Falta de contêineres gera prejuízo de R$ 1 bilhão para exportadores do ES; Mudança no ICMS vai tirar R$ 430 milhões do Estado
Resumo dos jornais desta sexta-feira (15)
Apagão. A falta de contêineres para transporte de insumos e mercadorias trouxe um prejuízo de R$ 1 bilhão em exportações de rochas e café no Espírito Santo. O problema, que é global, faz com que alguns produtores capixabas fiquem sem ter como enviar a produção para compradores no exterior. Com isso, pedras de granito, sacas de café e de pimenta do reino estão paradas nos estoques de empresas exportadoras do Estado. (Gazeta)
Perdas. De acordo com o Centrorochas, o setor vai deixar de exportar cerca de US$ 100 milhões em mercadorias entre junho e dezembro deste ano. A projeção para o setor cafeeiro é a mesma, com cerca de US$ 100 milhões em prejuízo, segundo o Centro do Comércio de Café de Vitória. No caso das mercadorias agrícolas, há o risco de países compradores cancelarem os contratos e deixarem de adquirir a produção capixaba. (Gazeta)
Reflexo. Segundo o Centrorochas, a falta de contêineres é um reflexo da pandemia de covid-19, já que a movimentação de navios e mercadorias ficou limitada em vários países. Agora, com a reabertura do comércio, o esforço de readequação foi atropelado pelo crescimento da demanda de exportação. (Gazeta)
Vale lembrar. O Espírito Santo é o maior exportador nacional de rochas ornamentais, responsável por mais de 80% das exportações brasileiras. No primeiro semestre, o setor teve o melhor resultado dos últimos cinco anos, com uma arrecadação de US$ 572 milhões. No segundo semestre, a expectativa não é boa em função do apagão de contêineres. Os maiores compradores de rochas são os Estados Unidos, a China e a Itália. (Gazeta)
Prejuízos. O Espírito Santo deixará de arrecadar R$ 430 milhões por ano caso a proposta que altera a cobrança do ICMS sobre os combustíveis seja aprovada pelo Congresso Nacional. A afirmação é do governador Renato Casagrande. O rombo nos cofres estaduais será de R$ 323 milhões e outros R$ 107 milhões deixam de ser repassados aos municípios capixabas. O projeto, que muda a incidência de ICMS sobre combustíveis e estabelece um valor fixo por litro para o imposto, foi aprovado ontem pela Câmara dos Deputados e segue para análise do Senado. (Folha Vitória)
Reação. Os Estados buscam uma ação conjunta para barrar a mudança, que pode retirar R$ 24 bilhões dos cofres, e já antecipam uma disputa jurídica no STF, caso o projeto seja aprovado também no Senado. Como alternativa, os secretários de Fazenda dos Estados avaliam a possibilidade de congelar por 60 dias o preço de referência usado para a cobrança do ICMS sobre os combustíveis, a exemplo do que já fez o Espírito Santo. (Folha Vitória)
No Senado, o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco, prometeu dialogar com os governadores de Estado e do Distrito Federal antes da votação da matéria. A proposta deve passar por uma Comissão antes de ir ao Plenário. (Folha Vitória)
Impacto. Mesmo com o congelamento da base de cálculo da alíquota do ICMS no Espírito Santo, que é de 27%, o gás de cozinha e a gasolina sofreram o oitavo reajuste no ano e estão cada vez mais caros para os capixabas. (Folha Vitória)
Aliás, pela primeira vez desde 2008, o preço do botijão de gás custa 8,97% do salário mínimo, segundo o Observatório Social da Petrobras. O repasse integral do reajuste de 7,2% levará o preço médio do GLP a R$ 105,80, maior percentual em relação ao salário mínimo em 15 anos. (Folha Vitória)
Enquanto isso, pressionado para apresentar uma solução contra a escalada do preço dos combustíveis, o presidente Jair Bolsonaro criticou a política de preços da Petrobras e disse que seu desejo é privatizar a estatal. (Folha Vitória)
Ferrovia. O governador Renato Casagrande almoça hoje com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), que virá para o Encontro Folha Business. No cardápio, o impacto das mudanças no ICMS e a urgência do Corredor Centro-Leste, que busca garantir investimentos na malha ferroviária que passa por Goiás, Minas Gerais e Espírito Santo. (Coluna De Olho no Poder, Folha Vitória)
Em tempo: estudo da Fundação Dom Cabral contratado pela Findes revelou que os investimentos no Corredor Centro-Leste podem triplicar o volume de cargas para os portos do Espírito Santo até 2035. (ES 360)
Serviços. O volume de serviços no Espírito Santo apresentou crescimento de 0,4% na passagem de julho para agosto, segundo o IBGE. Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, o avanço foi de 18,2%. No acumulado de janeiro a agosto, o setor registra alta de 10,3%. (Gazeta)
