Fecomércio pede reabertura de lojas no interior; indústria estima 60 mil demissões
Resumo dos jornais desta quarta-feira (15)
Retorno. A Fecomércio vai propor ao governo a reabertura gradual do comércio na Grande Vitória a partir da próxima semana e defende que lojas em cidades sem casos confirmados funcionem com menos rigor, apenas com restrições de horários. Segundo estimativa da entidade, 20% dos estabelecimentos não resistirão à crise. (Tribuna Online)
Demissões. O fechamento das lojas afeta as pequenas indústrias que produzem para o comércio local, especialmente nos setores de confecção e móveis, avalia a Findes. Sem a reabertura, cerca de 60 mil trabalhadores da indústria podem ser demitidos. (Gazeta)
Crédito. Bandes e Banestes aguardam aval do Banco Central para liberar novas linhas de crédito a microempreendedores afetados pela pandemia. Uma das opções garante empréstimos de até R$ 5 mil sem juros. (Gazeta)
Supermercados. O governo vai cobrar novas medidas para evitar aglomeração e garantir a segurança sanitária nos estabelecimentos, como uso de máscaras pelos colaboradores e a instalação de pia com água e sabonete ou álcool gel para os consumidores. (Gazeta)
Boletim. O Espírito Santo registrou 94 casos de coronavírus em 24 horas, estabelecendo um novo recorde de avanço da doença. Segundo o boletim da Sesa, o estado possui 557 casos confirmados, 18 mortes e dois óbitos em investigação. Dos pacientes infectados, 86 foram curados, 361 estão em isolamento residencial e 92 estão internados, sendo 58 em UTIs. (Folha Vitória)
Leitos. Dos 160 leitos exclusivos de UTI para pacientes com sintomas graves de covid-19, 55% estão ocupados. (Sesa)
Casagrande sobre respiradores: "Eu vejo pouco problema na estrutura física e na preparação do leito. Nosso problema por enquanto, ainda está preso aos respiradores. Não estamos conseguindo comprar respiradores. Não estamos mesmo. Todas as tentativas que fizemos nos últimos dias frustraram. Diversos fornecedores na China, da Rússia, da Europa... Não conseguimos consolidar a compra. Hoje falei com o ministro Mandetta. Ele me disse o seguinte: 'governador, temos quatro empresas no Brasil que tinham condições de produzir 800 respiradores até agosto'. Eu formulei um pedido ao Ministério da Saúde de 300 respiradores. Ele me disse que também não conseguiu comprar da Ásia", desabafou. (Gazeta)
Movimentação. O número de capixabas em isolamento caiu de 62% para 47%, segundo o governador. "A gente pede e até implora para que as pessoas fiquem em casa e sigam as orientações da OMS", enfatizou Casagrande. (ES 360)
Pesquisa. O Espírito Santo vai participar de uma pesquisa para testar a eficácia da hidroxicloroquina, da azitromicina e da dexametazona em pacientes com coronavírus. (Tribuna)
Boa notícia. Uma mulher de 70 anos, asmática e hipertensa, internada desde o início de abril na UTI do Hospital Evangélico, está curada da covid-19. (Gazeta)
Educação. A Secretaria de Estado da Educação começa hoje a transmitir conteúdo pela TV aberta como parte do programa EscoLAR, que oferece aulas à distância para 240 mil alunos da rede pública. Na próxima semana, um aplicativo de celular vai disponibilizar atividades pedagógicas para os estudantes. A Sedu acredita que o ano letivo não será perdido, mas reconhece o risco de aumento da evasão escolar. (Folha Vitória)
Ataque. O grupo EDP, com presença em 19 países, foi alvo de um ataque hacker. A invasão causa reflexos nas operações no Brasil e pode expor dados da empresa e de seus clientes. (Coluna Beatriz Seixas, Gazeta)
Royalties. O acordo histórico entre Rússia e Arábia Saudita para reduzir a produção global de petróleo não deve amenizar a situação fiscal do Espírito Santo. O cenário incerto manterá o preço do barril em baixa, ponderam especialistas. A Secretaria de Estado da Fazenda sustenta projeta perder R$ 1,3 bilhão em royalties neste ano. (Gazeta)
Imóveis. Em transmissão ao vivo promovida pela Apex Partners, empresários do setor imobiliário afirmaram que os canteiros de obras seguem funcionando no Espírito Santo. Com a alta projetada no início do ano para o crédito imobiliário e a expectativa de crescimento da indústria de construção civil, as empresas não deram férias coletivas aos trabalhadores e adotaram protocolos de segurança, como medir temperaturas e operar em horários alternativos. Os maiores desafios são garantir crédito para as pequenas e médias empresas e enfrentar a inadimplência nos aluguéis. (Twitter Apex Partners)
Fernando Cinelli, sobre liberalismo e coronavírus: "No fim das contas, um modelo liberal vai além do discurso de livre mercado: o Estado possui um papel importante ao propor políticas públicas que ajustem falhas. Porém, para que isso seja possível, é preciso de espaço nas contas públicas [...] políticas públicas específicas neste momento são emergenciais e adotadas em todo o mundo, e não contrariam o preconizado pelo liberalismo moderno". (Apex Partners)
Política
Auxílio. Dos dez deputados federais da bancada capixaba, oito votaram a favor do projeto que reforça o caixa de estados e municípios durante a pandemia. Evair de Melo e Soraya Manato foram contra a proposta. (Gazeta)
Desajustes. Levantamento do Tribunal de Contas do Espírito Santo aponta que 43 dos 78 dos municípios capixabas fecharam 2019 com as contas no vermelho e dependem de repasses do Estado e da União para arcar com as próprias despesas. (Gazeta)
Denúncia. O senador Marcos do Val promete apresentar denúncia no Ministério Público Federal contra fabricantes e revendedores de respiradores por aumento abusivo de preços. “Estavam sendo vendidos em média por 14 mil reais. Agora estão sendo vendidos por quase 200 mil. É revoltante", enfatizou. (Coluna De Olho no Poder, Folha Vitória)
Ministério. O ex-deputado federal Lelo Coimbra garantiu que a demissão do ministro da Saúde, Henrique Mandetta, "é questão de tempo". Lelo é amigo do deputado federal Osmar Terra, um dos principais críticos à atuação do ministro. (Coluna Plenário, Tribuna)
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Rafael Porto, editor Apex News & Em Suma