Faturamento das cooperativas capixabas cresce 37% e chega a R$ 11,5 bilhões
20 de outubro, sexta-feira
Cooperativismo. As 115 cooperativas em atividade no Espírito Santo ampliaram sua participação na economia capixaba, passando de 5,5% para 6,4% no último ano. O faturamento das organizações avançou 37%, chegando à marca de R$ 11,5 bilhões. Os dados estão no Anuário do Cooperativismo Capixaba, publicado ontem pela OCB-ES, com colaboração da Futura Inteligência. (Coluna Mundo Business, por Ricardo Frizera, Folha Business)
Variação. O número de cooperativas capixabas caiu de 199 para 115 em 2022, no entanto, o total de cooperados aumentou 22% (747 mil) e o volume de colaboradores cresceu 16% (11,5 mil). As empresas envolvem, direta e indiretamente, cerca de 1,8 milhão de pessoas, quase metade da população. (Coluna Mundo Business, por Ricardo Frizera, Folha Business)
Diferenciais. As cooperativas são modelos de negócio em que os associados são também proprietários, participando diretamente de sua gestão. Alguns exemplos conhecidos de organizações desse tipo no Espírito Santo são Cooabriel, Sicoob, Nater Coop e Unimed. (Coluna Mundo Business, por Ricardo Frizera, Folha Business)
Perfis. As cooperativas de crédito são as mais numerosas (28) e agregam o maior número de cooperados, 671 mil. Também estão em funcionamento 27 cooperativas de transporte, 22 de agronegócio e 18 de saúde. A lista ainda inclui organizações ligadas à infraestrutura, aos serviços e ao consumo. (Coluna Mundo Business, por Ricardo Frizera, Folha Business)
Agronegócio. As 22 cooperativas agropecuárias em atividade no Espírito Santo movimentaram R$ 4,3 bilhões em 2022, um avanço de 26% em relação ao ano anterior. O volume movimentado representa 37,3% do faturamento do cooperativismo capixaba. (Coluna Agro Business, por Stefany Sampaio, Folha Business)
FOLHA BUSINESS
Oficial. O decreto que cria a Zona de Processamento de Exportações (ZPE) de Aracruz foi publicado ontem no Diário Oficial da União. O texto estabeleceu a primeira ZPE privada do país, com mais de 50 mil hectares, que agora receberão empresas com foco em exportação. A gestão da Zona ficará sob responsabilidade do grupo Imetame. (Folha Vitória)
Interesse. Pelo menos seis empresas já manifestaram interesse de se instalar na ZPE de Aracruz. Entre os negócios que sondaram o grupo Imetame estão indústrias de madeira, café, rochas, automóveis, energia e até mesmo uma siderúrgica. (Tribuna)
Veículos. O grupo Orletti deve encerrar o ano com faturamento superior a R$ 1 bilhão. As concessionárias do grupo somam quase 10 mil veículos e 4,8 mil cotas de consórcio comercializadas. Nos últimos dois anos, o grupo dobrou de tamanho e está presente no Espírito Santo, na Bahia e em Minas Gerais, representando 11 marcas do setor automotivo. (Gazeta)
Meio ambiente. Estudantes das redes pública e privada do Espírito Santo vão plantar 20 milhões de árvores por meio do projeto "Mutirão de Árvores". Fruto da parceria entre Seama e Fundação Pitágoras, o projeto busca preservar, conservar e restaurar o bioma da região. (Gazeta)
BRASIL
Combustível. A Petrobras anunciou uma redução de 4% no valor da gasolina a partir de amanhã. Os preços por litro cairão R$ 0,12 nas distribuidoras das refinarias. (InfoMoney)
O diesel vai subir 6,6%, aumento de R$ 0,25 por litro. A medida foi tomada para reduzir a defasagem que o combustível registra em relação ao mercado internacional. (InfoMoney)
Ontem, o diesel estava 14% abaixo do preço internacional, segundo a Abicom. Na gasolina, a defasagem era de 5%. (InfoMoney)
Por falar em Petrobras, a companhia voltará a participar dos leilões de blocos de petróleo do governo federal. Além disso, a estatal mira campos no exterior, em países como Namíbia, Venezuela e a Margem Equatorial colombiana. (Estadão)
Bolsa. O Ibovespa fechou o dia com queda de 0,05%, aos 114.004,30 pontos. O índice foi impactado por fatores externos como as falas de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve, os desdobramentos do conflito no Oriente Médio, e a manutenção do sentimento de cautela e aversão ao risco entre investidores. (InfoMoney)
O dólar registrou leve queda de 0,03%, cotado a R$ 5,052. (InfoMoney)
INTERNACIONAL
