Futura: 90% das rochas beneficiadas no ES são exportadas pelo RJ; Startup capixaba BakeryTech recebe aporte de R$ 5,5 milhões
Resumo dos jornais desta terça-feira (04)
Rochas. Relatório divulgado pela Futura Inteligência revelou que 90% das rochas beneficiadas no Espírito Santo são exportadas pelos portos do Rio de Janeiro. Os principais gargalos citados pelos produtores capixabas foram: altos custos de serviços portuários (64%); infraestrutura logística precária (51%); carga tributária (32%); e deficiência portuária (18%). (Coluna Mundo Business, Folha Business)
Perfil. Do total de rochas exportadas pelos portos capixabas, 65% são de placas com maior valor agregado. Embora sejam dois terços do volume exportado, as rochas beneficiadas representam 85% da receita total. Isso ocorre porque o preço por tonelada do material é até três vezes superior ao preço dos blocos. (Coluna Mundo Business, Folha Business)
Infraestrutura. A melhoria das rodovias que cortam o Espírito Santo aparece como uma das demandas prioritárias dos produtores. A BR 101, principal canal de escoamento, tem apenas 20% dos 458 quilômetros duplicados. Os investimentos em infraestrutura vão reduzir o custo logístico e ampliar a competitividade do setor, argumenta o diretor-executivo da Futura, Heitor Fernandes. (Coluna Mundo Business, Folha Business)
Inovação. A startup capixaba BakeryTech, que oferece inteligência de dados para gerenciar o processo de compra em padarias, recebeu um aporte de R$ 5,5 milhões. Com os recursos, a empresa planeja expandir a rede de padarias e fornecedores no Espírito Santo e em Minas Gerais. (Startupi)
Como funciona? Criada em 2020 pelos empreendedores Bruno Marques e Edgar Júnior, a BakeryTech é uma fintech que promete simplificar a vida das pequenas padarias. A startup faz a ponte entre compradores e fornecedores, viabilizando condições de compra mais vantajosas e a entrega de insumos a partir da inteligência de dados. (Startupi)
Atualmente, a BakeryTech tem quase 100 clientes na carteira, sendo 80 no Espírito Santo e o restante na região metropolitana de Belo Horizonte. Alguns dos clientes chegaram a economizar 20% em compras com o uso da ferramenta. (Startupi)
Folha Business
Pecuária. O consumo de carne bovina no país caiu para 24,2 kg por habitante em 2022, o menor nível em 18 anos. Segundo relatório divulgado pela Consultoria Agro do Banco Itaú BBA, foi o quarto ano consecutivo de recuo. O consumo diminuiu mesmo com a produção de carne bovina voltando a crescer. (Coluna Agro Business, Folha Business)
Descompasso. A produção de carnes cresceu 6,9% em relação a 2021, mas não houve impacto no preço para o mercado interno. Em 2022, a carne bovina ficou 1,84% mais cara no país, o terceiro ano consecutivo de aumento. Isso ocorre porque o excedente de produção vem sendo destinado ao mercado externo, em especial, à China. (Coluna Agro Business, Folha Business)
Ecossistema. Com faturamento de R$ 1,5 bilhão em 2022, a Nater Coop, antiga Coopeavi, deseja se aproximar cada vez mais do ecossistema de inovação. Neste ano, a empresa quer investir R$ 1,5 milhão em inovação. Por meio do projeto AgroVen, a cooperativa mira em soluções via inovação aberta, buscando soluções que possam ser aplicadas ao negócio. (Gazeta)
Energia. A chegada do grupo Energisa ao Espírito Santo pode tirar do papel alguns projetos estratégicos para o crescimento do mercado de gás. O primeiro é a interligação, por meio de gasodutos, das unidades de tratamento de Linhares e Anchieta com as produtoras do pré-sal. Juntas, as unidades capixabas têm capacidade para processar 20,6 milhões de metros cúbicos por dia, mas estão ociosas por falta de gás. (Gazeta)
Já há projetos para interligar os sistemas de gasodutos do Espírito Santo ao norte do Rio de Janeiro, mas o custo bilionário depende de um investidor forte. A Energisa, com faturamento anual de R$ 40 bilhões, comprou a ES Gás pensando na diversificação de sua matriz energética. (Gazeta)