Destaques. Os serviços prestados à família apresentaram o maior avanço dentro do segmento no Espírito Santo. Em relação a agosto do ano passado, o aumento no volume foi de 59,4%. Já no acumulado do ano, 21,7%. (Gazeta)
Em nível nacional, houve alta de 16,7% em agosto deste ano, frente a agosto de 2020. (Folha Vitória)
Folha Business
Agro. O mercado de fertilizantes está movimentado no país. Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), foram movimentadas mais de 13 milhões de toneladas desses produtos no primeiro semestre, a melhor marca desde 2011. Mesmo enfrentando preços mais altos, produtores já querem garantir para o futuro seus produtos e compram antecipadamente para montar seus estoques. (Coluna Agro Business, Folha Business)
Energia. O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, reiterou que o país não corre risco de racionamento de energia. Segundo ele, o governo tem monitorado a situação e tomado as medidas necessárias para garantir o abastecimento de energia desde o ano passado. Albuquerque elogiou os 11 leilões de energia realizados no período, sendo oito de geração e três de transmissão de energia. (ES 360)
Conta. O presidente Jair Bolsonaro afirmou que vai determinar ao ministro de Minas e Energia, a reversão da bandeira "escassez hídrica", taxa adicional cobrada sobre a conta de luz dos brasileiros. A medida foi anunciada pelo governo em 31 de agosto como forma de financiar o acionamento de usinas térmicas em meio à crise hídrica. (Folha Vitória)
Indefinido. As chuvas registradas nos últimos dias, combinadas com as medidas de redução de consumo, deram um alívio aos reservatórios do Sul e Sudeste/Centro-Oeste. No entanto, o cenário ainda é preocupante. Especialistas apontam que ainda não é possível prever qual a intensidade das chuvas dos próximos meses. (Folha Vitória)
Boletim. O Espírito Santo registrou 13 mortes e 637 casos de covid-19 nas últimas 24 horas. Com a atualização, o estado soma 12.720 óbitos e 596.868 registros da doença. (Folha Vitória)
UTI. A taxa de ocupação dos leitos de UTIs exclusivos para covid-19 está em 67,90% no Espírito Santo. (Painel Covid-19)
Política
Repasse. O governo do Estado anunciou que vai repassar R$ 231 milhões para 75 cidades capixabas inscritas no edital do Funpaes. O objetivo é fortalecer a educação infantil e o ensino fundamental em todo o Espírito Santo. Os recursos serão usados, principalmente, para a construção e reformas de escolas, além de investimentos em tecnologia. (Folha Vitória)
Mudanças. Após tomar posse como prefeito de São Mateus, Ailton Caffeu (Cidadania) já fez mudanças no secretariado do município. Sete pastas tiveram troca de titulares e quatro novos secretários foram nomeados. Daniel da Açaí está afastado da prefeitura por determinação da Justiça. (Gazeta)
Desoneração. O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, afirmou que a tramitação do projeto que prorroga até 2026 a desoneração da folha dos 17 setores que mais empregam no país é terminativa na Comissão de Constituição e Justiça da Casa, o que pode levar o texto direto para a análise do Senado. Na defesa da medida, ele declarou que é preciso encontrar uma maneira permanente de se discutir a desoneração da folha. (Folha Vitória)
Impasse. A apenas 18 dias do fim do auxílio emergencial concedido durante a pandemia de covid-19, o clima na equipe econômica é de tensão e enfrentamento para impedir nova prorrogação do benefício — medida defendida por auxiliares do presidente Jair Bolsonaro e lideranças do Congresso, enquanto o governo não tira do papel o novo Auxílio Brasil, que vai substituir o Bolsa Família. (Folha Vitória)
Rejeição. As principais associações que representam integrantes no Ministério Público divulgaram uma nota conjunta defendendo, mais uma vez, a rejeição integral da PEC que altera a composição do Conselho Nacional do Ministério Público. O texto amplia a influência política sobre o famoso 'Conselhão' e está prestes a ser votado pela Câmara. (Folha Vitória)
Recuo. Sem o apoio necessário para aprovar a proposta, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, decidiu adiar a votação da medida pela segunda vez. O chamado "Conselhão" é responsável por fiscalizar a conduta de procuradores e promotores. (Folha Vitória)
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Rafael Porto,
Editor Apex News & Em Suma