Fundo da Apex Partners compra participação de Rogério Salume na Wine
26 de fevereiro, segunda-feira
Participação. A Apex Partners, por meio do fundo Carbyne Mercados Regionais, comprou a participação de Rogério Salume na Wine. Após vender sua fatia na empresa que fundou, Salume seguirá dando foco em projetos pessoais de educação e saúde. (Coluna Mundo Business, por Ricardo Frizera, Folha Business)
Criada em 2008, a Wine se tornou o maior clube de assinatura de vinhos do mundo e a maior importadora de vinhos do Brasil. A empresa integra uma “safra de ouro” de startups do Espírito Santo, ao lado de gigantes como PicPay e Will Bank.
Histórico. O fundo da Carbyne investe em empresas de médio porte com alto potencial de crescimento fora do eixo Rio-São Paulo. Apesar de recente, coleciona investimentos em outras empresas capixabas como Yooga, Fucape e ATW — maior dark kitchen do mundo.
Fernando Cinelli, presidente do Conselho da Apex Partners: "A aquisição da participação do fundador da Wine é simbólica, pois marca o encerramento de um capítulo da trajetória de um dos principais empreendedores da história recente do Espírito Santo. A história da Wine inspirou muitos capixabas e brasileiros, mostrando que é possível desenvolver iniciativas inovadoras de sucesso fora dos grandes centros do país".
FOLHA BUSINESS
Venda. Por falar em startups capixabas de sucesso, o Will Bank também anunciou mudanças no quadro societário. O Banco Master anunciou a compra do banco digital. Fundado no Espírito Santo como "Pag!", o Will Bank fechou o ano passado com seis milhões de clientes e faturamento de R$ 2,8 bilhões. (Coluna Mundo Business, por Ricardo Frizera, Folha Business)
Criado em 2017, tendo como sócio Walter Piana, dos cartões "AVista", o Will tem como foco os clientes desbancarizados das classes C, D e E, que não têm conta, nem cartão de crédito. Os usuários se concentram na região Nordeste (60%) e em cidades pequenas (55%).
Investimento. O Funses1, criado com recursos do Fundo Soberano do governo estadual, liderou uma rodada de R$ 45 milhões de investimento na Housi. A startup do setor imobiliário promove a moradia por assinatura e conecta empresas a condomínios de prédios. Como adiantou a coluna Mundo Business, o Fundo Soberano capitaneou a rodada com aporte de R$ 20 milhões, acompanhado por outros investidores, que aportaram R$ 25 milhões na startup. (Coluna Mundo Business, por Ricardo Frizera, Folha Business)
Mudança. Com o investimento, a Housi vai desenvolver uma área de negócios no Espírito Santo, um dos mercados mais aquecidos do setor imobiliário. A expansão não apenas reforça a visão da Housi em relação à diversificação geográfica, mas também promete criar oportunidades e movimentar o ecossistema de negócios do Espírito Santo.
Café. O clima chuvoso tem favorecido a safra 2024/25 de café. Segundo pesquisadores do Cepea, se as condições climáticas permanecerem estáveis, a colheita do arábica pode ter início entre abril e maio. Apesar do clima benéfico às lavouras neste momento, as ondas de calor no final de 2023 afetaram as previsões iniciais da safra. (Coluna Agro Business, por Stefany Sampaio, Folha Business)
Crescimento. A exportação capixaba de gengibre cresceu 114% em janeiro deste ano, na comparação com o mesmo período do ano anterior. As vendas para o mercado externo somaram US$ 885,3 mil no primeiro mês do ano. O salto é explicado pela valorização do produto, já que em números absolutos o volume exportado caiu de 436 toneladas para 366 toneladas. (Coluna Agro Business, por Stefany Sampaio, Folha Business)
Justificativa. Na avaliação dos especialistas, o Espírito Santo foi beneficiado pelas questões logísticas. Os conflitos na região do Mar Vermelho abriram uma janela de oportunidade: enquanto os chineses enfrentaram atrasos de até 30 dias para levar o produto à Europa, os exportadores capixabas enviaram a carga de avião.