Investigação. A ONU vai fazer uma investigação própria sobre a explosão que matou centenas de pessoas em um hospital da Faixa de Gaza. Na quarta-feira, o Ministério da Saúde palestino afirmou que 471 morreram e outras 342 ficaram feridas. Israel e Hamas travam uma guerra de versões e negam a autoria do disparo que causou as mortes. (Poder 360)
Financiamento. O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou que o país oferecerá ajuda financeira para Israel e para a Ucrânia. Segundo a Reuters, serão US$ 60 bilhões para a guerra na Europa e US$ 14 bilhões para o conflito no Oriente Médio. Biden classificou os recursos como um "investimento". (Poder 360)
Em seu discurso, Biden comparou o presidente russo, Vladimir Putin, ao grupo terrorista Hamas, afirmando que ambos desejam "aniquilar as democracias" vizinhas. (Poder 360)
Ajuda. O governo do Egito autorizou a entrada de 20 caminhões com ajuda humanitária na Faixa de Gaza. A medida é resultado das negociações com Israel intermediadas pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden. (Poder 360)
Ataque. As Forças de Defesa de Israel afirmaram ter matado o chefe do grupo palestino CRP, também classificado como organização terrorista pelo governo israelense. (Poder 360)
Vítimas. O número de mortos na guerra, que já dura 13 dias, ultrapassou a marca de 5,1 mil pessoas. (Poder 360)
POLÍTICA
Travado. Pelo menos R$ 67 bilhões estão em jogo com o atraso na votação de projetos de lei que buscam aumentar a arrecadação do governo federal. As propostas foram enviadas ao Congresso Nacional pelo Ministério da Fazenda entre junho e agosto, mas pouco avançaram na Câmara e no Senado. (Globo)
Nos bastidores, para além de assuntos considerados polêmicos, como o projeto de tributação de fundos exclusivos e empresas, os atrasos são atrelados à minirreforma administrativa prometida pelo Planalto. Parlamentares se queixam da demora do governo em agradar a base com cargos, especialmente na Caixa Econômica Federal e na Funasa. (Globo)
No governo, a preocupação é que as propostas sejam muito desidratadas pelos congressistas. Os projetos são cruciais para zerar o rombo das contas públicas no próximo ano, meta estabelecida pelo Ministro da Fazenda, Fernando Haddad. (Globo)
Pelas contas da equipe econômica, são necessários mais de R$ 120 bilhões líquidos para zerar o déficit. Algumas das medidas já estão em execução, mas grande parte delas ainda depende do aval dos deputados e senadores. (Globo)
Haddad afirmou ontem que o impasse sobre a tramitação de medidas provisórias no Congresso Nacional gera constrangimento ao governo federal. Além disso, ele traçou um cenário menos otimista para o ambiente econômico e "um terceiro trimestre muito ruim". (Folha)
Tributária. A Comissão de Assuntos Econômicos do Senado entregou ao relator da reforma tributária na Casa, Eduardo Braga, um relatório paralelo com propostas de emendas modificativas ao texto que vai à votação. (Estadão)
Entre as propostas estão a redução do prazo de transição da reforma de 50 para 30 anos e a fixação de um teto de 25% para as alíquotas dos novos impostos para evitar o aumento da carga tributária. (Estadão)
O relatório paralelo também pede que o Imposto Seletivo, que será criado pela reforma, não seja cobrado sobre energia, combustível e telecomunicações. (Estadão)
Além disso, o relator estuda a possibilidade de criar uma quarta alíquota para acomodar as pressões de setores que reivindicam benefícios e não foram atendidos pela Câmara. (Estadão)
Rodovias. O Ministério dos Transportes publicou uma portaria que institui a Política Nacional de Outorgas Rodoviárias. A medida busca modernizar, padronizar e otimizar os contratos de concessão de rodovias federais. O documento define as diretrizes e os procedimentos que guiarão o setor pelos próximos anos. (InfoMoney)
E por falar em rodovias, o ministro dos Transportes, Renan Filho, participou de uma rodada com investidores para apresentar os projetos rodoviários do Novo PAC. A pasta prevê R$ 2,2 bilhões a serem injetados na malha rodoviária brasileira com o primeiro edital da nova edição do BR-Legal, previsto para este mês. Ao todo, serão R$ 3,7 bilhões licitados no programa. (Globo)
Aposentadoria. O Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES) decidiu condenar à aposentadoria compulsória o juiz Valeriano Cesário Bolzan, que atuava na Comarca de Venda Nova do Imigrante. O magistrado admitiu manter uma granja ao mesmo tempo em que exercia a magistratura. (Folha Vitória)
Tenha um bom fim de semana!
Rafael Porto, editor