Governo enfrenta impasse sobre extensão da EF-118 até Presidente Kennedy
Resumo dos jornais desta segunda-feira (21)
Ferrovia. O governo confirmou a renovação da concessão da Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM) na última sexta-feira e anunciou a Vale como operadora do novo trecho. Como previsto, a mineradora investirá na construção do primeiro trecho da futura Ferrovia Vitória-Rio (EF 118), até Ubu, em Anchieta. Na prática, o ramal será uma extensão da EFVM. (Gazeta)
Sem prazo. Uma pergunta ficou sem resposta: como e quando será feito o segundo trecho da ferrovia até Presidente Kennedy? A ideia inicial do governo federal era fazer a concessão do trecho até Anchieta, com a tarefa de construir a segunda etapa da ferrovia. Como a Vale será também a operadora, a concessão fica inviabilizada. O próprio ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, disse que o modelo para permitir a extensão em direção ao Sul precisa ser estudado. (Gazeta)
Insatisfação. O desfecho não foi exatamente como desejavam lideranças e autoridades do Espírito Santo, mas há explicações para a decisão. A ocupação da EFVM está em aproximadamente 70%, não exigindo grandes investimentos para atender a demanda atual. "Por que não então exigir que a Vale investisse no ramal até o Sul capixaba? Porque [o ministro] Tarcísio de Freitas deixou bem claro, em conversas com pessoas que faziam parte das negociações, que não fazia sentido ligar um ponto a lugar nenhum. O ministro argumentava que não era o momento de levar os trilhos até Presidente Kennedy. Nos debates, ele ponderava que o Porto Central ainda está em um estágio que não justificaria o governo federal autorizar a construção de uma ferrovia até o local", revela a colunista Beatriz Seixas. (Gazeta)
Recuperação. O diretor-presidente do Instituto Jones dos Santos Neves, Daniel Cerqueira, projeta um quarto trimestre de crescimento para a economia capixaba. "O comércio foi sustentado pelo auxílio emergencial. Uma vez que você finaliza esse auxílio, vai ter um impacto. Isso é inegável. Mas temos uma expectativa boa em outros setores. Os preços de minério de ferro, por exemplo, vem subindo semana após semana. O preço do barril de petróleo também tem se recuperado. No auge da pandemia chegou a valer US$ 10. Agora já beira US$50. Precisamos de um tempo para verificar essa sequência, essa continuidade. Mas, temos uma confiança grande de que o saldo seja positivo". (Gazeta)
Emprego. Especialistas em direito do trabalho creem que a decisão do STF, autorizando a vacinação obrigatória em estados e municípios, pode abrir espaço para que as empresas exijam a imunização dos funcionários. (Gazeta)
Evento. O programa Mundo Business de ontem apresentou um resumo dos painéis que marcaram o 2º Folha Business. Entre os participantes do evento estavam o ministro de Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, o sócio e gestor do fundo Verde Asset, Luiz Parreiras, e do sócio do BTG Pactual, Renato Mazzola. (TV Vitória)
Boletim. O Espírito Santo registrou 12 mortes e 1.496 casos de covid-19 nas últimas 24 horas. Com a atualização, o estado soma 4759 óbitos e 228.741 registros da doença. Até o momento, 209.287 pacientes estão curados. (Folha Vitória)
UTI. A taxa de ocupação dos leitos de UTIs exclusivos para covid-19 está em 84,00% no Espírito Santo. Dos 715 leitos abertos durante a pandemia, 625 permanecem destinados ao uso exclusivo para a doença. (Painel Covid-19)
Mapa. Cinco municípios agora figuram como risco alto no estado: Ecoporanga, Mantenópolis, Afonso Cláudio, Alfredo Chaves e Vargem Alta. (Tribuna)
Comparação. Apesar do número similar de habitantes, o Espírito Santo teve 41 vezes mais óbitos que o registrado no Uruguai. O país vizinho apresentou, desde o início da pandemia, 2.989 casos e 109 mortes. (ES 360)
Prisão. O secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes, usou as redes sociais para lembrar sobre o isolamento social. Nésio reforçou que pacientes com suspeita de covid devem fazer isolamento e, em caso positivo para a doença, permanecer em casa. Havendo descumprimento das medidas de segurança sanitária, os infectados podem ser punidos criminalmente e até presos. (Folha Vitória)
Variação. O Reino Unido foi o primeiro país a confirmar a existência de uma nova cepa de coronavírus. Embora não seja mais letal, o vírus é 70% mais transmissível que a primeira versão do SARS-CoV-2. Especialistas, no entanto, confirmam que a vacina atual é eficaz contra a nova mutação do vírus. (ES 360)
Proteção. Pelo menos 14 países, como Alemanha, França e Países Baixos, já fecharam as fronteiras para voos provenientes da Inglaterra. (G1)
Vacina. Bolsonaro minimizou a pressão pela imunização dos brasileiros. "A pandemia, realmente, está chegando ao fim. Temos uma pequena ascensão agora, que chama de pequeno repique que pode acontecer, mas a pressa da vacina não se justifica", afirmou. (ES 360)
Política
Comissionados. A Mesa Diretora da Assembleia Legislativa tem 323 cargos para livre indicação dos deputados estaduais. Algumas vagas, consideradas a "elite" do Legislativo, estão em disputa porque, com a saída de Lorenzo Pazolini e Enivaldo dos Anjos, haverá redistribuição para os demais parlamentares. Pazolini tem nove indicações nos cargos da Mesa; Enivaldo, 35. (Coluna Leonel Ximenes, Gazeta)
Em Vila Velha, uma causa está unindo vereadores reeleitos e alguns futuros parlamentares: o aumento salarial. A estratégia não envolve um reajuste direto por meio de projeto de lei, mas uma manobra sutil: ampliar o vencimento dos secretários municipais para R$ 13 mil e utilizar o texto para vinculá-los à remuneração dos parlamentares. Seria um aumento de 75% em relação aos R$ 7,4 mil pagos atualmente aos vereadores. (Coluna Leonel Ximenes, Gazeta)
Exoneração. O prefeito de Vila Velha, Max Filho, anunciou a exoneração de todos os servidores comissionados do Executivo para o dia 31 de dezembro. A medida, justifica Max, é para "deixar à vontade o prefeito eleito para a escolha dos seus novos auxiliares". (Gazeta)
Equipe. Passada a eleição, o futuro prefeito de Vitória, Lorenzo Pazolini enfrenta o desafio de montar a equipe. O delegado conversa com MDB, DEM, Solidariedade e PSDB para a montagem do primeiro escalão. (Coluna Plenário, Tribuna)
Saúde. O ex-vice-governador César Colnago, que também é médico, é cotado para assumir a Secretaria Municipal de Saúde da Capital. Questionado, confirma que o partido trata do assunto. (Coluna Plenário, Tribuna)
Eleição. O bloco de partidos liderado pelo presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia, já teria 65 votos a mais que o candidato apoiado pelo Planalto, deputado Arthur Lira. O grupo teria 269 votos de parlamentares de 11 partidos. Para vencer a eleição da Mesa da Câmara são necessários 257 votos. (Agência Congresso)
Obrigado pela leitura. Tenha um bom dia!
Rafael Porto,
Editor Apex News e Em Suma