Exportações do agronegócio crescem 20% no ES e devem chegar a US$ 2 bilhões
17 de novembro, sexta-feira
Exportações. O agronegócio capixaba movimentou, em dez meses, o equivalente a todo o ano de 2022. As exportações já somam US$ 1,7 bilhão, salto de 20% em relação ao período entre janeiro e outubro do ano passado. Os dados foram divulgados pelo secretário de Estado da Agricultura, Enio Bergoli, durante o Encontro Agro Business, realizado em Pedra Azul. (Coluna Agro Business, por Stefany Sampaio, Folha Business)
Expectativa. Pelas projeções do governo e do setor, as exportações do agronegócio capixaba devem encerrar o ano acima dos US$ 2 bilhões, chegando a 130 países. Em volume total, a movimentação cresceu 7,3% nos primeiros dez meses do ano.
Produtos. A venda de café chegou à marca de US$ 784,9 milhões, o equivalente a 44% do total, e ultrapassou a celulose — na casa dos US$ 657 milhões e com 38,7% das exportações do setor. Em terceiro lugar, com uma distância expressiva, figura a pimenta do reino, com US$ 43,8 milhões — fatia de 7,8% da pauta.
Variações. O gengibre teve o maior avanço entre os produtos agrícolas, com aumento de 109% nas vendas para o exterior. O café cru em grãos cresceu 49,4%, seguido da carne bovina (30,4%), do café solúvel (14,8%) e da celulose (9,2%).
FOLHA BUSINESS
Vinho. A capixaba Wine segue na contramão do mercado de vinhos no país — mas na direção certa. Embora as importações da bebida tenham caído 9,7% no país nos últimos 12 meses, na Wine a importação cresceu 10,8% no mesmo período. A Wine comanda o maior clube de vinhos do mundo e representa 15,4% do mercado nacional. (Coluna Mundo Business, por Ricardo Frizera, Folha Business)
Equilíbrio. O clube de assinatura encerrou o terceiro trimestre com 397 mil assinaturas ativas, um ganho de 46 mil novos clientes. Nas vendas para clientes corporativos, a receita líquida foi de R$ 99,5 milhões no trimestre, um crescimento de 4,2%. Com o resultado, o faturamento para pessoas jurídicas e físicas entrou em equilíbrio, com praticamente 50% de cada para a receita global.
Água. As altas temperaturas registradas no Espírito Santo acenderam o alerta da Cesan em pelo menos 53 cidades capixabas. O consumo de água cresceu, ao mesmo tempo em que os mananciais onde a captação é feita tiveram queda acentuada. A instrução da companhia é que a população poupe água e faça reúso para tarefas de limpeza. (Folha Vitória)
Na Grande Vitória, os dois rios que abastecem a região tiveram perda de até 71% da vazão. O Santa Maria da Vitória está com 4,3 mil litros por segundo — no início do mês, eram 15 mil litros por segundo. O Rio Jucu está com 8 mil litros por segundo, bem menos que os 25 mil litros habituais. (Gazeta)
Leilão. Três imóveis do grupo João Santos vão a leilão em Cachoeiro de Itapemirim no fim deste mês: um conjunto de casas, um galpão de 2,7 mil metros quadrados e um terreno de 34 mil metros quadrados às margens do Rio Itapemirim. O certame, organizado pela Justiça Federal, também inclui a fábrica de refrigerantes Uai, localizada na Serra — em pleno funcionamento — e imóveis localizados em outras quatro cidades capixabas. (Gazeta)
BRASIL
Produção. O Brasil pode despontar, em um ano, como o quarto maior produtor de lítio do mundo. Atualmente, o País é o quinto maior produtor, com 2,2 mil toneladas, segundo o Ministério de Minas e Energia. (Estadão)
A América Latina tem uma grande oportunidade com o metal, uma vez que é crescente o incentivo pela produção de carros que não dependam de combustíveis fósseis. A região possui quase 60% das reservas globais de lítio, segundo a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal). Sendo assim, pode despontar como área estratégica para a fabricação de baterias dos carros elétricos. (Estadão)
As maiores reservas estão no chamado "Triângulo do lítio", formado por Argentina, Bolívia e Chile. México, Peru e Brasil integram as nações latino-americanas que também possuem reservas de lítio. (Estadão)
Pix. Completando três anos de operação no mercado, o Pix atingiu a marca de R$ 1,5 trilhão movimentados por mês. Ao todo, são 155,8 milhões de usuários cadastrados atualmente. Desse total, cerca de 91% são pessoas físicas. (Globo)