BRASIL
Pressão. A Associação Brasileira do Varejo Têxtil (ABVTEX) entrou para a lista de instituições que pleiteiam no STF a inconstitucionalidade da isenção tributária para compras internacionais de até US$ 50. (Folha)
Para a Associação, o programa Remessa Conforme coloca em risco o setor têxtil e afirma que mais de 1,7 milhão de empregos correm risco com a manutenção da proposta. (Folha)
Ao todo, já são 14 entidades que entraram com pedido de amicus curiae (amigo da causa) em favor da ação direta de inconstitucionalidade protocolada em janeiro pela CNI e pela CNC. (Folha)
As confederações alegam falta de isonomia tributária com a isenção dada aos sites estrangeiros pelo Ministério da Fazenda no ano passado. Além da pressão pelo STF, as indústrias brasileiras reclamam da falta de urgência com a qual o governo vem lidando com o tema. (Folha)
Entre os argumentos, está ainda o de que as empresas brasileiras operam em concorrência desleal contra sites chineses como Shein e AliExpress. (Folha)
Otimismo. Sete em cada dez empresários da indústria da transformação estão mais otimistas sobre o ambiente de negócios em 2024. Tanto a confiança empresarial quanto a produção industrial sinalizam que este será um ano de expansão do setor industrial, segundo a Sondagem da Indústria da FGV. (Estadão)
Os dados do levantamento já apontam uma melhora de cenário nos últimos meses. Em janeiro, os níveis de estoques acumulados desceram a 99,4 pontos, situando-se em patamar considerado neutro pela primeira vez desde setembro de 2022. (Estadão)
Energia. No Brasil, as hidrelétricas vêm perdendo espaço para fontes de energia eólica e solar. Com isso, as usinas já precisam desperdiçar energia. Neste cenário, as empresas viram os investimentos estagnarem nos últimos anos e agora tentam se modernizar. (Folha)
Há quatro décadas, 90% da matriz elétrica do Brasil vinha de hidrelétricas. Hoje, no entanto, a energia hidráulica é responsável por 53% da capacidade instalada do país. Em sete anos, a fatia terá caído para 42%, segundo estimativas oficiais. (Folha)
A razão principal de migração de investimentos para outras fontes de energia, como eólica e solar, são os custos: estão cada vez mais baratas. (Folha)
Petróleo. O terceiro maior campo de petróleo do Brasil vai aumentar produção com nova plataforma, segundo a Petrobras. A capacidade do campo de Mero, que fica no pré-sal da bacia de Santos, deve atingir 600 mil barris diários de petróleo quando a nova plataforma entrar em operação, em setembro deste ano. (Estadão)
POLÍTICA
Acordo. O Brasil fechou um acordo, junto a outros 121 países, para facilitação de investimentos com objetivo de simplificar as operações entre as suas economias, dar mais previsibilidade aos investidores e promover a conduta empresarial responsável nas operações internacionais. (Globo)
A informação é do MDIC e o acordo foi concluído ontem em Abu Dhabi, capital dos Emirados Árabes Unidos. A iniciativa vinha sendo discutida desde 2017 e ocorreu antes da 13ª Conferência Ministerial da OMC, que acontece nesta semana. (Globo)
O Brasil tem interesse no avanço do Acordo de Facilitação de Investimentos para o Desenvolvimento (AFID), uma vez que o governo federal quer capital estrangeiro no financiamento do Plano de Transformação Ecológica, da reindustrialização do Brasil e dos projetos de parceria com o setor privado do novo PAC. (Folha)
A CNI calcula que o AFID tem potencial para alavancar o PIB brasileiro em 2,1% num período de cinco anos, gerando mais de 160 mil postos de trabalho e aumento dos investimentos em 5,9%. (Estadão)
Já uma pesquisa realizada pelo Banco Mundial aponta que 82% dos investidores consultados consideram transparência e previsibilidade na conduta de órgãos públicos como um fator importante ou criticamente importante para a definição a respeito de onde investir. (Estadão)
Hoje, durante a conferência da OMC, o Brasil ainda irá aderir a outro acordo: o Arranjo Global sobre Comércio e Gênero (GTAGA, na sigla em inglês). Neste caso, o objetivo é promover políticas que aumentem a participação das mulheres no comércio internacional. Fazem parte da iniciativa Canadá, Chile, Nova Zelândia, Argentina, Colômbia, Costa Rica, Equador, México e Peru. (Estadão)
E se o assunto é investimento, o governo federal vai lançar um programa para remover uma das principais barreiras apontadas pelos investidores para atrair capital estrangeiro e financiar projetos ligados à transição energética: o risco da variação da taxa de câmbio dos financiamentos. (Folha)
Uma medida provisória será editada para criar o Programa de Mobilização de Capital Privado Externo e Proteção Cambial, que prevê parceria com organismos multilaterais para viabilizar linhas de crédito para os projetos por meio da oferta de hedge contra a variação cambial. (Folha)
Um fundo será previsto para garantir as operações de hedge e diminuir o impacto da volatilidade do câmbio nos financiamentos, sobretudo os de longo prazo. Ele poderá receber recursos financeiros da parceria com o BID, da conta única do Tesouro Nacional ou mesmo de captação de recursos. (Folha)
Pelo mapeamento feito pelo Ministério da Fazenda, as áreas mais promissoras são energia renovável (solar e eólica), hidrogênio de baixa emissão, SAF (combustível sustentável de aviação) e mobilidade elétrica. (Folha)
G20. O Brasil vai propor, em reunião do G20, um modelo de taxação global dos super-ricos. A informação é do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. A agenda é considerada fundamental para o crescimento econômico sustentável no mundo. (Globo)
Além disso, Haddad defende uma bandeira brasileira na presidência do grupo: a reforma de instituições multilaterais como Banco Mundial e FMI. (Globo)
Os ministros da Fazenda e presidentes dos bancos centrais das maiores economias do mundo vão se encontrar, nos próximos dias 28 e 29, na Fundação Bienal de São Paulo, no Parque do Ibirapuera. (Globo)
Imbróglio. O Ministério da Fazenda pretende manter em vigor a medida provisória que reonerou a folha de pagamento de 17 setores intensivos em mão de obra. A pasta irá apenas editar um projeto de lei sobre o tema com o mesmo conteúdo. (Globo)
Dessa forma, para que a atual MP perca a validade, o projeto precisaria ser aprovado e sancionado antes de 1º abril, quando as regras do texto em vigor passariam a valer. (Globo)
Os parlamentares, no entanto, já sinalizaram que podem derrubar a MP. (Globo)
Haddad afirmou que o Executivo pretende enviar um projeto de lei em regime de urgência para conduzir as negociações. Ele chegou a dizer que a parte referente à desoneração da folha “vai ser tratada exclusivamente no projeto de lei e vai ser suprimida da MP.” (Globo)
Em tempo: a área técnica do governo federal fez um alerta sobre os “riscos jurídicos” da medida provisória. O parecer da Secretaria Especial para Assuntos Jurídicos (SAJ), vinculada à Casa Civil, apontou que o ato poderia ser questionado no STF, por estar revendo uma decisão do Congresso. (Globo)
Tenha um ótimo dia!
Rafael Porto, editor