Exportação capixaba de minério e petróleo cai quase pela metade no primeiro semestre
Resumo dos jornais desta terça-feira (21)
Comércio exterior. As exportações capixabas tiveram queda de 27,9% no primeiro semestre deste ano, segundo o Sindiex. Dois produtos de grande peso para a economia local tiveram retração acima de 40% e influenciaram o desempenho da balança comercial: minério de ferro (-43%) e petróleo (-44%). (Coluna Beatriz Seixas, Gazeta)
Commodities. O minério representou 22% da pauta exportadora e sua receita caiu de US$ 1 bilhão no primeiro semestre de 2019 para US$ 577,1 milhões neste ano. É o menor valor desde 2015. A venda de petróleo saiu de US$ 510,3 milhões para US$ 284,3 milhões. A commodity representou 11% da pauta capixaba. (Coluna Beatriz Seixas, Gazeta)
Beatriz Seixas: "os reflexos da covid-19 e da desaceleração da economia rebateram praticamente sobre toda a pauta exportadora capixaba. Com exceção dos tubos flexíveis de metais comuns, que tiveram alta de 156% na venda para outros países, os demais produtos que saem do Estado para o mercado internacional apresentaram um desempenho negativo, a exemplo de mármore e granito (-23%), ligas de aço (-56%), celulose (-9%), café em grãos (-3%), pimenta (-6%)". (Gazeta)
Reforma. O ministro da Economia, Paulo Guedes, prometeu entregar hoje ao Congresso a proposta de reforma tributária do governo federal. A primeira etapa prevê uma tarifa de 12% para a unificação de PIS e Cofins. (Tribuna)
Repercussão. O secretário de Estado da Fazenda, Rogélio Pegoretti, afirmou que "qualquer proposta de simplificação é bem-vinda". O presidente da Amunes, Gilson Daniel, mostrou ressalvas em relação a mudanças no ISS. (Tribuna)
Samir Nemer, advogado tributarista: "Na prática, a tendência seria que o peso dos impostos sobre alguns produtos, como alimentação e medicação, fosse reduzido e assim baixariam os preços dos produtos. Por outro lado, a tributação sobre a renda teria um peso maior, fazendo com que a tributação aumente conforme mais renda e patrimônio o contribuinte tenha. Essa mudança inverteria o modelo atual que penaliza especialmente os mais pobres e traria mais racionalidade e simplificação, melhorando em muito o ambiente de negócios no país." (Tribuna Online)
Boletim. O Espírito Santo registrou 34 mortes e 1.094 casos de covid-19 nas últimas 24 horas. Com a atualização, o estado soma 2.256 óbitos e 71.703 registros da doença. Mais de 50 mil pacientes se recuperaram. (Folha Vitória)
UTI. A taxa de ocupação dos leitos de UTI exclusivos para tratamento de pacientes com covid-19 subiu para 75,32% no Espírito Santo. Na região Metropolitana, o índice se manteve em 78,03%. (G)
No interior, a taxa de transmissão segue acima de 1,0 e ainda não há tendência de estabilização, afirma o subsecretário de Vigilância em Saúde do Estado, Luiz Carlos Reblin. (Folha Vitória)
Reinfecção. A Sesa investiga casos de pacientes que possam ter sido infectados com coronavírus mais de uma vez. (Folha Vitória)
Educação. Pesquisa realizada pelo Sindicato das Empresas Particulares de Ensino do Espírito Santo (Sinepe) sobre volta às aulas revelou que 79,2% dos pais preferem ficar em casa com os filhos, recebendo atividades remotas. Para 53,7% dos entrevistados, o retorno ainda não traz segurança, mesmo com protocolos de segurança e higiene. (Tribuna)
Testagem. A Assembleia Legislativa aprovou projeto que obriga os planos de saúde a cobrirem testes de covid-19. O texto deve ser sancionado pelo governador e vai na direção oposta de decisão recente da ANS sobre o tema. (Coluna De Olho no Poder, Folha Vitória)
Prêmio. O gim capixaba Dry Cat, produzido no bairro Jucutuquara, ganhou medalha de ouro na London Spirits Competition, uma das avaliações mais tradicionais do mundo. No ano passado, a marca recebeu medalha de bronze em evento similar nos Estados Unidos. (ES 360)
Política
Bruno Funchal, secretário do Tesouro Nacional, sobre o programa Renda Brasil, do governo federal: "a economia está retomando, então é razoável que esse programa vá fazendo essa regra de saída. E essa é a proposta, essa extensão dos dois meses é justamente isso, mas que ele cai num programa que tenha uma boa focalização. Mas acho que o principal é que ele precisa caber dentro do orçamento do governo. A gente tem diversos programas, muitos funcionam bem e outros não funcionam. O Bolsa Família é um que funciona bem, ele é muito bem focalizado. Um que não funciona bem é a desoneração de cestas básicas que, independentemente da renda, todos se beneficiam." (CBN Vitória)
Desoneração. Entidades de representação empresarial intensificaram o lobby pela derrubada do veto do presidente Jair Bolsonaro à desoneração da folha de pagamentos. Para o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, o governo federal deve cortar despesas para financiar o benefício. (Gazeta)
Ricardo Frizera: "Dos R$ 13,5 bi que as prefeituras do ES arrecadaram em 2019, cerca de 90% é comprometido com despesas administrativas (40,4%) e salário (48,5%) [...] Não é cabível os municípios manterem gastos altíssimos com salários e custeio de repartições burocráticas em um momento em que a iniciativa privada precisa de ganhar fôlego para voltar a crescer. Assim como o Governo Federal, os governos municipais do ES precisam de uma rápida e incisiva reforma administrativa". (Coluna Mundo Business, Folha Vitória)
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Rafael Porto,
Editor Apex News e Em Suma