Petróleo. O Ibovespa fechou o pregão em alta de 1,20%, aos 124.639 pontos. Com isso, renovou a sua máxima do ano, atingindo o maior patamar desde o dia 29 de julho de 2021. (InfoMoney)
O dólar registrou alta de 0,17%, cotado a R$ 4,87. (InfoMoney)
POLÍTICA
Venceu. O governo federal decidiu manter a meta de déficit zero em 2024. A informação foi confirmada pelo ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, e pelo relator do projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2024, deputado Danilo Forte. (Globo)
A visão é a de que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, está certo em buscar a estabilidade macroeconômica, e uma alteração agora poderia desestabilizar o restante do mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. (Globo)
A manutenção da meta em déficit zero fortalece a atuação de Haddad, que não desistiu de sua resolução fiscal quando até mesmo pessoas do próprio governo já davam como certa a mudança. O ministro insistiu, pediu conversas pessoais com o presidente e levou a sua visão. (Globo)
Por outro lado, a operação “Salva Meta” de Haddad acabou isolando o chefe da Casa Civil, Rui Costa, principal defensor de uma alteração imediata no déficit zero das contas públicas em 2024. (Estadão)
Para convencer os colegas de governo e os parlamentares de que ainda é possível alcançar a meta proposta, Haddad revelou na reunião que R$ 62 bilhões entraram agora no caixa do governo federal, fruto de uma decisão do STJ, a qual terá reflexos também em 2024. (Estadão)
Esse incremento de arrecadação também engordará as transferências do governo federal aos fundos de participação dos Estados e municípios. (Estadão)
Além disso, a estratégia de Haddad para manter a meta foi: evitar embates com Rui Costa; fazer reuniões técnicas com Lula; e lembrar que o PAC tem maior peso privado do que público. (Globo)
Sobre o PAC, Alexandre Padilha disse que o governo vai propor uma emenda ao relatório preliminar da LDO de 2024 abrindo caminho para que emendas individuais de parlamentares sejam direcionadas a obras do programa. (Globo)
Haddad se comprometeu com um contingenciamento das despesas do Orçamento de, no máximo, R$ 22 bilhões a R$ 26 bilhões no início do próximo ano. (Estadão)
No Congresso, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, defendeu mais uma vez a meta de zerar o déficit fiscal no próximo ano. Ele ainda reforçou que também já houve manifestação neste sentido do presidente da Câmara, Arthur Lira. (Estadão)
Dívida. Na Câmara dos Deputados, frentes parlamentares articulam aprovar um projeto de lei para micro e pequenas empresas renegociarem dívidas de até R$ 150 mil com instituições financeiras. As propostas devem ser votadas no início do próximo ano. (Estadão)
A ideia é que o desconto no pagamento de juros seja de pelo menos 50%. O texto foi inspirado no Desenrola, programa do governo federal para pessoas físicas inadimplentes. O autor da proposta é o deputado catarinense Jorge Goetten. (Estadão)
Apostas. Os ministérios da Fazenda e do Esportes começaram a negociar a divisão da função de repassar os recursos arrecadados com a taxação de apostas on-line, focadas principalmente nas apostas esportivas. (Globo)
Quando o projeto foi sugerido, a responsabilidade seria apenas da Fazenda. Mas o Esporte entrou na briga depois que o deputado André Fufuca assumiu a pasta. O governo estima uma arrecadação de cerca de R$ 2 bilhões por ano, mas o valor pode ser maior. (Globo)
Julgamento. O STF formou maioria para rejeitar recursos apresentados contra uma decisão da Corte que autorizou a revisão de decisões tributárias. Entretanto, o julgamento foi interrompido por um pedido de vista do ministro Dias Toffoli. (Estadão)
Tributária. O secretário extraordinário da Reforma Tributária do Ministério da Fazenda, Bernard Appy, disse que serão necessárias entre três e cinco leis para regulamentar as mudanças promovidas pelo projeto. (Folha)
A mais importante, segundo ele, vai definir as regras para o imposto federal e o imposto para estados e municípios. Essas terão as mesmas regras. Uma outra lei regulará o comitê gestor dos tributos recolhidos. As demais, que podem chegar a três, tratarão de outros pontos. (Folha)
Tenha um ótimo dia!
Rafael Porto, editor