir de agora será mais lenta e ainda é preciso que as expectativas de inflação caiam mais. Além disso, afirmou que, com o cenário global desafiador, a condução da política monetária "demanda serenidade e moderação". (Globo)
Apesar do corte, o Brasil volta a ser o país com maior juros reais do planeta, com 6,9% ao ano. O valor é superior ao do México (6,89%), segundo ranking elaborado pelo Portal MoneYou. Os dois países inverteram posições em relação ao verificado na reunião do Copom de setembro. (Folha)
A CNI avaliou a decisão do Copom como “compreensível”, mas “insuficiente” para impedir a queda da atividade econômica. (Estadão)
Já o mercado projeta que a Selic chegue a 9,5% no fim de 2024. Para analistas, o comunicado divulgado após a reunião do Copom indicou uma chance maior de o ritmo de corte dos juros ser reduzido no ano que vem. (Estadão)
Comex. A balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 8,959 bilhões em outubro, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior do MDIC. Com o resultado, o Brasil alcançou os maiores valores de exportação e de superávit comercial para o mês na série histórica. (Estadão)
No acumulado de 2023 até outubro, a balança comercial acumula superávit de US$ 80,212 bilhões, com exportações de US$ 282,471 bilhões e importações de US$ 202,258 bilhões. (Estadão)
O resultado de exportações no acumulado dos dez primeiros meses do ano também é um recorde. Os números levam ao maior saldo comercial da série histórica, que já acumula US$ 80,2 bilhões neste ano, ultrapassando inclusive o valor de anos fechados. (Estadão)
Petróleo. A produção de petróleo e gás do Brasil em setembro registrou recorde, conforme cresce a extração no pré-sal, segundo apontamento da ANP. O país produziu 3,672 milhões de barris de petróleo por dia. O valor representa um aumento de 6,1% na comparação com o mês anterior e de 16,7% em relação a setembro de 2022. (Folha)
Veículos. Os licenciamentos de carros, comerciais leves, caminhões e ônibus no país em outubro subiram 20,4% na comparação com um ano antes. Em comparação a setembro, o crescimento foi de 10%. Ao todo, foram 217,75 mil unidades, segundo dados da Fenabrave. (Folha)
Para 2023, a Fenabrave projeta fechar o ano com vendas de 2,22 milhões de veículos novos, um crescimento de 5,6% sobre 2022. (Folha)
INTERNACIONAL
Resgate. O governo federal revelou ter resgatado 30 brasileiros de 12 famílias que estavam na Cisjordânia. Com a chegada do grupo, que inclui crianças, mulheres e idosos, o Brasil totaliza 1.446 pessoas retiradas da zona de conflito. (Poder 360)
Ataques. O grupo extremista Hezbollah, localizado no Líbano, disse que atacou as forças de Israel com drones explosivos. O exército israelense confirmou resposta aos ataques com uma série de bombardeios em alvos do Hezbollah. (Poder 360)
Bloqueio. Quase um mês após o primeiro ataque do Hamas, o governo israelense segue barrando a entrada de combustíveis na Faixa de Gaza. Segundo a OMS, pelo menos 12 dos 35 hospitais da região sofrem com a falta do insumo. (Poder 360)
Ameaça. O embaixador do Irã no Brasil afirmou que o país está "pronto para se defender" caso a escalada do conflito resulte em alguma agressão aos iranianos. (Poder 360)
POLÍTICA
Tributária. As novas exceções previstas no relatório do Senado para a reforma tributária aumentam a alíquota-padrão do Imposto sobre Valor Agregado (IVA) em cerca de 0,5 ponto porcentual. A informação é do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. (Estadão)
Ranking. Com o texto aprovado pelos deputados, a nova alíquota que será criada com a reforma poderia variar de 25,45% a 27%. Agora, a estimativa é a de que esse nível possa chegar até 27,5%. Com isso, o IVA do Brasil pode ser o maior do mundo. (Estadão)
O relator afirma que a Casa já tem os votos necessários para ser aprovada tanto na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), quanto no plenário. (Folha)
Segundo Haddad, o governo federal precisa de 49 votos para aprovação no Senado, mas trabalhará para garantir uma folga, com até 60 votos na Casa. (Globo)
Meta. A Junta de Execução Orçamentária (JEO) deve se reunir até a próxima semana para decidir sobre a mudança na meta fiscal de 2024. Integrantes do governo discutem o envio ao Congresso Nacional de uma mensagem para mudar a meta de déficit zero. (Globo)
As discussões neste momento sugerem uma meta de déficit de 0,25% ou 0,5% do PIB, algo que chegue até R$ 50 bilhões de rombo. (Globo)
Nos bastidores, a informação é que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva realmente deve decidir pela alteração ainda em 2023, ao invés de esperar para fazê-lo em 2024, como preferia o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Ontem, Lula se reuniu com os ministros da área econômica para receber os possíveis cenários para o encaminhamento da mudança da meta fiscal de 2024. (Estadão)
Alerta. A agência de classificação de risco Fitch avaliou que uma eventual mudança na meta de resultado primário de 2024 irá enfraquecer o arcabouço fiscal logo de saída. Com isso, irá tornar mais difícil uma nova melhora na avaliação do país. (Globo)
Tenha um ótimo dia!
Rafael Porto, editor