De quebra, o crescimento do volume de gás tratado em terras capixabas poderia viabilizar a venda de gás para o mercado mineiro, que hoje praticamente não utiliza o insumo em seus processos produtivos. (Gazeta)
IPO. O Grupo Coutinho, dono das marcas Extrabom, Extraplus e Atacado Vem, cogita abrir capital na Bolsa para continuar crescendo. Com 43 lojas e receita de R$ 2,4 bilhões, a empresa passará por mudanças na estrutura de governança para um novo ciclo de expansão a partir de 2025. (Gazeta)
Petróleo. O governo da Arábia Saudita anunciou neste fim de semana que vai reduzir, voluntariamente, a produção de petróleo em 500 mil barris por dia até o final do ano. O corte surpresa, articulado com apoio dos demais países da Opep e da Opep+, vai reduzir a oferta diária em 1,66 milhão de barris, valorizando a commodity. (Infomoney)
Como resultado imediato, os contratos futuros de petróleo do tipo Brent com vencimento em junho subiram 6,28%, chegando a US$ 84,93 por barril. A expectativa é que o barril chegue a US$ 100 até junho. (Infomoney)
As ações da Petrobras também subiram 4,76% na sessão de ontem, acompanhando tendência global. A alta, no entanto, não foi suficiente para carregar o Ibovespa, que fechou o dia com queda de 0,37%, aos 101.506 pontos. (Infomoney)
O principal indicador da B3 segue as incertezas dos especialistas acerca da nova regra fiscal anunciada pelo governo. Inicialmente recebido de forma positiva, o arcabouço agora precisa ser detalhado para explicar como os resultados serão alcançados. (Infomoney)
O dólar fechou o dia estável, com alta de 0,04%, cotado a R$ 5,070. (Infomoney)
Política
Arrecadação. Na urgência para ampliar as receitas do governo federal, o Ministério da Fazenda deve apresentar três medidas: a taxação de apostas eletrônicas; a taxação de e-commerces que driblam a Receita Federal; e o fim da subvenção a Estados para que investimentos sejam equiparados a custeio — medida que pode render até R$ 90 bilhões. (Coluna Mercado Diário, Folha Business)
Pautas. A coluna Data Business de hoje traz uma lista de sete temas que vão movimentar a política em Brasília durante o mês de abril. Em destaque, os 100 dias de governo, a viagem de Lula à China, o anúncio de um novo PAC e a primeira rodada de discussões do orçamento de 2023. (Coluna Data Business, Folha Business)
Reforma. O coordenador do grupo de trabalho sobre a reforma tributária na Câmara, deputado federal Reginaldo Lopes (PT-MG), afirmou que o texto pode ir ao plenário até o começo de junho. Um dos entraves para o texto é o tratamento diferenciado previsto para setores como saúde, educação, agronegócio e transporte de cargas. (Folha Vitória)
Varejo. O STF voltou a analisar uma ação com impacto negativo estimado em R$ 5,6 bilhões para o varejo. O placar está empatado e três ministros devem votar até o dia 12 de abril. O julgamento diz respeito ao destino dos créditos de ICMS após a Corte ter decidido, em 2021, que o tributo não incide no envio de mercadorias entre estabelecimentos de uma mesma empresa em Estados diferentes. (Folha Vitória)
Municípios. Tomou posse ontem a nova diretoria da Amunes para o biênio 2023-2025. Presidida pelo prefeito de Ibatiba, Luciano Pingo, a chapa eleita por unanimidade tem o prefeito de Pancas, Dr. Sidiclei (PDT), como vice-presidente; o prefeito de Iconha, Gedson Paulino (Republicanos), como tesoureiro; e o prefeito de Marilândia, Gutim Astori (PSB), como secretário. (Coluna De Olho no Poder, Folha Vitória)
CPI. Após quase romper com a base aliada do Palácio Anchieta, o deputado estadual Vandinho Leite (PSDB) conseguiu emplacar uma CPI na Assembleia Legislativa. Graças à articulação do governo, Vandinho vai conduzir uma comissão para investigar supostas irregularidades em processos de regularização fundiária, desocupação e financiamento de imóveis, entre outros temas. (Coluna De Olho no Poder, Folha Vitória)
Tenha um ótimo dia!
Rafael Porto,
Editor Apex News & Em Suma