Fim da desoneração coloca 85 mil empregos em risco no ES
Resumo dos jornais desta quarta-feira (08)
Reforma. O Ministério da Economia promete reduzir impostos incidentes sobre a folha de pagamento por meio de uma reforma tributária. Esta foi a resposta do governo federal às críticas feitas ao presidente Jair Bolsonaro após publicação do veto à prorrogação da desoneração da folha para 17 setores produtivos até 2021. Segundo especialistas, o veto coloca em risco milhares de empregos. Somente no Espírito Santo, a desoneração beneficia setores que somam 85 mil postos de trabalho, como vestuário, construção civil e transporte. (Gazeta)
Paulo Baraona, presidente do Sinduscon: "Não prorrogar a desoneração gera mais custo e pode ter impacto nas atividades. É difícil dizer de imediato se vai haver demissão, mas novas contratações ficarão mais difíceis. Esse veto dificulta a recuperação”. (Gazeta)
Samir Nemer, advogado tributarista: "A desoneração é de um período anterior ao coronavírus. Desde lá atrás a gente vinha tentando se recuperar de uma crise econômica e havia a necessidade de ajudar as empresas desses setores. [...] Ainda que a reforma tributária saia este ano, ela será daqui a alguns meses. Mas as empresas precisam de auxílio para ontem. Você não pode ver que a doença está agindo e sinalizar com um remédio lá pra frente". (Gazeta)
Derrubada. O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, afirmou que o Congresso pode derrubar o veto do presidente. (Gazeta)
Frustração. A receita proveniente das participações especiais do petróleo sofreu uma queda brusca no Espírito Santo no segundo trimestre deste ano. O estado recebeu apenas 3,2% do que havia projetado no Orçamento para o período. Dos R$ 300 milhões esperados, somente R$ 9,7 milhões chegaram aos cofres públicos. De acordo com a Secretaria de Estado da Fazenda, a queda tem relação com a baixa produção e o menor preço da commodity. (Gazeta)
Água. Estudo da Inter.B Consultoria mostrou que a Cesan ampliou duas vezes mais seus gastos com salários do que com investimentos. Entre 2014 e 2018, a tarifa média de água e esgoto cobrada pela estatal cresceu 31,3%. No mesmo período, as despesas anuais por empregado subiram 40,1%. Os investimentos cresceram bem menos, apenas 17,4%. (Gazeta)
Crédito. Em apenas dois dias, o Banco do Brasil ofertou R$ 3,3 bilhões em crédito para micro e pequenos empresários por meio do Pronampe. O limite estabelecido pelo Ministério da Economia para o banco foi de R$ 3,7 bilhões. (Folha Vitória)
Boletim. O Espírito Santo registrou 43 mortes e 2.156 casos de covid-19 nas últimas 24 horas -- um novo recorde diário de notificações da doença. Com a atualização, o estado soma 1.879 óbitos e 56.703 registros. (Folha Vitória)
UTI. A taxa de ocupação dos leitos de UTI exclusivos para tratamento de pacientes com covid-19 atingiu 93,59% na região Norte. Das 78 vagas disponíveis, 73 estão ocupadas. Na região Metropolitana, o indicador recuou para 86,44%. Em todo o estado, 84,85% dos leitos estão ocupados. (ES 360)
Isolamento. O Espírito Santo registrou na última segunda-feira a pior taxa de isolamento social desde o início das medições feitas na pandemia. Apenas 44,21% dos capixabas permaneceram em casa, segundo painel da Sesa. (Tribuna Online)
Protocolo. Trabalhadores que desrespeitam o isolamento social e não usam máscara nas ruas podem ser demitidos pelas empresas, principalmente se o comportamento vazar nas redes sociais. (Gazeta)
Retomada. As principais universidades e faculdades do Espírito Santo estão elaborando protocolos sanitários para o retorno das aulas presenciais no início de agosto. (Gazeta)
Vulnerabilidade. O governo estadual vai repassar R$ 983 mil a Cachoeiro de Itapemirim, Cariacica e Vila Velha para projetos de apoio às pessoas em situação de rua. (Folha Vitória)
Política
Mensalidade. O Tribunal de Justiça do Espírito Santo suspendeu temporariamente a lei aprovada na Assembleia Legislativa que reduzia em até 30% as mensalidades da rede privada de ensino durante a pandemia. A liminar foi concedida após pedido do Sindicato das Empresas Particulares do Ensino do Espírito Santo (Sinepe), que alegou competência exclusiva da União para tratar do assunto. (Folha Vitória)
Auxílio. O prefeito de Vitória, Luciano Rezende, sancionou a lei que cria o auxílio emergencial para moradores em situação de vulnerabilidade social durante a pandemia. Serão R$ 900, divididos em três parcelas, para mais de 3,4 mil famílias da capital. (Gazeta)
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Rafael Porto,
Editor Apex News e Em Suma